“Vocação empreendedora
O maior valor de uma
sociedade vem de sua capacidade de empreender. Sabemos que esta é uma das
características típicas do brasileiro. É possível que, por sermos uma terra de
imigrantes e vivermos em um país tão adverso e difícil, desenvolvemos a
capacidade de tentar e da tentativa surgem as grandes iniciativas e ideias,
além de incríveis histórias de superação. Esta pandemia mostrou que mais do que
apoio do governo, descobrimos que a nossa maior fortaleza está em nós mesmos e
em nossa capacidade de resiliência.
O número de empresas
abertas no Brasil chegou a 4,026 milhões em 2021, crescimento de 19,7% em
comparação com o ano anterior. Essa foi a maior quantidade de companhias criadas
no país em um ano. O resultado deixa claro que os brasileiros não esperaram por
ações do governo para superar as dificuldades econômicas criadas pela pandemia.
O caminho escolhido foi se tornar responsável por seu próprio futuro e fazer
desses tempos difíceis um novo começo.
Em Minas Gerais não foi
diferente. Mas Minas foi além. Nosso Estado viu o número de empresas crescer
32,38%. O foco foi o setor foi o setor de serviços, estrela do empreendedorismo
em tempos de pandemia. No comparativo aos últimos dois anos, Montes Claros se
destacou com o maior crescimento, 41,7%, seguida de Dvinópolis, 39,4%, Uberaba,
com 35,3%, Juiz de Fora, 34,5% e Uberlândia, 21,5%. No último ano, Belo
Horizonte se sobressaiu com 33,05%: foram 18.595 novas empresas.
Contudo, o país ainda se
mostra um local hostil para nossos empreendedores. No ranking de liberdade
econômica publicado anualmente pela Heritage Foundation, o Brasil ocupa um nada
honroso 133º lugar em escala global e 26º entre 33 países nas Américas. Nosso
país está na categoria das nações com maiores restrições para se empreender,
mantendo uma incômoda estabilidade nos últimos cinco anos entre as nações com
menor liberdade econômica.
Percebemos que conseguiríamos
avançar muito mais e evitar os problemas econômicos que o país enfrenta se
tivéssemos leis menos restritivas, que não evitassem nossos empreendedores de
gerar riqueza e empregos. Infelizmente, as reformas necessárias ficaram pelo
caminho, enquanto interesses de castas de privilegiados falaram mais alto do
que a necessidade de nosso povo de trabalhar, empreender e fazer o país
crescer.
Certamente há muito por
fazer, mas sabemos que possuímos o ativo mais importante para a virada, que é a
capacidade empreendedora de nosso povo. A pandemia mostrou que a vocação
empreendedora do brasileiro foi responsável por segurar nossa economia nos
momentos mais difíceis e com as políticas certas, reduzindo a interferência e o
peso do governo, pode se tornar facilmente no mais eficiente instrumento de
recuperação econômica no pós-pandemia.
Cabe ao país não
retroceder, evitando a sedução por políticas ultrapassadas e restritivas, assim
como medidas populistas que se apresentam com uma nova roupagem. Ambas representam
caminhos superados que devemos abandonar. Para encarar o futuro que se
apresenta e colher os frutos do empreendedorismo brasileiro, precisamos atacar
a corrupção, reformar leis arcaicas e mirar em um modelo de governança moderno
longe dos populismos que insistem em nos assombrar. A opção preferencial pela
riqueza está diante de nós.”.
