A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA CRIATIVIDADE, HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS E ALTERIDADE PARA A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA COMPAIXÃO, DIGNIDADE HUMANA, JUSTIÇA, SOLIDARIEDADE E FRATERNIDADE UNIVERSAL NA SUSTENTABILIDADE
“Criatividade ajuda a manter a saúde mental
O momento de pandemia
requer demonstrar a importância para minimizar as doenças mentais e observar
algumas dicas importantes.
Em dezembro de 2019,
surgiram os primeiros casos do novo coronavírus e, desde então, a população
mundial enfrenta diversos desafios. A paralisação das aulas, a perda do
emprego, a superlotação dos postos de atendimento e o isolamento social são
fatores que contribuíram para o aumento da depressão e da ansiedade.
A Organização Mundial da
Saúde (OMS) já apontava o Brasil como o país mais ansioso do mundo, antes da
crise sanitária. Outro estudo, realizado entre maio e julho de 2020 pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), apontou que 80% da população
brasileira se tornou mais ansiosa.
De modo geral, as
consequências da pandemia foram avassaladoras para as condições da saúde mental,
até mesmo pela perda de entes queridos. Muitos desafios surgiram e,
forçosamente, foi preciso se adaptar a um novo cotidiano para o qual a maioria
das pessoas não estava preparada.
Apesar do avanço da vacina
e mesmo seguindo todos os protocolos de saúde exigidos pela OMS e pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda segue a pandemia. Porém, já se
pode pensar em algumas ações para enfrentar os estragos gerados.
Muitas pessoas tiveram a
sensação de perda do controle de suas próprias vidas. A busca por basear as
escolhas em fontes confiáveis e informações corretas ajuda. É preciso entender
que podem existir situações que não estarão sob controle.
A realização de atividades
que proporcionem bem-estar e estimulem a criatividade também são boas opções
práticas para manter uma boa saúde mental: entender o que está sob controle;
criar maneiras de se reinventar e procurar ajuda com um especialista.
É possível, por exemplo,
aprender uma nova receita, descobrir algum talento, desenvolver um hobby,
escrever ou até mesmo praticar a leitura. Existem diversas possibilidades para
aproveitar melhor o tempo e refletir sobre novas atividades que lhe tragam
satisfação.
A criatividade pode ser
considerada uma importante aliada na manutenção da saúde mental, auxiliando em
três fatores fundamentais nesse processo: o primeiro está relacionado ao nível
pessoal, que permite que as pessoas se conheçam melhor e desenvolvam
habilidades; a segunda diz respeito às relações interpessoais, voltadas para o convívio
com familiares; já a terceira auxilia as relações sociais.
Passar mais tempo com os
familiares contribui para a compreensão das emoções e descobertas de
características positivas de si mesmo e da criatividade que existem em todos. É
preciso tentar se reinventar e não
deixar de procurar ajuda de um especialista para acompanhamento e
esclarecimento de possíveis dúvidas.”.
(Ângela Mathylde. Psicopedagoga e neurocientista, em artigo
publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de novembro de
2021, caderno OPINIÃO, página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nossos trabalho de Mobilização
para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 12 de
novembro de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo
metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Sentes compaixão?
"Sempre tereis pobres entre vós" é a palavra de Jesus Mestre
que desenha um horizonte existencial mais qualificado para os seus discípulos,
inspirando sensibilidade social capaz de contribuir para uma nova organização
política e humanitária. A lição de Jesus emoldura a mensagem do papa Francisco
para a celebração do 5º Dia Mundial dos Pobres, 14 de novembro. Uma convocação
para reconstruir urgentemente o tecido social da humanidade. Trata-se de
necessidade incontestável ante o aumento dos cenários de misérias e de
exclusões, das escolhas políticas inadequadas e de atitudes destituídas do compromisso
com a responsabilidade social. Esses cenários se agravam com a pandemia da
Covid-19, exigindo celeridade na solução de tantas crises – tarefa de todos os
cidadãos e especialmente de seus representantes, servidores nas instâncias do
poder. Assumir esse compromisso é especialmente indispensável para os que
professam a fé cristã – indissociável da luta pelo bem comum. Os cristãos têm o
dever de denunciar e buscar reverter situações de injustiça. Não existe outra
opção.
