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sexta-feira, 22 de março de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS EXIGÊNCIAS DA BOA GOVERNANÇA E DO COMPLIANCE NO SISTEMA FINANCEIRO E OS CLAMORES DA SERRA DA PIEDADE NA SUSTENTABILIDADE


“O sistema financeiro do futuro
        Em seu pronunciamento na sabatina do Senado Federal para apreciação da indicação ao cargo de presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto ressaltou a importância do sistema financeiro do futuro e disse que pretende preparar o BC para desempenhar, apropriadamente, seu papel nesse novo ecossistema, que é baseado em tecnologia e enorme fluxo de informações.
         É evidente que especialistas do setor e até o próprio BC observaram que, com as tarifas bancárias variando entre R$ 2 a R$ 145 para o cliente final e bancos batendo recordes de bilhões de lucro todos os anos, nasce uma grande oportunidade para grupo de pessoas e empresas que hoje trocam recursos e serviços entre si. Nesse cenário, criar uma fintech ou criar uma banktech própria, que constitui um ecossistema mais completo, provavelmente será a grande tendência nos próximos anos.
         A transformação de custos de operação bancária em oportunidades de aumento de receita tem feito empresas visionárias, tanto startups quanto as de médio ou grande porte, buscar o seu próprio digitalbank, para contar com integração bancária, emissão de boletos, gerenciamento de folhas de pagamento de funcionários (e até mesmo de funcionários de fornecedores), emissão de cartões de crédito com bandeira própria, máquinas de POS, meios de pagamento ATMs para sques e depósitos, além de uma completa gama de serviços como antecipações, empréstimos pessoais, seguros, entre outros. Tudo isso com alto nível de segurança, governança, compliance e auditoria que a tecnologia blockchain já proporciona quando é bem gerida e utiliza as melhores práticas.
         Com a constante onda de avanços tecnológicos, ter o seu próprio digitalbank em DLT (blockchain privado) já é uma realidade, pois proporciona acesso a um nível diferenciado de excelência em compliance e governança para onboarding/KIC – com validação de documento e selfies com prova de via como, por exemplo, piscar ou sorrir, através do uso do reconhecimento facial com inteligência artificial – e identidade digital – pré-validação de identidade para diminuir fraudes em compras –, incluindo carteiras digitais integradas a blockchain para “pagamento instantâneo” e APIs para open bank. Esta nova realidade está alinhada com a política do Banco Central e as intenções declaradas por Roberto Campos Neto.
         Em um futuro breve, surgirão novos segmentos personalizados para cada cliente das banktechs, como soccerbank (para times de futebol), agrobank (para cooperativas agropecuárias), mutualBank (para associações;ONGs), SocialBank (para Prefeituras, Municípios e entes públicos), Loyaltybank (para programas de fidelidade e programas de recompensas), franchisebank (para franquias, franqueados e royalties), custodybank (para custódia e garantia de grandes operações), captivebank (para instituições financeiras que desejam administrar contas digitais de clientes internas), entre diversos outros, os quais poderão, também, desenvolver ou não sua própria moeda interna, seus tokens  e smart contracts.
         Muitos executivos já buscam empresas especializadas para ajudá-los a desenvolver seu próprio banktech, com um ecossistema gigantesco 24h/7, custos reduzidos e alto retorno de receita. Essa forte tendência de utilização de grandes ecossistemas já tem sido obervada nas mega empresas chinesas AliPay e WeChat, que movimentam R$ 11,2 trilhões ao ano.
         Sendo o sistema financeiro brasileiro considerado um dos mais seguros e eficientes no âmbito mundial, será um desafio, em se tratando de regulação (BC, Coaf, CVM), criar novas regras de governança e compliance para manter a saúde econômica e coibir atos ilícitos. Em contrapartida, aparecerá uma nova gama de oportunidades e de posições no mercado de trabalho como – por exemplo – consultores, auditores, especialistas em produtos e know-how, cientistas de dados, governança e compliance.
         Se você é executivo, disposto a inovar, pensar fora da caixa e que diminuir seus custos, aumentar suas receitas e otimizar seu engajamento com seus clientes e fornecedores, a sua própria banktech ou o seu próprio digitalbank já é uma realidade e pode estar ao seu alcance. Vai um socialcard aí?”.

