“Dia do Professor: o seu valor transforma
Se
for pedido para que sejam relacionados os nomes de pessoas e profissões que nos
impactaram de forma marcante, certamente estarão nessa lista um ou mais
professores. As culturas e nações que se apresentam com menos desigualdades
sociais e mais oportunidades para todos têm, entre seus valores fundamentais, a
valorização do professor e da sua ação ativa em todas as etapas do
desenvolvimento educacional e cultural de seus povos, nos quais as políticas
voltadas para a educação são políticas de Estado, independentemente de governos
transitórios.
A
valorização do professor é um desafio ainda a ser atingido. Ainda há um longo
caminho a ser percorrido, desde o processo de formação continuada, baseado nas
melhores práticas e recursos pedagógicos, suportado por um plano de carreira e
remuneração atrelado a metas e resultados, que torne atrativa a carreira
docente, do ensino básico ao ensino superior.
É no Dia
do Professor que reservamos um espaço para o devido reconhecimento àqueles que,
por méritos próprios, exercem a docência com maestria, enfrentando situações
adversas de toda ordem. Entretanto, o nosso desejo deve ir muito além do
reconhecimento dos nossos heróis educadores. O que buscamos não é a
glamourização do professor, e sim proporcionar a essa categoria as condições
necessárias ao exercício e desenvolvimento profissional em que todos possam se
realizar e serem reconhecidos dignamente.
Diante
da nossa realidade brasileira, ainda distante daquela que almejamos, temos que
ter esperança e caminhar nessa direção. A boa notícia é que temos bons exemplos
no país que podem nos ajudar a entender e multiplicar as boas práticas. O caminho
para acelerarmos essa transformação está detalhado e mensurável no Plano
Nacional da Educação (PNE).
Cabe a
cada um de nós mobilizar o Congresso Nacional e os demais Poderes da República
para que tenhamos a educação como uma política de Estado com investimento
assegurado, para direcionar as ações nas esferas públicas e um setor privado
atuante e sustentado por uma regulação moderna e capaz de valorizar o ensino de
qualidade e estimular a inovação e a inclusão social.”.
(Josué Viana. Gestor de instituição de ensino
superior na Estácio, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 14 de outubro de 2022, caderno OPINIÃO, página 17).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo
metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Protagonizar fraternidade
Está
em curso uma terceira guerra mundial “em pedaços”, afirma reiteradamente o Papa
Francisco, na Carta Encíclica Fratelli Tutti – sobre a amizade social: há uma
luta de interesses que todos se colocam contra todos. Nesta luta, vencer se
torna sinônimo de destruir, inviabilizando o levantar a cabeça para reconhecer
o vizinho, ou ficar ao lado de quem está caído à beira da estrada. E, assim,
pela força do ódio, que vai tomando o lugar do amor, da gratidão e do bem,
instaura-se uma insana batalha, onde se busca destruir, inescrupulosamente, até
mesmo a reputação alheia. Equivocadamente, pensa-se que essa destruição pode
significar uma “escada” para a autopromoção. Esse tipo de pensamento não é
novidade e acompanha o ser humano em todos os tempos. Talvez, o que vem mudando
sejam os instrumentos para atacar a moral do semelhante, especialmente em razão
das facilidades oferecidas pelo campo tecnológico. Mas, ao se reconhecer que a
busca pela destruição do próximo é problema histórico, constata-se: a
humanidade é permanentemente chamada a protagonizar a fraternidade.
Para os
cristãos, protagonizar a fraternidade é possível quando se reconhece a
centralidade de Cristo Jesus, Mestre e Senhor, na vida e na história. Nessa
centralidade reside o desafio de se respeitar diferenças, tornando-as sempre
uma riqueza. Isto significa jamais seguir o caminho da destruição. Assim,
quando se considera a sociedade contemporânea, a fé cristã, por sua força de
correção, pode indicar caminhos e dinâmicas no processo de iluminação da
cidadania e na organização política. Mas é preciso absoluto respeito aos
princípios que permitam reconhecer a distinção ente o campo da política e a
vivência da fé. Quando não há clareza sobre as fronteiras de cada campo,
corre-se o risco de um desvirtuamento da fé, impedindo-a de ser o luzeiro que
orienta direções, promove reconciliações
e até a relativização de escolhas, especialmente daqueles que se apresentam
como “donos da verdade”.
