segunda-feira, 15 de novembro de 2021

 A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA CRIATIVIDADE, HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS E ALTERIDADE PARA A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA COMPAIXÃO, DIGNIDADE HUMANA, JUSTIÇA, SOLIDARIEDADE E FRATERNIDADE UNIVERSAL NA SUSTENTABILIDADE

“Criatividade ajuda a manter a saúde mental

        O momento de pandemia requer demonstrar a importância para minimizar as doenças mentais e observar algumas dicas importantes.

         Em dezembro de 2019, surgiram os primeiros casos do novo coronavírus e, desde então, a população mundial enfrenta diversos desafios. A paralisação das aulas, a perda do emprego, a superlotação dos postos de atendimento e o isolamento social são fatores que contribuíram para o aumento da depressão e da ansiedade.

         A Organização Mundial da Saúde (OMS) já apontava o Brasil como o país mais ansioso do mundo, antes da crise sanitária. Outro estudo, realizado entre maio e julho de 2020 pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), apontou que 80% da população brasileira se tornou mais ansiosa.

         De modo geral, as consequências da pandemia foram avassaladoras para as condições da saúde mental, até mesmo pela perda de entes queridos. Muitos desafios surgiram e, forçosamente, foi preciso se adaptar a um novo cotidiano para o qual a maioria das pessoas não estava preparada.

         Apesar do avanço da vacina e mesmo seguindo todos os protocolos de saúde exigidos pela OMS e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda segue a pandemia. Porém, já se pode pensar em algumas ações para enfrentar os estragos gerados.

         Muitas pessoas tiveram a sensação de perda do controle de suas próprias vidas. A busca por basear as escolhas em fontes confiáveis e informações corretas ajuda. É preciso entender que podem existir situações que não estarão sob controle.

         A realização de atividades que proporcionem bem-estar e estimulem a criatividade também são boas opções práticas para manter uma boa saúde mental: entender o que está sob controle; criar maneiras de se reinventar e procurar ajuda com um especialista.

         É possível, por exemplo, aprender uma nova receita, descobrir algum talento, desenvolver um hobby, escrever ou até mesmo praticar a leitura. Existem diversas possibilidades para aproveitar melhor o tempo e refletir sobre novas atividades que lhe tragam satisfação.

         A criatividade pode ser considerada uma importante aliada na manutenção da saúde mental, auxiliando em três fatores fundamentais nesse processo: o primeiro está relacionado ao nível pessoal, que permite que as pessoas se conheçam melhor e desenvolvam habilidades; a segunda diz respeito às relações interpessoais, voltadas para o convívio com familiares; já a terceira auxilia as relações sociais.

         Passar mais tempo com os familiares contribui para a compreensão das emoções e descobertas de características positivas de si mesmo e da criatividade que existem em todos. É preciso tentar se reinventar  e não deixar de procurar ajuda de um especialista para acompanhamento e esclarecimento de possíveis dúvidas.”.

(Ângela Mathylde. Psicopedagoga e neurocientista, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de novembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nossos trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 12 de novembro de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Sentes compaixão?

"Sempre tereis pobres entre vós" é a palavra de Jesus Mestre que desenha um horizonte existencial mais qualificado para os seus discípulos, inspirando sensibilidade social capaz de contribuir para uma nova organização política e humanitária. A lição de Jesus emoldura a mensagem do papa Francisco para a celebração do 5º Dia Mundial dos Pobres, 14 de novembro. Uma convocação para reconstruir urgentemente o tecido social da humanidade. Trata-se de necessidade incontestável ante o aumento dos cenários de misérias e de exclusões, das escolhas políticas inadequadas e de atitudes destituídas do compromisso com a responsabilidade social. Esses cenários se agravam com a pandemia da Covid-19, exigindo celeridade na solução de tantas crises – tarefa de todos os cidadãos e especialmente de seus representantes, servidores nas instâncias do poder. Assumir esse compromisso é especialmente indispensável para os que professam a fé cristã – indissociável da luta pelo bem comum. Os cristãos têm o dever de denunciar e buscar reverter situações de injustiça. Não existe outra opção.

