quinta-feira, 22 de abril de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS CAMINHOS ILUMINADOS DO MÉTODO, LÓGICA E VERDADE NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA VONTADE, CORAGEM E CRIATIVIDADE NA QUALIFICAÇÃO DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE

“Método e lógica: o caminho da observação

        Uma cliente de mentoria me perguntou sobre como poderia saber da veracidade das informações que recebe. Sua pergunta era: será que tudo isso que dizem das vacinas e da pandemia é verdade? Neste cenário em que todo mundo diz tudo e opiniões se sobrepõem por meio de mensagens falsas, temos um grande desafio. Se todas as opiniões estão poluídas por visões e interesses políticos e econômicos, como avaliar? Na base de sua dúvida está a falta de método. Simples assim!

           Se o caminho (o método) para a verificação de uma informação fosse uma pesquisa em fontes confiáveis ou a busca por evidências, ou confrontar pesquisas, ou ainda a leitura de textos de outros autores, muitas dúvidas já seriam eliminadas. Ah, mas eu me esqueci do mais importante: pesquisar dá trabalho! E muito!

         Com a disseminação de informações – não de conhecimentos – pelas ferramentas de mídia, todos produzem opiniões disfarçadas de ciência. Aliás, o método que usam é eficaz, pois fragiliza os pesquisadores e a ciência. Usando algoritmos, tendências e perfis, as mensagens são encaminhadas de forma sutil. Uma informação aqui é repetida ali, repassada acolá, vista ali e aqui, e resultado: “viralizou”! Essas ferramentas usam estratégias para repassar ideias sem métodos.

         Seja na busca por conhecimentos ou por melhores resultados nas ações, o método está no centro desta conversa. Estudantes e profissionais me procuram querendo obter melhores resultados em seus estudos ou na atuação profissional. Uma conversa dessas, você, caro leitor, também teve ou já ouviu. A resposta tem um mesmo início: para chegar a bons resultados, você precisa de um método!

         Pode parecer simples, mas nem sempre é tão fácil para a maioria das pessoas. Temos muitos métodos para resolver questões simples e complexas. O caminho que vamos usar para a resolução desses desafios diários pode ser formatado em métodos. O curioso é que esses métodos têm origem no ano 650 a.C. Usamos hoje métodos com base na filosofia antiga desde os pensadores antes de Sócrates, os sofistas, até as inovações do francês René Descartes. O ponto central de tudo é como obter processos que validem os conhecimentos.

         Compreendemos por método científico (“meta”: “através”; e “odos”: “caminho”) o caminho usado por pesquisadores para saber mais de um tema. É um conjunto de regras que possibilitam desenvolver uma experiência e produzir ideias sobre um determinado tema ou para, utilizando um termo de pesquisa, duvidar do que se sabe. O método científico nos ajuda a corrigir hipóteses, teses e sínteses já consolidadas na busca por melhores soluções.

         Na história da humanidade, temos mulheres e homens que buscaram conhecer mais a fundo o mundo. Todos os que obtiveram sucesso contaram com um método; todos estruturaram um processo lógico-racional capaz de duvidar do que se sabia até então. Todas as contribuições com métodos da filosofia aconteceram a partir de uma sequência de operações lógicas que buscam um resultado que possa ser legitimado, analisado e comprovado.

         Da maiêutica de Sócrates à dialética de Platão ou à lógica de Aristóteles, esses pensadores tinham como premissas o entendimento, a observação da realidade e a coesão das ideias envolvidas. O grande marco de virada foi publicado em 1637. O discurso do método de René Descartes demonstrava os passos para se fundamentarem saberes e estruturar a dúvida. Seu método apresentava regras que podem trazer luz ao fortalecimento dessa competência tão importante para a performance, o método e a lógica: regra da evidência, regra da análise, regra da síntese e regra da enumeração.

         É isso, procuramos seguir métodos na vida para errar menos! Pode parecer contraditório, pois, para se produzirem conhecimentos, vai ser necessário se predispor a errar e a tentar novamente. Aliás, tentativa e erro é um tipo de método. Métodos nos ajudam a avançar em nossas entregas. Métodos constroem caminhos que pode ajudar outros a se superarem. Onde não se tem métodos, tem-se achismos, tem-se opiniões particulares sem nenhum compromisso com a verdade ou a busca dela. E você? Quais métodos tem usado? Boas escolhas!”.

(Otávio Grossi. otaviogrossi@saudeintegral.com.br, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 19 de abril de 2021, caderno INTERESSA, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, mesma edição, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Com vontade

        Permito-me reconstruir com algumas palavras mais um texto de Albert Einstein.

                  Não podemos querer que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo, se recusamos o desafio e preferimos o conforto contemplativo. Ou ainda se permanecemos no exercício da crítica sem tomar alguma atitude real. Pior quando distorcemos a verdade, a camuflamos, a subvertemos pelo interesse próprio ou pela vaidade, permanecendo estáticos.

         A crise é a maior bênção que pode acontecer às pessoas e aos países, porque a crise traz desafios e provoca progressos. A criatividade nasce da angústia, assim como o dia nasce da noite escura.

         É na crise que nascem os inventos, os descobrimentos e as grandes estratégias, é nela que se dão as viagens improváveis, as migrações. A superação dos obstáculos leva a ampliar os limites do ser humano e reorganiza um país, coloca em ordem as prioridades. A crise atiça a coragem, a ousadia. Quem vence a crise derrota as adversidades, se supera sem ter sido superado.

         Quem atribui à crise seus atrasos, fracassos e penúrias violenta seu próprio talento, se rende aos problemas.

         A verdadeira e mais séria crise é o triunfo da incompetência. A mediocridade que se esquece da vontade, da genialidade, da dedicação, da porta aberta que homem algum pode fechar.

         Erra quem pensa que a derrota é inevitável, quem não age com suas virtudes naturais, aquelas que não dependem dos outros e só ele pode determinar: sinceridade, honestidade, ternura, aversão ao prazer efêmero, contentamento com a sua parte e com poucas coisas, benevolência, franqueza, nenhum amor ao supérfluo, desprendimento do insignificante, magnanimidade, compaixão, firmeza, moderação, humildade.

         O inconveniente das pessoas e dos países é a dificuldade para encontrar a saída e as soluções. Sem crise não há desafios; sem desafios a vida é uma monótona rotina, uma lenta agonia, um morno aproximar-se ao túmulo sem ter acrescentado qualquer coisa para o bem da humanidade.

         Sem crise não há méritos; sem méritos não há progresso nem avanço real. É na crise que aflora o melhor de cada um, é na superação dos obstáculos que os limites são ampliados, porque sem crise todo vento é uma carícia. Falar de crise é promovê-la, reconhecer-lhe como uma vitoriosa; e calar-se na crise é exaltar o conformismo, subscrever a própria insignificância.

         Em vez disso, trabalhemos duro, incansavelmente, porque dentro de nós há uma divindade, quase sempre ofuscada pelo egoísmo, pelo medo, pela ignorância.

         Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.

         Neste momento, mais que terceirizar responsabilidades, vejamos com franqueza aquilo que, até então, deixamos de fazer, aquilo que podemos fazer.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

 a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 326,68% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 124,93%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,10%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

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