“A importância da liderança adaptativa
Colaboradores
trabalhando em home office e relacionamento por meio de plataformas digitais
foram algumas das mudanças que vieram com a pandemia da Covid-19. Tais
alterações transformaram completamente o modo de operação das empresas e exigiu
que os líderes desenvolvessem novas habilidades. Agora, com o retorno das
atividades, a gestão ainda percebe a necessidade de se adequar a uma nova
realidade de trabalho.
Nesse
sentido, o conceito de liderança adaptativa ganha mais espaço nas organizações
e deve estar no radar para quem deseja melhorar os resultados e a relação com
as equipes. Esse tipo de liderança, desenvolvida pelo professor da Harvard
University Ronald Heifetz, exige que as pessoas deixem de liderar e se adéquem
de forma rápida ao que o mercado atual exige.
Um
estudo global desenvolvido em 2020 pela empresa especializada em relacionamento
com o cliente, Salesforce, ouviu 20 mil profissionais em dez países e concluiu
que a adaptabilidade é a característica mais valorizada atualmente. Com isso,
se torna essencial que os líderes desenvolvam essa habilidade para não perderem
seu espaço no mercado de trabalho.
O
primeiro passo é entender que a liderança adaptativa exige uma combinação entre
as hard skills, que são os conhecimentos técnicos, e as soft skills, que são as
habilidades comportamentais. Em momentos em que é necessário realizar rápidas
mudanças, é ideal que o gestor tenha as competências técnicas para realizar o
trabalho e saiba lidar com as suas emoções.
A
capacidade de se adaptar envolve estar preparado para resolver problemas
complexos, ter pensamento crítico e inteligência emocional. Além disso, é
esperado que o gestor seja flexível e saiba lidar com imprevistos.
Para os
líderes acostumados com a forma tradicional de liderar, esse conceito parece
ser difícil de aplicar na realidade das empresas. Por isso, é essencial que
seja feito um diagnóstico da situação da companhia perante a um desafio,
identificando o que deve ser melhorado e o que ser descartado.
Envolver
a equipe nesse processo, também, é fundamental. Os colaboradores também
precisam ser capazes de desenvolver soluções rapidamente e enfrentar imprevistos,
para isso é essencial que a liderança estimule os times.
Outro
ponto que vale destacar é que a empresa precisa estar em constante evolução.
Não adianta implementar uma nova solução par resolver um desafio e voltar para
as práticas tradicionais. As adaptações que forem positivas devem ser inseridas
no plano estratégico das organizações.
A
liderança adaptativa pode ser um grande desafio. No entanto, uma vez que o
conceito é aplicado, a empresa passa a ter uma imagem mais forte e ganha
destaque no mercado por saber lidar com imprevistos. Dessa forma, é essencial
que os gestores busquem desenvolver novas habilidades e se adéquem às novas
exigências do meio corporativo.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmera
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 6 de novembro de 2021, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 19 de outubro de
2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de
autoria de Marcus Vinicius Rodrigues, doutor em engenharia da produção,
especialista e autor de livros na temática qualidade e produtividade, professor
da FGV e ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira), e que merece igualmente integral transcrição:
“O Brasil não tem mais tempo
Para
dividir ou distribuir riquezas, é preciso criá-las. Para gerar riquezas, é
preciso alcançar elevados níveis de produtividade na produção de bens e
serviços. Com maior produtividade e ações para a qualidade, para manter ou
ampliar as riquezas, gerando consequentemente mais empregos, é possível
fidelizar os mercados.
Para
atender às expectativas do presidente Jair Bolsonaro, que exige de sua equipe
econômica a geração de mais empregos, é preciso priorizar a produção e o
binômio qualidade e produtividade em todos os segmentos da gestão pública e
privada.
O
momento atual exige uma imediata reestruturação do governo, e o caminho é a
criação de meios para uma melhor produção de bens e serviços. Hoje, no Brasil,
atividades como planejamento, desenvolvimento do setor produtivo, modernização
da administração pública, geração de empregos e gestão das finanças, apesar de
terem focos e objetivos complementares, são diferentes e precisam, para
melhores resultados, de gestões próprias.
Todas
essas atividades, porém, estão concentradas em um único ministério. Em tempos
normais, isso já seria uma anomalia e dificilmente poderia trazes bons
resultados para a produção e os empregos. Em tempos de crise, os efeitos
negativos dessa não conformidade administrativa são ampliados. Logo, é
inevitável repensar e buscar urgentemente um novo modelo estratégico,
estrutural e gerencial.
O Brasil
tem as condições para obter eficácia na produção de bens e serviços essenciais
para o bem-estar de sua população, mas é preciso mudar. Muitos têm sido os
erros quando o assunto é gestão e busca de melhores resultados para a produção
de bens e serviços. Alguns desses devidos à ausência de uma política
governamental direcionadora. Outros decorrem do não alargamento dos programas,
com ações restritas e que apresentam uma defasagem diante dos objetivos
explicitados e das estratégias ou dos planos concebidos para alcançá-los.
Outros, ainda, são formatados ou gerenciados por gestores amadores ou curiosos,
sem conhecimentos específicos ou multidisciplinares e sem considerar
experiências passadas.
Apenas
para se ter um parâmetro, no governo Michel Temer (MDB) as atividades
desempenhadas pelo hoje Ministério da Economia eram diluídas em quatro
ministérios. No governo Geisel, responsável pelo bem-sucedido 2º Plano Nacional
de Desenvolvimento, existiam três ministérios para cuidar de finanças,
planejamento e desenvolvimento. Havia ainda, como assessoria direta, uma
Secretaria de Planejamento, cujo titular tinha o status de ministro de Estado,
além dos Conselhos de Desenvolvimento Econômico e Social.
As ações
governamentais para a estabilidade macroeconômica e para recuperar a
infraestrutura são necessárias, mas não são suficientes. A reforma da
Previdência, já aprovada, e a tributária, ainda em debate, são imperiosas. Mas
o planejamento e a gestão das ações para a concepção de políticas, programas e
projetos para a reestruturação das ações governamentais e dos meios de produção
e gestão precisam de uma dinâmica diferenciada. Essas são as principais células
do desenvolvimento e da competitividade de uma nação.
Apesar
da credibilidade do ministro Paulo Guedes no que diz respeito à gestão das
finanças, ele não pode fazer tudo. Ele não sabe tudo. O exemplo é que seu
ministério, em um ano e nove meses, não apresentou à sociedade caminhos
eficazes, viáveis e definitivos para a busca de um modelo que motivasse a
produção, a produtividade e a consequente criação de empregos no Brasil. O
tempo esgotou, ministro. O Brasil não tem mais tempo! É preciso apresentar
resultados eficazes no curto prazo e ações imediatas que venham preparar o país
para um futuro próximo desconhecido.
O erro
faz parte do processo; permanecer nele, não. O problema maior não tem sido o
que gestores brasileiros não sabem, mas sim o que sabem mas que deixou de ser
verdadeiro diante do pós-pandemia e de um contexto motivado pela
sustentabilidade e conectividade.
Acorda,
Brasil!”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo
do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da
dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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