sábado, 1 de maio de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA RESILIÊNCIA, AMOR INCONDICIONAL, EMPATIA, COERÊNCIA E CONCRETICIDADE NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA E FECUNDIDADE DO TRABALHO NA SUSTENTABILIDADE (54/116)

(Maio = mês 54; faltam 116 meses para a Primavera Brasileira)

“A importância do líder resiliente

        O mercado exige constantes mudanças das organizações que buscam manter a competitividade e se destacar dos concorrentes. Em um cenário de instabilidades e adaptações, o líder resiliente tem ganhado espaço e se tornado fundamental para estimular os colaboradores.

         Segundo dados do instituto especializado em pesquisa de mercado de trabalho ADP Research , 16% dos trabalhadores brasileiros estão altamente resilientes durante o período da pandemia, porcentagem um pouco acima da média mundial. Com isso, essa característica tem sido extremamente valorizada entre líderes e colaboradores.

         Resiliência é um conceito amplo, que pode ser definido como a habilidade do indivíduo em se adaptar a situações de pressões e desafios.

         Dessa forma, o líder resiliente é aquele que consegue manter a equipe engajada e focada mesmo em situações inesperadas.

         Qualquer gestor pode desenvolver essa habilidade, porém o líder precisa ter algumas características para levar a resiliência para a empresa. A autoconfiança e a persistência são necessárias para que o líder consiga resolver as tarefas sem grandes dificuldades.

         Além disso, a resiliência deve estar alinhada à empatia. O líder que compreende como os seus colaboradores se sentem, consegue manter um bom clima organizacional e manter o fluxo de trabalho em andamento. Vale ressaltar que a empatia tem sido muito valorizada no mercado de trabalho, e o gestor que consegue unir essas duas características se coloca em destaque.

         Objetividade e percepção também fazem parte da liderança resiliente. O gestor objetivo tem uma percepção prática do negócio, uma vez que consegue acompanhar melhor todos os processos. A objetividade permite a resolução de problemas de forma mais ágil. Já a percepção está ligada à atenção aos detalhes e à capacidade de prever pontos na empresa que podem causar futuros problemas e, com isso, é possível planejar soluções.

         O autogerenciamento é outra habilidade que os atuais gestores precisam desenvolver. As relações comerciais exigem que o profissional seja cada vez mais ágil e que consiga gerenciar suas tarefas a seu tempo. No caso dos líderes, a equipe é fundamental para o rendimento da empresa. Além disso, ao se falar de resiliência, ter controle das emoções e das atividades que deverão ser feitas é uma etapa importante.

         A empresa espera que o líder entregue bons resultados. Por isso, ele deve se capacitar, se atentar às tendências do mercado e se manter preparado para lidar com futuros imprevistos. Do ponto de vista dos colaboradores, é esperado que o gestor mantenha engajada e, ao mesmo tempo, que seja acolhedor. Desse forma, os líderes resilientes têm conseguido se manter fortes no mercado.”.

(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de abril de 2021, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 30 de abril de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Mundo do trabalho

        O Dia do Trabalhador, neste contexto de pandemia da Covid-19, evidencia ainda mais as muitas feridas do mundo do trabalho. As alarmantes estatísticas dos sem-trabalho sinalizam rostos sofridos e desesperançados. A chaga do mundo do trabalho torna-se ainda mais grave quando alguns se enriquecem inescrupulosamente enquanto muitos convivem com a fome. Um cenário que se perpetua por modelos perversos de exercício da política, pela indiferença social, por uma cultura segregacionista e excludente de uma sociedade adoecida. Adoecimento que ameaça até aqueles que ilusoriamente buscam amparo nas próprias rendas e lucros. É, pois, urgente uma nova lógica na política e na economia, para que seja evitada a derrocada da humanidade.

         A civilização contemporânea padece com a falta de compaixão. Uma carência que prejudica a inteligência humana, ofuscando a sua luminosidade. É preciso agir para que essa inteligência não descarrilhe ainda mais na direção de negacionismos e da falta de sentido humanístico. A sociedade reúne condições e meios para ser justa e solidária, pautada pela lógica da amizade social, ao sabor do Evangelho de Jesus Cristo. Não pode submeter-se às lideranças vazias de governos que não se pautam pelas lógicas das construções pluralistas – distantes do cristianismo autêntico que pode salvar e fecundar culturas, conferir à humanidade valores e princípios com força de transformação. Valores e princípios que permitam reconhecer a vida como dom.

         Na perspectiva do autêntico cristianismo, o Dia do Trabalho é um grito de trabalhadores e trabalhadoras sem rumo, sem trabalho, desamparados. Um clamor que precisa incomodar os insensíveis, inspirar os que têm maior responsabilidade na condução da sociedade e fecundar intuições para que sejam arquitetados novos cenários no mundo do trabalho. O gesto prioritário é a solidariedade, exercida em rede. Um indispensável remédio que funciona como nova luz para a inteligência e sabedoria no exercício de poderes. Os cristãos, em diálogo aberto e cooperativo com a sociedade pluralista, são convocados a ajudar para que a solidariedade se torne um princípio da vida social. Essa responsabilidade está enraizada nas muitas lições do Mestre e Senhor, que diz: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” e “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Assim, a Doutrina Social da Igreja Católica reúne elementos merecedores de redobrada atenção e comprometimentos urgentes. Urge-se investir na solidariedade como princípio social e virtude moral.

         As relações entre pessoas e povos, marcadas pela interdependência, precisam ser pautadas por autêntica solidariedade ético-social, para que seja recuperada a sociabilidade intrínseca à pessoa humana. Sob os parâmetros da solidariedade ético-social, prevaleça também o respeito à igualdade de todos em dignidade e direitos. Trilhando nesse sentido, a civilização contemporânea pode tratar adequadamente as feridas que ameaçam o mundo do trabalho. Deve-se reconhecer que trabalhar é um direito e um bem fundamental para cada pessoa. O trabalho é útil e necessário para formar e manter uma família, para efetivar o direito à propriedade e oferecer contribuição na promoção do bem comum. O desemprego é problema que desafia principalmente o Estado a promover adequadas políticas capazes de gerar trabalho.

         A Doutrina Social da Igreja Católica mostra a necessidade de se reconhecer que o trabalho humano é condição indispensável para a promoção da justiça social e da paz civil. A comunidade política está desafiada a assumir, com qualidade e protagonismo, o seu papel e, alicerçada em autoridade ilibada, promover o bem comum. Isso exige reconhecer e considerar as prioridades dos pobres, dos vulneráreis, dos sem-trabalho. Trata-se de um caminho para a preservação e fortalecimento da democracia. Sem medos, livres das indiferenças alimentadas por mesquinhez, a hora exige coragem de se dedicar aos pobres, aos sem-trabalho. Um exercício essencial para construir uma economia que promova e preserve a vida, estimulando novos hábitos e a cura das feridas do mundo do trabalho.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

 a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março a estratosférica marca de 334,91% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 121,04%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,10%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

        

 

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