segunda-feira, 11 de março de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA ORIENTAÇÃO NAS ESCOLAS E OS CLAMORES DA SERRA DA PIEDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Qual a importância da orientação educacional?
        Entender o que influencia o desempenho de crianças e adolescentes na escola, atualmente, é um desafio. A geração do século 21 convive, cada vez mais, com avanços tecnológicos, atualização constante das demandas do mercado de trabalho, pressão com vestibulares e, em alguns casos, enfrentam problemas de interação com o grupo, transtornos de ansiedade e até depressão. Com esse cenário, novas responsabilidades começam a aparecer na vida dos alunos e de seus familiares. Adaptar-se a isso nem sempre é fácil, e é aqui que entra o papel do orientador educacional.
         O ingresso no primeiro ano do ensino médio, por exemplo, requer atenção de um orientador, pois os estudantes passam por uma transição, adquirindo uma nova relação com a aprendizagem e construindo novas expectativas de futuro, muitas vezes relacionadas ao ingresso na faculdade, à definição de uma profissão ou carreira. Esse é o momento de auxiliar os adolescentes a adquirirem uma nova rotina de estudos. Assim como no segundo ano, é fundamental fazê-los perceber que o tempo é importante e que, mesmo sendo um ano um pouco mais tranquilo, é necessário ter foco no estudo. Já no último ano do ensino médio, é bem importante ajudá-los a identificar as áreas com que têm mais afinidade, a aprender a lidar com a pressão do vestibular e com a escolha de sua primeira formação e, muitas vezes, a desenhar uma carreira. Todo o passo a passo dessa trajetória passa pela ajuda do orientador educacional.
         Tornar a vida do aluno mais saudável no dia a dia escolar é fundamental para o melhor desempenho não só dentro dos estudos, mas também no tempo em que o estudante passa fora da escola. Por isso, é essencial o orientador educacional estar próximo dos familiares para acompanhá-los, também, nesse processo. Os orientadores ajudam na ponte da relação entre pais e filhos no que tange ao ambiente educacional, assim como destes com os professores.
         Muitos pais procuram os orientadores para entender o comportamento dos filhos: por que vão mal ou bem em uma matéria; como deveria ser uma rotina de estudo eficiente; como equilibrar a vida social com a escolar; como abordar as questões afetivas da adolescência, entre outras questões. O orientador educacional, muitas vezes, é quem oferece o contraponto , ajudando filhos e pais a olharem as coisas por outra perspectiva e a encontrar soluções. Ele possibilita ampliar a visão de ambos e incentivar a compreensão de diferentes pontos de vista. Há pais preocupados de mais com os estudos dos filhos, mas também há pais que se preocupam de menos. Os orientadores colaboram para esse equilíbrio, partindo do princípio de que a responsabilidade pelo sucesso escolar deve ser, na adolescência, assumida, primeiramente, pelo aluno. É comum, nessa fase, que filhos e pais sejam chamados para uma conversa conjunta, em que o orientador promove uma comunicação mais fluente, o ajuste de expectativas, o esclarecimento de questões relacionadas ao dia a dia, a compreensão das escolhas e das necessidades específicas da adolescência.
         A atuação constante dos orientadores torna a escola um bom lugar para estudos e relacionamentos entre alunos, professores e familiares. Dessa forma, é possível notar, também que essas ações geram resultados significativos e colaboram, inclusive, para a prevenção do bullying, por exemplo, e até diminuição do uso de bebidas alcoólicas e drogas entre os jovens.
         O orientador é escuta, é exercício, é ponte para melhorar a vida do estudante em sua rotina escolar, visando ao melhor desempenho e formação de cada indivíduo e, também, do coletivo estudantil.”.

