A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA VISÃO OLÍMPICA NA TRANSFORMAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES E PROMOÇÃO DO HUMANISMO E A TRANSCENDÊNCIA DO ZELO COM A CASA COMUM NA SUSTENTABILIDADE
“A chave para o amanhã
Os
últimos 300 anos mudaram a face do planeta. A emergência da razão, da ciência,
do humanismo, do capitalismo e da democracia foi fundamental para chegarmos até
aqui. Paulatinamente, fomos moldando o mundo por meio da construção dessas
instituições e ideias e da adoção de tecnologias em grande escala, com reflexos
positivos e negativos para a humanidade.
De um
lado, somos hoje capazes de nos autodestruir, seja por conta de uma guerra
nuclear, seja por conta de nosso comportamento predatório e insustentável. Por
outro, já temos amplas condições de atingir patamares adequados de qualidade de
vida para todos, com respeito ao meio ambienta e às gerações futuras.
Podemos
acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares; podemos
assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as
idades; podemos assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade para
todos; podemos alcançar a igualdade de gênero; podemos assegurar a
disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos; e por aí
vai.
Podemos
cumprir com todos os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)
estabelecidos pela Assembleia Geral da ONU, por meio da implementação de
políticas públicas eficientes e responsáveis e pelo uso maciço de tecnologias
que já estão disponíveis. Parece incrível, e é.
Entretanto,
tudo indica que, apesar dos gigantescos avanços tecnológicos, não vamos cumprir
as metas estabelecidas para os ODS para 2030. Se temos condições técnicas
necessárias, o que falta para termos uma sociedade mais humana, menos desigual
e com melhor qualidade de vida para todos? A resposta não parece estar
propriamente na tecnologia que já existe e que certamente virá.
Os
avanços, sobretudo no que se refere à ciência e sua aplicação prática, parecem
revelar que o sonho de uma sociedade plural, livre, sustentável, que garanta
uma boa qualidade de vida para todos, é possível. O cerne dos nossos problemas
atuais – e, portanto, também das soluções – está no ser humano, e não na
máquina.
Para
isso, teremos ainda um longo percurso. De um lado, precisamos aperfeiçoar as
instituições públicas e privadas, tornando-as abertas, plurais, eficientes e
inovadoras. Ao lado disso, precisamos promover uma cultura cada vez mais
democrática, inclusiva e humanista, com vistas a melhorar nossa relação com o
outro e com o planeta.
Os
desafios são imensos. Os últimos 300 anos demonstram que o ser humano é capaz
de quase tudo.”.
(Thiago Camargo. Formado em direito,
especialista em políticas públicas e mestre em ciência política pela UFMG;
sócio do escritório Marcelo Guimarães Advogados e da Sinapse Consultoria e
Projeto, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de
3 de março de 2021, caderno OPINIÃO, página 39).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 28 de maio de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Laudato si’ em pauta
O
sexto aniversário da Laudato si’ – carta encíclica do papa Francisco
sobre o cuidado com a casa comum, 24 de maio, e o Dia Mundial da Ecologia, 5 de
junho, reacendem luzes no horizonte da humanidade, interpelando,
particularmente, os cristãos. O cuidado com a casa comum é dever cidadão e
tarefa cristã. Trata-se de obediência amorosa e reverente ao Criador, que se
desdobra na fraterna dedicação a todos as criaturas. A moral cidadã e o sentido
profundo da fé exigem responsável consideração de grave cenário: a irmã terra
está clamando contra o mal que a ameaça, consequência de apropriação
irresponsável e abusiva dos bens que são dádivas de Deus ao planeta. A fé
cristã, com a sua doutrina que incide na conduta moral, revela ser equívoco
pensar que a humanidade seja proprietária e dominadora da Terra, podendo
saqueá-la, depredá-la, sob impulso da ganância e do lucro. Essa triste situação
interpela a cidadania, iluminada pela fé cristão, a reagir, pois as feridas do
coração humano estão adoecendo o planeta.
