“Educação para
a cidadania
o
acesso à educação de qualidade é considerado um elemento fundamental para o
desenvolvimento das competências que viabilizam o pensamento crítico, que, por
sua vez, é particularmente necessário para que os jovens possam se engajar em
diálogo e deliberação para a construção de suas narrativas como cidadãos.
Uma
série de habilidades cognitivas, promovidas por práticas educacionais
eficientes, contribuem para o desenvolvimento do pensamento crítico, entre
elas: coletar e absorver informações, analisá-las com senso crítico e
validá-las. E a partir disso, fazer escolhas, definir um posicionamento,
argumentar, defender seu ponto de vista, interpretar o argumento dos outros,
refletir sobre suas ações e desenvolver a imaginação cívica e criativa.
Entretanto,
embora seja consenso que o acesso à educação de qualidade é fundamental para a
promoção da cidadania, a educação formal não é suficiente para garantir a
melhoria do bem-estar coletivo, uma vez que ela pode reproduzir as
desigualdades refletidas na sociedade.
Esse
ciclo é evidente, por exemplo, nas pesquisas recentes dentro e fora do Brasil;
dados publicados em 2020 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), por meio do artigo “The Economic Impacts of Coronavirus
Covid-19 Learning Losses”, mostram que a pandemia resultou em um retrocesso
significativamente maior da aprendizagem para aqueles estudantes que já estavam
em desvantagem social. Nesse contexto, delegar exclusivamente à escola a
criação de condições para o exercício da cidadania oferece seus riscos.
O
primeiro risco é a ideia de que a cidadania é resultado exclusivo do processo
de escolarização. Essa ideia é problemática porque parte do princípio de que a
cidadania é um status que só é alcançado após o indivíduo ter percorrido, com
sucesso, uma trajetória educacional completa. Assim, vê-se a cidadania muito
mais como uma experiência adulta” com os jovens na posição de ainda não
cidadãos, como indivíduos pertencentes a uma “etapa de transição entre a
“infância” e a “idade adulta”.
Essa
ideia de cidadania deixa de considerar que os jovens já participam da vida
social e que suas vidas já estão, desde sempre, implicadas na ordem social,
econômica, cultural e política mais ampla.
O
segundo risco refere-se à questão da aprendizagem: precisamos levar em
consideração que nem sempre aquilo que é ensinado nas escolas é o que será
aprendido pelos jovens. Para haver aprendizagem, os estudantes precisam
atribuir sentido ao que está acontecendo no ambiente escolar, tanto no nível do
currículo como no nível do senso de pertencimento e das possibilidades de
participação.
Para
cultivar a capacidade da cidadania democrática é necessário que os jovens desenvolvam a habilidade de se
enxergar não apenas como membros de uma localidade ou de um grupo, mas também e
acima de tudo, como seres humanos conectados a todos os outros por laços de
reconhecimento e consideração.
Cidadãos
não podem pensar bem se baseados apenas em conhecimento factual. Eles precisam
de imaginação narrativa, que é a habilidade de pensar o que seria estar na pele
de uma outra pessoa, diferente de si. É preciso desenvolver o que poderíamos
chamar de uma “literacia do outro”, ou seja, aprender a ser um leitor
inteligente da história das outras pessoas, entender suas emoções, esperanças e
desejos.”.
(Mônica Weinstein. VP de desenvolvimento e
pesquisa no Alicerce, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 6 de outubro de 2022, caderno OPINIÃO, página 22).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 23 de setembro de 2022, mesmo
caderno, página 20, de autoria de Ronaldo Scucato, presidente do Sistema
Ocemg, e que merece igualmente integral transcrição:
“ESG é novidade no cooperativismo?
Temos
assistido a uma verdadeira avalanche de informações sobre o ESG (Environmental
Social and Governance), que em bom português trata dos fatores ambientais, sociais
e de governança no cenário corporativo. Ou seja, das boas práticas viáveis e
necessárias desde sempre no ambiente dos negócios. A pergunta que fica é: como
o cooperativismo se adéqua a esse conceito ou a essa proposta? E a resposta é:
não se adéqua.
O
cooperativismo tem esses conceitos e diretrizes em seu DNA, portanto tudo isso
é natural e intrínseco do setor. A diferença básica entre os negócios
cooperativos e os demais negócios de mercado, então, é o fato de que, enquanto
todas as empresas correm para adequar suas políticas e ações nesse sentido, o
cooperativismo apenas tem evidenciado suas propostas e programas nesse
contexto. Simples assim.
Para
exemplificar, vamos citar algumas estratégias bem práticas do Sistema Ocemg,
que, desde 2018, é pioneiramente signatário do Pacto Global da ONU. Esse
posicionamento demonstra e reforça nosso compromisso com os principais valores
universais ligados às áreas de direitos humanos, trabalho e meio ambiente, com
a intenção de contribuir para o enfrentamento dos grandes desafios da
sociedade.
Todas as
nossas atividades ligadas à área de educação estão voltadas a confirmar sempre
o direcionamento alinhado às boas práticas de sustentabilidade não na teoria,
mas como pauta fundamental para avançarmos em nossos negócios e como sociedade.
Destacamos
aqui o investimento permanente do Sistema Ocemg, desde 2013, no Programa de
Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC), uma iniciativa nacional que
se mostra cada vez mais relevante do ponto de vista da adoção e direcionamento
de boas práticas de gestão. Há muito também que disponibilizamos ao nosso
público cursos sobre capitalismo consciente voltados para a liderança, um dos
temas essenciais do PDGC). Claramente, são iniciativas fundamentais da governança
tão falada no ESG.
Considerando
o aspecto ambiental, não podemos deixar de destacar o Programa MinasCoop
Energia do Sistema Ocemg, que contempla diversos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) propostos pela ONU, mas que especialmente coloca em evidência
o de número 7 – sobre o acesso à energia limpa.
Temos
fomentado o programa propondo investimentos na geração de energia fotovoltaica,
tendo como base os pilares: econômico – visando à redução de custos e à
economia de recursos; ambiental – focado na geração de energia limpa
propriamente dita; e social – voltado para suprir a necessidade energética de
entidades filantrópicas de Minas Gerais.
O
programa busca também a redução da emissão de gás carbônico na atmosfera, o
estímulo à geração de energia renovável a preços mais acessíveis, o aumento da
eficiência energética das cooperativas e entidades beneficiadas, além de
contribuir na geração de emprego e renda nos municípios que recebem usinas. Com
orgulho, ressaltamos ajuda que, por meio desse programa, o Sistema Ocemg
tornou-se autossuficiente em energia em 2022 e que não gastamos mais nada com
energia elétrica em nossas instalações.
Por fim,
lembramos que, por meio do Dia de Cooperar (Dia C), já trabalhamos, desde 2009,
o S do ESG com maestria, beneficiando anualmente milhares de pessoas em ações
diversificadas em todo o país. Contudo, observamos que trabalhamos não apenas
as iniciativas com a comunidade, ou
seja, da porta para fora das cooperativas, mas também e principalmente da porta
para dentro, com os nossos públicos: cooperados, colaboradores e dirigentes.
Reitero
que, apesar de ser uma sigla nova, o ESG é comum ao cooperativismo, e temos
plena convicção de que esse é o caminho para a mudança necessária que nossa
sociedade precisa. Somos sustentáveis. Somos desenvolvimento.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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