sexta-feira, 14 de outubro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DA NEUTRALIDADE DE CARBONO, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA BOA GOVERNANÇA, PRODUTIVIDADE, INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Neutralidade de carbono

  na estratégia das empresas

       Precisamos avançar mais rápido. A busca para limitar o aumento da temperatura global e garantir o futuro do planeta demanda uma mobilização mais efetiva de governos, empresas e da sociedade. O único caminho é reduzirmos as emissões de gases causadores do efeito estufa, entre eles o CO2, a fim de frear as mudanças climáticas e os danos que já estamos testemunhando em todo o mundo.

         Reduzir o impacto ambiental hoje é estratégico para qualquer empresa que deseja a sustentabilidade de seu negócio e tem como valor a responsabilidade ambiental. Nesse sentido, iniciativas para reduzir e consequentemente neutralizar as emissões de carbono são fundamentais e devem envolver a todos dentro das organizações.

         Essa decisão é importante, para que as ações tenham relevância na cultura da companhia e haja de fato engajamento e dedicação ao objetivo comum: mitigar o impacto das operações no meio ambiente.

         Para que essa transformação seja genuína, a comunicação é uma grande aliada no processo. Afinal, não há engajamento sem conscientização. Ambos são ferramentas essenciais na construção de uma agenda de sustentabilidade robusta, que de fato gere impacto positivo no meio ambiente.

         Além de agregar valor à companhia e seus produtos, o engajamento viabiliza outro elemento fundamental em qualquer transformação: a retenção de talentos, uma vez que bons profissionais querem participar e contribuir em empresas que tenham um propósito claro atrelado à sustentabilidade.

         Não há dúvidas que o tamanho do problema a enfrentar nessa área exige atitudes ousadas, sendo imperativo à alta liderança priorizar ações que gerem os resultados sustentáveis exigidos, cada vez mais, por consumidores e mercados em todo o mundo.

         A busca por soluções que reduzam a emissão de CO2 demanda mudanças que vão da economia de energia e reutilização da água, por exemplo, às mais complexas, como troca de processos, melhorias e substituição de combustíveis fósseis por energias limpas, entre muitas outras, que necessitam de investimentos e inovação.

         Definitivamente, combater as mudanças climáticas provocadas pelas emissões de poluentes que impactam o nosso futuro na Terra não é tarefa fácil. Estabelecer relações fora dos muros da empresa, com a iniciativa privada, órgãos públicos, academia e toda a cadeia de valor na qual a organização está inserida, fortalece o compromisso pelo meio ambiente. Mais do que isso, tem a capacidade de alavancar projetos de maior impacto de recuperação ambiental.

         É bom lembrar que toda e qualquer ação atrelada aos pilares de ESG (questões ambientais, sociais e de governança) têm algum impacto social e devem ser definidas conforme o contexto da empresa – e isso inclui a indústria do tabaco, o cigarro. A adoção de ações socialmente engajadas demonstra uma visão de longo prazo, além de demonstrar que a empresa busca reduzir o seu impacto ambiental.

         Atenuar as consequências das mudanças climáticas causadas pelas emissões de CO2 e outros gases poluentes e trabalhar para reduzir as emissões, mais do que um compromisso, precisa ser um valor cultural nas organizações e na sociedade. Não há outro caminho para tornar possível o nosso futuro.”.

(Mateus Guterres. Especialista em Sustentabilidade da Philip Morris Brasil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 13 de outubro de 2022, caderno OPINIÃO, página 22).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 10 de outubro de 2022, mesmo caderno, página 16, de autoria de José Velloso, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), e que merece igualmente integral transcrição:

“O Brasil precisa de uma política industrial

       A indústria de transformação no Brasil, que era de 34% do PIB na década de 80, recuou para 11% em 2021. Essa queda foi acompanhada de menor participação da produção de bens de alta intensidade tecnológica e da redução do nível de produtividade da economia, colocou o país mais dependente do suprimento de matérias-primas e produtos intermediários procedentes do exterior.

