terça-feira, 14 de junho de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA EMPATIA, COERÊNCIA, ALTERIDADE E CONCRETICIDADE NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS PARA A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ÉTICA E JUSTIÇA NO ORDENAMENTO LEGAL NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE

“A liderança por influência

       Nos últimos anos, tem ocorrido uma série de transformações decorrentes do rápido avanço tecnológico, contribuindo para que surjam novas formas de gestão. Nesse novo contexto, no qual as relações entre empregados e empresa passaram a ser muito valorizadas, tem ganhado especial relevância a liderança por influência, uma das grandes apostas das organizações.

         O líder atual não pode mais ser aquele que só delega tarefas. É fundamental que ele seja um modelo que inspire e motive os colaboradores, pois o gestor é um reflexo direto dos valores da corporação. Por isso, desenvolver uma boa liderança é essencial para o sucesso da companhia. Segundo pesquisa realizada em 2020 pela empresa de recrutamento Michael Page, oito em cada dez colaboradores pedem demissão por causa do chefe.

         Esse dado mostra que o líder por influência precisa um tipo de gestão que impulsione a equipe. O grande diferencial desse gerenciamento é estabelecer uma relação de confiança entre líder e seus comandados, de forma que a comunicação seja horizontal e todos se sintam à vontade para compartilhar suas ideias.

         No entanto, o líder que está acostumado em concentrar as demandas em si mesmo e controlar tudo pode ter dificuldades ao querer exercer a liderança por influência. Esse centralismo pode ser evitado seguindo alguns passos importantes. O primeiro e mais importante é agir de forma transparente, pois a equipe precisa ser informada sobre os planos e a real situação da empresa. Ao estar ciente dos projetos e desafios da organização, o funcionário consegue ter mais clareza para realizar suas tarefas e pensar em novas ideias para melhorar o desempenho da empresa.

         É essencial que o líder estabeleça um bom fluxo de comunicação e permita que todos tenham espaço para compartilhar ideias e desafios, de forma que possa contribuir com o outro. O líder influente consegue encorajar a participação de todos, o que gera um ambiente de trabalho mais leve e eficiente.

         Outro fator importante é o acompanhamento. É essencial que o gestor acompanhe o andamento de projetos e tarefas de cada colaborador. Estar próximo é uma forma de prestar auxílio e indicar melhores formas de solucionar dificuldades.

         O mercado atual valoriza as chamadas “soft skills”, que são as habilidades comportamentais relacionadas à maneira como o profissional lida com o outro. Com isso, a humildade e a empatia são características que o líder influente precisa desenvolver se quiser ter uma relação profícua e colaborativa com seus subordinados. O gestor que respeita sua equipe e aprende com os outros consegue impactar positivamente os profissionais.

         Estar em posição de liderança demanda grande responsabilidade e empenho do gestor. Em um universo corporativo cada vez mais competitivo, o líder influente consegue ser mais eficiente e ter uma equipe mais engajada. Por isso, apostar nesse tipo de liderança pode ser uma excelente oportunidade de crescimento para as empresas.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de março de 2022, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 10 de junho de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“O bem maior e a lei

       ‘Então, para que a lei’ Esta interrogação é apresentada pelo grande educador apóstolo Paulo, formado na escola de Gamaliel – conhecedor da Lei Judaica e seu fiel praticante. O Apóstolo faz essa pergunta para alargar o horizonte de seus interlocutores, possibilitando-lhes também uma compreensão fundamental e determinante: a Lei não esgota e nem pode aprisionar o bem maior. Na perspectiva da fé, Paulo ensina que nenhuma Lei é maior que a vida – dom de Deus, indo além das hodiernas e prejudiciais fragmentações. O Apóstolo diz: a Lei é como um educador que conduz as pessoas no seguimento de Cristo, aquele que superou toda Lei pela excelência de seu ministério e pelo ápice de sua oferta, fazendo valer o bem maior. Se a Lei não for compreendida como pedagoga no itinerário que leva a um bem maior, corre-se o risco de conduzir a aprisionamentos, relevando o horizonte obscurecido de seus intérpretes e de legisladores. Um obscurecimento provocado por mediocridades intelectuais que levam à leitura, à interpretação e à aplicação das leis a partir de perspectivas inadequadas. As consequências são prejuízos variados, muito irreversíveis, apontando para o perigo de incautos no exercício do poder.

         Não é tão difícil alcançar e apreender formulações normativas compiladas em códigos, artigos e parágrafos. Essas formulações, e consequentemente as decisões fundamentadas na Lei, devem contemplar um conjunto de nuances que, se forem desconsideradas, inviabilizam a promoção da justiça. Ora, é o mínimo que se pode esperar para não lesar patrimônios, não correr o risco de decisões inconsequentes, que inclusive ferem outros ordenamentos legais. Sem adequada sensibilidade, corre-se o perigo de parcialidades e inconsequências. Ainda mais graves: torna-se mais recorrente a formulação de inadequado juízo por desconhecer determinada realidade, decidindo simplesmente a partir de papéis postos à mesa. E muitos desses papéis, embora repletos de argumentações bem articuladas, estão contaminados por situações que atentam contra a própria justiça. Favorecem certos contextos que, por si, merece sérios questionamentos, mas são poupados graças a uma militância advocatícia pavimentada por interesses pecuniários, não raramente espúrios.

         Reconhecendo a importância da Lei, no seu imprescindível papel e tarefa irrenunciável, precisa brilhar no seu horizonte, como estrela-guia, a busca pelo bem maior. A Lei, por si, pode ser insuficiente na pavimentação do caminho que leva a esse bem, exigindo uma interpretação que ultrapassa as letras normativas para se alicerçar nos parâmetros da ética. Esses parâmetros indispensáveis ao processo interpretativo requerem ir além de um exclusivo objetivo de ocupar cadeiras para conquistar remuneração. Deve-se reconhecer que legislar, julgar e decidir – tendo a Lei como pedagoga – são exercícios para fazer valer e promover o bem maior. A garantia do bem maior exige muito mais do que uma simples “canetada”, que pode remeter a práticas abusivas de autoridade, maculando a lisura de processos por desconhece realidades, desconsiderar circunstâncias e aspectos que ultrapassam o sentido e o alcance das próprias letras.

         Compreende-se a obviedade a respeito da dimensão ética que a própria Lei, por si, não alcança. Trata-se de uma dimensão que ultrapassa o ordenamento legal e, se for desconsiderada, pode inclusive comprometer o propósito nobre e irrenunciável da justiça. Justamente em razão de fragilidades na observação de parâmetros éticos é que se convive com parcialidades, decisões inconsequentes, provocando riscos que atentam contra o sagrado direito de segurança das pessoas, desrespeitando ainda a normatividade da propriedade privada. Decisões que impedem a continuidade de relevantes serviços dedicados à comunidade, com prejuízos ao patrimônio ambiental e ao desenvolvimento integral.

         Assim, o entendimento lúcido, nos parâmetros da ética e da normatividade, conduz à compreensão de que o bem maior é mais do que a Lei. Uma compreensão que precisa se consolidar e sempre prevalecer com a decisiva ação de líderes da sociedade. Aqueles que estão distantes de interesses cartoriais e parciais, e mais interessados na promoção do bem maior, reconhecem quando prejuízos são promovidos por inadequada aplicação de legislações. É hora de compreender, respeitar e viver esta verdade: o bem maior é mais que a letra da Lei.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,73%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

        

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