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quarta-feira, 24 de abril de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS HISTÓRIAS REVOLUCIONÁRIAS E O PODER DAS ESCOLAS DA PRIMEIRA INFÂNCIA NA SUSTENTABILIDADE


“Atualidade de Tiradentes
        Em uma frase de significativa atualidade, o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, define a importância histórica e ideológica da Inconfidência Mineira de 1789: “Se todos quisessem, poderíamos fazer do Brasil uma grande nação”.
         Tiradentes, mártir e líder maior da conjuração, subiu ao cadafalso, no Rio de Janeiro, exatamente no dia 21 de abril de 1792, há 227 anos, durante os quais consolidou e ampliou sua reputação de herói popular. Pagava com a vida, aos 46 anos, por suas ideias republicanas, anticolonialistas e libertárias. Contestado por uns, mas glorificado pela história, o revolucionário mineiro, com seus companheiros inconfidentes, poetas, padres, militares e comerciantes, pregou a liberdade pelos caminhos de Minas e se tornou o precursor da Independência do Brasil de 1822. Nos “Autos da Devassa”, por suas palavras e confissão de sua pregação, Tiradentes reafirmou suas convicções e aos companheiros “não traiu jamais”.
         Dois livros, bem recentes, resultantes de alentadas pesquisas históricas, atualizam a dimensão contemporânea da Inconfidência Mineira: “O Tiradentes”, de Lucas Figueiredo, e “Ser Republicano”, de Heloisa Starling, ambos de 2018. O primeiro desvenda aspectos da vida do alferes e suas andanças por Minas. O segundo revela a primazia da Inconfidência Mineira no ideal republicano e seus significados nos movimentos nativistas brasileiros. Ambos os livros expõem as mazelas do regime colonial português e os modos de vida em Minas no século XVIII, especialmente em Vila Rica, sempre rebelde e resistente à opressão, em meio a um surto artístico e cultural despertado pelo Iluminismo libertário dos inconfidentes.
         Germain Bazin, que foi diretor e conservador do Museu do Louvre, apaixonado por Aleijadinho e pelo Barroco Mineiro, diz que “a descoberta das minas enriquece Portugal, mas também traz o fermento que o fará perder a colônia”. Na Inconfidência Mineira, o filósofo Sérgio Rouanet, estudioso da ilustração, diz que importantes são as ideias que discutiam a Independência Americana de 1776 e a Revolução Francesa de 1789, caía a Bastilha em Paris e eram presos os inconfidentes em Vila Rica. E, com Tiradentes, aliados pelo mesmo ideal, eram aprisionados Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Alvarenga Peixoto, que compõem o drama lírico-romanesco da Inconfidência.
         Minas Gerais, como seu nome, nasce da riqueza do seu subsolo, que povoa seu território, conforma sua sociedade e sua identidade, mas também atrai e assinala os ciclos de espoliação econômica, do ouro ao ferro, que distinguem sua história social e econômica. E que, nos nossos dias, nos aflige com as minas, barragens e lamas, sem que essa herança natural gere benefícios maiores para os mineiros, como é justo desejar. Exaltar a Inconfidência, sua inspiração e ideário é também lembrar, na contemporaneidade, a tragédia de Minas.”.

(Mauro Werkema. Jornalista e escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de abril de 2019, caderno O.PINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de abril de 2019, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de HANNYNI MESQUITA, pedagoga, especialista em gestão das organizações educacionais e educação bilíngue e coordenadora da educação infantil do Centro de Inovação Positivo, do Colégio Positivo, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação responsável
        Ao ouvirem especialistas afirmarem, com propriedade, que a educação infantil é a mais importante etapa do desenvolvimento de um indivíduo – mais até do que a universidade –, muitas pessoas se mostram surpresas ou incrédulas. Quem trabalha com crianças nesta faixa etária – até os 6 anos – sabe que a afirmação não é exagerada. Essa é a fase de maior desenvolvimento humano. Durante a chamada primeiríssima infância, até os 3 anos, se aprende mais do que se aprenderá ao longo de toda a vida. Para além do discurso de educadores, são os cientistas que afirmam: nos primeiros anos, o cérebro faz mais conexões do que em qualquer outro período da vida. São de 700 a 1.000 conexões por segundo. Aos 3 anos, ele é duas vezes mais ativo que o cérebro de um adulto. Pesquisas americanas realizadas com milhares de crianças mostram que alunos que tiveram uma boa educação infantil precisam de menos reforço escolar e apresentam melhor desempenho no ensino fundamental. Em outro estudo, cientistas de Harvard já apontaram que quanto mais a criança se desenvolve na escola nessa fase da vida, maiores são as chances de chegar ao ensino superior, e ganhar bons salários quando adulta.