Crer em Cristo Jesus é compreender-se no coração do mundo como instrumento do anúncio do Reino de Deus, a caminho dele, pela irrenunciável tarefa de marcar os caminhos da sociedade com o sabor do Evangelho. Distancia-se de Cristo, mesmo afirmando-se defensor da ortodoxia da doutrina da fé cristã, quem não se dedica à transformação da humanidade, no horizonte dos ensinamentos de Jesus. E aqueles que se dizem discípulos de Jesus, mas não procuram viver de modo pleno a fé cristã, correm riscos sérios de defender perspectivas que, cedo ou tarde, mostram-se interesseiras e mesquinhas. No horizonte da celebração do 5º Dia Mundial dos Pobres, reflexos de iluminação devem incidir e interpelar a vida cristã, para transformar atitudes e proposições, pois a participação cidadã é essencial à construção de uma sociedade alicerçada sobre os pilares da justiça e da paz, fecundadas por crescentes solidariedades.

Este Dia Mundial dos Pobres há também de remeter a uma compreensão incontestável sobre o dever da política melhor: trabalhar por uma ordem justa na sociedade e no Estado, pois, conforme disse certa vez Santo Agostinho, o Estado não regido pela justiça reduzir-se-ia a um grande bando de ladrões. Com a instituição do Dia Mundial dos Pobres, o papa Francisco sublinha que política e fé se relacionam. A fé tem por natureza o encontro pessoal com o Deus vivo. Vivida com autenticidade, impulsiona o ser humano para horizontes amplos de solidariedade. O cristão, por seu apreço à dignidade de cada pessoa, sente-se incomodado diante das injustiças. Assume o compromisso de defender a vida em todas as suas etapas. Assim, escutar o Senhor Jesus dizer que "sempre tereis pobres entre vós" é aceitar matricular-se em uma permanente escola de sensibilização, capaz de inspirar atitudes que promovam a justiça a partir da solidariedade. Essa sensibilização indispensável, da fé à política, impulsiona desde a ação solidária emergencial até aquela que busca uma organização social mais justa, comprometida com o bem de todos.

O rosto de Deus que Jesus revela, diante de seus interlocutores, é de um Pai para os pobres, próximo dos pobres. Cristo mostra que a pobreza não é fruto de uma fatalidade. O papa Francisco diz que não se encontra Deus quando e onde se quer. "Mas reconhecemo-Lo na vida dos pobres, na sua tribulação e indigência, nas condições por vezes desumanas em que são obrigados a viver." Isto significa, continua o papa, colocá-los no centro da vida da Igreja, e - na condição de remédio curativo para indiferenças - na vida de toda pessoa. A mensagem para o 5º Dia Mundial dos Pobres orienta: mais que emprestar a própria voz às causas dos pobres, é preciso tornar-se amigo deles, para escutá-los e aprender a misteriosa sabedoria de Deus que cada pobre revela. Oportuno é se lembrar dos gestos de Jesus que sempre esteve ao lado dos pobres. Assim, para seguir Jesus é preciso assumir o compromisso com a comparticipação, cultivar a disponibilidade para partilhar.

É urgente o desafio de assumir posturas na contramão das armadilhas que levam à miséria e à exclusão, colocadas no caminho da humanidade por quem não tem escrúpulos, agentes econômicos e financeiros que desconsideram a responsabilidade social. A abordagem diferente e adequada da pobreza, para efetivar nova realidade, mais justa e solidária, precisa começar sempre por uma pergunta que interpela: "Sentes compaixão?" Cultive-se a compaixão e seja fecunda a inteligência afetiva e política para se fazer valer a beleza inegociável da dignidade maior – todos são filhos e filhas de Deus. Assim, seja vivida a fraternidade universal, em gestos, palavras e organização social. A compaixão é o selo da verdadeira humanidade em Cristo. Com os pobres e para os pobres, sentes compaixão?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 339,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,6%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,67%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

               

 

 

 

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