“A indústria brasileira e a robótica
Todos
sabem o quanto a pandemia afetou o dia a dia dos empresários de todos os
setores e, muito mais do que isso, foi possível observar que aqueles que
conseguiram se manter funcionando precisaram recorrer ao avanço da tecnologia e
implementar novas soluções. A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, revelou que as empresas que
adotaram a indústria 4.0 lucraram mais, conseguiram manter ou até ampliar o
quadro de funcionários e tiveram melhores perspectivas em 2021.
Mesmo
assim, no setor industrial, observamos uma grande dificuldade devido à falta de
matéria-prima e ao aumento de preços dos itens necessários para produção. De
acordo com estudo da CNI, 68% das empresas enfrentaram problemas para comprar
produtos no mercado nacional. Entre as que utilizam insumos importados
regularmente, 56% relataram dificuldade. Com isso, foi possível observar que a
confiança da indústria recuou muito, principalmente com a piora da situação
atual e na expectativa das empresas em relação aos próximos meses.
De
qualquer forma, podemos dizer que a compra de robôs industriais cresceu
significativamente. Segundo o relatório The World Robotics 2021 Industrial
Robot Report, foi registrado um recorde de 3 milhões deles operando em fábricas
em todo o mundo, o que significa um aumento de 10%. As vendas cresceram
ligeiramente, 0,5%, apesar da pandemia, com um total de 384 mil unidades
enviadas em todo o mundo em 2020, em que quase 44% foram entregues para a
China. Este é o terceiro ano mais favorável da história do setor da robótica
após 2018 e 2017.
As
instalações de robôs nos mercados da América do Sul ainda estão um nível muito
baixo. O Brasil foi um dos países mais afetados, mas esse problema já perdura
por mais tempo do que imaginamos. A falta de competitividade da indústria
brasileira é um problema real e reflete diretamente nos produtos relevantes
para o comércio internacional, que normalmente são commodities. Poucos são
aqueles que fazem parte de uma lista de utensílios mais bem desenvolvidos
tecnologicamente.
Segundo
o ranking publicado anualmente pela Organização Mundial de Propriedade
Intelectual (Ompi), em parceria com a Universidade de Cornell e o Instituto
Europeu de Administração de Empresas (Insead), o Brasil ficou em 62º lugar em
um ranking de 131 países no Índice Geral de Inovação. Essa posição demonstra o
grande atraso em desenvolver tecnologia para que a indústria nacional dependa
menos da proteção do mercado interno.
Dos sete
fatores divulgados pela pesquisa que mostra a origem da baixa competitividade,
cinco estão relacionados à questão da formação de mão de obra qualificada. Isso
comprova o quanto o Brasil ainda precisa explorar a inserção de soluções que
ajudam no dia a dia dos colaboradores nesses ambientes de trabalho, otimizando
processos e os realocando para funções mais estratégicas, como são os casos dos
robôs colaborativos, por exemplo.
Posso
afirmar ainda que ferramentas digitais como essa serão cada vez mais vistas em
todos os lugares e em todos os tipos de indústria. O relatório “O Futuro do
Emprego” já aponta que até 2025 serão criados 10 milhões de novos postos de
trabalho no mundo todo em razão da divisão entre humanos e máquinas. Aqueles
que não se desenvolverem e não buscarem inovações que forem de encontro à
situação atual do mercado ficarão para trás. É imprescindível que o Brasil
corra atrás do prejuízo e comece agora uma revolução. Que tal você fazer parte
disso?”.
(Denis Pineda. Gerente regional da Universal
Robots na América do Sul, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 12 de janeiro de 2022, caderno OPINIÃO, página 14).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 27 de junho de 2022, caderno A.PARTE,
página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente
integral transcrição:
“‘Ineptocracia’
A
importância da educação, ou de formar jovens com aspirações, princípios e
valores que lhes permitam evoluir e fazer parte de uma sociedade justa,
cosmopolita, solidária, soberana, que consiga escolher seus representantes
entre os mais preparados, honestos e experimentados, se faz a cada dia mais
evidente.
