“A importância da acessibilidade digital
Nos
últimos anos a acessibilidade no ambiente físico melhorou de forma
significativa, permitindo que pessoas com dificuldades de locomoção possam
acessar edifícios e empresas preparados para receber esse tipo de público,
oferecendo a mesma experiência para todos e aumentando a inclusão social. No
entanto, no meio digital ainda são poucos os sites que têm a preocupação em
tornar as informações acessíveis para pessoas com deficiência.
De
acordo com uma pesquisa de 2019 da empresa inglesa Click-Away Pound, 69% das
pessoas com algum tipo de limitação física já abandonaram sites por falta de
acessibilidade, e 86% disseram que, se as lojas online fossem acessíveis,
comprariam mais produtos. Considerando esses dados, a empresa que investir na
acessibilidade digital vai conseguir não só atrair diferentes públicos, mas
também promover a diversidade e a inclusão, colocando-as à frente da
concorrência.
A ideia do conceito é garantir que todos os
usuários tenham acesso às mesmas informações, independentemente se o indivíduo
tem deficiências ou limitações ligadas à audição, visão ou mobilidade.
Acessibilidade
digital significa quebrar barreiras na internet para pessoas com deficiência.
Trata-se de tornar sites, aplicativos ou quaisquer outras ferramentas online
acessíveis para todos. Por isso, webdesigners e a gestão de empresa devem
trabalhar em conjunto para melhorar a acessibilidade do site e facilitar a
jornada dos clientes que apresentem alguma dessas dificuldades.
De forma
geral, todo o conteúdo digital que uma empresa produz deve seguir quatro
diretrizes principais: as informações devem ser fáceis de serem percebidas; a
operação do site deve ser intuitiva; o conteúdo precisa ter fácil compreensão;
e o site deve ser compatível com diferentes dispositivos. Essas premissas, no
entanto, são apenas o básico que a organização pode fazer.
Para
realmente ser acessível e promover uma maior diversidade, a empresa deve ir
além. Tudo deve começar com uma pesquisa, buscando entender quais são as dificuldades
do público-alvo, fundamental para construir um bom atendimento online. A partir
daí a organização deve escolher qual forma de acessibilidade é mais necessária
para os seus clientes.
Existem
vários tipos de acessibilidade que podem oferecer melhorias visuais e
auditivas, entre outras. No entanto, ao contrário do que muitos empresários
pensam, nem sempre é necessário fazer um alto investimento para tornar o
ambiente online mais inclusivo, pois em alguns casos implantar mudanças básicas
já é suficiente. Um exemplo: incluir legendas nos conteúdos em vídeo e ter uma
página respondendo às dúvidas mais frequentes já são recursos que tornam o
conteúdo mais acessível e ampliam o seu alcance.
Investir
na acessibilidade digital vai além de proporcionar uma boa experiência para o
usuário. É uma forma de posicionar a empresa como uma marca que apoia,
incentiva e pratica os princípios da diversidade e inclusão.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de abril de 2022, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 20 de maio de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Advogada da justiça
No
magistral discurso de abertura da 5ª Conferência do Episcopado Latino-Americano
e Caribenho, em Aparecida (SP), o então Papa Bento XVI, em uma interpelante
afirmação, partilha: a Igreja Católica é advogada da justiça e defensora dos
pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas que, ainda
hoje, clamam aos céus. A afirmação de Bento XVI, enraizada na Doutrina Social
da Igreja, ecoou forte no texto do Documento de Aparecida. Fundamenta-se na
Palavra de Deus e na Tradição da Igreja. Não pode, pois, ser confundida com uma
opção político-partidária. Trata-se de um compromisso para contribuir com o
renascer da esperança dos pobres. E o documento de Aparecida adverte: se não se
é capaz de suscitar esperança para os pobres, não haverá esperança para
ninguém, nem mesmo para os chamados ricos.
Compreende-se
assim que a opção preferencial pelos pobres tem sentido e raízes na autêntica
fé em Cristo, o Salvador e Redentor do mundo. A compreensão dessa verdade implica
na consideração prioritária dos pobres em tudo, exercício humanístico e
espiritual para reconhecer critérios alinhados com a defesa da justiça. Assim,
a Igreja se torna, por exigência evangélica, advogada da justiça e defensora
dos pobres – desdobramento e efetivação da vivência autêntica da fé. Ora, não
se pode desconsiderar que a fé em Cristo nasce também da solidariedade –
atitude permanente de encontro, de fraternidade e de serviço. Isto significa
fazer valer uma justiça que advoga em defesa da vida, em todas as suas etapas,
da concepção ao declínio com a morte natural, englobando a superação de
situações ameaçadoras do meio ambiente. Dentre essas situações, uma perspectiva
de certos agentes do sistema legal eivada de contaminações, particularmente daquelas
advindas do espectro do lucro, de um mercado que manipula escolhas, votações e
pareceres, enquadrados, não raramente, na frieza de interpretações que
desconsideram a busca pela justiça.
Por
isso, longe de qualquer viés ideológico político-partidário, nestes tempos
difíceis, faz-se importante e prioritário partir sempre da perspectiva dos
pobres, possibilidade para um novo despertar humanístico, na superação dos
cenários de exclusão, de discriminações e de desigualdades sociais. O cuidado
com os pobres, dedicando-lhes amável prestação de serviço, escutando seus
clamores, alicerça o despertar[M1]
de uma cidadania essencial a uma sociedade que precisa ser mais justa, ou
sofrerá com um fracasso generalizado. Urgente é desenvolver, conforme orienta o
Papa Francisco, na sua Carta Encíclica sobre a Amizade Social, a capacidade de
escutar o próximo, especialmente os pobres, atitude receptiva exemplar,
superando perspectivas narcisistas. Mas a cegueira imposta a partir do
interesse pelo lucro a todo custo está produzindo uma séria deficiência
auditiva. Cegueira moral e deficiência auditiva impostas pelo narcisismo dos
que escutam apenas a si mesmos, procurando simplesmente contemplar seus
próprios interesses. Posturas egoístas que acentuam freneticamente as disputas,
fazendo valer tudo, a qualquer preço.
O bem da
humanidade depende do reconhecimento de que todo ser humano é irmão e irmã,
princípio essencial para que prevaleça uma amizade social capaz de integrar
cada vez mais pessoas. A efetivação dessa meta exige o adequado exercício da
política, vivida como elevada expressão da caridade, unindo pessoas em torno de
processos construtivos, bem administrando diferenças para alavancar o
desenvolvimento humanístico integral. É doloroso e preocupante conviver com os
acirramentos, os ódios provocados pelo desarvoro de se buscar a vitória a
qualquer custo, sobretudo pela destruição de reputação moral, ilusoriamente
alimentando o imaginário que se pauta pela lucratividade. Uma realidade que
impõe preço impagável de atrasos, danos ao patrimônio de todos, inclusive à
memória histórica. Prejuízos que são fruto da inadequada relação com o meio
ambiente e entre os cidadãos, com parâmetros legislativos que impõem atrasos –
significativas perdas apresentadas como se fossem “progressos” e “avanços”. O
alto preço pago pelos inadequados tratamentos do meio ambiente, dos cidadãos e
de seu patrimônio histórico e cultural urge a união de instituições sérias que
atuem como advogadas da justiça.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído
com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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