quinta-feira, 30 de junho de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA INOVAÇÃO, COMPETITIVIDADE E NOVAS TECNOLOGIAS NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL PARA A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ÉTICA, ENSINO, DEMOCRACIA, VISÃO OLÍMPICA E ALTRUÍSMO NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS NA SUSTENTABILIDADE

“A indústria brasileira e a robótica

       Todos sabem o quanto a pandemia afetou o dia a dia dos empresários de todos os setores e, muito mais do que isso, foi possível observar que aqueles que conseguiram se manter funcionando precisaram recorrer ao avanço da tecnologia e implementar novas soluções. A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, revelou que as empresas que adotaram a indústria 4.0 lucraram mais, conseguiram manter ou até ampliar o quadro de funcionários e tiveram melhores perspectivas em 2021.

         Mesmo assim, no setor industrial, observamos uma grande dificuldade devido à falta de matéria-prima e ao aumento de preços dos itens necessários para produção. De acordo com estudo da CNI, 68% das empresas enfrentaram problemas para comprar produtos no mercado nacional. Entre as que utilizam insumos importados regularmente, 56% relataram dificuldade. Com isso, foi possível observar que a confiança da indústria recuou muito, principalmente com a piora da situação atual e na expectativa das empresas em relação aos próximos meses.

         De qualquer forma, podemos dizer que a compra de robôs industriais cresceu significativamente. Segundo o relatório The World Robotics 2021 Industrial Robot Report, foi registrado um recorde de 3 milhões deles operando em fábricas em todo o mundo, o que significa um aumento de 10%. As vendas cresceram ligeiramente, 0,5%, apesar da pandemia, com um total de 384 mil unidades enviadas em todo o mundo em 2020, em que quase 44% foram entregues para a China. Este é o terceiro ano mais favorável da história do setor da robótica após 2018 e 2017.

         As instalações de robôs nos mercados da América do Sul ainda estão um nível muito baixo. O Brasil foi um dos países mais afetados, mas esse problema já perdura por mais tempo do que imaginamos. A falta de competitividade da indústria brasileira é um problema real e reflete diretamente nos produtos relevantes para o comércio internacional, que normalmente são commodities. Poucos são aqueles que fazem parte de uma lista de utensílios mais bem desenvolvidos tecnologicamente.

         Segundo o ranking publicado anualmente pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi), em parceria com a Universidade de Cornell e o Instituto Europeu de Administração de Empresas (Insead), o Brasil ficou em 62º lugar em um ranking de 131 países no Índice Geral de Inovação. Essa posição demonstra o grande atraso em desenvolver tecnologia para que a indústria nacional dependa menos da proteção do mercado interno.

         Dos sete fatores divulgados pela pesquisa que mostra a origem da baixa competitividade, cinco estão relacionados à questão da formação de mão de obra qualificada. Isso comprova o quanto o Brasil ainda precisa explorar a inserção de soluções que ajudam no dia a dia dos colaboradores nesses ambientes de trabalho, otimizando processos e os realocando para funções mais estratégicas, como são os casos dos robôs colaborativos, por exemplo.

         Posso afirmar ainda que ferramentas digitais como essa serão cada vez mais vistas em todos os lugares e em todos os tipos de indústria. O relatório “O Futuro do Emprego” já aponta que até 2025 serão criados 10 milhões de novos postos de trabalho no mundo todo em razão da divisão entre humanos e máquinas. Aqueles que não se desenvolverem e não buscarem inovações que forem de encontro à situação atual do mercado ficarão para trás. É imprescindível que o Brasil corra atrás do prejuízo e comece agora uma revolução. Que tal você fazer parte disso?”.

(Denis Pineda. Gerente regional da Universal Robots na América do Sul, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 12 de janeiro de 2022, caderno OPINIÃO, página 14).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 27 de junho de 2022, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“‘Ineptocracia’

       A importância da educação, ou de formar jovens com aspirações, princípios e valores que lhes permitam evoluir e fazer parte de uma sociedade justa, cosmopolita, solidária, soberana, que consiga escolher seus representantes entre os mais preparados, honestos e experimentados, se faz a cada dia mais evidente.

