segunda-feira, 8 de novembro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NA QUALIFICAÇÃO DOS DADOS ORGANIZACIONAIS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DO EXTREMO ZELO COM A CASA COMUM ALIADO AO DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE

“O uso dos dados para impulsionar a empresa

        ‘O recurso mais valioso de uma empresa são os seus dados’. Esta é uma frase muito comum no meio corporativo, já que as informações internas de uma organização são valiosas e apresentam grande valor para o sucesso dos negócios. Junto a isso, o avanço tecnológico alterou os processos e as formas de produção, gerando novas possibilidades para as organizações. No entanto, ainda existe no mercado uma dificuldade em utilizar os dados para impulsionar as empresas.

         Segundo um relatório publicado em maio de 2021 pela consultoria Capgemini Research Institute, empresas movidas a dados apresentam uma lucratividade 22% superior à média. Mas o estudo Insights da Maturidade Analítica Brasileira, aponta que o uso de dados no país ainda não é uma prática constante.

         Nesse sentido, é fundamental que as empresas brasileiras entendam a importância de investir na análise de informações e saibam como aplicar os dados em seus processos. Hoje a tecnologia permite a coleta e análise de grandes volumes de informações, que podem ser utilizados para controlar a qualidade da produção, otimizar processos e avaliar a satisfação dos clientes.

         Começar a adotar metodologias de análise de dados permitirá que a empresa se desenvolva e se torne mais competitiva. Para isso, a primeira etapa é incorporar os dados no dia a dia da organização. Trabalhar com dados não é algo que se aplique para apenas um setor da empresa ou a um software. Todas as áreas de uma organização podem se beneficiar com a coleta de informações; por exemplo, a área de marketing pode utilizar dados para entender melhor o perfil do consumidor, e o setor de recursos humanos pode identificar os pontos de dificuldade dos funcionários por meio dos dados.

         Após essa etapa, o ideal é traçar uma estratégia para definir quais são dos dados importantes, como eles serão coletados e como serão utilizados. É preciso identificar os objetivos para saber como as informações poderão ajudar nos resultados da organização.

         Outro ponto que deve estar no radar das empresas é a fonte desses dados, ou seja, eles precisam vir de fontes confiáveis e que vão fornecer aquilo que a empresa realmente precisa. Nesse ponto, é importante que a organização se atente à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que determinou uma série de critérios para a utilização de dados e penalidades caso ocorra o uso indevido. A organização deve saber como coletar e utilizar as informações, de forma que mantenha a segurança.

         Os dados não devem ser encarados como simples informações, eles são fontes para inovação. Com a análise é possível ter novas ideias para produtos e melhorias. O seu uso é algo que gera oportunidades para que a empresa aprenda e se desenvolva.

         Atualmente, para uma empresa gerar valor, ela precisa estar inserida na transformação digital. A análise e interpretação de dados fornecem grandes possibilidades para o aprimoramento e inovação. Por isso, é essencial que a organização se atente a essa grande tendência.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 30 de outubro de 2021, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.cnbb.org.br, edição de 05 de novembro de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Ecos da COP-26

        A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26) precisa abrir um novo ciclo em que as propostas apresentadas por líderes governamentais sejam cumpridas ante às urgências climáticas que “ardem na pele” da população. Essas urgências revelam tropeços da humanidade e, particularmente, da sociedade brasileira. E não é suficiente delegar a responsabilidade às autoridades. A sociedade civil precisa assumir a sua insubstituível tarefa de acompanhar e interpelar os governantes sobre o adequado tratamento da casa comum. Também as instâncias parlamentares têm a importante responsabilidade legislativa de fazer avançar acordos que busquem a proteção do planeta. Nessa missão, é muito necessário acompanhar as movimentações sobre os processos que podem inviabilizar conquistas e até mesmo gerar prejuízos significativos. No contexto da COP-26, por exemplo, presenças e ausências de autoridades convidadas já sinalizam a disponibilidade para efetivar, ou não, acordos estabelecidos na Conferência. Há de ser considerada, ainda, a força do mercado, vetor determinante para avanços ou retrocessos na luta contra as mudanças climáticas. Mercado e política contracenam no desafio de alcançar avanços na busca por um desenvolvimento sustentável e integral.

