quarta-feira, 3 de novembro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS NOVAS TECNOLOGIAS DIGITAIS PARA A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DOS VALORES ÉTICOS E PRINCÍPIOS REPUBLICANOS DA BOA GOVERNANÇA NA SUSTENTABILIDADE

“Impacto do BIM no mercado de trabalho da construção

        A transformação digital já é uma realidade em quase todas as áreas da economia, e na construção civil não é diferente. Nesse sentido, uma das principais tendências é o Modelagem de Informação da Construção (BIM). A empresa norte-americana de consultoria e análise de mercado Markets and Markets trouxe recentemente um dado que ilustra esse movimento de alta. Segundo o levantamento, o mercado global de BIM deve ter crescimento de 14,5% até 2025.

         Segundo os especialistas da área, o Brasil também deve seguir essa tendência, principalmente em virtude do Decreto 10.306, de 2 de abril de 2020. O documento estabelece a utilização do BIM na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizadas pelos órgãos da administração pública federal. Com isso, todas as empresas que atuam no ramo da construção civil e que desejam participar de licitações devem contar com profissionais capacitados para usar essa metodologia.

         A utilização do BIM tem ganhado cada vez mais força, e com a entrada em vigor da lei brasileira sobre a metodologia na construção civil, a expectativa é que se crie uma cultura, que valoriza a execução de projetos com mais produtividade, transparência e custos mais baixos.

         Deve resultar ainda no surgimento de oportunidades para os profissionais da área. Como uma das principais características da metodologia é a multidisciplinaridade, a maioria dos cursos de exatas, como arquitetura e engenharias, oferece base sólida, mas a atuação específica depende de especialização. Segundo informações do site focado em mercado de trabalho Glassdoor, atualmente a faixa salarial do BIM Maneger no Brasil varia de R$ 8.000 a R$ 10 mil.

         Além da geração de empregos, o governo tem o objetivo de aumentar a transparência e disseminar o BIM em território nacional. Além de industrializar a obra e reduzir os custos em aproximadamente 20%, o BIM permite a visualização virtual do produto final antes da execução, prevendo possíveis problemas que possam surgir. Com isso, evita-se o retrabalho e o desperdício, que é um problema recorrente na construção civil brasileira.

         Criado no início dos anos 2000, o BIM é a representação virtual de uma obra. Seu grande diferencial é a quantidade de informações que traz sobre cada detalhe do projeto. Além de permitir uma pré-visualização do resultado final em termos de estética, nele já constam dados sobre acabamento, ventilação, materiais, instalações elétricas e hidráulicas, entre muitos outros. Por isso, o projeto BIM pode ser usado durante toda a vida útil do edifício, desde seu nascimento até sua demolição, passando pelas manutenções pontuais.

         É importante enfatizar que não se trata de um software, mas sim de um modelo de gestão das informações referentes a um determinado projeto, seja de um edifício, um automóvel, uma aeronave ou até mesmo de uma cidade inteira.”.

(Marcos Carvalho. Professor de BIM no curso de arquitetura do Centro Universitário Newton Paiva, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 19 de outubro de 2021, caderno OPINIÃO, página 23).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 1º de novembro de 2021, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Roma, RMBH e os bárbaros

        Em todas as instâncias do governo de Minas, da mais alta até a mais técnica, estão sendo ignorados os alertas e os apelos das prefeituras impactadas pelo projeto em formato de travessia urbana do futuro Rodoanel da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Levado à frente a quatro mãos pelo governo e pelas empreiteiras interessadas, não poderia ser muito diferente de um formato que maximiza os lucros, joga alguns bilhões de soluções nas contas públicas e desrespeita a população – boa parte dela humilde e ignorando o que está sendo engendrado.

         Para atingir o objetivo que une Estado e empreiteiras escancaradas pela Lava Jato, durante as audiências públicas, não se apresenta nem se dá oportunidade ao projeto alternativo das prefeituras, que é muito mais econômico, humano, desenvolvimentista, socialmente e ambientalmente correto. Não se permite, assim, uma comparação que mostraria como existem números inconsistentes e omissões de alguns bilhões de gastos.

A melhor proposta, a das prefeituras, não vai gerar demolições, desapropriações de moradias, descaracterização urbanística de bairros, impactos em áreas de preservação. Em vez disso, tangencia as áreas sensíveis, os bairros densamente povoados que se consolidaram em mais de 50 anos de existência e de vida de milhares de famílias. Mais econômica e, sobretudo, completa, não esconde custos que o próprio Estado – ou seja, a população – deverá arcar ao longo de anos decorrentes de obras complementares, omitidas pelo Estado ou deixadas fora da proposta apresentada.

