sexta-feira, 9 de setembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA BOA GOVERNANÇA, PLENA DEMOCRACIA E QUALIFICAÇÃO DAS ESCOLAS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, SABEDORIA, ALTRUÍSMO E SOLIDARIEDADE NA NOVA ORDEM HUMANITÁRIA NA SUSTENTABILIDADE

“O Brasil precisa de educação democrática

       No transcurso dos 200 anos da Independência, 133 da Proclamação da República e 34 da promulgação da Constituição de 1988, marcos de nossa autonomia como nação e afirmação de nossa democracia, já é tempo de avançarmos em termos de amadurecimento político. Polarização extremada, truculência verbal, intolerância e fake News, como se observa de modo crescente há algum tempo, provocam tensões sociais e pressionam as instituições.

         A cada eleição, como a que se aproxima, não podemos ter a desconfortável sensação de ruptura. Partidos, ocupantes de cargos eletivos e candidatos, assim como seus adeptos e eleitores, não podem portar-se como se fossem inimigos. A rigor, são adversários, na legítima disputa pelo poder e de cujo debate devem brotar e se desenvolver ideias capazes de solucionar os problemas nacionais.

         Infelizmente, desvirtua-se no país a relação entre os partidos, os Poderes da República, as autoridades e as pessoas de diferentes ideologias. Há excessivo patrulhamento, tom de ameaças, acusações e bravatas nem sempre verdadeiras e substituição da lucidez por ignorância. Tais mazelas refletem-se na campanha eleitoral, prejudicando a clareza dos discursos e o entendimento das plataformas programáticas dos distintos candidatos.

         Tal clima é contrário ao que o Brasil precisa. Há imensos desafios a serem enfrentados pelos governadores, deputados federais e estaduais, senadores e presidente da República a serem eleitos em outubro. Precisamos vencer a estagnação econômica, retomar o crescimento, recuperar os milhões de empregos perdidos na pandemia, debelar a ameaça inflacionária, modernizar a infraestrutura, melhorar a saúde pública e qualificar mais a educação universal gratuita.

         O que cada candidato propõe concretamente para o atendimento a essas demandas prioritárias? Ninguém sabe, pois os espaços que têm na imprensa, nas mídias sociais e nos debates é desperdiçado pela retórica vazia, acusações mútuas e verborragia. Poucos têm acesso aos programas de governo de cada postulante. Além disso, a truculência verbal eclipsa as proposições e acaba monopolizando as atenções.

         Outro questionamento cabível refere-se à ausência de consultas dos partidos e candidatos aos organismos das máquinas administrativas dos Estados, União e seus respectivos Legislativos. Desperdiça-se, assim, a preciosa contribuição que poderia ser agregada pelo funcionalismo pública de carreira. Esses servidores têm comprovada experiência e conhecimento, podendo dar boas e consistentes sugestões para a formulação de políticas públicas eficazes.

         Precisamos avançar na construção dos programas de governo, ter mais serenidade nos debates e consciência do alto significado do exercício da política. O Estado de direito e o processo eleitoral devem ser respeitados incondicionalmente por todos. É inadmissível qualquer casuísmo que conspire contra as decisões e escolhas soberanas dos eleitores expressas na verdade das urnas.

         A democracia é a maior conquista de um povo. Precisamos respeitá-la e fortalecer as instituições. Seu maior momento é marcado justamente pelas eleições, nas quais os cidadãos elegem aqueles que exercerão o poder político em seu nome. Por isso são fundamentais propostas claras, menos agressivas e mais urbanidade, para que as pessoas possam entender e escolher os programas que mais atendem às suas expectativas, anseios e perfil ideológico. O país necessita de uma educação democrática, principiando pelos próprios candidatos.

         Tal postura de consciência cabe a todos, a começar pelas autoridades e candidatos, que devem dar um exemplo de civismo e respeito às instituições. A perenidade e o fortalecimento da democracia, que nos alinham às nações mais progressistas e avançadas, são fatores condicionantes à viabilização de um Brasil mais desenvolvido e feliz!”.

