“O uso dos dados para impulsionar a empresa
‘O
recurso mais valioso de uma empresa são os seus dados’. Esta é uma frase muito
comum no meio corporativo, já que as informações internas de uma organização
são valiosas e apresentam grande valor para o sucesso dos negócios. Junto a
isso, o avanço tecnológico alterou os processos e as formas de produção,
gerando novas possibilidades para as organizações. No entanto, ainda existe no
mercado uma dificuldade em utilizar os dados para impulsionar as empresas.
Segundo
um relatório publicado em maio de 2021 pela consultoria Capgemini Research
Institute, empresas movidas a dados apresentam uma lucratividade 22% superior à
média. Mas o estudo Insights da Maturidade Analítica Brasileira, aponta que o
uso de dados no país ainda não é uma prática constante.
Nesse
sentido, é fundamental que as empresas brasileiras entendam a importância de
investir na análise de informações e saibam como aplicar os dados em seus
processos. Hoje a tecnologia permite a coleta e análise de grandes volumes de
informações, que podem ser utilizados para controlar a qualidade da produção,
otimizar processos e avaliar a satisfação dos clientes.
Começar
a adotar metodologias de análise de dados permitirá que a empresa se desenvolva
e se torne mais competitiva. Para isso, a primeira etapa é incorporar os dados
no dia a dia da organização. Trabalhar com dados não é algo que se aplique para
apenas um setor da empresa ou a um software. Todas as áreas de uma organização
podem se beneficiar com a coleta de informações; por exemplo, a área de
marketing pode utilizar dados para entender melhor o perfil do consumidor, e o
setor de recursos humanos pode identificar os pontos de dificuldade dos
funcionários por meio dos dados.
Após
essa etapa, o ideal é traçar uma estratégia para definir quais são dos dados
importantes, como eles serão coletados e como serão utilizados. É preciso
identificar os objetivos para saber como as informações poderão ajudar nos
resultados da organização.
Outro
ponto que deve estar no radar das empresas é a fonte desses dados, ou seja,
eles precisam vir de fontes confiáveis e que vão fornecer aquilo que a empresa
realmente precisa. Nesse ponto, é importante que a organização se atente à Lei
Geral de Proteção de Dados (LGPD), que determinou uma série de critérios para a
utilização de dados e penalidades caso ocorra o uso indevido. A organização
deve saber como coletar e utilizar as informações, de forma que mantenha a
segurança.
Os dados
não devem ser encarados como simples informações, eles são fontes para
inovação. Com a análise é possível ter novas ideias para produtos e melhorias.
O seu uso é algo que gera oportunidades para que a empresa aprenda e se
desenvolva.
Atualmente,
para uma empresa gerar valor, ela precisa estar inserida na transformação
digital. A análise e interpretação de dados fornecem grandes possibilidades
para o aprimoramento e inovação. Por isso, é essencial que a organização se
atente a essa grande tendência.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 30 de outubro de 2021, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.cnbb.org.br,
edição de 05 de novembro de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral
transcrição:
“Ecos da COP-26
A
26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26) precisa
abrir um novo ciclo em que as propostas apresentadas por líderes governamentais
sejam cumpridas ante às urgências climáticas que “ardem na pele” da população.
Essas urgências revelam tropeços da humanidade e, particularmente, da sociedade
brasileira. E não é suficiente delegar a responsabilidade às autoridades. A
sociedade civil precisa assumir a sua insubstituível tarefa de acompanhar e
interpelar os governantes sobre o adequado tratamento da casa comum. Também as
instâncias parlamentares têm a importante responsabilidade legislativa de fazer
avançar acordos que busquem a proteção do planeta. Nessa missão, é muito
necessário acompanhar as movimentações sobre os processos que podem
inviabilizar conquistas e até mesmo gerar prejuízos significativos. No contexto
da COP-26, por exemplo, presenças e ausências de autoridades convidadas já
sinalizam a disponibilidade para efetivar, ou não, acordos estabelecidos na
Conferência. Há de ser considerada, ainda, a força do mercado, vetor
determinante para avanços ou retrocessos na luta contra as mudanças climáticas.