         As últimas crises, como a pandemia de Covid-19 e, mais recentemente, a Guerra na Ucrânia, mostraram a importância da indústria nos aspectos econômico e social do país. Setores estratégicos como saúde, máquinas e equipamentos, fertilizantes, componentes eletroeletrônicos entre outros, foram os mais afetados.

         A dependência de um único ou principal fornecedor mostrou a fragilidade das cadeias globais de valor no suprimento de itens críticos, quando submetidas às crises globais, levando as principais economias do mundo a reavaliarem suas estratégias, buscando explorar setores econômicos onde detêm maiores vantagens competitivas ou onde podem desenvolvê-la para sustentação do crescimento.

         O Brasil não pode ficar fora dessa tendência e, para isso, necessita implementar um conjunto de instrumentos e políticas públicas tendo como objetivo estimular e direcionar novos investimentos produtivos de forma a induzir o setor privado na busca de novas oportunidades e na expansão de fronteiras tecnológicas.

         Estas políticas precisam ter objetivos permanentes e suas medidas e instrumentos, horizontes de médio e longo prazo. Por outro lado, é indispensável dispor de um sistema de acompanhamento e de avaliação de desempenho das medidas adotadas, ao longo do tempo, para permitir, sempre que necessário, sua adequação aos objetivos propostos. As políticas precisam ter tempo para começar e data para terminar, com metas quantificáveis para serem atingidas.

         Nesse sentido, o país necessita de uma política de desenvolvimento industrial integrada com as políticas de inovação e de comércio exterior, bem como com a política macroeconômica. Essas políticas devem coexistir, de forma estratégica e objetiva, para que possam contribuir na transformação da estrutura industrial, intensivas em tecnologia, para aumentar a produtividade, a competitividade e o desenvolvimento de produtos diferenciados e de maior valor agregado, extensivo a serviços junto a novos modelos de negócios.

         Sabemos que as últimas incursões do Brasil em agendas de política industrial foram desastrosas e resultaram em má alocação de recursos, corrupção, entre outros aspectos, principalmente por excesso de políticas setoriais compensatórias, ações não integradas e falta de metas e de prazos definidos. Essas políticas foram adotadas no intuito de compensar as assimetrias provocadas pelo “Custo Brasil”, mas só as acentuou, reduzindo a competitividade das empresas e acelerando o processo precoce de desindustrialização, que o país vem sofrendo desde o início do século.

         A política de desenvolvimento industrial moderna e efetiva deve promover um “catching up”, permitindo atingir o índice de renda dos países da OCDE, tendo em consideração que é preciso: a resolução dos problemas estruturais que resultam no “Custo Brasil”; estabilidade macroeconômica e equilíbrio fiscal; melhoria da produtividade em todos os setores econômicos; adoção de uma agenda de desenvolvimento transversal, que priorize a inovação; e reorganização econômica em setores estratégicos para o país.

         A definição dessas áreas estratégicas tem que ter uma visão holística, para transbordar conhecimento por toda a cadeia de valor, principalmente considerando aquelas em que o país tem evidentes vantagens comparativas.

         O foco é o desenvolvimento de pesquisa, desenvolvimento e engenharia de produto e processo, no país, modernizando e ampliando a complexidade de nosso parque industrial, incluindo a integração com serviços sofisticados.

         O objetivo é o aumento da produtividade e da competitividade da produção brasileira, a partir do aumento do estoque de capital por trabalhador, que é historicamente baixo e, consequentemente, o aumento na participação da indústria no PIB, mas principalmente o domínio de rotas tecnológicas estratégicas.

         Dessa forma serão necessárias a modernização e a integração das instituições de apoio e das políticas de ciência, tecnologia, inovação, educação e de desenvolvimento industrial de forma a apoiar e possibilitar um sistema de produção sofisticado e complexo, necessário para sustentar o desenvolvimento brasileiro. O recurso público deve ser usado de forma a alavancar o investimento privado em P&D e a melhorar a produtividade da economia.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 7,17%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

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