segunda-feira, 29 de novembro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS NOVAS TECNOLOGIAS, BIODIVERSIDADE E CIÊNCIA PARA A RESTAURAÇÃO FLORESTAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESCUTA AMOROSA, VISÃO OLÍMPICA E FRATERNIDADE UNIVERSAL NAS INADIÁVEIS TRANSFORMAÇÕES CIVILIZATÓRIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Tecnologia inédita para reflorestamento de Brumadinho

        Uma tecnologia inédita para acelerar o processo de restauração florestal em Brumadinho (MG), como forma de reparar os impactos causados pelo rompimento da barragem B1, da mina de Córrego do Feigão, poderá contribuir para desacelerar o aquecimento global em todo o planeta. Mudas de espécies nativas, que poderiam levar mais de oito anos para florescer, iniciam esse processo entre seis e 12 meses, propagando suas sementes e consequentemente novas mudas, o que acelera o reflorestamento de áreas degradadas.

         O aquecimento global está em pauta durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), realizada entre os dias 31.10 a 12.11 em Glasgow, na Escócia. O encontro é uma oportunidade para que os países tornem mais ambiciosas suas metas ambientais até 2030, data considerada como decisiva para que se consiga limitar o aquecimento global em 1,5ºC, nível indicado como “desejável” pelo Acordo de Paris.

         Esse método utilizado para recuperar a biodiversidade em Brumadinho nunca havia sido praticado no mundo e foi considerado por especialistas como um marco para a conservação genética de plantas e a recuperação de espécies em extinção, podendo ajudar a acelerar o reflorestamento e o plantio de árvores nativas ao redor do mundo.

         Desenvolvida pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Sociedade de Investigações Florestais (SIF) e a Vale, a tecnologia pioneira foi batizada como “Resgate de DNA e indução de florescimento precoce em espécies florestais nativas”.

         Por meio dela, algumas mudas que poderiam levar mais de oito anos para florescer, frutificar e gerar sementes iniciam esse processo entre seis e 12 meses, o que contribui efetivamente para acelerar a recuperação da biodiversidade. A aceleração é possível por meio da coleta de DNA de árvores nativas como jacarandá caviúna, ipê-amarelo, braúna e jequitibá. Já no laboratório, os ramos coletados passam por um procedimento de enxertia para se tornarem capazes de reproduzir exatamente o material genético de outras plantas a partir de pequenas porções.

         Ao crescerem, as árvores possuem papel fundamental na purificação e na umidade do ar, uma vez que agem como sequestradoras de dióxido de carbono (CO2), capturando esses gases e desenvolvendo o oxigênio para a atmosfera. Além disso, elas também auxiliam na diminuição da temperatura localmente, o que contribui diretamente para a desaceleração do aquecimento global.

         Assim, o método criado em Minas Gerais pode ser utilizado na esfera mundial e contribuir com resultados importantes para apoiar as metas que serão definidas em Glasgow. Em uma esfera global, essa pode ser mais uma das ferramentas aplicadas para reduzir o aquecimento e proteger o planeta.”.

(Gleisson Santos (*) e Raul Firmino (**)

Professor Universidade Federal de Viçosa (*) Analista Ambiental Vale (**), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de novembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 27 de novembro de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Escutar, ver e anunciar

         A Igreja Católica na América Latina e no Caribe celebra a sua 1ª Assembleia Eclesial, de 21 a 28 de novembro, com representantes reunidos no México, ao redor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, e muitos evangelizadores participando a partir de tecnologias digitais. Com predominância de cristãos leigos e leigas, esta Assembleia Eclesial tem no horizonte um acontecimento marcante vivido pela Igreja no continente há 114 anos: a 5ª Conferência dos Bispos Latino-Americanos e Caribenhos, realizada no Santuário Nacional Nossa Senhora Aparecida, em maio de 2007. As indicações da Conferência, reunidas no documento de Aparecida, estão sendo retomadas pelo coração do Povo de Deus na América Latina e no Caribe, conforme pede o Papa Francisco, para inspirar nova reação missionária em toda a região. Por meio de reflexões, avaliações, questionamentos, a Assembleia Eclesial, guiada pelo Documento de Aparecida, busca intuições inspiradas pelo Espírito Santo, para que a Igreja seja capaz de oferecer novas respostas aos desafios atuais.

