terça-feira, 17 de maio de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA BOA GOVERNANÇA, VALORES E PRINCÍPIOS ÉTICOS NA AMPLIAÇÃO E PRODUTIVIDADE DA INFRAESTRUTURA E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA, VISÃO OLÍMPICA E SOLIDARIEDADE NA QUALIFICAÇÃO DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE

“Necessidade de investimentos em infraestrutura

       A base do desenvolvimento econômico e social de um país está diretamente relacionada à capacidade de atrair, direcionar e gerar investimentos em infraestrutura. Entretanto, por aqui, o assunto não recebido a devida atenção. O Brasil tem investido no setor menos de 2,5% do Produto Interno Bruto durante as últimas duas décadas, quando seriam necessários, no mínimo, de 4% a 5% desse volume.

         Esse cenário, contudo, vem registrando mudanças positivas diante do aumento de investimentos oriundos pela iniciativa privada – que respondem por quase 80% de todos os recursos do setor, percentual mais alto já alcançado no Brasil. Essa tendência vem se consolidando com a execução de dezenas de projetos de peso em infraestrutura. Vale citar, por exemplo, os novos empreendimentos no setor ferroviário, até então estagnado, que somam quase R$ 25 bilhões: a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que vai interligar os Estados de Tocantins, Maranhão, Goiás e Bahia, e a Ferrogrão, que conectará a região produtora de grãos do Centro-Oeste ao Estado do Pará. Tais linhas deverão proporcionar eficiência à malha de escoamento logístico brasileiro, garantindo agilidade, acessibilidade e maior competitividade no custo logístico.

         Analisando a dinâmica histórica do mercado e acompanhando os movimentos de desburocratização regulatória, é possível afirmar que os investimentos no setor logístico podem alcançar R$ 40 bilhões neste ano. Isso significa mais atenção para a construção e manutenção de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e mobilidade urbana. Já no setor de saneamento, que vem ganhando destaque e importância após a aprovação do novo marco regulatório, a previsão é que sejam investidos cerca de R$ l5 bilhões por meio ofertas de privatização.

         Além de prover a maioria dos recursos em infraestrutura, a iniciativa privada contribui ainda com a incorporação de conceitos sustentáveis e de práticas ESG (sigla em inglês para “meio ambiente, social e governança”). Mais do que nunca, ações de resposta à crise climática despertam enorme atenção dos principais tomadores de decisão. Nesse contexto, o setor de infraestrutura tem um papel fundamental a desempenhar, especialmente por meio de mecanismos robustos e pela criação de soluções que considerem o uso da matriz energética limpa.

         Por fim, como em demais setores da indústria brasileira, ainda há muito a avançar tanto na aderência a novas tecnologias quanto na conjuntura estrutural das organizações. A transformação digital deve se fazer presente também entre as equipes e os processos, principalmente no setor de infraestrutura, em que se encontra justamente a maior lacuna de produtividade – e comparação com áreas como a indústria e a manufatura.

         Já que o conceito 4.0 é imprescindível, torna-se fundamental que os gestores das empresas busquem gerar valor por meio de sistemas conectados e do uso inteligente de dados, além da capacitação de funcionários, para manter-se competitivas no mercado.”.

[Leonardo Giusti (*) e Daniela Macario (**). Sócio-líder de infraestrutura (*) e gerente do segmento (**) da KPMG, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 3 de maio de 2022, caderno OPINIÃO, página 19].

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 13 de maio de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral:

“Aparecida 15 anos

       Era 13 de maio de 2007. No Santuário Nacional – casa da Mãe Aparecida -, iniciava-se a 5ª Conferência Geral dos Bispos da América Latina e do Caribe. Quase três semanas de espiritualidade e reflexões fecundas. Ungido o ambiente pela singular, amorosa e sincera presença de milhares de peregrinos. Dias de bênçãos e de iluminação para o horizonte missionário da Igreja. O povo orante e confiante na intercessão materna e discipular da Mãe Maria, por força espiritual invisível e imensurável, inspirava os pastores e seus assessores ali congregados a dimensões essenciais da vivência autêntica da fé cristã católica: todos discípulos e discípulas missionários no seguimento de Jesus Cristo, Mestre e Senhor, Crucificado e Ressuscitado. Na riqueza da participação dos congregados na Conferência Geral, há de se destacar a presença amorosa do Papa Bento XVI – hoje Papa emérito –,  que inaugurou a Conferência de Aparecida, e a singular dedicação do então Arcebispo de Buenos Aires, Argentina, hoje o Papa Francisco. Na atualidade, o Santo Padre reafirma a importância e o potencial evangelizador do Documento de Aparecida, fruto da Conferência, publicado no dia 29 de junho de 2007.

