terça-feira, 18 de outubro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA QUALIFICAÇÃO DO ENSINO, INOVAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DO AMOR, ESPIRITUALIDADE, FÉ, PLENA CIDADANIA E DEMOCRACIA NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Dia do Professor: o seu valor transforma

       Se for pedido para que sejam relacionados os nomes de pessoas e profissões que nos impactaram de forma marcante, certamente estarão nessa lista um ou mais professores. As culturas e nações que se apresentam com menos desigualdades sociais e mais oportunidades para todos têm, entre seus valores fundamentais, a valorização do professor e da sua ação ativa em todas as etapas do desenvolvimento educacional e cultural de seus povos, nos quais as políticas voltadas para a educação são políticas de Estado, independentemente de governos transitórios.

         A valorização do professor é um desafio ainda a ser atingido. Ainda há um longo caminho a ser percorrido, desde o processo de formação continuada, baseado nas melhores práticas e recursos pedagógicos, suportado por um plano de carreira e remuneração atrelado a metas e resultados, que torne atrativa a carreira docente, do ensino básico ao ensino superior.

         É no Dia do Professor que reservamos um espaço para o devido reconhecimento àqueles que, por méritos próprios, exercem a docência com maestria, enfrentando situações adversas de toda ordem. Entretanto, o nosso desejo deve ir muito além do reconhecimento dos nossos heróis educadores. O que buscamos não é a glamourização do professor, e sim proporcionar a essa categoria as condições necessárias ao exercício e desenvolvimento profissional em que todos possam se realizar e serem reconhecidos dignamente.

         Diante da nossa realidade brasileira, ainda distante daquela que almejamos, temos que ter esperança e caminhar nessa direção. A boa notícia é que temos bons exemplos no país que podem nos ajudar a entender e multiplicar as boas práticas. O caminho para acelerarmos essa transformação está detalhado e mensurável no Plano Nacional da Educação (PNE).

         Cabe a cada um de nós mobilizar o Congresso Nacional e os demais Poderes da República para que tenhamos a educação como uma política de Estado com investimento assegurado, para direcionar as ações nas esferas públicas e um setor privado atuante e sustentado por uma regulação moderna e capaz de valorizar o ensino de qualidade e estimular a inovação e a inclusão social.”.

(Josué Viana. Gestor de instituição de ensino superior na Estácio, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 14 de outubro de 2022, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Protagonizar fraternidade

       Está em curso uma terceira guerra mundial “em pedaços”, afirma reiteradamente o Papa Francisco, na Carta Encíclica Fratelli Tutti – sobre a amizade social: há uma luta de interesses que todos se colocam contra todos. Nesta luta, vencer se torna sinônimo de destruir, inviabilizando o levantar a cabeça para reconhecer o vizinho, ou ficar ao lado de quem está caído à beira da estrada. E, assim, pela força do ódio, que vai tomando o lugar do amor, da gratidão e do bem, instaura-se uma insana batalha, onde se busca destruir, inescrupulosamente, até mesmo a reputação alheia. Equivocadamente, pensa-se que essa destruição pode significar uma “escada” para a autopromoção. Esse tipo de pensamento não é novidade e acompanha o ser humano em todos os tempos. Talvez, o que vem mudando sejam os instrumentos para atacar a moral do semelhante, especialmente em razão das facilidades oferecidas pelo campo tecnológico. Mas, ao se reconhecer que a busca pela destruição do próximo é problema histórico, constata-se: a humanidade é permanentemente chamada a protagonizar a fraternidade.