         As afirmações são importantes para reforçar que o ambiente no qual a criança cresce é fundamental para garantir seu pleno desenvolvimento – e não estamos falando apenas do cenário doméstico: o ambiente escolar também é determinante. As escolas que ofertam a educação infantil têm uma enorme responsabilidade com a humanidade e, por isso, saber o que fazer, por que fazer e como fazer é para profissionais – e exige muita formação continuada e acompanhamento direto de pessoas capacitadas para transformar a prática em objeto de reflexão para a melhoria contínua. É necessário que os profissionais entendam que o brincar é a linguagem da criança e que consigam transformá-lo em instrumento mediador no processo didático-pedagógico. Tal recurso é ferramenta indispensável no desenvolvimento qualitativo dos aspectos cognitivo, motor, afetivo, psicológico e social, e, portanto, necessita de valorização dentro das propostas educacionais.
         Apesar de a legislação brasileira considerar que a educação infantil faz parte da educação básica, o país ainda não exige formação superior dos profissionais que atuam nessa etapa de ensino (mesmo que essa seja a 15ª meta do Plano Nacional de Educação). Fora isso, há escolas com um número imenso de profissionais atuando na educação infantil sem a formação adequada porque muitos ainda acreditam que, quando se trata de criança pequena, basta apenas cuidar. Pesquisa realizada em seis capitais brasileiras revela que 65% dos professores que atuam nessa fase de ensino não têm qualificação específica para trabalhar com educação de crianças. O que não é levado em conta nesse atual cenário é que o próprio cuidar deve vir acompanhado de orientações e embasamentos. Sem o conhecimento necessário, o profissional recorre ao senso comum, sem conhecer o que é esperado para cada faixa etária, como aprender, ensinar e organizar tempo e espaço na educação infantil, como, efetivamente, podemos proporcionar o aprender brincando. E só para reforçar: não basta apenas formação inicial, a formação continuada precisa fazer parte da rotina do profissional.
         O professor de educação infantil deve ter um coração disposto a criar vínculos afetivos, mãos habilidosas para se dedicar ao trabalho diário e uma mente disposta a aprender, sempre. Deve apresentar, também, um olhar que é desenvolvido por meio de orientação e formação, calibrado para perceber situações corriqueiras, transformando-as em disparadores para novas aprendizagens. Ele precisa ser paciente – a repetição faz parte do processo –, ao mesmo tempo em que precisa ser criativo, procurando diferentes maneiras de mediar a aprendizagem. É na troca e na rica experiência que testamos, nos frustramos, conquistamos e crescemos. É com atitude diária, cotidiana, muitas vezes vista como banal, que transformamos. A repetição, a permanência da regra, a mediação realizada “milhões de vezes”, essas sim, consideram a complexidade do ser humano. Devemos ser capazes de transformar o pensamento em ação e repensar a ação por meio da reflexão, sem perder o entusiasmo, a coragem de tentar o diferente e inovar. Afinal, trabalhamos com a melhor fase do ser humano.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 295,53% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 317,93%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,58%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.





