“Sociedade
5.0
Se na Revolução 4.0 as
tecnologias são desenvolvidas com focos na indústria e na produtividade, a fim
de agilizar operações e gerar lucro, na Sociedade 5.0 o objetivo é trazer o ser
humano ao centro de tudo, visando ao desenvolvimento de soluções para o
bem-estar da sociedade, para melhorar sua qualidade de vida e solucionar seus
problemas.
A
Sociedade 5.0 surgiu no Japão e já trouxe uma grande discussão para as empresas
no Brasil, que agora buscam entender os impactos e os benefícios da adoção
desse conceito.
A
Sociedade 5.0 nada mais é do que a convergência de todas as inovações com o
objetivo de facilitar a vida dos seres humanos. O novo conceito chega para
atender as pessoas da melhor forma possível e de maneira ágil e prática, por
meio de tecnologias como inteligência artificial, computação em nuvem, robótica
e big data. Essas soluções possuem o papel importante para que o novo conceito
funcione dentro de empresas das mais diversas áreas como saúde, educação,
financeiro, entre outras. No segmento de saúde, a ideia está presente no
momento em que, por meio da inteligência artificial, as pessoas consigam reduzir
tempo e custos na hora de obter um atendimento médico, por exemplo.
Desta
forma, os principais benefícios da implementação desse conceito dentro das
empresas envolvem a agilidade na entrega e facilidade de encontrar as
informações. Além disso, muitos resultados internos podem ser otimizados, já
que haverá mais tempo para identificar problemas e, consequentemente,
facilidade para resolvê-los. No entanto, para colocar em prática o conceito de
Sociedade 5.0, é necessário que as empresas realmente entendam quais são os
principais problemas do usuário, para colocá-lo no centro de toda operação e,
posteriormente, resolver seu problema de forma rápida e eficiente.
Este
tipo de mudança é de extrema importância para o mercado, pois estudar o
comportamento do usuário para oferecer a melhor experiência e qualidade de vida
por meio de resolução de problemas promove tanto a agilidade para executar
tarefas quanto o aproveitamento de dados de relatórios de forma muito mais
rápida e organizada.
A
Sociedade 5.0 engloba transformar as empresas de dentro para fora, unindo
várias tecnologias, que a partir de uma consultoria para identificação dos
problemas sejam unificadas para atender melhor os seus usuários.”.
(João Paulo
Nieto. Diretor de operações da Digisystem, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de
dezembro de 2019, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 03 de janeiro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo
Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e
que merece igualmente integral transcrição:
“Lições
e propósitos
A memória é uma reserva
técnica e experiencial de lições consolidadas na vivência, a serem aprendidas
e, muitas delas, revisitadas. Para isso, exige-se humildade, qualidade daqueles
que têm alma de peregrino aprendiz, livre da habitual pretensão humana de
acreditar que tudo sabe – cegueira que estreita horizontes e leva, até mesmo, à
desconsideração de evidências interpelantes. E o começo de um ano novo depende
da memória e de suas muitas lições para que sejam assumidos propósitos capazes
de alimentar a esperança.
Nesse
sentido, a mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial da Paz de 2020
apresenta importante indicação: “A nossa comunidade humana traz, na memória e
na carne, os sinas das guerras e conflitos que se sucedem, com crescente
capacidade destruidora, afetando especialmente os mais pobres e frágeis. Há
nações inteiras que não conseguem libertar-se das cadeias de exploração e
corrupção que alimentam ódios e violências. A muitos homens e mulheres,
crianças e idosos, ainda hoje se nega a dignidade, a integridade física, a
liberdade – incluindo a liberdade religiosa –, a solidariedade comunitária, a
esperança no futuro. Inúmeras vítimas
inocentes carregam sobre si o tormento da humilhação e da exclusão, do
luto e da injustiça, se não mesmo os traumas resultantes da opressão
sistemática contra o seu povo e os seus entes queridos”. Torna-se urgente
aprender as lições que emergem desses tristes cenários, para a formulação
inteligente e humanitária de soluções capazes de dar novo rumo à civilização
contemporânea.
