segunda-feira, 27 de junho de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA VOCAÇÃO E ALEGRIA DO AMOR FAMILIAR NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“O consumidor de energia do futuro

       Após funcionar por mais de um século praticamente da mesma maneira como foi concebido por Thomas Edison no final do século XIX, o setor elétrico, finalmente, vem passando por profundas transformações. Se analisarmos pela perspectiva do consumidor, esta será a década da disrupção. Em nenhum momento, nos últimos 30 ou 40 anos, vimos um consumidor tão envolvido e ativo no cenário da energia quanto agora. A pesquisa Navigating The Energy Transition Consumer Survey (ou Navegando na Transição Energética, em tradução livre), realizada neste ano pela consultoria internacional EY com consumidores distribuídos em 17 países, incluindo o Brasil, apontou quatro grandes tendências que estão pautando a transição energética.

         A primeira é a descarbonização da economia, caracterizada pela busca por fontes renováveis, transporte elétrico, prédios inteligentes e tecnologias habilitadoras, como são as baterias de longa duração que permitem armazenar energia.

         A segunda é a digitalização, fator de especial relevância por possibilitar que as relações de consumo sejam horizontais e fluidas, eliminando a necessidade de intermediários e dando vez ao uso de redes e aplicativos. Grande exemplo é o caso dos serviços financeiros, que praticamente eliminaram a necessidade de bancos físicos.

         A próxima tendência, também viabilizada pela digitalização, é a descentralização. Especialmente nesse tópico, tivemos avanços importantes em nosso país, como foi o caso do marco legal da micro e minigeração distribuída (Lei 14.300/2022. A nova lei, cuja aprovação se deu com apoio decisivo da Proteste, conferiu segurança jurídica aos consumidores que produzirem a própria energia que utilizam a partir de fontes renováveis, como a solar, eólica e hídrica.

         Finalmente, a última tendência é a democratização, com a voz do consumidor sendo mais ativa junto a todos os fornecedores de serviços públicos, inclusive os de energia.

         Há aproximadamente uma década, a experiência de consumo de eletricidade resumia-se à mera utilização do insumo com o posterior pagamento da fatura. O usuário, antes posicionado no fim da cadeia de valor, passou a ocupar papel cada vez mais positivo. Por essa razão, vem sendo classificado pelos pesquisadores como “ominisumer”, um novo tipo de consumidor que assume um papel de liderança na transição energética.

         Esse ator em ascensão, que é justamente o consumidor do futuro, pertence às gerações Y e Z, maior grupo demográfico do mundo, e tem preferências totalmente diferentes das de seus pais e avós. É mais engajado, propenso a monitorar o consumo frequentemente e a preferir opções de pagamento antecipado ou de acordo com o uso. Isso já ocorre nos setores de transporte e hospedagem, e, em breve, deverá impactar o setor elétrico.

         Se quisermos pensar no futuro, devemos enxergar com as lentes das próximas gerações, e não apenas com a perspectiva do presente. O desejo dos consumidores por opções de energia que ofereçam maior personalização, escolha e controle tende a remodelar as bases da experiência energética, o que inclui as principais premissas que sustentam as opções de tarifas, cobrança e pagamento.

         Precisaremos de soluções tecnológicas mais flexíveis, assim como de novas plataformas de engajamento digital e pacotes de opções para fornecer aos consumidores escolhas mais simples e eficazes. A Proteste estará ao lado dos consumidores, dos reguladores e das concessionárias, participando ativamente da construção desse futuro tão interessante e inclusivo.”.

(Fábio Pereira Zacharias. CEO da Proteste, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de junho de 2022, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Amor família: dom maior

       A Igreja Católica, por zelo e convicção de que o amor familiar é dom maior, celebra com o Papa Francisco o 10º Encontro Mundial com as Famílias, em Roma, nestes dias 22 a 26 de junho de 2022. No amor familiar, inscreve-se um dom maior, por se tratar de vocação e caminho de santidade. A família é a primeira escola para inigualáveis experiências na aprendizagem do amor, onde todos são, igualmente, aprendizes e agentes na missão de ensinar: aprende-se ensinando, ensina-se aprendendo. Essas dinâmicas que se alicerçam no amor precisam ser sempre, e cada vez mais, expressas e partilhadas pelas famílias cristãs, permeando o coração do mundo e a vida da Igreja com a fidelidade incondicional à vida, dom sagrado e inviolável, em todas as suas etapas, desde a primeira na concepção até a última, no de declínio com a morte natural.

