terça-feira, 24 de maio de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER TRANSFORMADOR DA ACESSIBILIDADE DIGITAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA HUMANIDADE, SOLIDARIEDADE, JUSTIÇA E ESPERANÇA NA NOVA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL NA SUSTENTABILIDADE

“A importância da acessibilidade digital

       Nos últimos anos a acessibilidade no ambiente físico melhorou de forma significativa, permitindo que pessoas com dificuldades de locomoção possam acessar edifícios e empresas preparados para receber esse tipo de público, oferecendo a mesma experiência para todos e aumentando a inclusão social. No entanto, no meio digital ainda são poucos os sites que têm a preocupação em tornar as informações acessíveis para pessoas com deficiência.

         De acordo com uma pesquisa de 2019 da empresa inglesa Click-Away Pound, 69% das pessoas com algum tipo de limitação física já abandonaram sites por falta de acessibilidade, e 86% disseram que, se as lojas online fossem acessíveis, comprariam mais produtos. Considerando esses dados, a empresa que investir na acessibilidade digital vai conseguir não só atrair diferentes públicos, mas também promover a diversidade e a inclusão, colocando-as à frente da concorrência.

          A ideia do conceito é garantir que todos os usuários tenham acesso às mesmas informações, independentemente se o indivíduo tem deficiências ou limitações ligadas à audição, visão ou mobilidade.

         Acessibilidade digital significa quebrar barreiras na internet para pessoas com deficiência. Trata-se de tornar sites, aplicativos ou quaisquer outras ferramentas online acessíveis para todos. Por isso, webdesigners e a gestão de empresa devem trabalhar em conjunto para melhorar a acessibilidade do site e facilitar a jornada dos clientes que apresentem alguma dessas dificuldades.

         De forma geral, todo o conteúdo digital que uma empresa produz deve seguir quatro diretrizes principais: as informações devem ser fáceis de serem percebidas; a operação do site deve ser intuitiva; o conteúdo precisa ter fácil compreensão; e o site deve ser compatível com diferentes dispositivos. Essas premissas, no entanto, são apenas o básico que a organização pode fazer.

         Para realmente ser acessível e promover uma maior diversidade, a empresa deve ir além. Tudo deve começar com uma pesquisa, buscando entender quais são as dificuldades do público-alvo, fundamental para construir um bom atendimento online. A partir daí a organização deve escolher qual forma de acessibilidade é mais necessária para os seus clientes.

         Existem vários tipos de acessibilidade que podem oferecer melhorias visuais e auditivas, entre outras. No entanto, ao contrário do que muitos empresários pensam, nem sempre é necessário fazer um alto investimento para tornar o ambiente online mais inclusivo, pois em alguns casos implantar mudanças básicas já é suficiente. Um exemplo: incluir legendas nos conteúdos em vídeo e ter uma página respondendo às dúvidas mais frequentes já são recursos que tornam o conteúdo mais acessível e ampliam o seu alcance.

         Investir na acessibilidade digital vai além de proporcionar uma boa experiência para o usuário. É uma forma de posicionar a empresa como uma marca que apoia, incentiva e pratica os princípios da diversidade e inclusão.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de abril de 2022, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 20 de maio de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Advogada da justiça

       No magistral discurso de abertura da 5ª Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, em Aparecida (SP), o então Papa Bento XVI, em uma interpelante afirmação, partilha: a Igreja Católica é advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas que, ainda hoje, clamam aos céus. A afirmação de Bento XVI, enraizada na Doutrina Social da Igreja, ecoou forte no texto do Documento de Aparecida. Fundamenta-se na Palavra de Deus e na Tradição da Igreja. Não pode, pois, ser confundida com uma opção político-partidária. Trata-se de um compromisso para contribuir com o renascer da esperança dos pobres. E o documento de Aparecida adverte: se não se é capaz de suscitar esperança para os pobres, não haverá esperança para ninguém, nem mesmo para os chamados ricos.

         Compreende-se assim que a opção preferencial pelos pobres tem sentido e raízes na autêntica fé em Cristo, o Salvador e Redentor do mundo. A compreensão dessa verdade implica na consideração prioritária dos pobres em tudo, exercício humanístico e espiritual para reconhecer critérios alinhados com a defesa da justiça. Assim, a Igreja se torna, por exigência evangélica, advogada da justiça e defensora dos pobres – desdobramento e efetivação da vivência autêntica da fé. Ora, não se pode desconsiderar que a fé em Cristo nasce também da solidariedade – atitude permanente de encontro, de fraternidade e de serviço. Isto significa fazer valer uma justiça que advoga em defesa da vida, em todas as suas etapas, da concepção ao declínio com a morte natural, englobando a superação de situações ameaçadoras do meio ambiente. Dentre essas situações, uma perspectiva de certos agentes do sistema legal eivada de contaminações, particularmente daquelas advindas do espectro do lucro, de um mercado que manipula escolhas, votações e pareceres, enquadrados, não raramente, na frieza de interpretações que desconsideram a busca pela justiça.

         Por isso, longe de qualquer viés ideológico político-partidário, nestes tempos difíceis, faz-se importante e prioritário partir sempre da perspectiva dos pobres, possibilidade para um novo despertar humanístico, na superação dos cenários de exclusão, de discriminações e de desigualdades sociais. O cuidado com os pobres, dedicando-lhes amável prestação de serviço, escutando seus clamores, alicerça o despertar[M1]  de uma cidadania essencial a uma sociedade que precisa ser mais justa, ou sofrerá com um fracasso generalizado. Urgente é desenvolver, conforme orienta o Papa Francisco, na sua Carta Encíclica sobre a Amizade Social, a capacidade de escutar o próximo, especialmente os pobres, atitude receptiva exemplar, superando perspectivas narcisistas. Mas a cegueira imposta a partir do interesse pelo lucro a todo custo está produzindo uma séria deficiência auditiva. Cegueira moral e deficiência auditiva impostas pelo narcisismo dos que escutam apenas a si mesmos, procurando simplesmente contemplar seus próprios interesses. Posturas egoístas que acentuam freneticamente as disputas, fazendo valer tudo, a qualquer preço.

         O bem da humanidade depende do reconhecimento de que todo ser humano é irmão e irmã, princípio essencial para que prevaleça uma amizade social capaz de integrar cada vez mais pessoas. A efetivação dessa meta exige o adequado exercício da política, vivida como elevada expressão da caridade, unindo pessoas em torno de processos construtivos, bem administrando diferenças para alavancar o desenvolvimento humanístico integral. É doloroso e preocupante conviver com os acirramentos, os ódios provocados pelo desarvoro de se buscar a vitória a qualquer custo, sobretudo pela destruição de reputação moral, ilusoriamente alimentando o imaginário que se pauta pela lucratividade. Uma realidade que impõe preço impagável de atrasos, danos ao patrimônio de todos, inclusive à memória histórica. Prejuízos que são fruto da inadequada relação com o meio ambiente e entre os cidadãos, com parâmetros legislativos que impõem atrasos – significativas perdas apresentadas como se fossem “progressos” e “avanços”. O alto preço pago pelos inadequados tratamentos do meio ambiente, dos cidadãos e de seu patrimônio histórico e cultural urge a união de instituições sérias que atuem como advogadas da justiça.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,30%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 


 [M1]

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