quinta-feira, 31 de março de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER E EXIGÊNCIAS DO EMPREENDEDORISMO E ÉTICA PARA UMA POLÍTICA TRANSFORMADORA NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DO ENSINO À LUZ DO AMOR E SABEDORIA NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Empreendedorismo político

       O Brasil está diante de uma encruzilhada como nação, um transe coletivo, que levou o país a uma polarização de enorme serventia somente aos dois grupos que duelam pelo poder. Longe de apresentar soluções para o país, nossos políticos vivem em estado de graça, representado pela acomodação e por um falso sentimento de rejeição mútua que somente alimenta os dois polos de um duelo que recusa aquilo que o país mais precisa.

         Faltam ao país projetos de nação, planos de governos realistas, compromissos com ideias e valores. Na verdade, vivemos dependentes de lideranças frágeis que almejam o poder pela simples satisfação pessoal e bem-estar de seu grupo, governando por narrativas, ódios, manipulações, seguidos por pessoas incapazes de julgar a política de forma racional, movidos apenas por uma emoção cega.

         Enquanto sobram iniciativas empresariais, projetos de inovação e empreendimentos sociais, falta ao Brasil empreendedorismo político, representado pela iniciativa cidadã de propor ideias, liderar movimentos, expor projetos e pedir a confiança da população nas eleições para implementar, por meio da política, novos rumos em nossos municípios, Estados e em nível federal, em Brasília.

         Este ano é uma das raras oportunidades para os que acreditam que podem fazer a diferença, empreender politicamente e lançar suas ideias, propostas e projetos. A polarização que tomou conta do Brasil abre também uma janela de oportunidades para aqueles que desejam mostrar-se como uma alternativa ao velho jogo da política que tenta se reinventar mais uma vez, com os mesmos atores e enredo.

         Precisamos de novos líderes, capazes de iniciar um processo de mudança longe das práticas que tornaram o Brasil refém de dois grupos que se alternam no poder e se tornaram donos do país, garantidos por uma base alugada, que assegura sua estabilidade no poder e o falso confronto eleitoral que serve apenas para legitimar suas escolhas. Nós nos tornamos reféns de uma classe política velha e ultrapassada.

         A política jamais deve ser uma carreira, mas uma etapa dentro de uma trilha profissional, em que o cidadão procura contribuir para a sociedade, durante um período definido, servindo sua comunidade ou seu país. Findo esse tempo, o caminho mais apropriado é seguir o curso natural e retornar para a vida profissional privada. Política jamais deve se tornar uma atividade com um fim em si mesma e perene, sob pena de se desviar de sua atividade principal, que é servir a sociedade.

         Um povo empreendedor como o brasileiro merece mais que uma polarização entre iguais. Já chegou o momento de transpor o empreendedorismo que funciona como motor de nosso país, tanta na área econômica, assim como na frente social, e aplicá-lo na política. O empreendedorismo político é um caminho natural para uma sociedade que deseja tomar as rédeas de seu próprio país e torná-lo uma nação vitoriosa. Existem muito mais do que dois caminhos no horizonte, e certamente as alternativas passam pelos brasileiros dispostos a encarar uma forma efetiva de ser a sociedade já nestas eleições. Nunca precisamos tanto desse grupo de brasileiros.”.

(MÁRCIO COIMBRA. contato@casapolítica.com.br, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de março de 2022, caderno A.PARTE, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 20 de março de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

 “Ensina com amor

Ensinar com amor é meta prioritária e compromisso interpelante da Campanha da Fraternidade 2022 - de tema “Fraternidade e Educação” -, iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), iluminada pelo horizonte do tempo da Quaresma. A prioridade desta meta - ensinar com amor - formando o binômio com o “falar com sabedoria”, contém propriedades para respostas urgentes na configuração civilizatória do mundo contemporâneo. E somente é capaz de ensinar com amor aqueles que são aprendizes do amor a ser ensinado. Essa capacidade para educar remete a um inteligente pensamento de Santa Tereza d´Ávila, Doutora da Igreja: ensinar não é teorizar, mas transmitir convicções e compartilhar experiências.