(RODRIGO PIMENTA. CEO da HubChair Technologies, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 19 de março de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de MIGUEL ANDRADE, professor do Departamento de Ciências Biológicas da PUC Minas e coordenador da Agência de Desenvolvimento Regional Integrado (Aderi) – Arquidiocese de Belo Horizonte, e CÁSTOR CARTELLE, professor do Departamento de Ciências Biológicas da PUC Minas e ex-membro do Copam, e que merece igualmente integral transcrição:

“Piedade de Minas...
        Inacreditável. É esta a expressão que mais se aproxima do nosso assombro com a decisão da Câmara de Atividades Minerárias do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam – MG), ao conceder, no dia 22 de fevereiro de 2019, licença prévia e de instalação para a atividade mineradora na Serra da Piedade. A decisão mostra-se ainda mais absurda diante da dúzia de títulos e tombamentos da Serra da Piedade conferidos pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Ministério do Meio Ambiente, Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG). Tudo isso faz do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Minas Gerais, há 252 anos, lugar único no planeta, insubstituível, inabalável, seja por suas riquezas naturais, seja pelo seu testemunho de história e fé, que enriquece, desde o início, a história das Minas dos Gerais.
         Modelos arcaicos e ultrapassados de mineração, que pretendem exclusivamente o lucro e maquiam aspectos primordiais, são ações incompatíveis com todos esse patrimônio. Mesmo justificados por protocolos. Eles foram seguidos em Mariana e Brumadinho.
         Da nossa serra (tenha piedade) fazem parte, obviamente, o planalto do entorno, a fauna, a flora, as paisagens naturais e culturais únicas, a história, a fé, a água que lacrimeja das suas pedras e que dizem ser benta. Território sagrado. Os senhores conselheiros “tratoraram” tudo isso. Somente votaram pelo indeferimento. Desferiram uma bofetada nos mineiros.
         Há mais ainda do que poucos conhecem. Em 1863, chegava ao Brasil um jovem botânico dinamarquês de 21 anos, Eugene Warming. Do Rio de Janeiro, prosseguiu em lombo de mula até Lagoa Santa, então com 5.600 habitantes. Lá, seria orientado pelo sábio cientista Peter Lund, que colocou Minas Gerais no circuito científico mundial. Em janeiro de 1866, após dois dias de viagem, Warming chegou à Serra da Piedade, onde, antes, Lund estivera. Conheceu frei Luiz, que cuidava do Santuário, e contemplou a imagem de Nossa Senhora da Piedade.
         O botânico dinamarquês coletou três mil peças da flora da Serra da Piedade. De volta ao seu país, o estudo desse material tornou-o fundador da ecologia vegetal. Nova ciência surgiu por meio dos estudos realizados com esse material.
         Warming, cinco meses antes de falecer, aos 82 anos, já reconhecido como um dos principais botânicos de todos os tempos, relembrou sua estada na serra, naquela que seria a sua última conferência.
         “Lembro-me daqueles tempos solitários que passei na Piedade, circundado pelas paisagens que ainda recordo como as mais belas do Brasil ... uma lágrima cai ao pensar que nunca mais vou pôr os pés naquele lugar, ... nunca mais, desde Lagoa Santa, deixar meu olhar perder-se à leste, no topo da Serra da Piedade encoberto de nuvens na madrugada”.
         À Serra da Piedade não tem nada igual no planeta. Lá, de mãos dadas ao santuário histórico, sítio sagrado, obra do maior ícone da escultura nacional, paisagens, caminhos, vegetação inter-relacionada que foi a fonte da criação da nova ciência. Essa referência é imperativo preservar, a todo custo, como testemunho permanente. É preciso determinação na defesa desse santuário natural, diante daqueles que permitem arrancar pedaços, inventar caminhos, profanar o silêncio e o canto dos pássaros como os trovões de dinamite. Como desmatar o que foi matriz para uma nova ciência? Uns poucos ganham. Mas todos perdemos. Mais uma vez, o futuro poderá apontar o dedo para trás, assinalando o descaso de ancestrais que não souberam guardar tesouros.
         O Plenário do Copam, o Iphan, Iepha, Ministério Público, a sociedade não podem permitir esta barbaridade. Aí, não! Pior do que tirar pedaços do Pão de Açúcar ou do Corcovado, minerar o Parque Estadual Cerca Grande ou exportar, como minério de ferro, o Pico do Itabirito.
         Propomos iniciar logo as devidas providências necessárias à apresentação da nossa Serra da Piedade à Unesco para que seja, merecidamente, declarada patrimônio da humanidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca de 286,93% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 315,58%; e já o IPCA, em fevereiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,89%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



