sexta-feira, 13 de maio de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DA VISÃO OLÍMPICA, BOA GOVERNANÇA E CONCRETICIDADE NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DOS VALORES E PRINCÍPIOS, RESPONSABILIDADE ECONÔMICA E SOCIAL NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“As encruzilhadas do Brasil

       Os tempos atuais são sombrios, desafiadores e incertos. Países de renda média não conseguem romper as barreiras que impedem seu crescimento econômico, a globalização esbarra nos seus limites, e a democracia liberal, tal qual a conhecemos, está em período recessivo.

         Que caminho seguir, se não se sabe o que será o mundo pós-pandemia? Voltará ao normal do passado ou haverá outro normal? Que caminho seguir, se não se sabe qual o futuro da globalização, que, ampliada após a Queda do Muro de Berlim, ficou abalada com a invasão da Ucrânia pela Rússia? O mundo retornará ao período da Guerra Fria ou um novo acordo imporá limites à Otan e aos objetivos expansionistas da Rússia?

         Que caminho seguir? Preservar as florestas que ainda restam ou ampliar a exploração predatória? Acelerar a exploração mineral ou submetê-la às regras mais rigorosas de proteção do meio socioambiental? Continuar usando fontes não renováveis de energia, como o petróleo, ou mudar os hábitos de consumo da sociedade? Intensificar o uso da inovação digital ou optar pela inclusão social de baixa produtividade? Enfim, para os países de renda média, que ainda não atingiram os padrões de consumo e bem-estar das economias industrializadas, o que seria correto fazer? Acelerar seus processos de crescimento com base nas práticas passadas ou pagar o ônus das restrições ao crescimento, submetendo-se aos novos padrões de produção e consumo com baixo carbono? Aceitar mais controles internacionais sobre suas decisões internas para garantir maior equilíbrio entre crescimento econômico e preservação ambiental ou, ao contrário, exigir que esse equilíbrio seja pago por quem no passado devastou a natureza? A soberania nacional ficará submetida a alguma entidade supranacional?

         Os tempos atuais trazem novos dilemas que pensávamos terminados após o fim da Segunda Guerra Mundial, como a expansão de governos autocráticos sobre Estados democráticos. Segundo Relatório recente do V-DEM Institute, da Universidade de Gotemburgo, da Suécia, a participação de democracias liberais no mundo voltou ao seu nível de 1989, com apenas 13% da população mundial usufruindo de liberdade plena, em 32 países. O número de ditaduras chegou a 30 países, cobrindo 26% da população mundial, e a democracia eleitoral, que apresenta diferentes formas de restrições à liberdade de expressão, é o regime mais comum, absorvendo 44% da população mundial, inclusive o Brasil. Dos 10 países mais populosos do mundo, nenhum está entre top 10% das democracias. Os Estados Unidos estão no intervalo de 10% a 20%, e os demais se distribuem entre os 50% menos democráticos. Democracia liberal parece não ser regime para grandes países. Seria a sina do Brasil grande?

         Neste ano, escolheremos um novo (ou velho) presidente. O que pensam os candidatos a respeito desses dilemas? Que caminho seguir?”.

(PAULO PAIVA. ptapaiva@gmail.com, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 18 de março de 2022, caderno A.PARTE, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno OPINIÃO, página 26, de autoria de Alberto Gallo, engenheiro civil, especialista em gestão pública e infraestrutura, e que merece igualmente integral transcrição:

“A doutrina social da Igreja e a ação dos empresários

       Na visão cristã, Deus é um Pai amoroso, e, segundo o livro do Gênesis, Ele criou o Céu e a Terra. Durante seis dias foi criando o ar, a água, as árvores, animais e, por último, criou o “homem e mulher, sua imagem e semelhança”.

         Essa bela cena nos mostra que o ser humano, como ápice da criação é único ser a convidado para uma amizade especial com Deus, somente ele é capaz de conhecer e amar seu Criador. Foi nos dada a missão de povoar e dominar a terra e todos os seres, como intendentes. Assim nos cabe explorar os recursos de toda a criação, mas com a responsabilidade de que é nossa casa comum. Portanto faz desta missão empreender, utilizar os dons do trabalho, da criatividade e da ciência para desenvolvermos tecnologia e bens para o benefício de todos. Colaborar na construção do bem comum e da dignidade humana.

         E nesse sentido a figura do empresário deve ser vista como propulsora da economia e do desenvolvimento. É a partir do seu esforço criativo e capacidade de trabalho, que são produzidas riquezas, oportunidades de trabalho, impostos para gerar retorno público e a multiplicação do capital.

         Diferentemente do que se prega na mídia e nos discursos ideológicos, onde empresários são “malvados”, que exploram o trabalho de pobres funcionários, só pensando em riqueza e ganhos e que não têm sentimentos de respeito por outras pessoas. Ainda há também uma visão deturpada de magnatas milionários que praticam corrupção e se unem em clubes de poderosos com intuito de promover todo tipo de perversidade para aumentarem suas fortunas e lucros. Infelizmente essa visão é errada, mas continua sendo alimentada no inconsciente coletivo e gera ódio entre grupos.

         Ao contrário, o censo de 2010 mostra que a maior parte dos empresários é de pessoas com até seis funcionários, mas que no conjunto são empregadores de até 42% da mão de obra. São pessoas que acordam cedo, junto com o sol, e dedicam seus esforços para manter em operação suas empresas, num ambiente complexo como é nosso país. São pessoas comprometidas com suas comunidades, interessadas em prestar um serviço decente e o principal: cuidar das pessoas. Empresários no Brasil são aqueles que abraçam os empregados como se família fossem, e não são poucos os casos de deixarem de retirar sua participação para honrarem com os salários e obrigações da empresa. Os empresários naturalmente têm por objetivo o progresso e lucro. Por isso assumem riscos, mas faz parte do empreendedorismo a responsabilidade social e o respeito às leis. Se alguns donos de empresas ou gestores praticam ilícitos, transgressões ou infrações não podem ser chamados de empresários, mas sim de bandidos. Por isso é importante que a sociedade tenha clareza de valores e princípios.

         E nesse sentido que a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE) convidou empresários de todo o país para um encontro de reflexão no papel dos empresários no mundo. O encontro ocorre até o dia 20 de março, em Aparecida (SP). Busque informações nas redes sociais da ADCE/MG. Ela, é uma entidade que tem por objetivo divulgar os princípios da doutrina social da Igreja. Visa unir os dirigentes cristãos na sua responsabilidade econômica e social frente à realidade, fomentando a humanização das relações nas empresas, comunidades e famílias, valorizando o dirigente como veículo de transformação.

         O que se pretende é trazer à discussão o estudo da doutrina social cristã, como um caminho para uma sociedade mais humanizada. O mundo do trabalho e da economia deve avançar, mas submetido aos valores morais, fundamentados na lei natural inscrita na consciência de toda pessoa.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em abril, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 12,13%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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