segunda-feira, 1 de novembro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS PARA O SUCESSO EMPRESARIAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS LUZES DA JUSTIÇA, VERDADE, SOLIDARIEDADE E FRATERNIDADE NUMA NOVA ORDEM ECONÔMICA NA SUSTENTABILIDADE (60/110)

(Novembro = mês 60; faltam 110 meses para a Primavera Brasileira)

“A importância de engajar as equipes

        O principal trabalho de um líder é fazer a gestão de pessoas, ou seja, coordenar as equipes e manter os funcionários alinhados com os propósitos da empresa. Tais tarefas podem ser desafiadoras, principalmente no que diz respeito a manter os times engajados.

         Em 2017 a consultoria de gestão norte-americana Bain & Company realizou uma pesquisa comportamental para entender a importância do engajamento dos funcionários. Segundo o estudo, um colaborador engajado é 44% mais produtivo do que um trabalhador somente satisfeito, ou seja, o funcionário que realmente acredita e confia na organização rende mais do que aquele que está apenas satisfeito, mas que não abraça as causas da empresa.

         No entanto, gerar esse engajamento não é algo fácil de fazer. Estudos apontam que empresas do mundo todo possuem dificuldades em incentivar as equipes. A empresa de pesquisa de opinião Gallup apontou que, em 2018, 85% dos trabalhadores norte-americanos não se sentiam engajados em seus empregos.

         Dessa forma, para uma organização alcançar o sucesso, é necessário não só investir na satisfação das equipes, mas também oferecer um ambiente em que os funcionários se sintam estimulados e interessados em contribuir para o crescimento da empresa. Para isso, é preciso realizar algumas mudanças na organização.

         O primeiro passo é o preparo do líder. Um dos principais motivos para um funcionário se desligar da empresa é o descontentamento com o gestor. Por isso, para manter os bons resultados da equipe, é esperado que o líder desenvolva empatia e saiba controlar suas emoções.

         Além disso, o líder deve conhecer os objetivos individuais de cada membro da equipe. Somente dessa forma será possível construir uma ligação entre os colaboradores e conectá-los aos propósitos da empresa. Com isso, é fundamental manter um canal de comunicação aberto com os funcionários, atitude que contribui para manter o engajamento.

         Outro ponto importante é a necessidade de mensurar o engajamento. Só é possível promover melhorias para as equipes se a liderança conhecer suas capacidades e desafios. Dessa forma, o gestor deve sempre buscar o feedback dos colaboradores, entender quais pontos da empresa estão bons e quais podem ser melhorados.

         Vale ressaltar que a pesquisa da Bain & Company aponta que um funcionário engajado é capaz de influenciar os outros trabalhadores e, assim, melhorar o rendimento de todos. Profissionais engajados se tornam embaixadores internos da empresa e contribuem para um ambiente de trabalho mais produtivo. Isso, somado a uma boa gestão transforma os resultados da organização.

         A relação com os clientes e fornecedores também muda quando a equipe está engajada, já que os funcionários são os responsáveis por fazer contatos e atendimentos. Dessa forma, um colaborador motivado e alinhado com as ideias da organização gera um impacto positivo para as entregas. Por isso, desenvolver estratégias para entender melhor os times é fundamental.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, edição de 9 de outubro de 2021, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 29 de outubro de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Renovai a mente

        O admirável apóstolo Paulo, escrevendo à comunidade cristã de Éfeso, partilha, enfaticamente, este conselho: “É preciso renovar-vos, pela transformação espiritual de vossa mente, e vestir-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em justiça, santidade e verdade”.

         Em outras circunstâncias, por meio da pregação e da escritura, o mesmo apóstolo abordou essa temática, cônscio dos avanços e retrocessos na existência humana, com incidências fortes no tecido sociocultural. A mente humana é patrimônio da liberdade individual, mas com enorme responsabilidade social, por influenciar nas configurações de valores e princípios. Sabe-se o quanto a mentalidade coletiva incide sobre a realidade, inspirando ganhos e perdas, em diferentes etapas da história.

         No contexto contemporâneo da sociedade brasileira, é preocupante a hegemonia de compreensões que corroem conquistas importantes da democracia e do exercício da solidariedade. Retrocessos perigosos e a tendência de se manter, em “banho-maria”, temáticas relevantes para a preservação dos direitos e da justiça.

         A forja dessas perdas é o predomínio de uma mentalidade que precisa ser debelada, a partir de providências urgentes, para reverter a crise antropológico-cultural em curso na sociedade. Sofre-se a consequência de uma verdadeira “babel”, revelada pela falta de conexões na linguagem, manipulada para formular juízos incoerentes, contaminados por vícios que englobam desde a defesa do que é indefensável até as manifestações de ódio.

         Têm sido nefastas as consequências, que incluem equívocos nas escolhas políticas – o que aponta para a urgência de se investir sempre mais no exercício cidadão de adequadamente escolher aqueles que ocupam as instâncias do poder. Um passo importante nessa tarefa é reconhecer: mentes estão produzindo, mundo afora, o que o papa Francisco aponta na Carta Encíclica Fratelli tutti – “sombras de um mundo fechado”.

         Ainda que com tantos avanços científicos e tecnológicos a sociedade continua a padecer, em razão da falta de lucidez. O papa Francisco adverte a respeito dos sinais de retrocesso na história, quando se reacendem conflitos anacrônicos, ressurgem nacionalismos fechados e agressivos. De modo incoerente, muitos, dizendo-se defensores de algum princípio ou valor justo, acabam por desfigurar o bem, o amor, a justiça e a solidariedade, fazendo com que a sociedade se distancie das práticas que garantem a coesão fraterna de um povo ou nação.

         Um caminho que, apesar de perigoso por levar ao caos, seduz aqueles que não se dão conta do acelerado precipitar da vida, consequência do ódio e de negacionismos. Sinal de mentalidades estreitas, que aprisionam o ser humano também em dinâmicas da economia e das finanças.

         Há uma cegueira estabelecida pela hegemonia do dinheiro – que governa em vez de servir ao ser humano. Trata-se de um nível perverso de dominação, contaminando até mesmo instâncias com a responsabilidade de promover correções e ajustes nos parâmetros da justiça e da verdade. É triste o crescente desinteresse pelo bem comum, prevalecendo a supremacia de poderes econômicos, com a fragilização da política, cada vez mais submissa. Inspire uma urgente reação, especialmente a partir de investimentos educativos para reconfigurar consciências, a palavra forte do papa Francisco: os indivíduos nunca estiveram tão sozinhos como atualmente neste mundo massificado, privilegiando os interesses individuais e enfraquecendo a dimensão comunitária da existência.

         É hora de vencer todo tipo de desânimo e cuidar para que não haja propagação de desconfianças, alimentando as polarizações e o caos. A luta por interesses egoístas alimenta a configuração de uma realidade em que todos estão contra todos, onde vencer se torna sinônimo de destruição. O momento requer o exercício da escuta, condição essencial para qualificar aquilo que se diz. Oportunidade para transformar a mente – acolhendo a orientação do apóstolo Paulo – e gerar entendimentos que promovam a fraternidade, com novas incidências existenciais, políticas e sociais.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 339,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,6%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,25%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

  

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