          


segunda-feira, 11 de março de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA ORIENTAÇÃO NAS ESCOLAS E OS CLAMORES DA SERRA DA PIEDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Qual a importância da orientação educacional?
        Entender o que influencia o desempenho de crianças e adolescentes na escola, atualmente, é um desafio. A geração do século 21 convive, cada vez mais, com avanços tecnológicos, atualização constante das demandas do mercado de trabalho, pressão com vestibulares e, em alguns casos, enfrentam problemas de interação com o grupo, transtornos de ansiedade e até depressão. Com esse cenário, novas responsabilidades começam a aparecer na vida dos alunos e de seus familiares. Adaptar-se a isso nem sempre é fácil, e é aqui que entra o papel do orientador educacional.
         O ingresso no primeiro ano do ensino médio, por exemplo, requer atenção de um orientador, pois os estudantes passam por uma transição, adquirindo uma nova relação com a aprendizagem e construindo novas expectativas de futuro, muitas vezes relacionadas ao ingresso na faculdade, à definição de uma profissão ou carreira. Esse é o momento de auxiliar os adolescentes a adquirirem uma nova rotina de estudos. Assim como no segundo ano, é fundamental fazê-los perceber que o tempo é importante e que, mesmo sendo um ano um pouco mais tranquilo, é necessário ter foco no estudo. Já no último ano do ensino médio, é bem importante ajudá-los a identificar as áreas com que têm mais afinidade, a aprender a lidar com a pressão do vestibular e com a escolha de sua primeira formação e, muitas vezes, a desenhar uma carreira. Todo o passo a passo dessa trajetória passa pela ajuda do orientador educacional.
         Tornar a vida do aluno mais saudável no dia a dia escolar é fundamental para o melhor desempenho não só dentro dos estudos, mas também no tempo em que o estudante passa fora da escola. Por isso, é essencial o orientador educacional estar próximo dos familiares para acompanhá-los, também, nesse processo. Os orientadores ajudam na ponte da relação entre pais e filhos no que tange ao ambiente educacional, assim como destes com os professores.
         Muitos pais procuram os orientadores para entender o comportamento dos filhos: por que vão mal ou bem em uma matéria; como deveria ser uma rotina de estudo eficiente; como equilibrar a vida social com a escolar; como abordar as questões afetivas da adolescência, entre outras questões. O orientador educacional, muitas vezes, é quem oferece o contraponto , ajudando filhos e pais a olharem as coisas por outra perspectiva e a encontrar soluções. Ele possibilita ampliar a visão de ambos e incentivar a compreensão de diferentes pontos de vista. Há pais preocupados de mais com os estudos dos filhos, mas também há pais que se preocupam de menos. Os orientadores colaboram para esse equilíbrio, partindo do princípio de que a responsabilidade pelo sucesso escolar deve ser, na adolescência, assumida, primeiramente, pelo aluno. É comum, nessa fase, que filhos e pais sejam chamados para uma conversa conjunta, em que o orientador promove uma comunicação mais fluente, o ajuste de expectativas, o esclarecimento de questões relacionadas ao dia a dia, a compreensão das escolhas e das necessidades específicas da adolescência.
         A atuação constante dos orientadores torna a escola um bom lugar para estudos e relacionamentos entre alunos, professores e familiares. Dessa forma, é possível notar, também que essas ações geram resultados significativos e colaboram, inclusive, para a prevenção do bullying, por exemplo, e até diminuição do uso de bebidas alcoólicas e drogas entre os jovens.
         O orientador é escuta, é exercício, é ponte para melhorar a vida do estudante em sua rotina escolar, visando ao melhor desempenho e formação de cada indivíduo e, também, do coletivo estudantil.”.

