quinta-feira, 6 de maio de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DA PROMOÇÃO DA CULTURA DA SUSTENTABILIDADE NAS ORGANIZAÇÕES E A TRANSCENDÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS E DA CIVILIDADE NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS

“Importância de se introduzir sustentabilidade nas empresas

        As organizações têm o propósito de gerar empregos e movimentar a economia, além dos lucros e do faturamento que gera. Porém é muito importante ter responsabilidade social e implementar uma política de sustentabilidade nas empresas.

         A sustentabilidade empresarial tem se tornado uma grande preocupação das organizações, já que os consumidores estão mais conscientes e exigem que as empresas trabalhem de uma maneira que não prejudique o meio ambiente. De acordo com a pesquisa “Estratégias Empresariais para a Sustentabilidade no Brasil”, realizada pela UniEthos, 69% das empresas nacionais já reconheceram que a inserção da sustentabilidade no planejamento estratégico é uma necessidade.

         No entanto, algumas organizações ainda não possuem muita consciência dos benefícios que a sustentabilidade pode trazer. Além de gerar aproximação com os consumidores, essa ação pode promover redução dos custos de produção, gerar engajamento e destacar a empresa em relação aos concorrentes.

         É importante ressaltar que ser sustentável vai além de reduzir os impactos na natureza. As empresas também devem desenvolver ações que impulsionam a comunidade na qual estão inseridas. A Natura, por exemplo, é conhecida por ser uma empresa com grande preocupação socioambiental. A organização possui parcerias com produtores rurais para uma produção consciente de determinados recursos naturais que servem de matéria-prima. Com isso, a marca consegue diminuir os impactos ambientais gerados pela fabricação dos produtos e incentivar os pequenos produtores.

         Algumas empresas baseadas no modelo tradicional de negócios podem achar difícil aderir à sustentabilidade. Porém, existem algumas etapas que tornam essa transição mais simples e tranquila. O primeiro passo é mudar a cultura organizacional da empresa por meio de ações que tornam os colaboradores mais conscientes, como incentivar a reciclagem na organização. A Nestlé, por exemplo, teve que mudar algumas etapas em seu processo de produção. A empresa passou a usar fontes renováveis de energia e, implementando outras mudanças, conquistou o selo de empresa sustentável.

         Outra ação que contribui para a modernização da empresa é buscar fornecedores que pratiquem políticas sustentáveis. Além disso, é interessante que a organização se mostre transparente diante de suas atividades, tanto para seus funcionários quanto para os consumidores. Dessa forma, é possível estabelecer uma relação de confiança com consumidores e colaboradores e ainda incentivar a participação nas ações que a empresa vai adotar, fazendo com que todos ajudem no desenvolvimento desses novos padrões de produção.

         Desenvolver a sustentabilidade empresarial não é um processo simples e que ocorre rapidamente, exige tempo e dedicação das empresas. Porém, as organizações não devem contabilizar esse novo modelo de produção como um custo, mas como um investimento e uma ótima oportunidade de desenvolvimento. O mercado está em constante evolução, e os clientes estão cada vez mais exigentes, por isso é fundamental que as empresas se adaptem a essa nova realidade.”

(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 27 de fevereiro de 2021, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 2 de maio de 2021, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Gerson Yukio Tomanari, professor titular do Instituto de Psicologia da USP e coordenador da área de psicologia na Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), e que merece igualmente integral transcrição:

“Estamos indiferentes

às mortes por Covid?

        O momento é crítico. Enquanto o país se depara com números aterrorizantes de mortes por Covid-19, uma parte da população se mostra insensível à tragédia. Como entender esse aparente contrassenso?

         Pesquisas que analisam experimentalmente o comportamento ajudam a refletir sobre essa questão.

         Em um experimento, pombos podiam bicar dois discos iluminados por cores diferentes, dispostos lado a lado, que acionavam o comedouro. Bicadas no disco à esquerda davam 80% de chance de liberar a comida, enquanto bicadas à direita davam 20%. Diferentes valores de probabilidades complementares, em diferentes sequências, foram testados. Para todos eles, os resultados foram inequívocos em mostrar que pombos distribuíam suas bicadas entre os dois discos na proporção correspondente às probabilidades de acesso ao alimento.

         Vemos que as pessoas se colocam sob risco de contaminação mais do que se protegem. É preciso perceber que são escolhas, produto das contingências a que estão expostas.

         Por um lado, temos as necessidades primárias humanas de socializar e obter recursos para a própria sobrevivência. Por outro, precisamos nos submeter às restrições impostas pela pandemia como forma de preservar vidas. São contingências aversivas; por isso, é compreensível que parcela significativa da população não possa aderir a elas por razões econômicas ou religiosas. Nesse caso, resta às lideranças a decisão de exercer coercitivamente o papel disciplinador restritivo. Agora, difícil mesmo de compreender é o comportamento de pessoas que poderiam evitar aglomerações, manter o distanciamento social, usar máscaras e fazer a higiene frequente das mãos – mas não o fazem.

         Nesses casos, a experiência de cada um, aquela capaz de modificar o comportamento, não se mostra afetar pelos números assustadores da pandemia. Possivelmente, a atitude dessas pessoas deve estar sendo guiada essencialmente por suas experiências individuais probabilísticas.

         Estudos têm estimado que quase metade das pessoas que se contaminam permanece assintomática, e a maior parte, ainda que apresente sintomas, estes são leves ou moderados e não requerem hospitalização. As estatísticas oficiais mostram que, no Brasil, do total da população, há 5% de casos confirmados e 0,12% de óbitos. É a experiência cotidiana, operacional e concreta, refletida por essas porcentagens que faz a doença parecer distante, gerando comportamentos pouco cautelosos, sobretudo quando grupos isolados de menor risco olham unicamente para si próprios.

         O comportamento é afetado por suas consequências, tão mais afetado quanto imediatas estas sejam. Por isso, o intervalo entre a contaminação e os sintomas reduz substancialmente o papel da Covid-19 em evitar o contágio. Os efeitos do vírus são observados no outro, raramente na pele de quem observa. E, entre os que já tiveram a doença ou já foram vacinados, o papel transmissor que carregam é invisível.

         A vacina nos dá esperança. Controlará eficazmente a pandemia, mas terá efeito paradoxal ao longo do percurso. À medida que a vacinação reduzir as internações e as mortes, maior será a parcela da população menos propensa a aderir às medidas protetivas.

         Felizmente, temos canais sérios e confiáveis de comunicação que mostram os dados alarmantes, os dramas dos doentes, a tragédia dos professionais da saúde, atuando de forma instrucional sobre as pessoas capazes de trazer para si aprendizados obtidos por meio da observação do outro.

         Planejar e executar ações que beneficiem o coletivo em detrimento do individual imediato é uma engenharia que depende de lideranças competentes. Na ausência delas, é fundamental reafirmarmos incansavelmente que os benefícios coletivos só serão obtidos com contenções individuais imediatas.

         Nossa evolução como espécie passou por desenvolvimento em sociedade, criação de códigos pautados na convivência, no aprendizado, na geração e na transmissão de culturas. Somos capazes de transcender a experiência probabilística isolada, compreender a magnitude dos efeitos da pandemia e agir em benefício da coletividade com regras socialmente estabelecidas que atestem a nossa civilidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

 a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março a estratosférica marca de 334,91% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 121,04%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,10%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

        

 

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