“Qual
a importância da orientação educacional?
Entender o que
influencia o desempenho de crianças e adolescentes na escola, atualmente, é um desafio.
A geração do século 21 convive, cada vez mais, com avanços tecnológicos,
atualização constante das demandas do mercado de trabalho, pressão com
vestibulares e, em alguns casos, enfrentam problemas de interação com o grupo,
transtornos de ansiedade e até depressão. Com esse cenário, novas
responsabilidades começam a aparecer na vida dos alunos e de seus familiares.
Adaptar-se a isso nem sempre é fácil, e é aqui que entra o papel do orientador
educacional.
O
ingresso no primeiro ano do ensino médio, por exemplo, requer atenção de um
orientador, pois os estudantes passam por uma transição, adquirindo uma nova
relação com a aprendizagem e construindo novas expectativas de futuro, muitas
vezes relacionadas ao ingresso na faculdade, à definição de uma profissão ou
carreira. Esse é o momento de auxiliar os adolescentes a adquirirem uma nova
rotina de estudos. Assim como no segundo ano, é fundamental fazê-los perceber
que o tempo é importante e que, mesmo sendo um ano um pouco mais tranquilo, é
necessário ter foco no estudo. Já no último ano do ensino médio, é bem
importante ajudá-los a identificar as áreas com que têm mais afinidade, a
aprender a lidar com a pressão do vestibular e com a escolha de sua primeira
formação e, muitas vezes, a desenhar uma carreira. Todo o passo a passo dessa
trajetória passa pela ajuda do orientador educacional.
Tornar
a vida do aluno mais saudável no dia a dia escolar é fundamental para o melhor
desempenho não só dentro dos estudos, mas também no tempo em que o estudante
passa fora da escola. Por isso, é essencial o orientador educacional estar
próximo dos familiares para acompanhá-los, também, nesse processo. Os
orientadores ajudam na ponte da relação entre pais e filhos no que tange ao
ambiente educacional, assim como destes com os professores.
Muitos
pais procuram os orientadores para entender o comportamento dos filhos: por que
vão mal ou bem em uma matéria; como deveria ser uma rotina de estudo eficiente;
como equilibrar a vida social com a escolar; como abordar as questões afetivas
da adolescência, entre outras questões. O orientador educacional, muitas vezes,
é quem oferece o contraponto , ajudando filhos e pais a olharem as coisas por
outra perspectiva e a encontrar soluções. Ele possibilita ampliar a visão de
ambos e incentivar a compreensão de diferentes pontos de vista. Há pais
preocupados de mais com os estudos dos filhos, mas também há pais que se
preocupam de menos. Os orientadores colaboram para esse equilíbrio, partindo do
princípio de que a responsabilidade pelo sucesso escolar deve ser, na
adolescência, assumida, primeiramente, pelo aluno. É comum, nessa fase, que
filhos e pais sejam chamados para uma conversa conjunta, em que o orientador
promove uma comunicação mais fluente, o ajuste de expectativas, o esclarecimento
de questões relacionadas ao dia a dia, a compreensão das escolhas e das
necessidades específicas da adolescência.
A
atuação constante dos orientadores torna a escola um bom lugar para estudos e
relacionamentos entre alunos, professores e familiares. Dessa forma, é possível
notar, também que essas ações geram resultados significativos e colaboram,
inclusive, para a prevenção do bullying, por exemplo, e até diminuição do uso
de bebidas alcoólicas e drogas entre os jovens.
O
orientador é escuta, é exercício, é ponte para melhorar a vida do estudante em
sua rotina escolar, visando ao melhor desempenho e formação de cada indivíduo
e, também, do coletivo estudantil.”.
(SOFIA DE
ALENCASTRO. Orientadora educacional do ensino médio no Colégio Anglo 21, em
artigo publicado no jornal ESTADO DE
MINAS, edição de 1º de março de 2019, caderno OPINIÃO, página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de DOM
WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e
que merece igualmente integral transcrição:
“Amigos
da Serra da Piedade
Reconhecimento e
gratidão àqueles que, corajosamente, defendem a Serra da Piedade. Caminhando
com a Arquidiocese de Belo Horizonte, guardiã do Santuário Basílica Nossa
Senhora da Piedade, no ponto mais alto do maciço, estão pessoas que defendem a
sustentabilidade e o desenvolvimento integral. Cidadãos que, assim, pautam suas
condutas de modo coerente com o evangelho de Jesus Cristo. Primam pela
honestidade, patrimônio que a traça não corrói. Defendem a verdade, em vez de
articulações que, mesmo amparadas por decisões judiciais – questionáveis,
saliente-se –, buscam somente contemplar interesses pouco nobres. A crescente
comoção do povo mineiro, que abomina a inadmissível decisão de autorizar a
mineração na Serra da Piedade, faz crescer o interesse de toda a sociedade a
respeito dos inscritos e dos não inscritos na lista de amigos desse lugar
sagrado.