         Sofremos pelas más escolhas proporcionadas por um sistema de governo que obstinadamente elimina os melhores e promove os intimamente despreparados e incapazes, que forma seitas (ou quadrilhas partidárias em alguns casos) com o dominante desejo de se locupletar, trabalhar pouco e desfrutar dos demais que labutam a vida inteira.

         Quem despertou e levantou o olhar para mais longe vê que os governos não agem em consideração pelo futuro, não agem para diminuir os sofrimentos ou para garantir à sociedade aquilo de que precisa. Agem e tramam egoisticamente, tornam-se autores de projetos de poder pessoal, que usurpam a liberdade, o patrimônio, o próprio futuro da nação e de gerações inteiras.

         Festivais de ignorância e estupidez perpetuam o retrocesso, deseducam, projetam indivíduos sem qualquer ideal sério. Exploram a insuficiente capacidade de discernimento dos eleitores, das massas de incultos que vivem na dependência de instintos pré-humanos.

         As opções que emergem desse cenário conturbado não atendem os anseios mais elevados. O eleitor, de regra, só pode escolher entre ignorantes e mal-lavados, entre ignorantes e incapazes, entre pessoas que nunca produziram nada e outros que se abrigaram por profissão no cenário político como forma de enriquecer sem méritos. De tanto apanhar, já sepultaram as aspirações mais elevadas, apagaram-se os sonhos, atrofiaram-se ideais, o mal predomina sobre o bem.

         Quem anseia por um estadista, um iluminado, um preparado deve se ajoelhar à incapacidade de entendimento obscurecido das massas que sofrem a fome e o abandono. Para certos políticos, se essa categoria fosse transformada em pessoas conscientes, estudadas, evoluídas, seria a morte política das escórias que a dominam. Da parte que vive e se nutre dessa ignorância, dos instintos de sobrevivência, da brutalidade. Quem sustenta o sistema perverso são as suas próprias e inconscientes vítimas. Para alguns partidos, melhorar a educação da população, elevar a qualidade de existência de seus membros, seria uma condenação à morte, pois eles são os frutos desta situação maléfica.

         Estamos a escolher entre medíocres, piores, incapazes, ladrões, escórias.

         O filósofo e escritor francês Jean d’Ormesson, que teve assento na Academia Francesa de Letras até sua morte, em 2017, quando deixou esta terra, aos 92 anos, definiu o nosso tempo como um sistema de governos que levará a humanidade à exaustão. A democracia atual leva para a “ineptocracia”, uma fórmula inarredável e perversa de governo, pois a cada eleição os escolhidos estão mais longe de serem os melhores, os mais idôneos.

         D’Ormesson a define como “um sistema de governo que os menos capazes de liderar são os eleitos pelos menos capazes de produzir; e no qual os membros de uma sociedade, menos capazes de se sustentarem ou de terem sucesso, são recompensados com bens e serviços pagos por meio do confisco da riqueza de um número decrescente de produtores”.

         O filósofo francês temia que o poder de um Estado fosse capturado por ineptos, como na realidade aconteceu em vários países e democracias.

         Não poderá lograr frutos duradouros o sistema no qual a ineptidão subjuga os melhores, os mais produtivos, os responsáveis pela sustentação da sociedade. Será que as figuras sem realizações para mostrar, sem preparo, sem capacidade e sem atributos têm a competência e sabedoria de conduzir um governo? De ser um Moisés capaz de levar seu povo ao outro lado do Mar Vermelho de dificuldades e provações dos nossos tempos?

         A democracia corre sempre o risco de ser comandada pelos menos preparados ou conscientes, e, quando uma nação é composta majoritariamente por incultos e improdutivos, cairá na escolha de ineptos, até porque não sabe distinguir as razões do bem maior.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,73%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

      

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