A fé não
pode ser reduzida a instrumento para embates no campo político, pois a sua
vivência autêntica dissipa a busca pela destruição do outro, reconfigurando
discursos e escolhas. A fé cristã tem propriedades específicas com dinâmicas
experenciais fortes, capazes de alertar sobre o perigo de semear o ódio, de
convencer a respeito da honestidade, que faz parte da vocação de toda pessoa para
promover a bondade, o bem comum e uma ordem social justa. Cristãos autênticos
não buscam destruir. (Re)constroem com a força da verdade, com a primazia do
bem e do respeito moral. O ódio é perigoso e estará sempre na contramão da
verdadeira fraternidade ensinada por Jesus. Fraternidade é, pois, o grande
investimento a ser feito para efetivar o bem, com a correção de rumos e com a
reabilitação da verdade. Sem esse investimento, prevalece um “vale tudo”
ensandecido, com ataques a pessoas, instituições, povos e nações. Perde-se a
razoabilidade mínima, gera-se descrédito, pois disseminam-se afirmações e
informações distantes da verdade, obscurecendo mentes e corações, para se
alcançar propósitos a qualquer preço.
O ódio
cega, traz justificativas para atitudes inconsequentes, até mesmo quando
reputações e vidas estão em jogo. No caminho do ódio, torna-se perdedor não
somente adversários e a sociedade, mas, também, aquele que investe na
destruição, em nome de um êxito ilusório. O Papa Francisco adverte a respeito
do comum mecanismo político contemporâneo de exasperar, exacerbar e polarizar.
Um método para negar ao outro o direito de existir e pensar de modo diferente.
A partir desse mecanismo, recorre-se à estratégia de ridicularizar e de
insinuar suspeitas a respeito de condutas, buscando impor um tipo de repressão
àqueles com quem se diverge. Um recurso fundamentado no ódio, que manipula e
acirra a revolta. Um grave equívoco, pois a verdade sempre prevalece. O bem
sempre vence o mal.
Quem se
deixa inocular pelo veneno do ódio age em clara oposição à autenticidade da fé
cristã. E pode-se correr o sério risco de não se perceber agente do desamor,
quando, dentre outros aspectos, deixa-se escravizar pelo mundo obscuro do
mercado, da idolatria do dinheiro e, até mesmo, de uma baixa autoestima.
Ilusoriamente, tenta-se reagir, buscar reconhecimento, pisando nos outros, com
mecanismos de desmoralização. Quem procura construir a própria reputação a
partir desses mecanismos não será reconhecido por sua relevância, ou verá, a
seu tempo, a própria imagem desmoronar, esvaindo-se feito um castelo na areia.
Por isso mesmo, há tanto descrédito em relação à autoridade política, pois
muitos que ocupam as instâncias do poder não priorizam a missão de edificar e
promover a cidadania. Ao invés disso, atuam a partir dos mecanismos de
desmoralização, buscando simplesmente destruir pessoas com perspectivas
divergentes.
O
horizonte cristão investe no protagonismo da fraternidade – inegociável recurso
para um qualificado serviço à sociedade, à promoção da vida como dom de Deus a
cada pessoa, sem exceção. Todos, indistintamente, merecem respeito. Oportuno é
sempre se recordar de um princípio proclamado pelo apóstolo Paulo: a plenitude
da lei é o amor. O amor que vence todo tipo de ódio. Na tarefa de impulsionar o
bem comum, os cristãos, ao lado dos homens e mulheres de boa vontade, por
vocação e missão, devem sempre, e cada vez mais, protagonizar a fraternidade.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais
e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura
(rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento
ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados,
macrodrenagem urbana, logística reversa); meio
ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte,
acessibilidade); minas e energia;
emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema
financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança
alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal;
defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e
inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento
– estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia,
efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade,
produtividade, competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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