sexta-feira, 21 de outubro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA AGENDA ESG, INOVAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO CONSUMO PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E HUMANO E O PODER DOS NOVOS MATERIAIS, TECNOLOGIAS E HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS NAS TRANSFORMAÇÕES CIVILIZATÓRIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Como avançar no Brasil?

       Produzir menos lixo, planejar as compras, conhecer a origem e os processos de fabricação dos produtos que adquirimos, entender os impactos que eles causam ao longo de toda sua vida útil. Da extração da matéria-prima ao descarte final, essas são algumas simples atitudes que colaboram com o consumo consciente, também conhecido como consumo sustentável.

         Segundo a Pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2021, desenvolvida pelo Instituto Akatu em parceria com a GlobeScan, 86% dos brasileiros desejam reduzir seu impacto individual sobre o meio ambiente e a natureza. Mas, afinal, como ser contrário ao paradigma de consumo imediatista?

         O consumo consciente nada mais é do que um exercício diário que envolve repensar todos os nossos hábitos de consumo. Porém, embora a agenda ESG esteja em alta desde 2020, ainda há um processo árduo para que o consumo sustentável, de fato, fortaleça a economia brasileira. Inicialmente, o consumidor precisa ter em mente que as famosas compras por impulso, estimuladas pelas empresas e, principalmente, pela mídia, são as vilãs do consumo consciente. Quem começa a controlar o consumo, além de reduzir os impactos ambientais, faz diferença para o bolso.

         Um ponto positivo é que as novas gerações priorizam marcas ambientalmente mais atuantes, ainda que sejam mais caras. Intitulada a geração da sustentabilidade, a geração Z, além de mais propensa a tomar decisões de compra com base em valores e princípios, também é a mais consciente em seus hábitos de consumo. Eles estão mais atentos às suas escolhas e, consequentemente, empresários e investidores deverão ouvir e mapear atentamente estas novas gerações para entender e atender suas reais necessidades e conseguir apoiá-las.

         Outro ponto de reflexão é que o próprio consumo mundial, além de mal distribuído, está descontrolado: cerca de 20% da população mundial concentra o consumo de 80% de todos os produtos e serviços do planeta, segundo um levantamento do Akatu. Isto demonstra o quanto esse olhar atento ao consumo consciente, se tornou cada vez mais relevante para a construção e promoção da economia circular.

         Mas, de fato, como avançarmos o consumo consciente no Brasil? Inicialmente, o ecossistema de negócio brasileiro deve estabelecer ambições claras vinculadas a agenda ESG, a partir de KPIs que compreendam essa transformação como uma jornada que necessita de inovação e consistência.

         Além disso, o mercado brasileiro precisa do apoio de todos os setores – público, privado e sociedade. Estas entidades possuem papel fundamental na disseminação do ESG e, principalmente, na mudança de mentalidade da população. O caminho ainda é longo, mas estamos na rota.”.

(Pamela Paz. CEO do Grupo John Richard, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 19 de outubro de 2022, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de setembro de 2022, mesmo caderno, página 22, de autoria de Carlos Alberto Silva de Miranda, professor dos cursos de engenharia do Ibmec BH, e que merece igualmente integral transcrição:

“A pesquisa de novos materiais

       Estamos presenciando um momento único e vanguardista na pesquisa de novos materiais. Os países mais industrializados consideram o desenvolvimento de novos materiais um fator essencial para estimular a inovação em diversas áreas, como a engenharia, o design, a arquitetura, a medicina, entre outros tantos. Apostam na ciência dos materiais como a tecnologia mais imprescindível para o desenvolvimento de novos produtos, processos e aplicações.

         A fabricação de um determinado artefato, como por exemplo um novo modelo de implante para substituição de uma válvula cardíaca, ou uma simples cerda para escova de dentes de melhor performance, partes do jipe Curiosity, da Nasa –, determinam necessidades específicas de aplicação. E essas necessidades determinam características de propriedades, estrutura e processo de fabricação que serão aplicados em sua consecução. As necessidades são intencionais e miram objetivos que podem ser de mercado (orientadas a um público-alvo, por exemplo), econômicas (redução de custos de fabricação, por exemplo), sustentáveis (biodegradabilidade, por exemplo), ou mesmo relacionadas à performance (resistir à atmosfera de Marte, por exemplo).

         As propriedades são as características que distinguem os materiais entre si e são mensuráveis. A estrutura trata do arranjo de seus átomos, ligações químicas, interações eletromagnéticas, dentre outras, cuja organização se dá de forma tridimensional. E os processos determinam técnicas que irão permitir dar ao material a forma e compor o artefato desejado.

         São muitas combinações possíveis e, em função das necessidades da evolução tecnológica do ser humano, cientistas já previam há 30 anos que atualmente estaríamos (e estamos) desenvolvendo plásticos de alta temperatura, como por exemplo bandejas plásticas que possam ir ao forno, tal como os vasilhames metálicos tradicionais; compósitos cerâmicos de alta performance, que têm sido aplicados em implantes dentários, próteses ósseas ou mesmo em ferramentas de usinagem de alta dureza e resistência ao desgaste. Podemos citar ainda os metais vítreos, os transparentes e as novas superligas.

         Geralmente os novos materiais são demandados e adotados com maior rapidez em setores da indústria que têm maior necessidade econômica, como os fabricantes de automóveis, eletrodomésticos, artigos esportivos, indústria aeroespacial e a biomédica, como nos exemplos citados.

         O setor de artigos esportivos, por exemplo, é um dos que mais demandam e investem em novos materiais, pois atribui um valor enorme ao desempenho, adotando qualquer novidade que possa oferecer algum ganho possível em performance dos seus produtos. Em épocas passadas, de conflitos e guerras, as pesquisas de materiais eram demandadas em aplicações militares.

         Hoje em dia, vemos a incorporação de muitas daquelas tecnologias e materiais, cada vez mais presentes em produtos comuns. É sob essa ótica que entendemos que a pesquisa científica proporcionará possibilidades de desenvolvimento de novas tecnologias, que irão gerar novos materiais, que irão demandar novos processos, superfícies e funções e, portanto, irão possibilitar o desenvolvimento de novos produtos, com performance e funções cada vez mais surpreendentes.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 7,17%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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