         À frente desse indigesto desafio, o Estado escalou pessoas supostamente ingênuas, inexperientes, embora domesticadas, e determinadas a passar o rolo compressor sobre quem apresenta soluções que divergem deles, apesar de mais rápidas, econômicas e sem sofrimento ou perdas da população.

         Nos relatórios oficiais do Estado, declara-se que quase 40% das reuniões realizadas foram mantidas com grupos empresariais interessados na construção e na concessão daquela que será a maior obra de todos os tempos na RMBH, estimada em valor fantasiosamente levado a R$ 5,1 bilhões. Não houve reuniões com associações dos bairros atingidos nem com as prefeituras que pagarão o desastre. O governador também, até hoje, não opinou sobre o mais impactante projeto do Estado, que já nasce no modelo de concessão pública, sem avaliar outras possibilidades, que podem levar à conclusão de que não será necessária a cobrança de pedágio, seguindo assim o modelo atual do Anel Rodoviário de BH.

Existe, em hipótese, a possibilidade de construir o Rodoanel, para em seguida leiloar a concessão do trecho viário com valor de pedágio menor ou quase inexpressivo. Chama a atenção que o acordo da Vale deixa a ela a obrigação de fazer obras nos municípios, e essa o Estado assume? Que coerência há nisso? Pois todo o acordo se choca com a constitucionalidade que classifica as verbas indenizatórias ao par de receitas públicas que se incorporam ao orçamento do Estado, submetidas à Lei 8.666 e à fiscalização do TCE e do MP.

A planilha de custos das obras é resumida, anêmica, hermética e tão transparente como um muro de concreto. Omite gastos com a indenização de benfeitoria e empreendimentos que serão impactados. Já a alternativa das prefeituras dá condições de, com um valor de R$ 4 bilhões, inserir as obras complementares de um rodoanel de verdade e as extensões que ligam (com os 20 km de seis pistas) a Via Expressa até Brumadinho e conectam a capital da Mutuca até Ibirité.

Ainda, não há um número mínimo suficiente de transposições, como viadutos e trincheiras, nem a reconstrução de redes de drenagem, esgoto, água, energia e fibras óticas. Cerca de R$ 2 bilhões ou R$ 3 bilhões, necessários e não considerados, ficarão em seguida suportados pelo erário público ou mais simplesmente por privações suportadas pela população de toda a Minas Gerais.

Não há menção a respeito dos prejuízos à saúde, à economia e ao bem-estar que explodirão ao se transformarem cidades em canteiros de obras durante anos, com poeira, lama, desvios de trânsito, interrupção da vida normal e sofrimentos generalizados.

A proposta alternativa das prefeituras, aquela em formato de anel de verdade – que incomoda o Estado –, transita apenas em áreas rurais (fora de APAs) e de expansão urbana, sem prejuízo aos moradores, sem obrigatoriedade de pedágios, que, no fim, serão de apanágio, provavelmente de operadoras escancaradas pela Lava Jato. Esta alternativa dos municípios nem sequer é considerada, divulgada, discutida, mas comparada ao “monstro de Frankenstein” do Estado, como se não existisse.

Também o traçado do governo Zema, por não cortar as BRs 381 e 262, despejará milhões de veículos a cada mês nos percursos densamente povoados de Betim e Contagem, eternizando, nas 24 horas do dia, o inferno no trânsito e os ruídos da poluição sonora. Bem diferente dos concessionários da via, já carimbados como donos do maior negócio de todos os tempos em Minas, que, por sua vez, terão como morar em Paris ou em algum paraíso de águas limpas, combatendo a monotonia da “dolce vita” na produção de filmes sobre como pilharam o Brasil.

A proposta do Estado, até agora, foi conduzida por ventríloquos das empreiteiras, que tiveram como mandamento o pedágio que deverá remunerar as empreiteiras. “O povo que se lixe”, como notar o governador em relação aos rombos da Cemig, que ele, entretanto, não relaciona à empreiteira mineira “rainha da Lava Jato”. Faltam peças importantes e lógica nessa narrativa. A lavagem se insere bem em cérebros despreparados, mas não se sustenta numa realidade correta, à luz da verdade.

Estarrece que o conceito universalmente utilizado nos países mais civilizados, e até nos menos, nesses casos é o de vias que contornam a área urbana, passa por fora do dedo, não o corta ao meio.

Minas parece passar pelo flagelo que Roma suportou no fim do império, com hordas de bárbaros saqueando suas riquezas, demolindo o passado e arrasando o futuro. Dessa vez, querem, também, levar as esperanças de progresso e os bens das próximas gerações.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 339,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,6%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,25%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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