quinta-feira, 25 de novembro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DAS LIDERANÇAS ADAPTATIVAS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS LUZES DA VISÃO OLÍMPICA, PRODUTIVIDADE, EFICÁCIA E BOA GOVERNANÇA NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE

“A importância da liderança adaptativa

        Colaboradores trabalhando em home office e relacionamento por meio de plataformas digitais foram algumas das mudanças que vieram com a pandemia da Covid-19. Tais alterações transformaram completamente o modo de operação das empresas e exigiu que os líderes desenvolvessem novas habilidades. Agora, com o retorno das atividades, a gestão ainda percebe a necessidade de se adequar a uma nova realidade de trabalho.

         Nesse sentido, o conceito de liderança adaptativa ganha mais espaço nas organizações e deve estar no radar para quem deseja melhorar os resultados e a relação com as equipes. Esse tipo de liderança, desenvolvida pelo professor da Harvard University Ronald Heifetz, exige que as pessoas deixem de liderar e se adéquem de forma rápida ao que o mercado atual exige.

         Um estudo global desenvolvido em 2020 pela empresa especializada em relacionamento com o cliente, Salesforce, ouviu 20 mil profissionais em dez países e concluiu que a adaptabilidade é a característica mais valorizada atualmente. Com isso, se torna essencial que os líderes desenvolvam essa habilidade para não perderem seu espaço no mercado de trabalho.

         O primeiro passo é entender que a liderança adaptativa exige uma combinação entre as hard skills, que são os conhecimentos técnicos, e as soft skills, que são as habilidades comportamentais. Em momentos em que é necessário realizar rápidas mudanças, é ideal que o gestor tenha as competências técnicas para realizar o trabalho e saiba lidar com as suas emoções.

         A capacidade de se adaptar envolve estar preparado para resolver problemas complexos, ter pensamento crítico e inteligência emocional. Além disso, é esperado que o gestor seja flexível e saiba lidar com imprevistos.

         Para os líderes acostumados com a forma tradicional de liderar, esse conceito parece ser difícil de aplicar na realidade das empresas. Por isso, é essencial que seja feito um diagnóstico da situação da companhia perante a um desafio, identificando o que deve ser melhorado e o que ser descartado.

         Envolver a equipe nesse processo, também, é fundamental. Os colaboradores também precisam ser capazes de desenvolver soluções rapidamente e enfrentar imprevistos, para isso é essencial que a liderança estimule os times.

         Outro ponto que vale destacar é que a empresa precisa estar em constante evolução. Não adianta implementar uma nova solução par resolver um desafio e voltar para as práticas tradicionais. As adaptações que forem positivas devem ser inseridas no plano estratégico das organizações.

         A liderança adaptativa pode ser um grande desafio. No entanto, uma vez que o conceito é aplicado, a empresa passa a ter uma imagem mais forte e ganha destaque no mercado por saber lidar com imprevistos. Dessa forma, é essencial que os gestores busquem desenvolver novas habilidades e se adéquem às novas exigências do meio corporativo.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmera Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 6 de novembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 19 de outubro de 2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Marcus Vinicius Rodrigues, doutor em engenharia da produção, especialista e autor de livros na temática qualidade e produtividade, professor da FGV e ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), e que merece igualmente integral transcrição:

“O Brasil não tem mais tempo

        Para dividir ou distribuir riquezas, é preciso criá-las. Para gerar riquezas, é preciso alcançar elevados níveis de produtividade na produção de bens e serviços. Com maior produtividade e ações para a qualidade, para manter ou ampliar as riquezas, gerando consequentemente mais empregos, é possível fidelizar os mercados.

         Para atender às expectativas do presidente Jair Bolsonaro, que exige de sua equipe econômica a geração de mais empregos, é preciso priorizar a produção e o binômio qualidade e produtividade em todos os segmentos da gestão pública e privada.

         O momento atual exige uma imediata reestruturação do governo, e o caminho é a criação de meios para uma melhor produção de bens e serviços. Hoje, no Brasil, atividades como planejamento, desenvolvimento do setor produtivo, modernização da administração pública, geração de empregos e gestão das finanças, apesar de terem focos e objetivos complementares, são diferentes e precisam, para melhores resultados, de gestões próprias.

         Todas essas atividades, porém, estão concentradas em um único ministério. Em tempos normais, isso já seria uma anomalia e dificilmente poderia trazes bons resultados para a produção e os empregos. Em tempos de crise, os efeitos negativos dessa não conformidade administrativa são ampliados. Logo, é inevitável repensar e buscar urgentemente um novo modelo estratégico, estrutural e gerencial.

         O Brasil tem as condições para obter eficácia na produção de bens e serviços essenciais para o bem-estar de sua população, mas é preciso mudar. Muitos têm sido os erros quando o assunto é gestão e busca de melhores resultados para a produção de bens e serviços. Alguns desses devidos à ausência de uma política governamental direcionadora. Outros decorrem do não alargamento dos programas, com ações restritas e que apresentam uma defasagem diante dos objetivos explicitados e das estratégias ou dos planos concebidos para alcançá-los. Outros, ainda, são formatados ou gerenciados por gestores amadores ou curiosos, sem conhecimentos específicos ou multidisciplinares e sem considerar experiências passadas.

         Apenas para se ter um parâmetro, no governo Michel Temer (MDB) as atividades desempenhadas pelo hoje Ministério da Economia eram diluídas em quatro ministérios. No governo Geisel, responsável pelo bem-sucedido 2º Plano Nacional de Desenvolvimento, existiam três ministérios para cuidar de finanças, planejamento e desenvolvimento. Havia ainda, como assessoria direta, uma Secretaria de Planejamento, cujo titular tinha o status de ministro de Estado, além dos Conselhos de Desenvolvimento Econômico e Social.

         As ações governamentais para a estabilidade macroeconômica e para recuperar a infraestrutura são necessárias, mas não são suficientes. A reforma da Previdência, já aprovada, e a tributária, ainda em debate, são imperiosas. Mas o planejamento e a gestão das ações para a concepção de políticas, programas e projetos para a reestruturação das ações governamentais e dos meios de produção e gestão precisam de uma dinâmica diferenciada. Essas são as principais células do desenvolvimento e da competitividade de uma nação.

         Apesar da credibilidade do ministro Paulo Guedes no que diz respeito à gestão das finanças, ele não pode fazer tudo. Ele não sabe tudo. O exemplo é que seu ministério, em um ano e nove meses, não apresentou à sociedade caminhos eficazes, viáveis e definitivos para a busca de um modelo que motivasse a produção, a produtividade e a consequente criação de empregos no Brasil. O tempo esgotou, ministro. O Brasil não tem mais tempo! É preciso apresentar resultados eficazes no curto prazo e ações imediatas que venham preparar o país para um futuro próximo desconhecido.

         O erro faz parte do processo; permanecer nele, não. O problema maior não tem sido o que gestores brasileiros não sabem, mas sim o que sabem mas que deixou de ser verdadeiro diante do pós-pandemia e de um contexto motivado pela sustentabilidade e conectividade.

         Acorda, Brasil!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 339,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,6%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,67%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

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