segunda-feira, 1 de abril de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA ESCOLA INTERNACIONAL E SEUS NOVOS E LARGOS HORIZONTES E A JUSTA MEDIDA NA SUSTENTABILIDADE


“Por um mundo com horizontes mais amplos
        Em uma escola internacional, o som das conversas e das brincadeiras de crianças e adolescentes é ritmado pela diversidade: “learning”, “aprendizaje” e “apprentissage” enriquecem os significados de “aprendizagem”, em um ambiente no qual, de forma natural e espontânea, a interação em duas ou mais línguas é incentivada. Nesse espaço escolar, desenvolve-se um cidadão do mundo, que utiliza idiomas diversos de forma simultânea e que, segundo pesquisas, por meio da educação internacional, apresenta grande sociabilidade, maior facilidade de aquisição de conhecimento, percepção e compreensão interculturais aprimoradas e respeito à diversidade. A educação bilíngue – se não multilíngue – está tornando-se, rapidamente, a melhor maneira de educar no século 21.
         A importância dessa nova forma de ensinar e de aprender já é amplamente conhecida. Com as fronteiras geográficas e culturais aproximadas – ou derrubadas – pelo avanço tecnológico e pela globalização, falar, ler e escrever de forma múltipla, comunicando-se flexivelmente por meio das diferentes mídias e em mais de uma língua, são habilidades essenciais para o desenvolvimento social das crianças e adolescentes. Mudar de uma língua para outra, traduzir, misturar e, efetivamente, comunicar é o que garante a participação em interações globais e locais. Além disso, o ensino internacional traz a compreensão e o respeito multicultural, contribuindo para uma sociedade e um mundo em que as pessoas coloquem-se no lugar do outro e sejam capazes de compreendê-lo.
         Mas como construir a educação bilíngue ou multilíngue? Diferentemente dos programas de educação tradicional (nos quais outro idioma é ensinado como disciplina isolada), na escola internacional, a segunda língua é o meio pelo qual os alunos aprendem culinária, praticam esportes, fazem atividades artísticas, desenvolvem projetos transdisciplinares e criam experiências em laboratórios, entre outras ações. O idioma é utilizado dentro e fora da escola da sala de aula e, dessa forma, o aluno é, naturalmente, exposto aos idiomas em contextos diversos, facilitando a aquisição. A língua estrangeira é o meio, a forma de instrução: aprende-se fazendo e experimentando com atividades envolventes, estimulantes e desafiadoras.
         O ensino fundamental deve ser desenvolvido de maneira contextualizada, de forma que o aprendizado de uma segunda ou terceira língua seja baseado nos conhecimentos prévios do estudante, suas necessidades e interesses. Deve proporcionar ao estudante estabelecer conexões entre a vida na escola, a vida em casa e a vida em um contexto global, desenvolvendo as relações e estabelecendo parâmetros para aprendizados futuros. Ao posicionar-se como responsável pela formação global de seus alunos, com foco não apenas no desenvolvimento do conhecimento técnico, a escola internacional, por meio da educação integral e multicultural, desenvolve tolerância, integridade e grande apreciação pela diversidade humana. A educação multilíngue é igualitária e, indiscutivelmente, torna a escola mais significativa e seus alunos mais abertos à compreensão e à cooperação, em nível global.”.

(MARIANGELA HOOG CUNHA STUDART. Especialista no ensino bilíngue, mestre em educação e diretora de novos produtos do Colégio Positivo, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de março de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Sereis medidos
        Com a medida com medirdes, sereis medidos – adverte Jesus na sua maestria. O propósito do Mestre era, e continua sendo, qualificar seus discípulos na condução da vida, de modo a prosseguirem na direção da verdade e da justiça até o patamar mais alto, o amor. Essa advertência inscreve rica possibilidade de acertos e consertos, frente aos sinais alarmantes da vida humana, descompassada, particularmente na contemporaneidade.
         Definitivamente, não há possibilidade de acertar os rumos enquanto os descompassos nos relacionamentos entre pessoas avançarem desmedidamente, fragilizando os vínculos que deveriam sustentar e manter os indivíduos e a coletividade na direção do bem, que se quer e não se consegue alcançar.