Sofremos
pelas más escolhas proporcionadas por um sistema de governo que obstinadamente
elimina os melhores e promove os intimamente despreparados e incapazes, que
forma seitas (ou quadrilhas partidárias em alguns casos) com o dominante desejo
de se locupletar, trabalhar pouco e desfrutar dos demais que labutam a vida
inteira.
Quem
despertou e levantou o olhar para mais longe vê que os governos não agem em
consideração pelo futuro, não agem para diminuir os sofrimentos ou para
garantir à sociedade aquilo de que precisa. Agem e tramam egoisticamente,
tornam-se autores de projetos de poder pessoal, que usurpam a liberdade, o
patrimônio, o próprio futuro da nação e de gerações inteiras.
Festivais
de ignorância e estupidez perpetuam o retrocesso, deseducam, projetam indivíduos
sem qualquer ideal sério. Exploram a insuficiente capacidade de discernimento
dos eleitores, das massas de incultos que vivem na dependência de instintos
pré-humanos.
As
opções que emergem desse cenário conturbado não atendem os anseios mais elevados.
O eleitor, de regra, só pode escolher entre ignorantes e mal-lavados, entre
ignorantes e incapazes, entre pessoas que nunca produziram nada e outros que se
abrigaram por profissão no cenário político como forma de enriquecer sem
méritos. De tanto apanhar, já sepultaram as aspirações mais elevadas,
apagaram-se os sonhos, atrofiaram-se ideais, o mal predomina sobre o bem.
Quem
anseia por um estadista, um iluminado, um preparado deve se ajoelhar à
incapacidade de entendimento obscurecido das massas que sofrem a fome e o
abandono. Para certos políticos, se essa categoria fosse transformada em
pessoas conscientes, estudadas, evoluídas, seria a morte política das escórias
que a dominam. Da parte que vive e se nutre dessa ignorância, dos instintos de
sobrevivência, da brutalidade. Quem sustenta o sistema perverso são as suas
próprias e inconscientes vítimas. Para alguns partidos, melhorar a educação da
população, elevar a qualidade de existência de seus membros, seria uma
condenação à morte, pois eles são os frutos desta situação maléfica.
Estamos
a escolher entre medíocres, piores, incapazes, ladrões, escórias.
O
filósofo e escritor francês Jean d’Ormesson, que teve assento na Academia
Francesa de Letras até sua morte, em 2017, quando deixou esta terra, aos 92
anos, definiu o nosso tempo como um sistema de governos que levará a humanidade
à exaustão. A democracia atual leva para a “ineptocracia”, uma fórmula
inarredável e perversa de governo, pois a cada eleição os escolhidos estão mais
longe de serem os melhores, os mais idôneos.
D’Ormesson
a define como “um sistema de governo que os menos capazes de liderar são os
eleitos pelos menos capazes de produzir; e no qual os membros de uma sociedade,
menos capazes de se sustentarem ou de terem sucesso, são recompensados com bens
e serviços pagos por meio do confisco da riqueza de um número decrescente de
produtores”.
O
filósofo francês temia que o poder de um Estado fosse capturado por ineptos,
como na realidade aconteceu em vários países e democracias.
Não poderá
lograr frutos duradouros o sistema no qual a ineptidão subjuga os melhores, os
mais produtivos, os responsáveis pela sustentação da sociedade. Será que as
figuras sem realizações para mostrar, sem preparo, sem capacidade e sem
atributos têm a competência e sabedoria de conduzir um governo? De ser um
Moisés capaz de levar seu povo ao outro lado do Mar Vermelho de dificuldades e
provações dos nossos tempos?
A
democracia corre sempre o risco de ser comandada pelos menos preparados ou
conscientes, e, quando uma nação é composta majoritariamente por incultos e
improdutivos, cairá na escolha de ineptos, até porque não sabe distinguir as
razões do bem maior.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente
desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.