(SOFIA DE ALENCASTRO. Orientadora educacional do ensino médio no Colégio Anglo 21, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de março de 2019, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Amigos da Serra da Piedade
        Reconhecimento e gratidão àqueles que, corajosamente, defendem a Serra da Piedade. Caminhando com a Arquidiocese de Belo Horizonte, guardiã do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, no ponto mais alto do maciço, estão pessoas que defendem a sustentabilidade e o desenvolvimento integral. Cidadãos que, assim, pautam suas condutas de modo coerente com o evangelho de Jesus Cristo. Primam pela honestidade, patrimônio que a traça não corrói. Defendem a verdade, em vez de articulações que, mesmo amparadas por decisões judiciais – questionáveis, saliente-se –, buscam somente contemplar interesses pouco nobres. A crescente comoção do povo mineiro, que abomina a inadmissível decisão de autorizar a mineração na Serra da Piedade, faz crescer o interesse de toda a sociedade a respeito dos inscritos e dos não inscritos na lista de amigos desse lugar sagrado.
         Fora da lista de amigos da Serra da Piedade estão os que enxergam o interesse pecuniário, dominados pela idolatria do dinheiro e, por isso, defendem a mineração no território sagrado. Nessas pessoas, a qualidade dos recursos naturais da serra desperta somente a ganância. Estimula percursos indevidos, com decisões judiciais que, na sua obscuridade, ainda receberão luzes próprias do qualificado entendimento da lei, fundamentado no bem e na verdade. Tomem consciência os que estão fora da lista de amigos da Serra da Piedade: a decisão de explorá-la não é força para retomada da economia mineira. A mineração em um lugar sagrado, a partir de juízos parciais, tende ao fracasso, cedo ou tarde.
         A luta dos amigos da Serra da Piedade não está perdida. É uma grande batalha, por vezes considerada impossível de vencer. Estejam certos: o mal, muitas vezes, parece triunfar, mas, no fim, o bem sempre prevalece, conforma a história já tantas vezes. Permaneçam unidos os que defendem a serra, pois a hora é de buscar a vitória do bem. Esse triunfo pede radical mudança de mentalidade, a reorganização de interesses a partir do nobre sentido de cidadania. A Serra da Piedade precisa ser recuperada da fenda criminosa que se lhe foi aberta no passado, por uma mineração não supervisionada, feita no desarvoro do lucro. É preciso que se determine, judicialmente, com exigências a quem se propõe a empreender, o caminho para a recuperação da natureza, de modo que a ferida na serra cicatrize e o território sagrado seja restaurado.
         A Serra da Piedade é verdadeiro coração de Minas Gerais, pois congrega riquezas minerais, religiosas, históricas, culturais e paisagísticas que compõem a identidade do estado. Mesmo sendo tão preciosa, está sob a ameaça. Às vésperas de se completar um mês da fatídica tragédia em Brumadinho, no Córrego do Feijão, um órgão do poder público estadual autoriza a ampliação da ferida da serra. Trata-se de desrespeito ao território sagrado e aos cidadãos enlutados. Decisão que contrasta com o posicionamento lúcido, corajoso e cidadão do Legislativo mineiro, que aprovou regras mais rígidas para a mineração. A lei, já com a competente sanção do governador do estado de Minas Gerais, contribui para mudar a história, evitando que vidas humanas e o meio ambiente sejam novamente devastados em tragédias inaceitáveis.
         Mesmo assim, permanece a ameaça à Serra da Piedade, com real possibilidade de impacto na vida de muitas pessoas, que podem sofrer, inclusive, com a falta de água. A atividade minerária autorizada no território sagrado inclui a permissão para perfuração de poços artesianos profundos, para que se utilize a água no processo de lavagem do minério. A justificativa de pessoas interessadas na exploração da serra é fraca. O argumento é que a atividade minerária se ampara em decisão judicial. Há quem veja na composição de conselhos importantes, a exemplo daquele que autorizou a mineração na Serra da Piedade, a causa de problemas crônicos. Os critérios adotados para a seleção de representantes nessas instâncias estão mais submissos ao poder econômico, deixando, em segundo plano, o interesse coletivo.
         A decisão que autoriza a ampliação da ferida no coração de Minas Gerais está em descompasso com os pronunciamentos do Conselho do Monumento Natural da Serra da Piedade, ligado ao poder público estadual. A exploração mineral autorizada prevê que a atividade de retirada de rejeitos utilize vias no território do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade – solução mais barata para o empreendedor, que amplia o seu lucro, mas gera ainda mais degradação. Imaginem o absurdo: por dentro do território sagrado vão se deslocar 220 caminhões de rejeitos por dia, em mais de 400 viagens nessas estradas.
         Não se sabe se os responsáveis pela decisão de autorizar a exploração do território sagrado, coração de Minas Gerais, têm consciência da gravidade das suas ações, que os colocam na lista dos “não amigos” da Serra da Piedade. O que se espera de todos eles? Que sigam o caminho da conversão. Por hombridade e respeito, abandonem a estrada que leva à desolação e ao fracasso. Que inscrevam seus nomes na história dos mineiros a serviço do bem, na lista dos amigos da Serra da Piedade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca de 286,93% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 315,58%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,78%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