(Artur Marques da Silva Filho. Desembargador aposentado e presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 6 de setembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 22).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 5 de setembro de 2022, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Fome de vento

       Enquanto se é jovem, o prelúdio do fim, a velhice, parece tão distante quanto outra galáxia.

         Nunca chegaremos lá.

         Porém, em certo momento me intriga ver gente nos deixando: alguns amigos e, a conta-gotas, os avós, tios, pais e outros por decurso de prazo. Chega-se à posição de sermos os próximos em ordem temporal, ninguém mais na fila. Ficamos órfãos na plateia de onde se assiste à representação interpretada pelas novas gerações. Depois de as outras gerações terem se dissolvido como as luzes do pôr do sol, passamos a contar quem sobra da nossa geração. Contam-se os sobreviventes, e subirmos o morro para a despedida de entes queridos passa a ser uma ginástica.

         Sim, a nossa validade é determinada, sem ser estampada no frasco ou na bula. Ao nascer, ao sair do ventre da mãe, a única certeza é que deveremos deixá-la enterrada ou como cinzas espargidas. Bom mesmo é desconhecer quando e como, é não termos que ficar numa contagem perturbadora.

         Começa em certa época a se agradecer pelos anos, depois pelos meses, enfim pelos dias. Um dia a mais representa o resto de nossa nova vida, de um recomeço valioso de possibilidades neste planeta, sempre que a saúde nos seja companheira fiel.

         Chega-se a um ponto em que se tem certeza, na lógica cósmica, de que nós temos apenas uma vida; o purgatório, o inferno ou, ainda, o paraíso são metáforas de estados entre vidas.

         Num universo de bilhões de anos e de galáxias, de trilhões de planetas, nada se destrói, mas tudo se transforma, como ensinou Antoine-Laurent de Lavoisier. Nós também vamos mudando, evoluindo, expandindo-nos, continuando em um ou outro dos mundos.

         No ensinamento Vedanta, os homens e mulheres são seres que alcançaram o mérito de se encararem como tais mantendo a individualidade consciente, depois de incontáveis ciclos minerais, vegetais e animais.

         A condição privilegiada do ser humano, que o faz rei deste mundo, é possuir o livre-arbítrio, que exercita em milhares de vidas até encontrar uma porta aberta. Esta, dizem, sempre existiu, “ninguém pode fechar” para passarmos adiante, num estágio pós-humano. Talvez angelical, desempenhando outras tarefas em mundos e dimensões mais adiantados.

         Fascinante. Perturba profundamente, contudo, quem prefere ficar mergulhado na matéria, nos prazeres dos sentidos, ou se escora apenas na ciência “conhecida” e tenta eliminar o que não vê, não sente.

         Em mais elevadas tarefas – coisas que se parecem agora como “pérolas jogadas aos cães e porcos” – caberá a ele cuidar de outras centelhas divinas do conjunto-uno em viagem eterna neste universo: revelação do pensamento de alguém, dito de Deus.

         Isso, por paradoxal que pareça, não entra em conflito com a religião católica, é a semente escondida, cujo fruto, para alguns poucos, já se fez verdade e, para outros, ainda não.

         Cristo não é uma pessoa, é a realidade alcançada por um ser. O estado crístico dá início ao pós-humano, à Ascensão. É o resultado, a meta de uma trajetória evolutiva a que somos destinados. Alguns em posição mais adiantada, outros menos. Disso vem a multiplicidade na diversidade, e cada um com o dever de se importar com aqueles que vêm atrás.”.

         Rudolf Steiner escreveu, ou melhor, interpretou e reescreveu os quatro evangelhos e lhes adicionou um quinto, cujo conteúdo apenas entenderão os que se elevaram acima das aparências, dos enganos, da luta crua por dinheiro, poder e glória. Efêmeros como pedra de Sísifo.

         Cair e levantar, lutar e perdoar, repelir e atrair, mas a chave é o bem, é amar. Os prazeres passageiros, para conseguirmos coisas que aqui ficarão – apenas meios e não fins –, como disse Qolet, são “fome de vento”.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,07%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

          

      

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