         O Documento de Aparecida, na festa de seus 15 anos, é um tesouro para impulsionar as forças missionárias da Igreja Católica, interpelada a oferecer novas respostas ante desafios do mundo contemporâneo. As linhas mestras de Aparecida são uma resposta atual e essencial dentro dos parâmetros do Concílio Vaticano II, especial acontecimento vivido de 1962 a 1965, e que preparou a Igreja para evangelizar na contemporaneidade. Assim, o Documento, fruto da Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, reúne entendimentos e indicações concretas para o caminho desafiador deste terceiro milênio. Diferentemente das vozes que alardeavam interpretações equivocadas, difundindo que o evento de Aparecida correria o risco de ser um retrocesso no caminho eclesial e missionário, indicações da Conferência permanecem como um desafio pastoral, urgindo efetivações assertivas de respostas na vivência do discipulado e nas exigências evangélicas do seguimento de Jesus Cristo.

         Incontestável é a afirmação que vem do coração do próprio Papa Francisco: a Igreja é desafiada a oferecer novas respostas a partir do horizonte da Conferência de Aparecida, neste tempo de grandes mudanças. Muito atual, o Documento de Aparecida afirma que o caminho da Igreja na América Latina e no Caribe tem lugar em meio a luzes e sombras deste tempo, que traz aflições. Sublinhe-se o processo de redação do Documento, que envolveu momentos de impasse, mas foi permeado pela ação do Espírito Santo de Deus, o guia da Igreja. O Espírito Santo gestou caminhos corajosos e inspirações proféticas, trazendo à luz o conjunto de indicações do Documento de Aparecida – interpelação à Igreja Latino-Americana e Caribenha, irradiando inspirações para a Igreja em todo o mundo. As contribuições da Conferência de Aparecida fortalecem a Igreja na missão de formar discípulos e discípulas de Cristo, caminho, verdade e vida, para que todos os povos tenham vida. As contribuições são especialmente singulares porque contam com a inspiração e proteção da Mãe Maria, perfeita discípula e pedagoga da evangelização, ensinando sempre a fazer o que Ele, Cristo Jesus, indica.

         As indicações do Mestre são essenciais para cultivar as grandes riquezas dos povos, a fé no Deus amor, a tradição católica na vida e na cultura – lembrando-se sempre das raízes católicas que inspiram a arte, a linguagem e estilos de vida, tecendo identidades, originalidade e unidade na realidade histórico-cultural latino-americana e caribenha. Uma realidade marcada pelo Evangelho de Cristo, que não pode abandonar Deus por comportamentos viciosos, opressão, violência, ingratidões e misérias. Esses cenários de desolação precisam ser debelados pela graça da vitória pascal. O atual período da história, marcado por desordem generalizada, crises sistêmicas variadas, turbulências sociais, políticas e ecológicas, urge por indicações preciosas e testemunhos, sublinha o Documento de Aparecida.

           A Igreja é chamada a repensar profundamente as suas dinâmicas, a relançar com fidelidade e audácia a sua missão, considerando as novas circunstâncias mundiais, sublinha o Documento. Trata-se da preciosa indicação de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho de Jesus – sempre a partir d’Ele, viver a missão de fazer despertar discípulos missionários. Esse avanço almejado não se efetiva pela dependência de grandes programas ou estruturas, mas pelo encontro com Ele, Cristo. Depende, pois, de homens e mulheres que encarnam essa tradição e novidade, missionários do Reino de Deus, protagonistas de uma vida nova. A celebração dos 15 anos da Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho é convite para revisitar o Documento de Aparecida, com indicações concretas, para efetivar o que é próprio de uma Igreja Sinodal: alicerçada na autenticidade e na formação permanente, na vivência e no testemunho de discípulos e discípulas missionários, para fecundar vidas a caminho do Reino de Deus.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,30%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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