          

          

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A ERA IMPERATIVA DA INDÚSTRIA 4.0 E AS VEIAS ABERTAS DAS MONTANHAS MINEIRAS NA SUSTENTABILIDADE


“Indústria 4.0: a tendência que já virou necessidade
        Inteligência artificial, internet das coisas, robótica, machine learning. Esses termos, que até pouco tempo pareciam ter saído direto de um filme de ficção científica, já são realidade em grandes organizações que estão se adaptando à indústria 4.0.
         O problema é que esse processo ainda parece muito distante para grande parte dos pequenos e médios players desse mercado no Brasil. O que alguns ainda desconsideram, no entanto, é que a transformação digital veio para ficar e, mesmo que seus aspectos mais avançados não possam ser aplicados imediatamente, já é possível investir nesse novo conceito e alcançar resultados reais.
         Nesse sentido, uma das principais frentes dessa transformação, inclusive ao alcance das indústrias menores, é a digitalização e automatização dos processos de venda e distribuição dos produtos. Cada vez mais nomes desse mercado têm percebido que é possível enxugar essa cadeia e atingir o consumidor final diretamente, seja em um modelo híbrido de vendas B2B e B2C ou seja por meio da venda direta para a ponta dessa relação.
         Talvez a crise econômica recente tenha sido um dos principais propulsores para essa crescente mudança. Diante da escassez do mercado, a indústria passou a buscar novos canais para vender os seus produtos e, no meio disso, descobriu que a venda direta para o consumidor final é tão ou mais vantajosa do que as intermediações que estava acostumada.
         Os e-commerces B2B e B2B+B2C permitem, hoje, uma série de possibilidades, que vão desde a completa integração de sistemas e o cálculo facilitado de impostos, um dos pontos de maior atenção para a indústria, até a melhor calibração da previsibilidade de vendas, possibilitando maior giro de estoque e uma produção enxuta que atue segundo a demanda real.
         Um dos pontos principais para alcançar isso é uma plataforma de e-commerce especializada nesse tipo de vendas, na qual seja possível implementar processos como a gestão de portfólio diferenciado por perfil de clientes, faixas de preço customizáveis e personalização a partir do histórico de compras.
         Mas é preciso atenção: adequar-se à indústria 4.0 e às novas exigências de um mercado cada vez mais digital não se resume à criação de apenas mais um canal de vendas. Trata-se de uma mudança de mentalidade e estratégia que permeia todos os aspectos da empresa e que deve estar em constante atualização.
         Um dos melhores exemplos nesse sentido é o que aconteceu com O Boticário. A partir de um desejo de uma experiência mais simples, integrada e digital, a empresa conseguiu um feito raro: produção, distribuição e comercialização (varejo, franquias e e-commerce) funcionam como um só organismo, transitando entre esses diferentes meios de maneira imperceptível para o consumidor. É, portanto, a expressão máxima do significado de omnichannel a partir da adequação de um novo cenário da indústria e comercialização.
         Hoje, o grupo reúne as principais marcas do segmento de perfumaria e cosméticos no país e tem total independência no controle de todos os pontos da produção e jornada de compra. O resultado disso é o top of mind no segmento e uma legião de clientes fiéis aos seus produtos.
         No entanto, a mensagem principal disso é que não é preciso ser um gigante como O Boticário para conseguir melhores resultados a partir da transformação digital. O primeiro passo começa a partir de um comprometimento real com a modernização dos processos e o entendimento de que a indústria 4.0 saiu dos livros teóricos e já virou realidade. Infelizmente, quem não se adaptar vai acabar ficando na história ao lado das máquinas a vapor e dos primeiros adventos das revoluções, que já ficaram há muito tempo para trás.”.