         Para os cristãos, protagonizar a fraternidade é possível quando se reconhece a centralidade de Cristo Jesus, Mestre e Senhor, na vida e na história. Nessa centralidade reside o desafio de se respeitar diferenças, tornando-as sempre uma riqueza. Isto significa jamais seguir o caminho da destruição. Assim, quando se considera a sociedade contemporânea, a fé cristã, por sua força de correção, pode indicar caminhos e dinâmicas no processo de iluminação da cidadania e na organização política. Mas é preciso absoluto respeito aos princípios que permitam reconhecer a distinção ente o campo da política e a vivência da fé. Quando não há clareza sobre as fronteiras de cada campo, corre-se o risco de um desvirtuamento da fé, impedindo-a de ser o luzeiro que orienta  direções, promove reconciliações e até a relativização de escolhas, especialmente daqueles que se apresentam como “donos da verdade”.

         A fé não pode ser reduzida a instrumento para embates no campo político, pois a sua vivência autêntica dissipa a busca pela destruição do outro, reconfigurando discursos e escolhas. A fé cristã tem propriedades específicas com dinâmicas experenciais fortes, capazes de alertar sobre o perigo de semear o ódio, de convencer a respeito da honestidade, que faz parte da vocação de toda pessoa para promover a bondade, o bem comum e uma ordem social justa. Cristãos autênticos não buscam destruir. (Re)constroem com a força da verdade, com a primazia do bem e do respeito moral. O ódio é perigoso e estará sempre na contramão da verdadeira fraternidade ensinada por Jesus. Fraternidade é, pois, o grande investimento a ser feito para efetivar o bem, com a correção de rumos e com a reabilitação da verdade. Sem esse investimento, prevalece um “vale tudo” ensandecido, com ataques a pessoas, instituições, povos e nações. Perde-se a razoabilidade mínima, gera-se descrédito, pois disseminam-se afirmações e informações distantes da verdade, obscurecendo mentes e corações, para se alcançar propósitos a qualquer preço.

         O ódio cega, traz justificativas para atitudes inconsequentes, até mesmo quando reputações e vidas estão em jogo. No caminho do ódio, torna-se perdedor não somente adversários e a sociedade, mas, também, aquele que investe na destruição, em nome de um êxito ilusório. O Papa Francisco adverte a respeito do comum mecanismo político contemporâneo de exasperar, exacerbar e polarizar. Um método para negar ao outro o direito de existir e pensar de modo diferente. A partir desse mecanismo, recorre-se à estratégia de ridicularizar e de insinuar suspeitas a respeito de condutas, buscando impor um tipo de repressão àqueles com quem se diverge. Um recurso fundamentado no ódio, que manipula e acirra a revolta. Um grave equívoco, pois a verdade sempre prevalece. O bem sempre vence o mal.

         Quem se deixa inocular pelo veneno do ódio age em clara oposição à autenticidade da fé cristã. E pode-se correr o sério risco de não se perceber agente do desamor, quando, dentre outros aspectos, deixa-se escravizar pelo mundo obscuro do mercado, da idolatria do dinheiro e, até mesmo, de uma baixa autoestima. Ilusoriamente, tenta-se reagir, buscar reconhecimento, pisando nos outros, com mecanismos de desmoralização. Quem procura construir a própria reputação a partir desses mecanismos não será reconhecido por sua relevância, ou verá, a seu tempo, a própria imagem desmoronar, esvaindo-se feito um castelo na areia. Por isso mesmo, há tanto descrédito em relação à autoridade política, pois muitos que ocupam as instâncias do poder não priorizam a missão de edificar e promover a cidadania. Ao invés disso, atuam a partir dos mecanismos de desmoralização, buscando simplesmente destruir pessoas com perspectivas divergentes.

         O horizonte cristão investe no protagonismo da fraternidade – inegociável recurso para um qualificado serviço à sociedade, à promoção da vida como dom de Deus a cada pessoa, sem exceção. Todos, indistintamente, merecem respeito. Oportuno é sempre se recordar de um princípio proclamado pelo apóstolo Paulo: a plenitude da lei é o amor. O amor que vence todo tipo de ódio. Na tarefa de impulsionar o bem comum, os cristãos, ao lado dos homens e mulheres de boa vontade, por vocação e missão, devem sempre, e cada vez mais, protagonizar a fraternidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 7,17%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

      

          

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