         O amor familiar carrega a semente vocacional a ser plantada e cultivada no coração de cada pessoa, fecundando vidas, dando sentido ao caminhar, iluminando horizonte, mantendo a cadência dos passos sem perder o rumo, mesmo que o percurso tenha seus “altos e baixos”, conquistas e quedas. A vocação semeada na vida familiar é fundamento para buscar o bem maior, a proximidade com Deus, na experiência do seguimento de Jesus Cristo. Compreende-se a urgência de se projetar luzes na importante e inegociável experiência de se viver em família, especialmente quando são considerados os desafios humanos, com incidências de vicissitudes da contemporaneidade. A vivência em família garante, entre limites e possibilidades, uma modelagem singular indispensável para se avançar no caminho da santidade de vida, isto é, do bem e do gosto pela justiça, encharcando de solidariedade fraterna cada gesto. O contexto familiar inspira o ser humano a corresponder à vocação de ser sempre bom e fazer o bem, dedicando-se cotidianamente à transformação célere do mundo em um lugar de amor.

         Na família se experimenta singularmente a alegria do amor, mesmo quando são muitos os limites e percalços. Trata-se de uma experiência alicerçada nos vínculos construídos, heranças que constituem o ser humano em toda a sua trajetória. É, pois, tarefa investir na alegria do amor em família, dom maior que possibilita ouvir o chamado à vida, ao seguimento de Cristo Mestre, definhando parâmetros ético-morais que balizem a conduta humana. É incontestável a convicção de que o bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja. Por isso, é importante priorizar a atenção à realidade das famílias na contemporaneidade, impactadas por mudanças socioantropológicas que, por vezes, são destrutivas não se pode desanimar ou desistir da vida familiar. Ao invés disso, o caminho da espiritualidade, dentre outras importantes experiências, contribui para enfrentar as adversidades que ameaçam famílias, a exemplo do individualismo exagerado, que desgasta laços familiares, ilha pessoas, alimenta a ilusão de que o ser humano pode construir a sua vida movido simplesmente por vontades imediatas.

         A família sofre com muitos impactos, a exemplo do contínuo ataque à vivência genuína do matrimônio, em razão de conveniências, contingências ou por simples falta de sensibilidade. Por isso, os cristãos têm a tarefa missionária de testemunhar o verdadeiro sentido do matrimônio na sua dimensão sacramental, vínculo de amor sério e sincero. Um gesto missionário que favorece a superação das concepções que inferiorizam o matrimônio, descalabros humanos e morais. Quando se contribui para adequada compreensão a respeito do matrimônio promove-se experiências que favorecem o relacionamento humano nos parâmetros da fé cristã, do compromisso com a justiça e com o inegociável sentido da sacralidade da vida.

         O 10º Encontro Mundial das Famílias é forte interpelação para que se reconheça e se invista na identidade cristã de contextos familiares, tornando-os, ainda mais, lugares do amor. Imprescindível na missionária tarefa de qualificar, fecundar e apoiar o amor familiar é o anúncio do Evangelho. Assim, cada família se torna o primeiro lugar onde se aprende a fixar o olhar em Jesus Cristo, único Senhor e Salvador. Pela força do Evangelho de Jesus Cristo, proclamado e testemunhado na família, a Igreja – família de famílias – se fortalece. E as famílias, quando vivem do amor de Deus, tornam-se Igreja doméstica. Cada contexto familiar, pela oração e pela caridade, pode se revestir sempre, e cada vez mais, de amor, fortalecendo-se na missão de anunciar o Reino de Deus, para levar à sociedade os valores e princípios inegociáveis do Evangelho, para que a vida se alicerce no amor, vocação à santidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,73%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

          

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