sexta-feira, 3 de junho de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DO AMOR INCONDICIONAL, EMPATIA E HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA E DESAFIOS DAS ESCOLAS NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE (67/103)

(Junho = mês 67; faltam 103 meses para a Primavera Brasileira)

“Desenvolvimento de lideranças

       Em um cenário de extrema concorrência, onde há desafios a serem vencidos quase que diariamente, investir no desenvolvimento de líderes é uma condição fundamental para o sucesso das organizações. Quando a empresa tem uma boa gestão, ela consegue desenvolver melhores estratégias e inovar no seu setor.

         Muitas empresas já perceberam que apostar na retenção e no desenvolvimento de talentos é o caminho para o crescimento. De acordo com o estudo “Global Talent Trends Report 2020”, realizado pela plataforma Linkedin, oferecer uma boa experiência para o empregado e fortalecer o recrutamento interno são fortes tendências para manter os trabalhadores na empresa, que podem ser aplicadas a todos, incluindo gestores.

         No entanto, para estimular o surgimento de novos líderes, a empresa precisa desenvolver algumas estratégias. A primeira delas é identificar as características que uma pessoa com o perfil de liderança costuma apresentar. Um bom gestor precisa ser proativo, responsável, ágil e com boas habilidades de comunicação. Com essas qualidades destacadas é possível reconhecer quais colaboradores possuem potencial para serem futuros líderes.

         A partir dessa premissa torna-se fundamental adotar um plano de desenvolvimento de líderes, ou seja, aplicar um conjunto de ações que visam trabalhar essas competências que os colaboradores têm e, assim, aprimorar a formação dos futuros gestores que vão impulsionar a empresa.

         Para isso, é necessário criar um plano de ação inicial no qual os gestores atuais e o setor de Recursos Humanos (RH) trabalharão em conjunto para desenvolver as atividades nas quais os colaboradores poderão explorar suas habilidades como líderes.

         Além disso, é fundamental que os objetivos estejam bem definidos, isto é, saber quais os resultados a empresa espera que cada líder entregue.

         Para alcançar esta meta, deve-se ter em foco qual será o nível de atuação do gestor para que ele seja treinado de forma mais estratégica possível. Enquanto os líderes que vão atuar mais no âmbito organizacional precisam ser capacitados para cumprir prazos, o gestor que coordena equipes diretamente deve saber trabalhar em grupo e ter uma boa inteligência emocional.

         Outro ponto importante é identificar as lacunas da organização, observando os pontos onde a liderança precisa ser mais bem desenvolvida. Essa análise permite que os futuros gestores sejam mais bem preparados.

         A empresa que consegue capacitar seus próprios líderes costuma obter êxito na formação de um time de colaboradores que conhece profundamente a cultura da sua organização e se mostra engajada em entregar os melhores resultados.

         Por isso, é essencial que as organizações saibam identificar o potencial de cada um dos seus empregados, de forma a proporcionar condições de desenvolvimento e crescimento profissional a todos eles e em ganhos futuros para a própria empresa.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 19 de fevereiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 23).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de abril de 2022, mesmo caderno, página 24, de autoria de Blenda Alves, coordenadora do Instituto MRV, e que merece igualmente integral transcrição:

“É hora de ressignificar a educação

       Acabada a guerra, mais do que contabilizar os estragos, é preciso começar a recompor tudo aquilo que permanece, ainda que abaulado pelas circunstâncias passadas – e mesmo de forma diferente. A educação brasileira também viveu uma guerra e, da mesma forma, requer uma ação análoga de resgate àquilo tudo que se deteriorou ao longo de dois anos de pandemia.

         A Covid-19 trouxe um cenário jamais visto por essa geração. A nós, educadores, nem sequer houve tempo de se preparar para que os impactos fossem minimizados, especialmente entre os mais vulneráveis. Vimos rapidamente se abrir o abismo da desigualdade no ensino e no acesso à tecnologia.

         Estudo publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que a educação no Brasil deve retroceder até quatro anos a reboque da perda de aprendizado durante a pandemia. Esse gap é de cinco a 16 vezes maior do que a média mundial (três a nove meses). Algo a ser visto com muita atenção.

         A isso, ainda temos que acrescentar o reflexo na saúde mental dos profissionais e estudantes – outro fator importante a ser observado. Tanto que muitas escolas têm priorizado exatamente essa questão, neste retorno às aulas presenciais. Um acolhimento significativo para este momento de recomeço. Só que também precisa ser logo sucedido por ações que mirem o futuro, sobretudo. Mais do que contabilizar os estragos, é hora de pensar no amanhã, seguir adiante.

         Temos uma grande oportunidade de ressignificar a educação, em meio a este momento tão crítico. O paralelo que faço aqui em relação às guerras, aliás, busca não só comparar impactos, mas mostrar um caminho em comum nesse processo.

         A história nos mostra que a educação foi a grande indutora da recuperação de nações devastadas no passado, a exemplo do Japão e da Alemanha, que hoje são referências em desenvolvimento social e econômico. A nós, guardadas as devidas proporções, creio que elas sirvam de inspiração para que façamos o mesmo. Afinal, bons exemplos devem e merecem ser copiados.

         Nesse contexto, destaco o enorme potencial das metodologias de ensino que buscam desenvolver as chamadas “habilidades e competências do futuro”. As experiências vividas por aqui têm sido muito positivas e podem ser transformadoras no processo de evolução da pedagogia.

         Desde o ano de 2020, parte do trabalho que realizo à frente do Instituto MRV é dedicado justamente a isso. Com recursos próprios, incentivamos projetos com esse viés em escolas públicas de diferentes regiões do país, trabalhando não só os alunos, mas principalmente os professores. São eles que têm o poder de estimular a autonomia dos estudantes, colocando-os como protagonistas do próprio aprendizado, corroborando diretamente com suas habilidades.

         É imprescindível entender as demandas de quem vive a educação no dia a dia. Só assim, a meu ver, enxergaremos melhor quais caminhos seguir e que decisões tomar a fim de facilitar a compreensão do futuro do ensino, seja presencial ou virtual. Do contrário, as políticas públicas educacionais continuarão sendo ineficazes, e o gap de aprendizado só aumentará.

         O terceiro setor pode (e deve) contribuir nesse sentido. Juntos, entidades e educadores têm tudo para renovar o ambiente escolar. É importante termos em mente que, para se construir um futuro melhor, é preciso agir agora. Deixar para cuidar da educação amanhã já pode ser tarde demais.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,30%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

  

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