         A Igreja procura avaliar o seu caminho pela articulação de todos os segmentos do Povo de Deus. Uma clara consolidação vivencial e celebrativa do Sínodo sobre a Sinodalidade na Igreja, já vivido pelos cristãos católicos em todo o planeta. O Sínodo é um passo novo em escala maior, inspirado no que se vivencia em muitas instâncias locais, qualificando ainda mais o que significa caminhar juntos no contexto eclesial. Ultrapassa, assim, o simples sentido de uma dinâmica que procura investir mais na comunhão, participação e missão. O objetivo é continuamente promover a renovação da Igreja e o fortalecimento da fé cristão, com incidências transformadoras na dimensão existencial do ser humano e, consequentemente, nos contextos político, econômico e social, que precisam se reconfigurar ao sabor do Evangelho.

         A Igreja Católica reconhece o tamanho de seu desafio e, por isso mesmo, celebra a 1ª Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe a partir de uma dinâmica com potencial para gerar os efeitos esperados. Pode-se dizer que é uma dinâmica tríplice, com esses movimentos conjugados: escutar, ver e anunciar. Esse tríplice movimento na celebração da 1ª Assembleia Eclesial ultrapassa o evento para alcançar respostas missionárias necessárias à Igreja, que enfrenta muitos desafios – a perda de fiéis, rigidez em tradicionalismos e, especialmente, a urgência de se promover mais sinergia entre a fé cristã e a vida cotidiana. Os princípios do Evangelho de Jesus Cristo precisam mudar dinâmicas perversas que ameaçam a vida no planeta e, particularmente, a sociedade latino-americana e caribenha.

         O ponto de partida da 1ª Assembleia Eclesial – e do Sínodo sobre a Sinodalidade – será sempre a “escuta”. Esta é a tônica forte ensinada no basilar Livro do Deuteronômio: “Ouve, ó Israel”. Ao escutar Deus, o Povo testemunha a sua fidelidade, expressa na fraternidade universal. Escutar Deus tem força e propriedade para gerar redirecionamentos e inspirar respostas. Neste tempo em que se fala muito, e de tudo, com pouca disponibilidade para escutar, torna-se ainda mais difícil superar as crises humanitárias e institucionais.

         A necessidade de aprender a escutar Deus é sublinhada por Jesus muitas vezes. Em diálogo com Pilatos, na narrativa bíblica em que Cristo é condenado à morte na Cruz, Jesus explica: aqueles que são da verdade ouvem a sua voz. E a competência para ouvir está vinculada à capacidade de ver. Oportuno lembrar a narrativa sobre o cego Bartimeu, mendigo da estrada de Jericó. Ele, ouvindo a multidão, despertou-se para o personagem maior que ali passava, e gritou pedindo: “Senhor, tem piedade de mim”. A escuta da multidão, que gerou o clamor de Bartimeu, tornou-se oportunidade para o diálogo com Deus. Jesus pergunta ao cego: “O que queres que eu lhe faça?” a pronta resposta: “Que eu veja”. Curado da cegueira, Bartimeu segue e anuncia o Mestre.

         A escuta da Palavra de Deus será sempre o ponto de partida e a consequente capacitação para deixar-se interpelar pelas palavras-clamores dos pobres e sofredores, do meio ambiente, da humanidade sofrida. Isto significa que escutar Deus inspira a capacidade de ver com compaixão. E todos que veem à luz da fé anunciam com inabalável convicção o que diz o Documento de Aparecida: “Conhecer a Jesus Cristo pela fé é a nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa”.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 339,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,6%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,67%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

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