(SOFIA DE ALENCASTRO. Orientadora educacional do ensino médio no Colégio Anglo 21, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de março de 2019, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Amigos da Serra da Piedade
        Reconhecimento e gratidão àqueles que, corajosamente, defendem a Serra da Piedade. Caminhando com a Arquidiocese de Belo Horizonte, guardiã do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, no ponto mais alto do maciço, estão pessoas que defendem a sustentabilidade e o desenvolvimento integral. Cidadãos que, assim, pautam suas condutas de modo coerente com o evangelho de Jesus Cristo. Primam pela honestidade, patrimônio que a traça não corrói. Defendem a verdade, em vez de articulações que, mesmo amparadas por decisões judiciais – questionáveis, saliente-se –, buscam somente contemplar interesses pouco nobres. A crescente comoção do povo mineiro, que abomina a inadmissível decisão de autorizar a mineração na Serra da Piedade, faz crescer o interesse de toda a sociedade a respeito dos inscritos e dos não inscritos na lista de amigos desse lugar sagrado.
         Fora da lista de amigos da Serra da Piedade estão os que enxergam o interesse pecuniário, dominados pela idolatria do dinheiro e, por isso, defendem a mineração no território sagrado. Nessas pessoas, a qualidade dos recursos naturais da serra desperta somente a ganância. Estimula percursos indevidos, com decisões judiciais que, na sua obscuridade, ainda receberão luzes próprias do qualificado entendimento da lei, fundamentado no bem e na verdade. Tomem consciência os que estão fora da lista de amigos da Serra da Piedade: a decisão de explorá-la não é força para retomada da economia mineira. A mineração em um lugar sagrado, a partir de juízos parciais, tende ao fracasso, cedo ou tarde.
         A luta dos amigos da Serra da Piedade não está perdida. É uma grande batalha, por vezes considerada impossível de vencer. Estejam certos: o mal, muitas vezes, parece triunfar, mas, no fim, o bem sempre prevalece, conforma a história já tantas vezes. Permaneçam unidos os que defendem a serra, pois a hora é de buscar a vitória do bem. Esse triunfo pede radical mudança de mentalidade, a reorganização de interesses a partir do nobre sentido de cidadania. A Serra da Piedade precisa ser recuperada da fenda criminosa que se lhe foi aberta no passado, por uma mineração não supervisionada, feita no desarvoro do lucro. É preciso que se determine, judicialmente, com exigências a quem se propõe a empreender, o caminho para a recuperação da natureza, de modo que a ferida na serra cicatrize e o território sagrado seja restaurado.
         A Serra da Piedade é verdadeiro coração de Minas Gerais, pois congrega riquezas minerais, religiosas, históricas, culturais e paisagísticas que compõem a identidade do estado. Mesmo sendo tão preciosa, está sob a ameaça. Às vésperas de se completar um mês da fatídica tragédia em Brumadinho, no Córrego do Feijão, um órgão do poder público estadual autoriza a ampliação da ferida da serra. Trata-se de desrespeito ao território sagrado e aos cidadãos enlutados. Decisão que contrasta com o posicionamento lúcido, corajoso e cidadão do Legislativo mineiro, que aprovou regras mais rígidas para a mineração. A lei, já com a competente sanção do governador do estado de Minas Gerais, contribui para mudar a história, evitando que vidas humanas e o meio ambiente sejam novamente devastados em tragédias inaceitáveis.
         Mesmo assim, permanece a ameaça à Serra da Piedade, com real possibilidade de impacto na vida de muitas pessoas, que podem sofrer, inclusive, com a falta de água. A atividade minerária autorizada no território sagrado inclui a permissão para perfuração de poços artesianos profundos, para que se utilize a água no processo de lavagem do minério. A justificativa de pessoas interessadas na exploração da serra é fraca. O argumento é que a atividade minerária se ampara em decisão judicial. Há quem veja na composição de conselhos importantes, a exemplo daquele que autorizou a mineração na Serra da Piedade, a causa de problemas crônicos. Os critérios adotados para a seleção de representantes nessas instâncias estão mais submissos ao poder econômico, deixando, em segundo plano, o interesse coletivo.
         A decisão que autoriza a ampliação da ferida no coração de Minas Gerais está em descompasso com os pronunciamentos do Conselho do Monumento Natural da Serra da Piedade, ligado ao poder público estadual. A exploração mineral autorizada prevê que a atividade de retirada de rejeitos utilize vias no território do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade – solução mais barata para o empreendedor, que amplia o seu lucro, mas gera ainda mais degradação. Imaginem o absurdo: por dentro do território sagrado vão se deslocar 220 caminhões de rejeitos por dia, em mais de 400 viagens nessas estradas.
         Não se sabe se os responsáveis pela decisão de autorizar a exploração do território sagrado, coração de Minas Gerais, têm consciência da gravidade das suas ações, que os colocam na lista dos “não amigos” da Serra da Piedade. O que se espera de todos eles? Que sigam o caminho da conversão. Por hombridade e respeito, abandonem a estrada que leva à desolação e ao fracasso. Que inscrevam seus nomes na história dos mineiros a serviço do bem, na lista dos amigos da Serra da Piedade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca de 286,93% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 315,58%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,78%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



          

          

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