Mostrando postagens com marcador Nubank. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Nubank. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER TRANSFORMADOR DA INCLUSÃO E AS LUZES E DESAFIOS DA ESCADA DE HUMANISMO NA SUSTENTABILIDADE


“Empresas e profissões inclusivas se sobressaem
        Se o segredo do sucesso é saber se adaptar e sobreviver às mudanças, os tempos atuais representam uma ótima oportunidade para comprovar se essa máxima funciona ou não.
         Nossos filhos já nascem muito mais aliados da diversidade e da inclusão do que nós, e nos dão broncas, diariamente, por causa das colocações preconceituosas ou excludentes que faziam parte, normalmente, de nosso vocabulário. Eles sabem que não fazemos por mal, mas não admitem que continuemos agindo como no passado. E não podemos mais colocar a culpa na educação ou na cultura. A paciência curta dos mais jovens mostra que estamos fora de sintonia com o modus operandi do mundo de hoje.
         As novas empresas parecem sofrer desse mesmo tipo de impaciência em relação às empresas tradicionais. Elas nascem na velocidade das startups e parecem se abastecer da energia da diversidade e da inclusão para ditar novo modus operandi no mercado.
         A diversidade e a inclusão alavancam resultados e deixam para trás quem quer enxergar tudo de forma padronizada. Quando uma empresa abre espaço para as diferenças e consegue ouvir a pluralidade de ideias, ela produz mais soluções, elimina pontos cegos do processo e melhora sua tomada de decisão. Em tempos de crise, isso significa economizar recursos e talentos. E é assim, incluindo todo mundo e evoluindo de forma sustentável, que o lucro aparece.
         Assim acontece com as startups financeiras, ou fintechs, das quais a Nubank é um dos exemplos entre tantos já presentes em nosso mercado. Usando uma linguagem solta e descontraída, a empresa desafiou as instituições financeiras tradicionais ao apostar em um único serviço: o cartão de crédito sem taxa ou anuidade. Com um departamento exclusivo da diversidade e inclusão a Nubank mostra para seus colaboradores e clientes que se preocupa em caminhar na direção de uma comunicada igualitária, fazendo disso parte de sua missão.
         Outro mercado que surgiu nos últimos anos é o de youtubers, ou influenciadores digitais. Uma das principais características desses produtores de conteúdo é a pluralidade. Jovens negras, que não se viam representadas pelos padrões de beleza dos comerciais, assim como corpos fora do padrão e o público LGBTQI+, hoje ditam novos padrões comportamentais e estéticos em seus canais e atraem empresas que querem abraçar essa diversidade e garantir mais consumidores para seus produtos e serviços.
         Companhias que já nascem diversas e inclusivas saem na frente na disputa de mercado, pois conseguem atrair mais talentos para seus ambientes colaborativos e produtivos. De acordo com a pesquisa da Harvard Business Review, os conflitos são reduzidos em 50%, nesses casos. Ter diferentes pontos de vista, mas acima de tudo expressar as ideias e conduzir as relações com respeito e empatia, é característica que os novos gestos devem adquirir, além de ser valores essenciais para empresas que desejam se manter competitivas e se tornar realmente inovadoras.
         Então, como empresários, precisamos sair das bolhas corporativas, entender rapidamente a diversidade que nos cerca e garantir que essa diversidade esteja representada em nosso negócio. Quando abrimos espaço para a diversidade e incluímos as diferenças, multiplicamos as possibilidades de solucionar os desafios que enfrentamos todo dia. Não dá mais para rotular este assunto como “mimimi”. Diversidade e inclusão são poderosas estratégias de transformação. Acredite.”.

(RONALDO FERREIRA JR.. Conselheiro da Associação Nacional das Agências de Live Marketing (Ampro) e sócio-fundador da um.a.#diversidadeCriativa, agência especializada em eventos, campanhas de incentivo e trade, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de julho de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 07 de fevereiro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVERIA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e que merece igualmente integral transcrição:

“Audácia de recomeçar
        O olhar sobre a sociedade e seus muitos territórios específicos precisa, neste momento, ser iluminado pela luz da audácia de recomeçar. As devastadoras chuvas desse janeiro de 2020, causando mortes e perdas materiais, enlutando precocemente as famílias, comprometendo infraestruturas, são consequências de uma natureza enfurecida pelo tratamento impiedoso recebido daqueles que deveriam ser os guardiões da Casa Comum. As vidas perdidas são o clamor surdo e interpelante dirigidos especialmente aos que governam: é preciso ser audacioso e recomeçar.
         No horizonte interpelante delineado e indicado pela Ecologia Integral, a audácia do recomeço requer a iluminação de que o primeiro passo deve sr a aceitação e a humildade para reconhecer as evidentes lições a serem aprendidas. Não bastam ações paliativas. É indispensável ser audacioso nas concepções, nos gestos, e ter competência para discernir a respeito de prioridades e investimentos.
         O tamanho do desafio é imensurável e a oportunidade de se inaugurar um novo tempo é única. Requer magnanimidade, almas distanciadas dos moldes apequenados que se evidenciam nos gestos nos pronunciamentos e nas soluções propostas ante as dificuldades e atrasos que se arrastam nas muitas realidades da sociedade brasileira, em que os pobres pagam a maior parte da conta. Enquanto isso, a penúria é justificada pela falta de recursos que, de fato, tornam-se minguados também pela incompetência na gestão e estreitezas na escolha de prioridades.
         O ponto de partida para quem vive uma cidadania qualificada precisa ser a vergonha de tudo o que se refere às condições inumanas e perigosas impostas aos mais pobres. As catástrofes e as perdas precisam agora do antídoto, que deve brotar célere e incidente na audácia do indispensável recomeço. Não cabem paliativos. Requer-se abertura à iluminação advinda das interpelações da Ecologia Integral, que reclama ordem e dinâmicas econômicas diferentes das atuais, responsáveis pelo descompasso na igualdade, que é direito de todo cidadão.
         Uma nova inteligência na gestão, particularmente governamental, exige a consideração articulada entre compreensão ecológica e infraestrutura: é preciso considerar o conjunto dos elementos envolvendo as pessoas, as condições e circunstâncias da Casa Comum, ou seja, tudo o que diz respeito aos funcionamentos da sociedade. A responsabilidade primeira dos governos não pode ser exercida exclusivamente pelo norte do viés político, menos ainda, partidário. Aponta-se na direção de fóruns permanentes, em que tomam assento arquitetos, urbanistas, economistas, para uma nova ordem justa e solidária, no horizonte da Economia de Francisco. Ambientalistas e detentores de uma compreensão sobre a “escada de humanismo” se mobilizam para formatar projetos e ações com força para interferir favoravelmente na realidade, com mudanças radicais, a partir da implantação de novas estruturas com arrojadas e corajosas propostas – evidências com práticas consolidadas em outras ações.
         Dentre os segmentos que requerem essas necessárias e urgentes intervenções, um exemplo emblemático é a extração de minério que não pode continuar utilizando processos ultrapassados, nem mesmo para justificar a geração de empregos e renda, pois beneficiam temporariamente parcela ínfima da população, enquanto os prejuízos decorrentes dessa atividade atingem o conjunto da sociedade. O tema da água, primordial – desde a ocorrência das chuvas torrenciais desastrosas, ao consumo humano de água potável – é vigoroso neste debate, capaz de pautar a audácia de se recomeçar. É inadiável pensar-se um projeto – independentemente dos altos custos que possa significar –, que acabe com o uso criminado de rios, riachos e córregos usados como esgoto, a exemplo do rio da Velhas que polui o rio São Francisco com os mais abomináveis rejeitos produzidos na Capital mineira.
         A audácia de recomeçar – como resultado de lições aprendidas, considerados os crimes e descompassos ambientais – não perdoará governantes e construtores da sociedade que não se empenharem na escuta dos especialistas para encontrar novos modos de sustentabilidade, a partir de intervenções urbanísticas adequadas, particularmente nos âmbitos da política habitacional, da recuperação dos rios – o rio Arrudas, em Belo Horizonte, pode se tornar limpo e, quem sabe, até navegável em alguns trechos, seguindo a mesma linha de outros grandes centros urbanos.
         Sem a compreensão dos recursos e das dinâmicas no horizonte da ecologia integral, em que todos, sem exceção, são aprendizes, aliados da visão técnica de urbanistas e arquitetos, as cidades e regiões metropolitanas caminharão resvalando na direção do caos, arriscando-se ao esgotamente das possibilidades de solução. A urgência deste momento singular aponta para a importância dos conhecimentos técnicos. Não aqueles engessados pela burocracia ou pela ignorância de exercer o poder, atrasando processos, mas o que constrói equipamentos sustentáveis, com rapidez inusitada para instalar novo tempo agora, é requerido. Do cidadão ao governante mais responsabilizado, o que se exige, sob pena de se arcar com um prejuízo maior, é a tarefa insubstituível de adotar novas propostas, novos hábitos e práticas, novas estruturas – a comprovada audácia de recomeçar.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 318,85% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 302,48%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

