(Novembro = mês 60; faltam 110 meses para a Primavera Brasileira)
“A importância de engajar as equipes
O
principal trabalho de um líder é fazer a gestão de pessoas, ou seja, coordenar
as equipes e manter os funcionários alinhados com os propósitos da empresa.
Tais tarefas podem ser desafiadoras, principalmente no que diz respeito a
manter os times engajados.
Em 2017
a consultoria de gestão norte-americana Bain & Company realizou uma
pesquisa comportamental para entender a importância do engajamento dos
funcionários. Segundo o estudo, um colaborador engajado é 44% mais produtivo do
que um trabalhador somente satisfeito, ou seja, o funcionário que realmente
acredita e confia na organização rende mais do que aquele que está apenas
satisfeito, mas que não abraça as causas da empresa.
No
entanto, gerar esse engajamento não é algo fácil de fazer. Estudos apontam que
empresas do mundo todo possuem dificuldades em incentivar as equipes. A empresa
de pesquisa de opinião Gallup apontou que, em 2018, 85% dos trabalhadores
norte-americanos não se sentiam engajados em seus empregos.
Dessa
forma, para uma organização alcançar o sucesso, é necessário não só investir na
satisfação das equipes, mas também oferecer um ambiente em que os funcionários
se sintam estimulados e interessados em contribuir para o crescimento da
empresa. Para isso, é preciso realizar algumas mudanças na organização.
O
primeiro passo é o preparo do líder. Um dos principais motivos para um
funcionário se desligar da empresa é o descontentamento com o gestor. Por isso,
para manter os bons resultados da equipe, é esperado que o líder desenvolva
empatia e saiba controlar suas emoções.
Além
disso, o líder deve conhecer os objetivos individuais de cada membro da equipe.
Somente dessa forma será possível construir uma ligação entre os colaboradores
e conectá-los aos propósitos da empresa. Com isso, é fundamental manter um
canal de comunicação aberto com os funcionários, atitude que contribui para
manter o engajamento.
Outro
ponto importante é a necessidade de mensurar o engajamento. Só é possível
promover melhorias para as equipes se a liderança conhecer suas capacidades e
desafios. Dessa forma, o gestor deve sempre buscar o feedback dos
colaboradores, entender quais pontos da empresa estão bons e quais podem ser
melhorados.
Vale
ressaltar que a pesquisa da Bain & Company aponta que um funcionário
engajado é capaz de influenciar os outros trabalhadores e, assim, melhorar o
rendimento de todos. Profissionais engajados se tornam embaixadores internos da
empresa e contribuem para um ambiente de trabalho mais produtivo. Isso, somado
a uma boa gestão transforma os resultados da organização.
A
relação com os clientes e fornecedores também muda quando a equipe está
engajada, já que os funcionários são os responsáveis por fazer contatos e
atendimentos. Dessa forma, um colaborador motivado e alinhado com as ideias da
organização gera um impacto positivo para as entregas. Por isso, desenvolver
estratégias para entender melhor os times é fundamental.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, edição de 9 de outubro de 2021,
caderno OPINIÃO, página 21).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 29 de outubro de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente
integral transcrição:
“Renovai a mente
O
admirável apóstolo Paulo, escrevendo à comunidade cristã de Éfeso, partilha,
enfaticamente, este conselho: “É preciso renovar-vos, pela transformação
espiritual de vossa mente, e vestir-vos do homem novo, criado à imagem de Deus,
em justiça, santidade e verdade”.
Em
outras circunstâncias, por meio da pregação e da escritura, o mesmo apóstolo
abordou essa temática, cônscio dos avanços e retrocessos na existência humana,
com incidências fortes no tecido sociocultural. A mente humana é patrimônio da
liberdade individual, mas com enorme responsabilidade social, por influenciar
nas configurações de valores e princípios. Sabe-se o quanto a mentalidade
coletiva incide sobre a realidade, inspirando ganhos e perdas, em diferentes
etapas da história.
No
contexto contemporâneo da sociedade brasileira, é preocupante a hegemonia de
compreensões que corroem conquistas importantes da democracia e do exercício da
solidariedade. Retrocessos perigosos e a tendência de se manter, em
“banho-maria”, temáticas relevantes para a preservação dos direitos e da
justiça.
A forja
dessas perdas é o predomínio de uma mentalidade que precisa ser debelada, a
partir de providências urgentes, para reverter a crise antropológico-cultural
em curso na sociedade. Sofre-se a consequência de uma verdadeira “babel”,
revelada pela falta de conexões na linguagem, manipulada para formular juízos
incoerentes, contaminados por vícios que englobam desde a defesa do que é
indefensável até as manifestações de ódio.
Têm sido
nefastas as consequências, que incluem equívocos nas escolhas políticas – o que
aponta para a urgência de se investir sempre mais no exercício cidadão de
adequadamente escolher aqueles que ocupam as instâncias do poder. Um passo
importante nessa tarefa é reconhecer: mentes estão produzindo, mundo afora, o
que o papa Francisco aponta na Carta Encíclica Fratelli tutti – “sombras
de um mundo fechado”.
Ainda
que com tantos avanços científicos e tecnológicos a sociedade continua a
padecer, em razão da falta de lucidez. O papa Francisco adverte a respeito dos
sinais de retrocesso na história, quando se reacendem conflitos anacrônicos,
ressurgem nacionalismos fechados e agressivos. De modo incoerente, muitos, dizendo-se
defensores de algum princípio ou valor justo, acabam por desfigurar o bem, o
amor, a justiça e a solidariedade, fazendo com que a sociedade se distancie das
práticas que garantem a coesão fraterna de um povo ou nação.
Um
caminho que, apesar de perigoso por levar ao caos, seduz aqueles que não se dão
conta do acelerado precipitar da vida, consequência do ódio e de negacionismos.
Sinal de mentalidades estreitas, que aprisionam o ser humano também em
dinâmicas da economia e das finanças.
Há uma
cegueira estabelecida pela hegemonia do dinheiro – que governa em vez de servir
ao ser humano. Trata-se de um nível perverso de dominação, contaminando até
mesmo instâncias com a responsabilidade de promover correções e ajustes nos
parâmetros da justiça e da verdade. É triste o crescente desinteresse pelo bem
comum, prevalecendo a supremacia de poderes econômicos, com a fragilização da
política, cada vez mais submissa. Inspire uma urgente reação, especialmente a
partir de investimentos educativos para reconfigurar consciências, a palavra
forte do papa Francisco: os indivíduos nunca estiveram tão sozinhos como
atualmente neste mundo massificado, privilegiando os interesses individuais e
enfraquecendo a dimensão comunitária da existência.
É hora
de vencer todo tipo de desânimo e cuidar para que não haja propagação de
desconfianças, alimentando as polarizações e o caos. A luta por interesses
egoístas alimenta a configuração de uma realidade em que todos estão contra
todos, onde vencer se torna sinônimo de destruição. O momento requer o
exercício da escuta, condição essencial para qualificar aquilo que se diz.
Oportunidade para transformar a mente – acolhendo a orientação do apóstolo
Paulo – e gerar entendimentos que promovam a fraternidade, com novas incidências
existenciais, políticas e sociais.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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