No
Brasil, dolorosa memória está prestes a completar um ano: a tragédia-crime
ocorrida em Brumadinho, no dia 25 de janeiro de 2019. A dor revivida grita como
lição, que não pode se restringir a investimentos midiáticos para limpar a
imagem enlameada dos responsáveis pela tragédia. Urgente é alcançar a sabedoria
que permite reconhecer a necessidade de se viver uma ecologia integral. A
partir desse reconhecimento, é possível corrigir disparates que ameaçam o
Brasil e o mundo, com ações rápidas e incisivas para derrubar a idolatria do
dinheiro – hoje seu domínio é pacificamente aceito por pessoas e sociedades.
Não se consegue considerar, adequadamente, a desafiadora questão antropológica
que permeia diferentes dinâmicas sociais: em nome do apego ao dinheiro, que se
acumula para além do necessário, tudo se justifica, até a corrupção. O que vale
é ganhar sempre mais, mesmo na contramão do bem de quem é mais pobre.
É
preciso, pois, reconhecer as contradições do antropocentrismo no cenário
contemporâneo, que coloca a razão técnica acima da própria realidade – dilui a
força experiencial alicerçada no amor, que transforma, gera esperança e cura.
Apegar-se apenas à razão técnica, desconsiderando a força experiencial com
fundamentos no amor, conduz pessoas ao caos, por não saberem qual o seu
verdadeiro lugar. Sem se autocompreender, de modo qualificado, o ser humano
entra em contradição com a sua própria realidade. Aprenda-se a lição: é um erro
depositar tanta confiança apenas na dimensão racional. Deve-se ir além e, em
todas as práticas cotidianas, hábitos e decisões, investir no rico horizonte da
ecologia integral. O ponto de partida é admitir que ninguém, individualmente, é
capaz de tudo conhecer, assumindo que se sabe menos do que se pensa saber.
A
perspectiva da ecologia integral oferece novos sentidos e, assim, possibilita
enfrentar adequadamente as diferentes crises que ameaçam o mundo. Oportuno é
retomar o significado da ecologia integral, conceito que remete às relações
entre todos os seres vivos no ambiente onde vivem e se desenvolvem. Entre os
desafios para fortalecer a harmonia necessária à vida de todas as criaturas
está a consideração do risco devastador do consumismo, incentivado por diferentes
mecanismos da economia global. Esses mecanismos deturpam as culturas, como
denuncia o papa Francisco, na carta encíclica sobre a Casa Comum. Debilitam a
imensa variedade cultural que é um tesouro da humanidade.
Quando
tudo se submete ao consumo e ao dinheiro, convive-se com a indiferença diante
de situações muito graves, a exemplo dos extermínios em curso – de indígenas,
moradores de rua, mulheres, crianças. Extermínios até dos hábitos simples e
saudáveis, a partir de uma mentalidade que alimenta outros tipos de violência.
Percebe-se, assim, a necessidade do aprendizado de uma grande lição: cuidar da
fragilidade que arruína o alicerce do existir humano. É bem-vindo um amor civil
e político, assumido como propósito, para qualificar práticas e serviços;
avançar na direção de uma nova etapa civilizatória, capaz de substituir o atual
cenário, tão ferido pelas desigualdades, mentiras e hipocrisias disseminadas.
As
lições são muitas e exigem humildade, para cada pessoa adotar a condição de
aprendiz. E no conjunto de aprendizados necessários, merece destaque a sábia
interpelação do papa Francisco, na exortação apostólica Alegria do Evangelho: “A pior discriminação que sofrem os pobres é
a falta de cuidado espiritual”. Seja aprendido o caminho para o cuidado
espiritual, necessidade de todos, sem exceção – um rumo para lições e
propósitos.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca
de 318,3% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 306,6%; e já o IPCA,
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,27%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...”
– e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.