A qualidade da educação vai além da transmissão e do aprendizado de conteúdos informativos e técnicos - essenciais para a condução de processos. Envolve o compartilhamento de convicções e de experiências, emoldurando e fecundando as dinâmicas do contexto educacional. Compreende-se, consequentemente, que ensinar com amor é força pedagógica determinante e investimento importante para que a humanidade consiga revestir-se de um novo tecido civilizatório, com mais fraternidade, justiça e paz. Por isso, abordagens relacionadas aos processos educativos não se limitam aos ambientes das escolas e academias. Oportuna é a convocação do Papa Francisco para que todas as forças sejam investidas na efetivação de um Pacto Educativo Global. Isto significa compreender e atuar por uma nova realidade e um novo horizonte para a educação, incontestavelmente porque o atual cenário dá sinais evidentes de que precisa mudar, em diversos âmbitos e aspectos.

A sociedade pede rápidas mudanças, que podem ser alcançadas por meio de um processo educativo capaz de levar o ser humano a reconhecer a sacralidade da vida e a necessidade de se priorizar a fraternidade universal. Tristemente, o mundo convive com escolhas e decisões equivocadas que inviabilizam esse reconhecimento. Com isso, a justiça e a paz ficam comprometidas, convive-se com os horrores das guerras, com a exclusão social que agrava cenários de miséria e de fome. A vida - da concepção à morte, com o declínio natural – fica permanentemente ameaçada, por escolhas e decisões equivocadas, também de dirigentes e líderes. Convive-se com o envenenamento das manipulações de interesses e até de legislações, para favorecer desmandos e ilegalidades. Atitudes egoístas que atrasam a sociedade na conquista de uma lucidez possível, quando considerados os avanços científicos e as lições oferecidas pela história.

Ensinar com amor é, pois, o desafio a ser assumido para que se possa transformar a realidade. Particularmente, merece atenção o que ocorre no Brasil, onde o ensino formal avançou significativamente nas últimas décadas, mas, ao mesmo tempo, há graves desafios estruturais no campo da educação. As dimensões continentais do País, marcadas pelas singularidades regionais, configuram um cenário complexo, com problemas que, para serem superados, pedem a participação de toda a sociedade, com inteligente e arrojada articulação de instâncias governamentais. De modo especial, é preciso acabar com uma dívida histórica, relacionada à escolarização dos mais pobres. Trata-se de “um dever de casa” que o Brasil não conseguiu concluir.

Investimentos mais determinantes no ensino, para superar as carências desse campo no Brasil, é especialmente relevante no contexto de um pacto educativo global - que considera a necessidade de avanços mais expressivos, em todo o planeta, edificando nova consciência civilizatória. É hora de um novo tempo na educação - não como um processo sectário, singular, mas uma obra necessariamente social. Uma educação integral e inclusiva, cuidadosa - para não se contaminar com ideologias venenosas e prejudiciais -, capaz de promover diálogos construtivos, contribuindo para que prevaleça a unidade e sejam superados os conflitos. Pertinente é a observação do Papa Francisco, na Carta Encíclica Laudato Si’: a educação será ineficaz e seus esforços estéreis se não houver compromisso com a construção de novos parâmetros relacionados ao ser humano, à sociedade e ao cuidado com a natureza.

A atuação de educadores no âmbito formal escolar, na família, nas instâncias governamentais e empresariais é, pois, decisiva. Igualmente importante: cada cidadão compreenda que processos educativos são válidos e cumprem bem o seu papel na medida em que se ensina com amor. Isto significa reconhecer a importância do outro, do sentido de alteridade, conforme ensina a fé cristã. Essa compreensão sublinha a importância do amor, invalidando ódios e disputas. Assim, revela-se prioridade investir na educação dos sentimentos e das emoções, de onde podem nascer preconceitos e discriminações que ferem o tecido civilizacional. Consegue aprender e, consequentemente, ensinar com amor quem se deixa fecundar pela espiritualidade da solidariedade fraterna, curando-se dos extremismos e das polarizações. Trata-se do caminho que leva à competência para falar com sabedoria. O mundo precisa, muito e urgentemente, de quem ensina com amor.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a estratosférica marca de 346,31% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,36%; e já o IPCA, em fevereiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,54%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira, pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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