Crer em Cristo Jesus é compreender-se no coração do mundo como
instrumento do anúncio do Reino de Deus, a caminho dele, pela irrenunciável
tarefa de marcar os caminhos da sociedade com o sabor do Evangelho.
Distancia-se de Cristo, mesmo afirmando-se defensor da ortodoxia da doutrina da
fé cristã, quem não se dedica à transformação da humanidade, no horizonte dos
ensinamentos de Jesus. E aqueles que se dizem discípulos de Jesus, mas não
procuram viver de modo pleno a fé cristã, correm riscos sérios de defender
perspectivas que, cedo ou tarde, mostram-se interesseiras e mesquinhas. No
horizonte da celebração do 5º Dia Mundial dos Pobres, reflexos de iluminação
devem incidir e interpelar a vida cristã, para transformar atitudes e
proposições, pois a participação cidadã é essencial à construção de uma
sociedade alicerçada sobre os pilares da justiça e da paz, fecundadas por
crescentes solidariedades.
Este Dia Mundial dos Pobres há também de remeter a uma compreensão
incontestável sobre o dever da política melhor: trabalhar por uma ordem justa
na sociedade e no Estado, pois, conforme disse certa vez Santo Agostinho, o
Estado não regido pela justiça reduzir-se-ia a um grande bando de ladrões. Com
a instituição do Dia Mundial dos Pobres, o papa Francisco sublinha que política
e fé se relacionam. A fé tem por natureza o encontro pessoal com o Deus vivo.
Vivida com autenticidade, impulsiona o ser humano para horizontes amplos de
solidariedade. O cristão, por seu apreço à dignidade de cada pessoa, sente-se
incomodado diante das injustiças. Assume o compromisso de defender a vida em
todas as suas etapas. Assim, escutar o Senhor Jesus dizer que "sempre
tereis pobres entre vós" é aceitar matricular-se em uma permanente escola
de sensibilização, capaz de inspirar atitudes que promovam a justiça a partir da
solidariedade. Essa sensibilização indispensável, da fé à política, impulsiona
desde a ação solidária emergencial até aquela que busca uma organização social
mais justa, comprometida com o bem de todos.
O rosto de Deus que Jesus revela, diante de seus interlocutores, é de um
Pai para os pobres, próximo dos pobres. Cristo mostra que a pobreza não é fruto
de uma fatalidade. O papa Francisco diz que não se encontra Deus quando e onde
se quer. "Mas reconhecemo-Lo na vida dos pobres, na sua tribulação e indigência,
nas condições por vezes desumanas em que são obrigados a viver." Isto
significa, continua o papa, colocá-los no centro da vida da Igreja, e - na
condição de remédio curativo para indiferenças - na vida de toda pessoa. A
mensagem para o 5º Dia Mundial dos Pobres orienta: mais que emprestar a própria
voz às causas dos pobres, é preciso tornar-se amigo deles, para escutá-los e
aprender a misteriosa sabedoria de Deus que cada pobre revela. Oportuno é se
lembrar dos gestos de Jesus que sempre esteve ao lado dos pobres. Assim, para
seguir Jesus é preciso assumir o compromisso com a comparticipação, cultivar a
disponibilidade para partilhar.
É urgente o desafio de assumir posturas na contramão das armadilhas que
levam à miséria e à exclusão, colocadas no caminho da humanidade por quem não
tem escrúpulos, agentes econômicos e financeiros que desconsideram a
responsabilidade social. A abordagem diferente e adequada da pobreza, para
efetivar nova realidade, mais justa e solidária, precisa começar sempre por uma
pergunta que interpela: "Sentes compaixão?" Cultive-se a compaixão e
seja fecunda a inteligência afetiva e política para se fazer valer a beleza
inegociável da dignidade maior – todos são filhos e filhas de Deus. Assim, seja
vivida a fraternidade universal, em gestos, palavras e organização social. A
compaixão é o selo da verdadeira humanidade em Cristo. Com os pobres e para os
pobres, sentes compaixão?”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo
do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da
dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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