                         

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA E EXIGÊNCIAS DO EMPRESARISMO E A TRANSCENDÊNCIA DA PACIÊNCIA NA SUSTENTABILIDADE


“Vamos falar sobre o empresarismo?
        O mundo decidiu apostar no chamado empreendedorismo, que tem como objetivo desbravar o mercado em busca de novos modelos de negócios. A economia, certamente, impulsionou essa iniciativa quando o mercado de trabalho passou a ter um novo perfil, e a geração Y, aqueles que estão na faixa de 21 a 34 anos, buscou novas formas de atuação profissional.
         E aí vieram as avalanches de startups. Muitos enxergaram esse movimento como a saída para revolucionar o mercado, sendo um mecanismo para encontrar a solução de problemas em diferentes setores. E a quantidade de iniciativas nesse sentido só tem aumentado. Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups), o número de empresas cadastradas na instituição dobrou entre 2012 e 2017, indo de 2.519 negócios para 5.147. Hoje, já são 12 mil empresas seguindo esse modelo.
         Com os sonhos, vieram os investimentos, e o Brasil passou a sediar os novos unicórnios, termo que classifica empresas que deslancham em seus segmentos e passam a valer mais de US$ 1 bilhão, como a Nubank, a PagSeguro e a 99 Táxi. Hoje, no país, há cerca de 7.000 investidores dispostos a aplicar pelo menos R$ 50 mil, segundo dados da Anjos do Brasil, entidade de fomento ao investimento-anjo no apoio ao empreendedorismo de inovação.
         É um mundo a se explorar, mas também a se questionar! Por um lado, temos uma onda de pessoas com conhecimento e boa vontade querendo transformar o mercado. Do outro lado, instituições sedentas por injetar dinheiro em um produto novo. A soma disso é uma quantidade expressiva de novos empreendedores que dão o sangue em busca da carta de alforria: receber um aporte de dinheiro pela sua brilhante ideia, e fim.
         Está errado! Não precisamos de empreendedores querendo apenas levantar fundos. Precisamos criar o empresarismo, ou seja, criar empresários, que passam parte da vida se dedicando aos negócios e fazendo com que eles se desenvolvam e deem frutos no mercado. É disso que precisamos.
         Para aproveitarmos esses investidores que podem fazer emergirem os novos negócios, temos que conectar aqueles que trazem a inspiração aos que têm condições de subsidiar essas novas ideias que surgem. Assim, teremos condições de colocar uma nova turbina no Brasil, já que a estrutura político-econômica não dá condições para quem quer apostar no mercado.
         É hora de arregalar as mangas, mostrar que cada iniciativa não deve ser pensada apenas para ser vendida, mas, sim, ser regada para semear o mercado. O pensamento da venda de uma grande ideia turva a proliferação de um mercado fértil para esta e para as próximas gerações. Vamos apostar no empresarismo para transformar nosso país!”.

