terça-feira, 6 de setembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DAS SOLUÇÕES ECOLÓGICAS INTEGRAIS E EXTREMO ZELO COM A CASA COMUM NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA PÁTRIA, JUSTIÇA, LIBERDADE, SOLIDARIEDADE, ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA E PAZ NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Soluções limpas para o meio ambiente

       Escrevo estas palavras enquanto aguardo o embarque no aeroporto de Belo Horizonte, no voo que me levará com destino a Lisboa. Diante de mim, o pátio do aeroporto de Confins está repleto de aviões, e sucedem-se as decolagens e aterragens a um ritmo que impressiona. Sem dúvida que, nos dias de hoje, a circulação de bens, pessoas e mercadorias ocorre a uma velocidade verdadeiramente vertiginosa, impulsionando o incremento das transações comerciais e o crescimento econômico das nações.

         E é nessa realidade que, em nome do progresso e do desenvolvimento econômico, temos assistido a uma profunda transformação no planeta Terra em geral. Hoje, temos consciência de que têm sido provocados graves (quiçá mesmo irreversíveis) danos ambientais, que poderão ameaçar a sustentabilidade futura do nosso planeta.

         É o momento de cada um, individualmente, e a sociedade, em geral, assumirem a responsabilidade de tornar o nosso planeta mais sustentável e ecologicamente mais correto para o bem-estar das gerações futuras. Em tudo aquilo que fizermos cotidianamente devemos colocar a questão: que consequências poderão advir para o ambiente?

         Sabemos que uma das principais questões que podem condicionar a sustentabilidade do planeta Terra está relacionada com a emissão de gases de efeito estufa. Vivemos momentos de profundas mudanças nas nossas vidas e no nosso cotidiano e sem dúvida que uma das maiores revoluções  a que a humanidade irá assistir nas próximas décadas está ligada à neutralidade carbônica e à eliminação de emissões de gases de efeito estufa.

         Nós estamos empenhados em dar nossa contribuição nesse desígnio e não deixaremos de colocar todos os esforços que forem necessários para atingirmos esses objetivos. Temos consciência de que o nosso sucesso futuro estará intimamente relacionado com as ações e medidas que a nossa organização adotar para melhorar o meio ambiente e a sustentabilidade do planeta Terra.

         Também na engenharia geotécnica e na engenharia de fundações será necessário seguir esse caminho: buscarmos soluções mais limpas e menos evasivas, que minimizem o impacto no meio onde forem executados os projetos e as obras.

         Um exemplo é o desenvolvimento de projetos de fundações com recurso de estacas helicoidais. É uma solução de fundação de fácil e rápida execução, com um largo espectro de aplicações, cuja principal vantagem é sem dúvida o fato de dispensar o uso de produtos como betão (concreto) ou cimento, e, portanto, com uma menor pegada de carbono.

         Como diz Ailton Krenak Krenak: ‘Os humanos se distanciaram da Terra, como um filho que tem vergonha da mãe’. Não tenhamos vergonha de a amar.”.

(Nelson Beiró. Administrador global de geocontrole, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de setembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Devotamento cidadão

       O Bicentenário da Independência do Brasil merece muitas análises, de especialistas e técnicos, para bem orientar governantes e representantes políticos, de modo a fortalecer instituições e segmentos que configuram o tecido cultural, político e econômico do Brasil, com seus avanços e retrocessos. As urgências são muitas, especialmente quando são considerados os cenários de desigualdades sociais e os riscos à democracia. As análises sobre o Bicentenário da Independência precisam contribuir para construir e fortalecer o devotamento cidadão, priorizando a importância insubstituível de cada cidadão para edificar uma sociedade mais justa e solidária, por meio de uma política melhor. Devotamento cidadão refere-se, pois, à contribuição participativa de cada pessoa nos processos permanentes que buscam promover o bem comum, a igualdade social, o sistema democrático e as relações capazes de harmonizar diferenças, tornando-as riquezas na busca pela paz.

         Isso porque este momento eleitoral com debates e entrevistas, esforços para evidenciar o “lado mais forte” ou “mais fraco”, suas contradições, oferecem contribuições para definir os nomes a serem escolhidos nas urnas, mas são insuficientes. Para alavancar rumos novos urgidos, ante a quantidade de demandas e carências, é imprescindível a força que vem do devotamento cidadão, capaz de construir e impulsionar horizontes novos para a história do Brasil. Esse devotamento não pode ser confundido com desatinos de posicionamentos ideológicos que afrontam a sacralidade da vida e a busca por igualdade social. Precisa estar na contramão de lógicas excludentes e preconceituosas, para vencer situações insustentáveis, a exemplo daquela que esvazia o sentido pleno de cidadania para todos.

         Sabe-se que muitos desvarios, em diferentes lugares, alimentando perseguições, indiferenças e manipulações, resultam da falta de substrato humanístico, esvaziando o sentido autêntico do devotamento cidadão, essencial para que todos se reconheçam pertencentes a uma nação que busca, cotidianamente, consolidar a sua independência, a partir da riqueza de sua história, de valores culturais e princípios morais inquestionáveis.

         Por isso, exercitar-se na mútua compreensão é imprescindível, investindo no diálogo, na configuração de narrativas construtivas, capazes de bem administrar confrontos. Assim é possível se distanciar das polarizações que levam a violências físicas e verbais. A Semana da Pátria renova o convite para que todos assumam o compromisso de exercitar-se no devotamento cidadão, aquele que reconhece a pátria como valor maior que partidos políticos, mais importante que interesses oligárquicos. Esse exercitar-se contempla o esforço para qualificar a cidadania, buscando oferecer contribuições relevantes no exercício da liderança nas mais variadas responsabilidades cotidianas. Deve-se, ainda, tratar o próximo com reverência, considerá-lo o mais importante, conforme o ensinamento magno da espiritualidade cristã.

         Muitas são as etapas de preparação para se alcançar um estágio adequado de devotamento cidadão. O primeiro passo será ter consciência da própria importância na configuração de uma sociedade renovada, mais justa, solidária e fraterna. Assim é possível qualificar ainda mais as próprias atitudes – tudo fazer com seriedade, tecendo em si uma moralidade que reverencia o bem comum, reconhece a sua sacralidade e identifica as urgências que afligem, principalmente, os mais pobres. No conjunto rico e plural das etapas a serem cumpridas para qualificar o devotamento cidadão, tenha-se como ponto de partida o reconhecimento de que cada cidadão é obreiro da paz. E obreiro da paz é quem assume a postura, simples e cotidiana, de fazer valer o respeito, movendo-se no caminho da solidariedade em relação aos pobres e fragilizados. Isto significa cultivar no próprio coração o anseio de promover a paz e de compreendê-la na sua dimensão de justiça e de igualdade social. A sociedade brasileira precisa contar com posturas altruístas emoldurando intuições criativas, capazes de mudar rumos – atitudes que expressam devotamento cidadão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,07%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

        

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