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sexta-feira, 22 de maio de 2015

A CIDADANIA, A LUZ DAS VIRTUDES E A FORÇA DA INDÚSTRIA


“As luzes do despertar e das virtudes sublimes
        Imagine-se alguém que caminha por uma trilha sabendo que não o levará ao destino que o aguarda, mas não conseguindo deixar de seguir por ela. Procura um meio de entrar no rumo certo, mas acaba permanecendo nessa trilha. De repente, um forte vento o arrasta para onde devia estar. Mesmo que, ao ser assim levado, ele se machuque e se arranhe, após viver essa mudança, expressará sincera gratidão ao vento que o colocou no lugar correto.
         Esse quadro representa o estado atual da humanidade resgatável. Uma parte da humanidade sabe que está vivendo algo que se contrapõe à Lei Maior, de Deus; tem plena consciência da degeneração dos padrões da atual sociedade, mas prossegue imersa nesse esquema decadente.
         Para que o novo se instale, é preciso romper as estruturas cristalizadas que aprisionam o fluxo de energia. Em meio à ausência de hábitos, de esquemas mentais e materiais, a luz da verdade emerge. Revela os passos a serem dados a cada ser que puder unificar-se. Aquilo que, mesmo sendo-lhe desconhecido, lhe traz renovação.
         É comum almejar a paz em momentos de dor e conflito, mas para que ela se instale na consciência humana é preciso que seja continuamente buscada. A paz é um estado interior no qual o indivíduo se coloca em perfeita sintonia com a realidade espiritual. Não é passível de ser perturbada pelas inconstâncias da mente ou das emoções. Quando ela se faz presente, o ser é capaz de exprimir equanimidade tanto nas situações calmas quanto nas tempestuosas.
         Sinalizar aos homens a existência de estados sublimes tem o propósito de colocá-los em alinhamento com o potencial oculto em seu próprio interior. Como fruto da perfeição, a paz pode parecer afastada das atuais possibilidades de vida na Terra, mas essa aparente distância reduz-se quando a consciência se lança com decisão ao encontro desse estado.
         O amanhã esteve desde sempre escrito no livro da eternidade, mas a forma como ele se apresenta é criada no momento em que se manifesta. A evolução do homem visa permitir que ele adquira virtudes que ergam sua consciência a níveis sutis, além da matéria. Enquanto a vida se desenrola, pacientemente, de forma interna, o espírito vai tecendo os padrões dessas virtudes na consciência do ser.
         Muito necessária é a paciência para com a evolução do ser. Um fruto antecipadamente retirado da árvore tem seu processo de maturação dificultado. Cada consciência tem seu exato momento de se desvincular totalmente da vida terrestre. Só então estará apta a doar-se plenamente.
         Quando um indivíduo deixa de trabalhar para si, milagres começam a ocorrer. Hoje, várias pessoas já vivem para o puro cumprimento das leis de Deus, e assim avançam. Visto das estrelas distantes, tal processo equivale à luz potente de um sol erguendo-se do centro da Terra e resplandecendo exteriormente.
         Suprema é a beleza de uma obra construída por mãos que trabalham em harmonia; mãos que, unidas, deixa a individualidade e dão forma à vontade suprema. Em muitos indivíduos a atração da vida espiritual, profunda, está superando as ligações criadas com o mundo. Por isso, as portas dos universos celestiais estão mais próximas da humanidade.
         Uma instrução espiritual diz que tudo o que podemos fazer para que o amanhã seja como uma alvorada radiante na Terra é alimentar em nós as luzes do despertar, as luzes das virtudes sublimes.”

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 3 de maio de 2015, caderno O.PINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de maio de 2015, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de OLAVO MACHADO, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Sistema Fiemg), e que merece igualmente integral transcrição:

“Dia da Indústria
        Comemoramos hoje, em Minas, o Dia da Indústria 2015 – e queremos fazê-lo com fé, confiança e otimismo, mas, também, com a necessária ressalva de que ser otimista significa compreender a realidade e agir com firmeza e energia para transformá-la, por maiores que sejam os obstáculos. O Brasil vive hoje uma grave crise econômica, e a indústria tem sido a maior vítima. As consequências são dramáticas: inflação alta, as maiores taxas de juros do mundo, desemprego em crescimento, crise hídrica, crise de energia e o Produto Interno Bruto (PIB) ladeira abaixo. Na política, os poderes Legislativo e Executivo – e, por vezes, também o Judiciário – se engalfinham em uma guerra incompreensível, que em nada favorece os interesses do Brasil e dos brasileiros.
         No Legislativo, aprova-se a PEC da Bengala, não porque a expectativa de vida dos brasileiros tenha aumentado, mas, sim, para evitar que o Executivo possa indicar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Extingue-se o fator previdenciário, também no Legislativo, não porque seja justo ou para beneficiar os trabalhadores, mas, sim, para complicar o ajuste fiscal e, de novo, incomodar o Executivo. Em nenhum momento, se vê qualquer preocupação com os efeitos da decisão sobre as contas da Previdência, da ordem de bilhões de reais! De seu lado, o Executivo loteia cargos públicos em todos os escalões – não para implementar um legítimo governo de coalizão, mas, sim, para cooptar e controlar deputados e senadores.
         Os reflexos no campo social são inevitáveis, pois, sem crescimento, não há geração de recursos para financiar programas que atendam os segmentos mais carentes da população. Chegamos ao fundo do poço, e, para sair dele, precisamos, mais que em qualquer outro tempo, das nossas lideranças políticas, pois, como nos mostra a história, são as boas decisões políticas que geram boas decisões na economia. Os exemplos são muitos: o presidente Getúlio Vargas criou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) – hoje BNDES (o S é de Social) – e a Petrobras; o presidente Juscelino Kubitschek construiu Brasília e a indústria automobilística; o presidente Itamar Franco fez o Plano Real; Fernando Henrique Cardoso criou a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e iniciou reformas importantes, entre elas, a da Previdência; o presidente Lula patrocinou avanços sociais inquestionáveis, e, hoje, a presidente Dilma Rousseff se esforça em trabalhar para dar continuidade a essa obra.
         Do ponto de visto objetivo, o ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma é necessário, mas com a alerta que não pode se restringir, como tem ocorrido até agora, a aumentar impostos e patrocinar medidas que apenem os cidadãos. Simultânea e paralelamente ao ajuste, é preciso preservar investimentos, retomar o programa de concessões de obras de infraestrutura e tirar das gavetas as reformas estruturais, que vêm sendo postergadas há anos e décadas, contribuindo para elevar absurdamente os custos de se produzir no Brasil e corroendo a competitividade da economia brasileira em razão direta da carga tributária exorbitante, da obsolescência da nossa legislação trabalhista e da explosiva legislação previdenciária.
         Nesse cenário, algumas perguntas estão no ar: quando e quanto os governos, em seus diversos níveis, vão economizar nos gastos de custeio? Quando o número de ministérios voltará a patamar mais compatível com a realidade e necessidades? Quando será encarada com seriedade e compromisso com o país a necessidade de retomar as reformas estruturais É urgente respondê-las! Na verdade, nosso otimismo fundamenta-se na convicção de que nossas lideranças políticas farão o que precisa ser feito. Afinal, a sociedade brasileira não abre mão dos avanços duramente conquistados nos últimos 20 anos e que asseguraram ao país o controle da inflação, políticas sociais transformadoras, crescimento da classe média brasileira e redução do desemprego. A voz das ruas é cada vez mais estridente, mais presente e mais impaciente.
         Nosso otimismo contempla a convicção de que também Minas Gerais precisa avançar – e esse é o desafio que se coloca ao governador Fernando Pimentel (PT). O que se espera é que ele lidere todo o processo que nos levará a conquistas ansiadas há décadas – e até séculos – pelo povo mineiro: a construção de uma economia e de uma indústria fortes, diversificadas, modernas e capazes de agregar valor ao produto mineiro. Muito nos orgulhamos da riqueza e variedade dos nossos recursos naturais – nosso ouro, nosso minério de ferro, nosso aço, nosso cimento – mas queremos agregar valor a eles, de forma a ampliar e diversificar nossa pauta exportadora e nos habilitar a conquistar espaços cada vez maiores nos grandes mercados mundiais. Enfim, somos otimistas porque, em nome da indústria mineira, entendemos a realidade difícil com que nos defrontamos e temos consciência de que, unidos e coesos, seremos capazes de trabalhar para moldá-la na direção da construção de um estado e de um país mais fortes, justos e ricos, com a necessária distribuição dos frutos do desenvolvimento àqueles que, de fato, têm a força para mudar o Brasil, os cidadãos brasileiros.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);

     b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças – Anefac –, a alta de abril dos juros  do cartão de crédito chegou a 295,48%  ao ano...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a simples divulgação do balanço auditado da Petrobras, que, em síntese, apresenta no exercício de 2014 perdas pela corrupção de R$ 6,2 bilhões e prejuízos de R$ 21,6 bilhões, não pode de forma alguma significar página virada – eis que são valores simbólicos –, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (haja vista as muitas faces mostrando a gravidade das crônicas paralisações de obras e serviços públicos, gerando perdas bilionárias...);

     c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2015, e considerando somente a federal, segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,356 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 868 bilhões), a exigir imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

O BRASIL TEM JEITO!...