(TIAGO GIRELLI. Diretor da divisão corporativa da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de janeiro de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 1º de fevereiro de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Piedade de Minas
        Piedade de Minas, grito que brota do coração de cada pessoa, uma vez mais, convocando toda a sociedade mineira a buscar novos rumos. Caminhos que sejam condizentes com a história tricentenária do estado, suas tradições religiosas e culturais, com o coração bom de seu povo, adornado por valores e princípios. Todos se unam por uma nova etapa civilizatória que respeite as singulares belezas naturais de Minas – dos campos aos sertões, da mata atlântica ao alto das montanhas. Piedade de Minas, uma prece por compaixão que deve inspirar gestos cidadãos alicerçados na solidariedade com os que sofrem as consequências de tragédias criminosas, a exemplo das que ocorreram em Brumadinho, em Bento Rodrigues e em tantos outros lugares.
         Piedade de Minas! Seja esse grito um clamor por compaixão, pela indignação sagrada que gera a coragem necessária à concretização de um sonho: fazer surgir um estado diferente, livre de crimes praticados contra seus próprios filhos e o meio ambiente. É a partir desse clamor que cada pessoa poderá enxergar melhor o que acontece em tantos lugares, especialmente no coração de Minas, a Serra da Piedade, com quase 1.700 metros de altitude, reunindo incontestável beleza arquitetônica, cultural, religiosa, paisagística e ambiental, e inadmitir qualquer pretensão gananciosa de mineradoras, com a devida oposição técnico-científica e legal.
         No entorno desse lugar sagrado está ocorrendo o que não poderia acontecer, com perdas e prejuízos incalculáveis para todo o povo mineiro. Essa situação precisa ser mudada, o que requer corajosa lucidez das competências judiciárias, ação destemida de instâncias governamentais e legislativas. A audaciosa determinação para corrigir descompassos, iluminada pelo clamor “piedade de Minas”, pode conduzir o estado a novos horizontes. O passo primeiro rumo à mudança é identificar, responsabilizar e punir quem provoca tragédias humanas e ambientais, fazendo valer a lei. Urgente também é uma configuração sócio-política e econômica voltada para promoção do bem de toda a sociedade, com atenção especial aos que já sofreram graves perdas provocadas pela agressiva exploração da natureza.
         Para isso, todos os segmentos da sociedade devem se unir e formar única voz, exigindo mudanças nos procedimentos da atividade minerária. No Brasil e, particularmente, em Minas Gerais, é preciso parar tudo o que está comprovadamente errado e promover recomeços, a partir de um horizonte humanitário. Esse parâmetro garante a salvaguarda do meio ambiente, o indispensável equilíbrio que assegura bem-estar social e proteção do planeta – a casa comum. A referência central deve ser, em todos os campos – ciência, técnica, economia – o respeito irrestrito ao ser humano e às demais criaturas.
         A complexa crise na relação entre ser humano e meio ambiente deve ser superada. Minas Gerais clama pelo fim da exploração cega de seus recursos, na voz de todos. Essa mudança é a única possibilidade capaz de reverter o acelerado processo que está fazendo o “estado diamante” tornar-se um mar de lamas que destrói vidas, mata belezas, enlutando o povo.
         Combater a idolatria do dinheiro, que cega pessoas diante das reais necessidades humanas e naturais, seduzindo mentes e corações, é um desafio a ser assumido por todos. Essa idolatria sustenta atitudes patológicas que transformam contextos sociais em verdadeiras sucursais do inferno. O papa Francisco, constantemente, alerta sobre a configuração de uma economia “sem rosto”, descompromissada com objetivos verdadeiramente humanos. A religiosidade mineira, na força da fé cristã, não cederá espaço a esses novos ídolos que têm desconsiderado o valor da vida.
         O sentimento a ser cultivado é o de piedade, para superar a indiferença causada pela ganância sem limites. O luto do povo mineiro cobre todos, indicando que é hora de ousar e efetivar mudanças para que não ocorram novas tragédias. Minas não pode ser a mesma. Sobre os alicerces de sua rica história, a partir do exercício da cidadania, de modo condizente com os nobres valores de seu povo, o estado deve iniciar um novo ciclo para a sua história. Tenham todos piedade de Minas!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 285,4% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 312,6%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em janeiro, chegou a 3,78%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.