sexta-feira, 7 de outubro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DAS ESCOLAS NA QUALIFICAÇÃO DA PLENA CIDADANIA E DEMOCRACIA PARA A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DO COOPERATIVISMO, BOA GOVERNANÇA, PROMOÇÃO HUMANA E DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Educação para

a cidadania

       o acesso à educação de qualidade é considerado um elemento fundamental para o desenvolvimento das competências que viabilizam o pensamento crítico, que, por sua vez, é particularmente necessário para que os jovens possam se engajar em diálogo e deliberação para a construção de suas narrativas como cidadãos.

         Uma série de habilidades cognitivas, promovidas por práticas educacionais eficientes, contribuem para o desenvolvimento do pensamento crítico, entre elas: coletar e absorver informações, analisá-las com senso crítico e validá-las. E a partir disso, fazer escolhas, definir um posicionamento, argumentar, defender seu ponto de vista, interpretar o argumento dos outros, refletir sobre suas ações e desenvolver a imaginação cívica e criativa.

         Entretanto, embora seja consenso que o acesso à educação de qualidade é fundamental para a promoção da cidadania, a educação formal não é suficiente para garantir a melhoria do bem-estar coletivo, uma vez que ela pode reproduzir as desigualdades refletidas na sociedade.

         Esse ciclo é evidente, por exemplo, nas pesquisas recentes dentro e fora do Brasil; dados publicados em 2020 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), por meio do artigo “The Economic Impacts of Coronavirus Covid-19 Learning Losses”, mostram que a pandemia resultou em um retrocesso significativamente maior da aprendizagem para aqueles estudantes que já estavam em desvantagem social. Nesse contexto, delegar exclusivamente à escola a criação de condições para o exercício da cidadania oferece seus riscos.

         O primeiro risco é a ideia de que a cidadania é resultado exclusivo do processo de escolarização. Essa ideia é problemática porque parte do princípio de que a cidadania é um status que só é alcançado após o indivíduo ter percorrido, com sucesso, uma trajetória educacional completa. Assim, vê-se a cidadania muito mais como uma experiência adulta” com os jovens na posição de ainda não cidadãos, como indivíduos pertencentes a uma “etapa de transição entre a “infância” e a “idade adulta”.

         Essa ideia de cidadania deixa de considerar que os jovens já participam da vida social e que suas vidas já estão, desde sempre, implicadas na ordem social, econômica, cultural e política mais ampla.

         O segundo risco refere-se à questão da aprendizagem: precisamos levar em consideração que nem sempre aquilo que é ensinado nas escolas é o que será aprendido pelos jovens. Para haver aprendizagem, os estudantes precisam atribuir sentido ao que está acontecendo no ambiente escolar, tanto no nível do currículo como no nível do senso de pertencimento e das possibilidades de participação.

         Para cultivar a capacidade da cidadania democrática é necessário  que os jovens desenvolvam a habilidade de se enxergar não apenas como membros de uma localidade ou de um grupo, mas também e acima de tudo, como seres humanos conectados a todos os outros por laços de reconhecimento e consideração.

         Cidadãos não podem pensar bem se baseados apenas em conhecimento factual. Eles precisam de imaginação narrativa, que é a habilidade de pensar o que seria estar na pele de uma outra pessoa, diferente de si. É preciso desenvolver o que poderíamos chamar de uma “literacia do outro”, ou seja, aprender a ser um leitor inteligente da história das outras pessoas, entender suas emoções, esperanças e desejos.”.

(Mônica Weinstein. VP de desenvolvimento e pesquisa no Alicerce, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 6 de outubro de 2022, caderno OPINIÃO, página 22).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 23 de setembro de 2022, mesmo caderno, página 20, de autoria de Ronaldo Scucato, presidente do Sistema Ocemg, e que merece igualmente integral transcrição:

“ESG é novidade no cooperativismo?

       Temos assistido a uma verdadeira avalanche de informações sobre o ESG (Environmental Social and Governance), que em bom português trata dos fatores ambientais, sociais e de governança no cenário corporativo. Ou seja, das boas práticas viáveis e necessárias desde sempre no ambiente dos negócios. A pergunta que fica é: como o cooperativismo se adéqua a esse conceito ou a essa proposta? E a resposta é: não se adéqua.

         O cooperativismo tem esses conceitos e diretrizes em seu DNA, portanto tudo isso é natural e intrínseco do setor. A diferença básica entre os negócios cooperativos e os demais negócios de mercado, então, é o fato de que, enquanto todas as empresas correm para adequar suas políticas e ações nesse sentido, o cooperativismo apenas tem evidenciado suas propostas e programas nesse contexto. Simples assim.

         Para exemplificar, vamos citar algumas estratégias bem práticas do Sistema Ocemg, que, desde 2018, é pioneiramente signatário do Pacto Global da ONU. Esse posicionamento demonstra e reforça nosso compromisso com os principais valores universais ligados às áreas de direitos humanos, trabalho e meio ambiente, com a intenção de contribuir para o enfrentamento dos grandes desafios da sociedade.

         Todas as nossas atividades ligadas à área de educação estão voltadas a confirmar sempre o direcionamento alinhado às boas práticas de sustentabilidade não na teoria, mas como pauta fundamental para avançarmos em nossos negócios e como sociedade.

         Destacamos aqui o investimento permanente do Sistema Ocemg, desde 2013, no Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC), uma iniciativa nacional que se mostra cada vez mais relevante do ponto de vista da adoção e direcionamento de boas práticas de gestão. Há muito também que disponibilizamos ao nosso público cursos sobre capitalismo consciente voltados para a liderança, um dos temas essenciais do PDGC). Claramente, são iniciativas fundamentais da governança tão falada no ESG.

         Considerando o aspecto ambiental, não podemos deixar de destacar o Programa MinasCoop Energia do Sistema Ocemg, que contempla diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU, mas que especialmente coloca em evidência o de número 7 – sobre o acesso à energia limpa.

         Temos fomentado o programa propondo investimentos na geração de energia fotovoltaica, tendo como base os pilares: econômico – visando à redução de custos e à economia de recursos; ambiental – focado na geração de energia limpa propriamente dita; e social – voltado para suprir a necessidade energética de entidades filantrópicas de Minas Gerais.

         O programa busca também a redução da emissão de gás carbônico na atmosfera, o estímulo à geração de energia renovável a preços mais acessíveis, o aumento da eficiência energética das cooperativas e entidades beneficiadas, além de contribuir na geração de emprego e renda nos municípios que recebem usinas. Com orgulho, ressaltamos ajuda que, por meio desse programa, o Sistema Ocemg tornou-se autossuficiente em energia em 2022 e que não gastamos mais nada com energia elétrica em nossas instalações.

         Por fim, lembramos que, por meio do Dia de Cooperar (Dia C), já trabalhamos, desde 2009, o S do ESG com maestria, beneficiando anualmente milhares de pessoas em ações diversificadas em todo o país. Contudo, observamos que trabalhamos não apenas as iniciativas  com a comunidade, ou seja, da porta para fora das cooperativas, mas também e principalmente da porta para dentro, com os nossos públicos: cooperados, colaboradores e dirigentes.

         Reitero que, apesar de ser uma sigla nova, o ESG é comum ao cooperativismo, e temos plena convicção de que esse é o caminho para a mudança necessária que nossa sociedade precisa. Somos sustentáveis. Somos desenvolvimento.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,73%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

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