(Maio = mês 54; faltam 116 meses para a Primavera Brasileira)
“A importância do líder resiliente
O
mercado exige constantes mudanças das organizações que buscam manter a
competitividade e se destacar dos concorrentes. Em um cenário de instabilidades
e adaptações, o líder resiliente tem ganhado espaço e se tornado fundamental
para estimular os colaboradores.
Segundo
dados do instituto especializado em pesquisa de mercado de trabalho ADP
Research , 16% dos trabalhadores brasileiros estão altamente resilientes
durante o período da pandemia, porcentagem um pouco acima da média mundial. Com
isso, essa característica tem sido extremamente valorizada entre líderes e
colaboradores.
Resiliência
é um conceito amplo, que pode ser definido como a habilidade do indivíduo em se
adaptar a situações de pressões e desafios.
Dessa
forma, o líder resiliente é aquele que consegue manter a equipe engajada e
focada mesmo em situações inesperadas.
Qualquer
gestor pode desenvolver essa habilidade, porém o líder precisa ter algumas
características para levar a resiliência para a empresa. A autoconfiança e a
persistência são necessárias para que o líder consiga resolver as tarefas sem
grandes dificuldades.
Além
disso, a resiliência deve estar alinhada à empatia. O líder que compreende como
os seus colaboradores se sentem, consegue manter um bom clima organizacional e
manter o fluxo de trabalho em andamento. Vale ressaltar que a empatia tem sido
muito valorizada no mercado de trabalho, e o gestor que consegue unir essas
duas características se coloca em destaque.
Objetividade
e percepção também fazem parte da liderança resiliente. O gestor objetivo tem
uma percepção prática do negócio, uma vez que consegue acompanhar melhor todos
os processos. A objetividade permite a resolução de problemas de forma mais
ágil. Já a percepção está ligada à atenção aos detalhes e à capacidade de
prever pontos na empresa que podem causar futuros problemas e, com isso, é
possível planejar soluções.
O
autogerenciamento é outra habilidade que os atuais gestores precisam
desenvolver. As relações comerciais exigem que o profissional seja cada vez
mais ágil e que consiga gerenciar suas tarefas a seu tempo. No caso dos
líderes, a equipe é fundamental para o rendimento da empresa. Além disso, ao se
falar de resiliência, ter controle das emoções e das atividades que deverão ser
feitas é uma etapa importante.
A
empresa espera que o líder entregue bons resultados. Por isso, ele deve se
capacitar, se atentar às tendências do mercado e se manter preparado para lidar
com futuros imprevistos. Do ponto de vista dos colaboradores, é esperado que o
gestor mantenha engajada e, ao mesmo tempo, que seja acolhedor. Desse forma, os
líderes resilientes têm conseguido se manter fortes no mercado.”.
(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da
Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de abril de 2021, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 30 de abril de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Mundo do trabalho
O
Dia do Trabalhador, neste contexto de pandemia da Covid-19, evidencia ainda
mais as muitas feridas do mundo do trabalho. As alarmantes estatísticas dos
sem-trabalho sinalizam rostos sofridos e desesperançados. A chaga do mundo do
trabalho torna-se ainda mais grave quando alguns se enriquecem
inescrupulosamente enquanto muitos convivem com a fome. Um cenário que se
perpetua por modelos perversos de exercício da política, pela indiferença
social, por uma cultura segregacionista e excludente de uma sociedade adoecida.
Adoecimento que ameaça até aqueles que ilusoriamente buscam amparo nas próprias
rendas e lucros. É, pois, urgente uma nova lógica na política e na economia,
para que seja evitada a derrocada da humanidade.
A
civilização contemporânea padece com a falta de compaixão. Uma carência que
prejudica a inteligência humana, ofuscando a sua luminosidade. É preciso agir
para que essa inteligência não descarrilhe ainda mais na direção de
negacionismos e da falta de sentido humanístico. A sociedade reúne condições e
meios para ser justa e solidária, pautada pela lógica da amizade social, ao
sabor do Evangelho de Jesus Cristo. Não pode submeter-se às lideranças vazias
de governos que não se pautam pelas lógicas das construções pluralistas –
distantes do cristianismo autêntico que pode salvar e fecundar culturas,
conferir à humanidade valores e princípios com força de transformação. Valores
e princípios que permitam reconhecer a vida como dom.
Na
perspectiva do autêntico cristianismo, o Dia do Trabalho é um grito de
trabalhadores e trabalhadoras sem rumo, sem trabalho, desamparados. Um clamor
que precisa incomodar os insensíveis, inspirar os que têm maior
responsabilidade na condução da sociedade e fecundar intuições para que sejam
arquitetados novos cenários no mundo do trabalho. O gesto prioritário é a
solidariedade, exercida em rede. Um indispensável remédio que funciona como
nova luz para a inteligência e sabedoria no exercício de poderes. Os cristãos,
em diálogo aberto e cooperativo com a sociedade pluralista, são convocados a
ajudar para que a solidariedade se torne um princípio da vida social. Essa
responsabilidade está enraizada nas muitas lições do Mestre e Senhor, que diz:
“Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” e “amai-vos uns aos
outros como eu vos amei”. Assim, a Doutrina Social da Igreja Católica reúne
elementos merecedores de redobrada atenção e comprometimentos urgentes. Urge-se
investir na solidariedade como princípio social e virtude moral.
As
relações entre pessoas e povos, marcadas pela interdependência, precisam ser
pautadas por autêntica solidariedade ético-social, para que seja recuperada a
sociabilidade intrínseca à pessoa humana. Sob os parâmetros da solidariedade
ético-social, prevaleça também o respeito à igualdade de todos em dignidade e
direitos. Trilhando nesse sentido, a civilização contemporânea pode tratar
adequadamente as feridas que ameaçam o mundo do trabalho. Deve-se reconhecer
que trabalhar é um direito e um bem fundamental para cada pessoa. O trabalho é
útil e necessário para formar e manter uma família, para efetivar o direito à
propriedade e oferecer contribuição na promoção do bem comum. O desemprego é
problema que desafia principalmente o Estado a promover adequadas políticas
capazes de gerar trabalho.
A
Doutrina Social da Igreja Católica mostra a necessidade de se reconhecer que o
trabalho humano é condição indispensável para a promoção da justiça social e da
paz civil. A comunidade política está desafiada a assumir, com qualidade e
protagonismo, o seu papel e, alicerçada em autoridade ilibada, promover o bem
comum. Isso exige reconhecer e considerar as prioridades dos pobres, dos vulneráreis,
dos sem-trabalho. Trata-se de um caminho para a preservação e fortalecimento da
democracia. Sem medos, livres das indiferenças alimentadas por mesquinhez, a
hora exige coragem de se dedicar aos pobres, aos sem-trabalho. Um exercício
essencial para construir uma economia que promova e preserve a vida,
estimulando novos hábitos e a cura das feridas do mundo do trabalho.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal
sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa
capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
59
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem! ...
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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