         É perigoso e irracional a conduta de indivíduos que se colocam na condição de juízes dos outros em relações interpessoais, sociais e políticas. Pessoas que definem os parâmetros de seus juízos, contaminados por polarizações, sentimentos adversos e interesses espúrios, produzindo resultados que desvirtuam a condição humana e impedem atuações construtivas e altruístas.
         Há uma variedade de configurações no modo de se emitirem juízos e do quanto se alimentam perversidades que acabam por também comprometer o próprio “juiz”, na sua qualidade de vida e na sua condição. Assim, a medida com que se mede os outros pode ser equivocada. Nem sempre condiz com a realidade.
         Há evidente falta de competência para medir e avaliar. Fácil é julgar o outro e emitir juízos com requintes de crueldade, quando, na verdade, aquele que julga busca se defender, encobrir as próprias fragilidades, atribuindo ao outro os próprios defeitos.
         Daí nasce um grau considerável de perversidade que alimenta sentimentos, posturas e escolhas com sérios comprometimentos, e não se consegue fazer valer a verdade, a justiça e a liberdade. Instala-se, assim, verdadeiro caos: mentiras tomam o lugar da verdade, liberdades são comprometidas e faltam as condições necessárias para o exercício da justiça.
         A admirável maestria de Jesus indica aos discípulos uma qualificação que há de sustentar seus posicionamentos e escolhas – a indispensável autocrítica, tão pouco usada, em razão das conveniências e dos vícios que adoecem sentimentos e comprometem as escolhas. Sem essa autoavaliação, as portas se escancaram para juízos temerários, estabelecendo o princípio de um jogo sórdido que visa, exclusivamente, vencer desonestamente as disputas.
         Por tudo isso, Jesus condena o juízo temerário, com a indicação da autocrítica do remédio eficaz, indispensável para corrigir opiniões infundadas e caluniosas a respeito das outras pessoas. Do contrário, a insistência no uso desse recurso perverso, que tem tornado sempre mais frequente, continuará distanciando a cidadania de um princípio inegociável: o bem, que só se constrói sobre os alicerces da verdade, e a justiça só pode ser alcançada quando se coloca no horizonte a meta do amor.
         É fundamental reconhecer a necessidade de se recuperar a seriedade e o discernimento a respeito da gravidade que representa avaliar a moral do outro, para que não se lesem dignidades. Jesus, neste ensinamento, “com a medida com que medirdes sereis medidos”, alerta para que a armadilha destinada aos outros não seja caminho do próprio fracasso e, também, do fracasso nas relações humanas, políticas e sociais. Quem julga severa e injustamente o outro escancara as portas para ser assim tratado pela justiça, particularmente pela justiça divina.
         O juízo de condenação do outro não é exclusivamente conduta abusiva, mas extremamente perigosa. Por isso mesmo, a sabedoria do uso adequado da medida se desdobra em um princípio desafiador: não fazer aos outros aquilo que não gostaria que lhe fizessem.
         À luz desse ensinamento, no horizonte quaresmal que convida ao inadiável diálogo, a contemporaneidade exige nova aprendizagem e práticas, quando se trata do ato de julgar.
         Lamentavelmente, juízos se fundam mais nos interesses e nas conveniências, em vista de metas a serem alcançadas a todo custo, comprometendo, gravemente, a essencialidade das relações sociais. Faltando lucidez nas escolhas, os atores sociais se tornam medíocres, construindo à sua imagem, os parâmetros do conjunto sociopolítico e cultural. Exemplar é a indicação de querer tirar o cisco do olho alheio quando ainda não se dá conta de tirar a trave do próprio olho. Sem esse processo corretivo, e da sensibilidade recuperada por meio das dinâmicas de conversão, serão perpetuadas as perversidades facilitadas pela rapidez e amplitude das redes sociais. O resultado nefasto será sempre o comprometimento da verdade, da justiça e das liberdades.
         Em tempos de gravíssimo déficit de espiritualidade, torna-se ainda mais forte o convite à conversão, especialmente nessa quaresma, a partir do desafio contido nas palavras do Mestre: “Sereis medidos com a medida com que medirdes”.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 295,53% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 317,93%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,89%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.