quinta-feira, 23 de junho de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA AGILIDADE, LIBERDADE CRIATIVA E COMUNICAÇÃO EFICAZ NA QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO NAS ORGANIZAÇÕES E A TRANSCENDÊNCIA DA ÉTICA, VALORES HUMANISTAS, CIÊNCIA E ENSINO NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“A importância da gestão ágil nas empresas

       Modelos de gestão pouco flexíveis e que não investem no uso de tecnologias estão se tornando ultrapassados no mercado de trabalho. O que se vê atualmente é uma busca constante por se destacar da concorrência e inovar. Nesse sentido, as empresas que querem melhorar seus processos já estão se adaptando à metodologia ágil.

         De forma geral, esse modelo se opõe à gestão tradicional e visa otimizar o desenvolvimento de um produto ou serviço, tornando a atividade da organização mais eficaz e menos burocrática. De acordo com uma pesquisa feita pela consultoria empresarial McKinsey em 2018 com 2.500 empresas, organizações ágeis possuem indicador de desempenho de longo prazo 70% melhor do que o das companhias tradicionais. As empresas ágeis mostram ter resultados melhores em diferentes áreas, como maior crescimento de receita e colaboradores mais engajados.

         No entanto, mudar a mentalidade dos funcionários e inserir a organização nesse modelo é um grande desafio. Por isso, é necessário entender as principais características da metodologia e como aplicá-la na empresa. Um bom guia nesse processo é o Manifesto Ágil, criado em 2021 nos Estados Unidos por um grupo de programadores que perceberam a necessidade de mudar a forma como as empresas funcionavam.

         Segundo o documento, o primeiro passo é entender que a comunicação é essencial para o gerenciamento dos projetos. Uma vez que as equipes trabalham unidas e focadas no mesmo propósito, as atividades fluem de forma mais consistente. Nesse ponto, vale ressaltar que o cliente é peça-chave e deve ser incluído na interação, para garantir que as suas expectativas serão alcançadas.

         Além disso, na busca por agilidade, saber se adaptar é um requisito. No modelo tradicional, normalmente as empresas desenvolvem um plano detalhado e, por muitas vezes, difícil de alterar. Por isso, na gestão ágil, ser flexível e estar preparado para eventuais mudanças ao longo do projeto é o que coloca a organização em evidência.

         Outros pontos que merecem ser destacados são a liberdade criativa e a comunicação transparente. Esse modelo é muito focado na autonomia dos colaboradores e permite que eles consigam implementar suas ideias. Já a transparência é o pilar para existir confiança entre a empresa, os funcionários e os clientes. Dessa forma, é possível que cada um entenda o seu papel e realize suas tarefas com excelência.

         A gestão ágil é muito baseada na construção coletiva, ou seja, constante troca de conhecimentos e informações. Este é um dos principais ganhos que o modelo gera para a empresa, já que cria um espaço ideal para a inovação.

         Aplicar os conceitos da gestão ágil exige uma transformação da mentalidade da empresa, o que significa uma mudança na cultura organizacional do negócio. Para isso, o caminho é realizar um planejamento da nova diretriz da companhia e identificar as maneiras de melhorar os projetos. Importante destacar o papel da liderança nesse processo, que guiará as equipes e clientes para um modelo de maior sucesso.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 11 de setembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 25).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 11 de fevereiro de 2022, mesmo caderno, página 19, de autoria de Cristovam Buarque, professor emérito da UnB e membro da Comissão Internacional da Unesco para o Futuro da Educação, e que merece igualmente integral transcrição:

“Flores da epidemia

       O livro ‘Um Tempo para Não Esquecer’, da médica e pesquisadora Margareth Dalcolmo, une conhecimento da medicina ao talento da escritora. As páginas dos 81 artigos descrevem o que vivemos, no inesquecível período entre abril de 2020 e novembro de 2021.

         Margareth lembra como começaram “estes tempos duros que marcaram indelevelmente nossas vidas e que, podemos dizer, deram início ao século XXI”. Sua formação médica se destaca na descrição da doença e seu enfrentamento, e a formação literária surge em citações apropriadas, não apenas de cientistas e médicos, mas também de escritores, filósofos, dramaturgos.

         A médica ajuda a ver a pátria do século XXI formada pela humanidade, seus valores humanistas e concepções do mundo, graças à ciência; mostra a necessidade de uma ética, sobretudo entre políticos, capaz de aceitar as regras da ciência e usá-la a serviço dos interesses da humanidade.

         Quando fala da consciência social da população brasileira ao se vacinar, deixa implícito que no Brasil a cultura venceu a política, ao nos transformar em um dos países com maior índice de vacinação, apesar de ter o governo mais negacionista entre todos no mundo atual.

         “Um Tempo para Não esquecer” faz lembrar como será diferente o Brasil quando tivermos consciência social pró-educação, vista como a mãe de todas as vacinas: contra a permanência da pobreza, a desigualdade, a ineficiência e o negacionismo. O capítulo sobre a aventura da ciência pode ser especial para despertar os jovens a descobrirem a beleza e o poder da ciência.

         Margareth alerta para epidemias futuras, por vírus e bactérias ainda não conhecidos, e nos alerta para a maior das epidemias em marcha: o meteoro interno que por falta de ética usa a inteligência para depredar o meio ambiente e concentrar os benefícios sociais e econômicos do progresso.

         Além do alerta, o livro acena para o caminho a seguir: “Esperamos que, dessa fusão entre o engajamento público e a comunidade científica, como o caminho mais democrático e sereno, seja possível vencer o reducionismo que distingue ciência e política e a cética encruzilhada entre certo e errado”.

         As epidemias dizimam populações, desagregam economias, desesperam povos; de positivo ficam as obras literárias de seu tempo: são as flores da epidemia. Em verso, Quintana resume: “e eis que veio uma peste e acabou com todos os homens mas em compensação ficaram as bibliotecas”.

         O livro de Margareth Dalcolmo faz parte desse jardim, onde estão livros de Camus, Boccacio, Defoe. Por isso, é preciso universalizar suas especificidades nacionais e traduzi-lo a outros idiomas, para mostrar ao mundo o tamanho de nossa tragédia e o nível de nossa literatura ao descrever um “tempo para não esquecer”.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,73%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

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