(MÁRCIO COIMBRA. contato@casapolítica.com.br, em artigo publicado
no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 23 de fevereiro de 2022,
caderno A.PARTE, página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização
para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 28 de
maio de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE OLIVEIRA, arcebispo
metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Humanismo e retrocessos
O momento atual requer da sociedade redobrada atenção e comprometimento
para enfrentar os graves retrocessos civilizatórios. Esses retrocessos são
evidentes e estão, claramente, na contramão dos avanços da ciência e da
tecnologia. Constata-se que as conquistas científico-tecnológicas ainda não
conduzem a humanidade a parâmetros civilizatórios capazes de garantir a justiça
e a defesa de direitos - urgências gritantes. Por isso mesmo, deve-se trabalhar
para que esses avanços possam contribuir na recomposição do tecido social,
vergonhosamente esgarçado, especialmente quando se olha de perto a sociedade
brasileira. Neste horizonte, a Igreja Católica, com suas academias e outros
segmentos, trabalha incansavelmente para fazer ecoar a convocação por um Novo
Humanismo, inspirado no pontificado do Papa Francisco. O Santo Padre oferece
novo garimpado da riqueza humanística e espiritual da Igreja - especialista em
humanidade. Importante conhecer, é altamente recomendável, a recém-publicada
obra intitulada O novo humanismo: Paradigmas civilizatórios para o século XXI a
partir do Papa Francisco, editora Paulus. O livro reúne uma constelação de
especialistas que, a partir do estudo-pesquisa, oferecem abordagens e reflexões
qualificadas, com profundidade e fartura de perspectivas sobre os crescentes
retrocessos civilizatórios.
A publicação, quase uma enciclopédia, possibilita leitura atraente,
incentivando um investimento humanístico na qualificação do agir cidadão, pela
conquista da clarividência nos juízos e configuração de um horizonte
inspirador, válido e indispensável. É, pois, indicada para todos os segmentos
da sociedade, sobretudo para líderes de todo matiz, políticos, educadores, pais
e mães. Recomendada também para profissionais que procuram investir sempre mais
nas suas competências, considerando a exigência contemporânea de se superar o
conceito de que “bem-sucedido” seja associado apenas àqueles que conquistam o
lucro, ostentando muitos bens. No horizonte amplo das crises mundiais, multiplicando
cenários de guerra e exclusões que descompassam as relações sociais, torna-se
ainda mais urgente vencer o individualismo, acolhendo a convocação do Papa
Francisco para se viver um novo humanismo, ancorado em atitudes e palavras
coerentes com o Evangelho de Jesus Cristo.
Nesse sentido, as mudanças radicais e impactantes deste tempo precisam
ser entendidas a partir de critérios que promovam nova lucidez, capaz de dar
rumo diferente a instituições que configuram contextos locais e globais.
Igualmente importante, a partir de um novo humanismo deve-se cultivar esperança
e, assim, encontrar forças para resgatar a civilização contemporânea do caos.
Sensibilizar-se ante o desafio de se enfrentar os problemas atuais, acolhendo
indicações para a construção de um tempo novo condizente com as conquistas
científico-tecnológicas deste terceiro milênio. Esta obra - O novo humanismo:
Paradigmas civilizatórios para o século XXI a partir do Papa Francisco – é uma
escola de formação e de diálogo, aberta àqueles que reconhecem a própria
responsabilidade na transformação do mundo. O momento atual exige a sabedoria
para reconhecer a centralidade da vida, em contraposição às lógicas de
destruição do planeta. Sem a assimilação e a promoção de um novo humanismo não
serão rompidas as barreiras estreitas e prisionais do cenário atual, que impõem
retrocessos civilizatórios.
Os retrocessos são muitos, multiplicados por diferentes mecanismos que
priorizam interesses mesquinhos em prejuízo do adequado exercício da cidadania.
O horizonte interpelante da obra O novo humanismo: Paradigmas civilizatórios
para o século XXI a partir do Papa Francisco precisa ser conhecido por todos, a
partir de estudos, individualmente ou em grupo, para desmontar estruturas que
validam retrocessos, a exemplo da manipulação de letras que deveriam garantir a
justiça – e não objetivar favorecimentos lucrativos; ou os ataques irracionais
à democracia, pela opção de precipitar tudo e todos no caos, incoerentemente
defendendo valores intocáveis, mas com posturas que negam esses mesmos valores.
É preciso reagir, investindo no estudo, nas reflexões e ações fecundadas por um
novo humanismo - caminho para vencer a avalanche de retrocessos civilizatórios
da atualidade.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais
devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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