Sublinha
o papa Francisco, na carta encíclica Laudato si’, que entre os pobres
mais abandonados e maltratados está a casa comum oprimida e devastada. O
cenário mundial é preocupante, não raramente emoldurado por demagogias que
envolvem interesses escusos e mesquinhos de nações e governos. Nesse contexto,
a situação da sociedade brasileira é muito preocupante quando se considera,
particularmente, o tratamento do meio ambiente. Uma realidade que, para ser
transformada, necessita de qualificada cidadania e também da atuação assertiva
dos cristãos. Merece redobrada atenção o que está em curso no âmbito da
conjuntura política nacional: aponta-se para um grave desmonte dos mecanismos
de proteção ambiental.
É
preciso exigir do Congresso Nacional que não alimente ou aprove fragilizações
na legislação ambiental vigente, com desregulamentações. Ao invés disso,
deve-se avançar no aperfeiçoamento dos mecanismos de proteção da casa comum, no
horizonte delineado e defendido pelo papa Francisco e por toda a riqueza que a
Doutrina Social da Igreja reúne na salvaguarda do meio ambiente. Os
ensinamentos do papa Francisco e os princípios da Doutrina Social da Igreja,
para os cristãos, devem ser “cláusulas pétreas” no exercício da cidadania, pois
constituem elementos decisivos para a oferta de qualificada contribuição à
sociedade, que precisa ser edificada ao sabor do Evangelho de Jesus Cristo.
As casas
legislativas precisam assumir com urgência, protagonismo e mais zelo, as suas
responsabilidades na busca pelo indispensável equilíbrio ambiental, para
garantir saúde ao planeta e, consequentemente, à humanidade. Ao mesmo tempo, é
inadmissível o tratamento inadequado, sem debate público e entendimentos
amadurecidos, de assuntos com ampla incidência no contexto socioambiental, a
exemplo dos licenciamentos para a exploração de recursos naturais. Ouvir a
sociedade e dialogar com autoridades técnico-científicas sobre questões
ambientais é imprescindível. Nessa perspectiva, merece amplo estudo e debate
social as discussões relacionadas aos Projetos de Lei 3729/2004, 2633/2020,
510/2021 e 191/2020 – todos com potencial para impactar o meio ambiente.
Mudança nos critérios para licenciamentos ambientais, os riscos de se facilitar
a grilagem de terra e as consequências da abertura de terras indígenas para a
mineração merecem consideração responsável.
As
decisões não podem ser pautadas simplesmente por princípios que apenas buscam o
lucro, desconsiderando a necessidade de um desenvolvimento integral. O ponto de
partida não pode ser o dinheiro, mas a desafiadora consideração da condição
humana que é raiz da crise ecológica. O papa Francisco recorda que há um modo
inadequado de compreender a vida e a ação do ser humano, que contradiz a
realidade até a ponto de arruiná-la. “Proponho, pois, que nos concentremos no
paradigma tecnocrático dominante e no lugar que ocupa nele o ser humano e a sua
ação no mundo”, diz o papa Francisco, na carta encíclica Laudato si’. É
preciso refletir sempre à luz dos parâmetros mais humanizados, e não meramente
tecnocráticos, pois não se pode alimentar a ilusão de um “crescimento
econômico” ilimitado e infinito.
É
urgente investir na cultura ecológica, com amparos legislativos inteligentes e
não suicidas, com amplo processo educativo, para se conquistar novo modelo
civilizatório, mais humano e em harmonia com o planeta. Espera-se que o Projeto
de Lei 1.070/2021, aprovado no Senado Federal, trilhe o mesmo caminho na Câmara
dos Deputados, e se institua o “Junho Verde”, uma campanha educativa. Trata-se
de passo importante para contribuir na efetivação de novas legislações e
compromissos que busquem constituir uma cultura ecológica. Essa cultura é
urgente necessidade para que haja mais respeito à vida, dom de Deus que precisa
ser sempre defendido e promovido, em todas as suas etapas, da concepção ao
declínio natural. Os cristãos têm a urgente tarefa de buscar, exemplarmente, um
novo estilo de vida, balizado por dinâmicas da necessária cultura ecológica.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resídu\os
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
59
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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