(Daniel Domeneghetti. Especialista em relações de consumo, em práticas digitais no relacionamento com o cliente e CEO da Dom Strategy Partners, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 6 de dezembro de 2019, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Saber esperar
         Saber esperar é um princípio da sabedoria capaz de evitar a precipitação de processos, a desorganização das dinâmicas e prejuízos irreversíveis. Esse princípio da sabedoria equilibra a condição emocional, cura a ansiedade que, além de adoecer, induz a escolhas equivocadas. O exercício existencial de saber esperar inscreve-se na dinâmica psíquico-emocional, requer balizamentos para a garantia de sua conquista. Conduz ao equilíbrio indispensável para as relações interpessoais, no horizonte complexo de decisões que impactam a vida. Assim, saber esperar é um dom necessário para se organizar a sociedade sob os parâmetros do viver fraterno e solidário. Saber esperar conta, de modo determinante, na composição de dinâmicas e marcos civilizatórios, direcionando a sociedade contemporânea na superação de sua incompetência humanística, que configura descompassos irracionais e injustiças.
         Por não saber esperar, as pessoas e a sociedade sofrem com fracassos e encontram dificuldades para experimentar a vida como dom inquestionável. Cultivar essa capacidade não é simples. Requer engajamento em processos educativos capazes de consolidar, nas dimensões psíquica e moral, valores e princípios indispensáveis para uma conduta humana nobre, instrumento para a edificação em contraponto a todo tipo de irracionalidades. Mas, em vez dessa necessária qualificação para o exercício da paciência, alarma constatar que as dinâmicas contemporâneas desenvolvem nos cidadãos a incapacidade para saber esperar. A velocidade dos avanços tecnológicos, com o crescente uso de dispositivos eletrônicos para se comunicar, tem contribuído para acentuar essa incapacidade.
         A impaciência crescente inviabiliza diálogos e compromete a necessária escuta construtiva, atitude que tece relações humanas e recompõe entendimentos. Por não saber esperar, torna-se cada vez mais comum o comprometimento da civilidade básica, com atitudes balizadas por indiferenças, falta de acolhimento e insensibilidade. A impaciência compromete até mesmo o respeito à boa educação. Esses sérios comprometimentos no conjunto da vida atual, pela falta de paciência, têm, no tempo litúrgico do Advento, vivido pela Igreja Católica em preparação para acolher o Salvador Jesus Cristo, em seu Natal, as dinâmicas que ensinam o coração humano a esperar.
         A grande tônica do tempo do Advento é a espera confiante, não emoldurada pela ansiedade, a partir da experiência de se fixar o olhar na pessoa de Jesus Cristo. Trata-se de um exercício de fé que qualifica expectativas e leva a escolhas acertadas, diante dos muitos anseios que efervescem no íntimo de cada ser humano. Saber esperar requer o assentar-se em uma esperança que seja fidedigna. Não se trata de uma aposta “no escuro” ou simplesmente reduzir aquilo que se busca a parâmetros medíocres. Em vez disso, é cultivar a força para enfrentar o tempo presente e avançar até que sejam alcançadas as metas almejadas, sem se deixar abater pelo cansaço do percurso, livrando-se do perigo dos imediatismos e criando as resiliências necessárias para lidar com dissabores, imprevistos.
         O segredo para cultivar a paciência é ter sabedoria para bem definir sobre qual esperança se assenta o viver.  É arriscado e perigoso cultivar uma esperança construída sob a hegemonia perversa da idolatria do dinheiro, que alimenta o desejo de apenas acumular posses, riquezas, e resulta em uma felicidade efêmera, que se dilui com o tempo, nas circunstâncias finitas da existência humana. O tempo do Advento permite, a partir de suas celebrações e pedagogia próprias, o enraizamento de uma esperança fidedigna: a oportunidade do encontro com a pessoa de Jesus Cristo. O Mestre vem ao encontro de todos. Acolhê-lo na centralidade do viver é a providência para perenizar a fonte de uma autêntica capacidade de saber esperar. Permite a cada pessoa conduzir a vida reconhecendo-a como dom.
         O tempo do Advento - com a interpelação da Palavra de Deus, na sua beleza, a sensibilizadora liturgia celebrada - pode corrigir a habitual teimosia de se depositar esperança equivocadamente naquilo e naqueles que não podem garantir fontes de fidedigna esperança. A indicação é simples, o desafio existencial é enorme e o resultado é transformador ao se vivenciar a proposta do Advento, pela experiência do encontro e do conhecimento de uma pessoa que muda vidas, dando a elas seu sentido verdadeiro e fortalecendo a capacidade de saber esperar para bem viver. Conhecida esta Pessoa, Jesus Cristo, compreende-se que não são os elementos do cosmo ou as leis da matéria que regem o mundo e o homem, mas Deus, que governa o universo. É reconhecido um largo horizonte, com a estrela de uma esperança fidedigna que aponta o rumo a ser seguido. Aprende-se a esperar, vencendo ansiedades. E, mesmo diante de tropeços ou acontecimentos adversos, a alegria de viver permanece sempre.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 317,24% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 305,89%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,27%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.