“Tendências do meio corporativo para 2022
Ao
contrário do que se esperava, 2021 ainda foi um ano de grandes desafios e
fortemente impactado pela pandemia da Covid-19. Apesar do retorno parcial das
atividades, a crise econômica afetou as empresas. O ano que está terminando
exigiu que as organizações desenvolvessem novas habilidades para continuar suas
atividades. Nesse sentido, algumas tendências que ficaram fortes vão continuar
em 2022 e as companhias que buscam inovar e sair da crise devem estar atentas
às novas exigências do mercado.
A gestão
foi uma das áreas mais impactadas no cenário da pandemia e, por isso mesmo,
obrigada a se reinventar durante esse período. A capacidade de adaptação é uma
característica valorizada desde o início da pandemia, como aponta o estudo
global da empresa especializada em relacionamento com o cliente Salesforce. Por
isso, o conceito de liderança adaptativa tornou-se muito forte no cenário
corporativo e continuará em evidência no próximo ano. É esperado que o líder
tenha um grande controle das suas emoções, uma boa relação com as equipes e
muita capacidade de se adaptar a imprevistos.
Junto a
isso, o engajamento das equipes se tornou uma grande preocupação. O momento de
isolamento social e a migração para o home office desmotivou muitos
funcionários. Um trabalhador insatisfeito prejudica todo o fluxo de produção e
é nesse momento que a liderança precisa desenvolver estratégias para engajar o
funcionário, seja por meio de benefícios, seja incentivando a capacitação dos profissionais.
As
empresas perceberam que sem uma boa liderança e equipe motivada é impossível
superar momentos de crise. Em 2022, é esperado que as organizações invistam
ainda mais em encontrar bons gestores e em promover um ambiente de trabalho
saudável e benéfico para os times.
Outra
grande tendência que continuará a ser explorada é a necessidade de desenvolver
um bom relacionamento com os consumidores tanto no ambiente físico quanto no
digital. Uma vez que as expectativas para o próximo ano são de recuperação e
crescimento, sairá na frente a organização que promover uma colaboração entre
as equipes de marketing, vendas e atendimento ao cliente. Essas áreas são
fundamentais para que o consumidor tenha uma boa experiência com a empresa e
seja fidelizado.
Vale
destacar que, na caminhada para atrair novos clientes e manter os antigos, uma
grande dificuldade enfrentada em 2021 foi a Lei Geral de Proteção de Dados
(LGPD), que mudou drasticamente a forma como as empresas utilizam as
informações dos clientes. As punições previstas pela lei entraram em vigor em
setembro e, desde então, é fundamental que as organizações saibam tratar
corretamente os dados de forma que possam utilizá-los no desenvolvimento de
estratégias mais eficazes para a empresa.
Mesmo
sendo um ano difícil, 2021 trouxe muitos aprendizados para as organizações, que
devem observar quais tendências continuarão fortes e o que o mercado exigirá no
próximo ano para poderem se recuperar e alcançar os resultados almejados.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 18 de dezembro de 2021, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 5 de outubro de
2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de
autoria de Maria Alice Setubal, doutora em psicologia da educação
(PUC-SP), socióloga e presidente do conselho da Fundação Tide Setubal e do Gife
(Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), e que merece igualmente integral
transcrição:
“Novas lentes para orientar
as
políticas de educação
A complexidade do debate sobre a volta às aulas de
forma presencial, somada aos resultados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica), tem colocado a educação no foco da mídia e das redes sociais.
A
situação do ensino remoto, imposto pelo isolamento social, nos leva a uma
camada mais aprofundada de análise, que revela a precariedade social, traduzida
em desigualdades educacionais gritantes. Alguns dados contribuem para essa
interpretação, como o fato de 39% dos alunos das escolas públicas não terem em
casa computador ou tablet, enquanto apenas 9% dos alunos das escolas
particulares não possuem esses recursos (Cetic 2019).
O tempo
de atividades dos estudantes durante esse período também é desigual. Dados da
Rede de Pesquisa Solidária apontam que 4,3 milhões de alunos não brancos
(pretos, pardos e indígenas) da rede pública ficaram sem atividade escolar em
casa durante a pandemia. Enquanto isso, entre os estudantes brancos, o número
foi de 1,5 milhão de estudantes sem atividades (quase três vezes menor).
Colocar
outra lente para pensar nossa educação significa analisar os dados não apenas
pela média dada pelo Ideb, mas sim observá-los à luz das desigualdades
educacionais de modo a garantir que as condições de nível socioeconômico, raça
e gênero não sejam definidoras do resultado escolar. Equidade se faz dando mais
a quem mais precisa, ou seja, melhores professores, materiais didáticos e
infraestrutura escolar para as regiões periféricas dos centros urbanos – onde o
contingente de população negra se faz mais presente – e da zona rural, que são
as mais precárias e onde há a necessidade de um esforço maior para que os
estudantes alcancem patamares adequados de aprendizagem.
Ao
ressignificar nossas prioridades, podemos também pensar no engessamento e no
conteudismo, como mencionou o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, referindo-se
ao ensino superior. Colocação que me parece valer para a educação básica. É
preciso pensar uma formação cidadã que dialogue com o contexto do mundo, como
defendia Paulo Freire, trazendo para dentro da escola as questões e inovações
da sociedade contemporânea e da realidade dos alunos. Uma educação capaz de
desenvolver de forma mais contundente as habilidades de se expressar, dialogar,
trabalhar em cooperação e colaboração, incentivando a busca por soluções
criativas para as comunidades, e o respeito a cada um na sua singularidade,
como sujeito de direitos e potencial criador de um espaço público democrático
onde haja uma preocupação com a vida e o mundo comum.
Não se
trata de começar do zero. A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
explicita esses valores e competências. Também não se trata de escolher entre
aprendizagem e cidadania, mas sim de agregar uma formação cidadã que prepare
nossas crianças e jovens com um olhar sistêmico e holístico para viverem num
mundo que leve em conta os territórios locais, nacionais e globais de forma
interdependente.
Para
isso, precisamos de lideranças que orientem, monitorem e persigam resultados
concretos por meio de políticas públicas participativas e em parceria com a
sociedade civil. No momento atual, o Ministério da Educação ainda não formulou
uma política que dê conta de nossos desafios. No âmbito municipal, temos
eleições em novembro e devemos cobrar dos candidatos soluções e políticas que
integrem a participação dos cidadãos e tragam soluções de curto, médio e longo
prazo, construindo uma sociedade que permita a todos uma participação plena na
economia moderna – e, portanto, uma sociedade que enfrente suas desigualdades e
o racismo estrutural brasileiro.
Assim
como Miguilim, personagem de Guimarães Rosa que, ao colocar pela primeira vez
seus óculos, exclamou: “o Mutum era bonito! Agora ele sabia”, portanto novas
lentes para as políticas públicas, especialmente na educação, devemos afirmar
que vamos enfrentar nossas mazelas e construir uma sociedade de bem-estar com
justiça e solidariedade.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo
do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da
dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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