         O contexto socioambiental exige intervenções urgentes, pois a humanidade não pode mais permanecer envolta pela cegueira que o dinheiro provoca – o lucro ambicioso e perverso compromete muitas formas de vida no planeta. Por isso mesmo, as narrativas sobre a casa comum precisam entrar, com mais frequência e familiaridade, nas pautas cidadãs. É preciso que a sociedade civil esteja bem informada para se posicionar, por meio dos mecanismos possíveis e disponíveis, a respeito dos compromissos assumidos por governos e organismos internacionais. Indispensável é o horizonte rico e muito bem articulado da Carta Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, com arquitetura de um fundamental processo educativo. Essa aprendizagem viabilizada pela Carta Encíclica inspira sensibilidades e honestidade para as urgências socioambientais. Um contraponto às conveniências e às manipulações legislativas, às leniências e às concessões em desfavor do planeta, rumo às catástrofes climáticas.

         Quando se considera a realidade brasileira, os números, as ações governamentais e as tentativas de flexibilização legislativa são preocupantes. Lamentavelmente, os discursos ainda são mais demagógicos que incidentes – não possuem força para correções. Considerando as informações do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (iPCC), o aumento da emissão de gases de efeito estufa já provoca transformações prejudiciais irreversíveis no Brasil. Uma realidade que exige o compromisso ético-moral de cada cidadão brasileiro na tarefa de promover mudanças no tratamento dos recursos naturais do País. A desarvorada ânsia por riquezas e lucros leva a situações climáticas cada vez mais danosas em todas as macrorregiões que integram o território nacional. O enriquecimento de alguns coabita com um crescente amargor da população que pode se acentuar nos dias vindouros.

         Para se efetivar as soluções técnico-científicas de modo a frear o aquecimento global é preciso contar com a dedicação dos cidadãos e com a responsabilidade daqueles que ocupam as instâncias do poder. A sociedade brasileira, nos trilhos da esperada seriedade dos governantes, de coerentes escolhas legislativas e de decisões judiciais inequívocas, requer mais investimentos para efetivar uma educação ambiental no horizonte inegociável da ecologia integral. Assim, todos poderão reconhecer que o peso dos efeitos prejudiciais das mudanças climáticas alcança cada pessoa, mas pagam o preço mais alto os empobrecidos e excluídos, especialmente castigados pelas secas, enchentes, geadas e outros fenômenos climáticos.

         Há de crescer, mais aceleradamente, a sensibilidade para escutar os clamores dos pobres e da casa comum. Assim, sejam edificadas ações que ultrapassem a contemplação de interesses egoístas e a busca pelo enriquecimento predatório. É hora de construir entendimentos a partir do diálogo, para corrigir descompassos que levam a um desenvolvimento parcial e excludente. Dentre os desafios, busque-se reconhecer a importância dos povos indígenas, na sua sabedoria inigualável na conservação ambiental, para ir além dos interesses oligárquicos minerários ou agropecuários. Um exercício urgente quando se sabe das movimentações para derrubar o marco temporal constitucional, em nome de ambições que desconsideram não somente os povos indígenas, mas também o equilíbrio do ecossistema na casa comum. A COP-26 precisa ser real sinal de esperança e abrir um novo ciclo no planeta, balizado por solidariedade e respeito. Não se pode perder tempo, pois são urgentes novas posturas, rigoroso zelo para evitar retrocessos na preservação ambiental, buscando sempre defender a vida no planeta. Os ecos da COP-26 inspirem profunda mudança no Brasil e no mundo, para que a humanidade viva um desenvolvimento integral e sustentável.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 339,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,6%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,25%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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