Fora
da lista de amigos da Serra da Piedade estão os que enxergam o interesse
pecuniário, dominados pela idolatria do dinheiro e, por isso, defendem a
mineração no território sagrado. Nessas pessoas, a qualidade dos recursos
naturais da serra desperta somente a ganância. Estimula percursos indevidos,
com decisões judiciais que, na sua obscuridade, ainda receberão luzes próprias
do qualificado entendimento da lei, fundamentado no bem e na verdade. Tomem
consciência os que estão fora da lista de amigos da Serra da Piedade: a decisão
de explorá-la não é força para retomada da economia mineira. A mineração em um
lugar sagrado, a partir de juízos parciais, tende ao fracasso, cedo ou tarde.
A luta
dos amigos da Serra da Piedade não está perdida. É uma grande batalha, por
vezes considerada impossível de vencer. Estejam certos: o mal, muitas vezes,
parece triunfar, mas, no fim, o bem sempre prevalece, conforma a história já
tantas vezes. Permaneçam unidos os que defendem a serra, pois a hora é de
buscar a vitória do bem. Esse triunfo pede radical mudança de mentalidade, a
reorganização de interesses a partir do nobre sentido de cidadania. A Serra da
Piedade precisa ser recuperada da fenda criminosa que se lhe foi aberta no
passado, por uma mineração não supervisionada, feita no desarvoro do lucro. É
preciso que se determine, judicialmente, com exigências a quem se propõe a
empreender, o caminho para a recuperação da natureza, de modo que a ferida na
serra cicatrize e o território sagrado seja restaurado.
A
Serra da Piedade é verdadeiro coração de Minas Gerais, pois congrega riquezas
minerais, religiosas, históricas, culturais e paisagísticas que compõem a
identidade do estado. Mesmo sendo tão preciosa, está sob a ameaça. Às vésperas
de se completar um mês da fatídica tragédia em Brumadinho, no Córrego do
Feijão, um órgão do poder público estadual autoriza a ampliação da ferida da
serra. Trata-se de desrespeito ao território sagrado e aos cidadãos enlutados.
Decisão que contrasta com o posicionamento lúcido, corajoso e cidadão do
Legislativo mineiro, que aprovou regras mais rígidas para a mineração. A lei,
já com a competente sanção do governador do estado de Minas Gerais, contribui
para mudar a história, evitando que vidas humanas e o meio ambiente sejam
novamente devastados em tragédias inaceitáveis.
Mesmo
assim, permanece a ameaça à Serra da Piedade, com real possibilidade de impacto
na vida de muitas pessoas, que podem sofrer, inclusive, com a falta de água. A
atividade minerária autorizada no território sagrado inclui a permissão para
perfuração de poços artesianos profundos, para que se utilize a água no
processo de lavagem do minério. A justificativa de pessoas interessadas na
exploração da serra é fraca. O argumento é que a atividade minerária se ampara
em decisão judicial. Há quem veja na composição de conselhos importantes, a
exemplo daquele que autorizou a mineração na Serra da Piedade, a causa de
problemas crônicos. Os critérios adotados para a seleção de representantes
nessas instâncias estão mais submissos ao poder econômico, deixando, em segundo
plano, o interesse coletivo.
A
decisão que autoriza a ampliação da ferida no coração de Minas Gerais está em
descompasso com os pronunciamentos do Conselho do Monumento Natural da Serra da
Piedade, ligado ao poder público estadual. A exploração mineral autorizada
prevê que a atividade de retirada de rejeitos utilize vias no território do
Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade – solução mais barata para o
empreendedor, que amplia o seu lucro, mas gera ainda mais degradação. Imaginem
o absurdo: por dentro do território sagrado vão se deslocar 220 caminhões de
rejeitos por dia, em mais de 400 viagens nessas estradas.
Não se
sabe se os responsáveis pela decisão de autorizar a exploração do território
sagrado, coração de Minas Gerais, têm consciência da gravidade das suas ações,
que os colocam na lista dos “não amigos” da Serra da Piedade. O que se espera
de todos eles? Que sigam o caminho da conversão. Por hombridade e respeito,
abandonem a estrada que leva à desolação e ao fracasso. Que inscrevam seus
nomes na história dos mineiros a serviço do bem, na lista dos amigos da Serra
da Piedade.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca
de 286,93% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 315,58%; e já o IPCA,
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,78%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria
da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte
de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais,
injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.