Mercado e política contracenam no desafio de alcançar avanços na busca por um
desenvolvimento sustentável e integral.
O
contexto socioambiental exige intervenções urgentes, pois a humanidade não pode
mais permanecer envolta pela cegueira que o dinheiro provoca – o lucro
ambicioso e perverso compromete muitas formas de vida no planeta. Por isso
mesmo, as narrativas sobre a casa comum precisam entrar, com mais frequência e
familiaridade, nas pautas cidadãs. É preciso que a sociedade civil esteja bem
informada para se posicionar, por meio dos mecanismos possíveis e disponíveis,
a respeito dos compromissos assumidos por governos e organismos internacionais.
Indispensável é o horizonte rico e muito bem articulado da Carta Encíclica
Laudato Si’, do Papa Francisco, com arquitetura de um fundamental processo
educativo. Essa aprendizagem viabilizada pela Carta Encíclica inspira
sensibilidades e honestidade para as urgências socioambientais. Um contraponto
às conveniências e às manipulações legislativas, às leniências e às concessões
em desfavor do planeta, rumo às catástrofes climáticas.
Quando
se considera a realidade brasileira, os números, as ações governamentais e as
tentativas de flexibilização legislativa são preocupantes. Lamentavelmente, os
discursos ainda são mais demagógicos que incidentes – não possuem força para
correções. Considerando as informações do Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (iPCC), o aumento da emissão de gases de efeito estufa já
provoca transformações prejudiciais irreversíveis no Brasil. Uma realidade que
exige o compromisso ético-moral de cada cidadão brasileiro na tarefa de
promover mudanças no tratamento dos recursos naturais do País. A desarvorada
ânsia por riquezas e lucros leva a situações climáticas cada vez mais danosas em
todas as macrorregiões que integram o território nacional. O enriquecimento de
alguns coabita com um crescente amargor da população que pode se acentuar nos
dias vindouros.
Para se
efetivar as soluções técnico-científicas de modo a frear o aquecimento global é
preciso contar com a dedicação dos cidadãos e com a responsabilidade daqueles
que ocupam as instâncias do poder. A sociedade brasileira, nos trilhos da
esperada seriedade dos governantes, de coerentes escolhas legislativas e de
decisões judiciais inequívocas, requer mais investimentos para efetivar uma
educação ambiental no horizonte inegociável da ecologia integral. Assim, todos
poderão reconhecer que o peso dos efeitos prejudiciais das mudanças climáticas
alcança cada pessoa, mas pagam o preço mais alto os empobrecidos e excluídos,
especialmente castigados pelas secas, enchentes, geadas e outros fenômenos
climáticos.
Há de
crescer, mais aceleradamente, a sensibilidade para escutar os clamores dos
pobres e da casa comum. Assim, sejam edificadas ações que ultrapassem a
contemplação de interesses egoístas e a busca pelo enriquecimento predatório. É
hora de construir entendimentos a partir do diálogo, para corrigir descompassos
que levam a um desenvolvimento parcial e excludente. Dentre os desafios, busque-se
reconhecer a importância dos povos indígenas, na sua sabedoria inigualável na
conservação ambiental, para ir além dos interesses oligárquicos minerários ou
agropecuários. Um exercício urgente quando se sabe das movimentações para
derrubar o marco temporal constitucional, em nome de ambições que desconsideram
não somente os povos indígenas, mas também o equilíbrio do ecossistema na casa
comum. A COP-26 precisa ser real sinal de esperança e abrir um novo ciclo no
planeta, balizado por solidariedade e respeito. Não se pode perder tempo, pois
são urgentes novas posturas, rigoroso zelo para evitar retrocessos na
preservação ambiental, buscando sempre defender a vida no planeta. Os ecos da
COP-26 inspirem profunda mudança no Brasil e no mundo, para que a humanidade
viva um desenvolvimento integral e sustentável.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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