Mostrando postagens com marcador O senhor dos anéis. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador O senhor dos anéis. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A CIDADANIA, OS MALES DO BRASIL E O PODER DO ANEL

“O mal do Brasil

Desde o século 19, quando começamos a nos definir como país, procuramos a raiz de nossos males. A construção de uma identidade nacional brasileira é inseparável dessa busca.

É como se, entre o destino imaginado de potência e a realidade mesquinha que se apercebia, se interpusesse um obstáculo. Corretamente identificado e tratado, ele poderia ser removido, assim permitindo que nossas vocações fossem plenamente realizadas.

A história do pensamento social brasileiro é marcada por sucessivas tentativas de encontrar essa raiz, a partir da qual todos os problemas se tornariam inteligíveis. Ninguém se iludiu achando que havia só uma, mas foi comum a convicção de que era possível descobrir a causa fundamental do drama nacional (no máximo, a combinação das duas ou três que o explicavam).

A saúva, formiga que poucos, hoje em dia, ao menos conseguem identificar, já foi candidata ao posto. Ficou conhecido quando Saint Hilaire, um dos mais importantes viajantes estrangeiros a percorrer o Brasil e que aqui esteve nos anos 1810 e 1820, declarou que “ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil”.

Duzentos anos depois, nem uma coisa, nem outra aconteceu. O Brasil não terminou e as saúvas ainda aborrecem os agricultores.

Mas a verdadeira fama do inseto veio no século passado, quando Macunaíma formulou seu catastrófico diagnóstico: “Pouca saúde e muita saúva, os males do Brasil são!”. Mário de Andrade brincava com a frase do viajante francês e fazia uma crítica ao chamado higienismo, característico do pensamento médico e de alguns setores conservadores do período.

Para os higienistas, o atraso do Brasil era consequência das doenças que tornavam os brasileiros indolentes, passivos e resistentes à modernização. Somente uma revolução sanitária poderia salvar-nos, difundindo novos comportamentos, erradicando tradições e medicando a população. Como dizia Monteiro Lobato, a principal voz literária do movimento, era preciso acabar com a “velha praga”, o “piolho da terra”, o “funesto parasita”, o Jeca Tatu.

A ideia de que a doença (entendida nesses termos), é o “mal nacional” se parece a outras que conhecemos antes e depois em nossa história política e intelectual. A miscigenação, a herança ibérica, o psiquismo transmitido pelos portugueses, a desnutrição já ocuparam o lugar.

E todas tiveram sua implicação terapêutica. Se o problema, por exemplo, era o “peso exagerado” de “raças inferiores” (como acreditava Oliveira Vianna), o remédio seria encorajar a imigração de europeus do Norte. Se éramos subdesenvolvidos pela tradição ibérica de desvalorizar a iniciativa individual (como queria Tavares Bastos), podíamos importar instituições norte-americanas. Se tudo decorria da falta de nutrientes na dieta dos brasileiros (como imaginava Josué de Castro), podíamos distribuir merendas balanceadas aos escolares.

Hoje, só aumenta a proporção dos que acham que conhecem a causa do “problema brasileiro”. No senso comum, a corrupção se tornou a grande vilã, a culpada por tudo que acontece de ruim.

As pessoas pouco informadas são as que mais acreditam nisso. As pesquisas, as menos interessadas e de menor participação política é que mais tendem a concordar com teses simplistas.

A ideia de que a corrupção é a raiz de nossos problemas costuma andar de braços dados com a impressão de que o governo pode tudo e só deixa de fazer o que deveria por sua causa. Quem pensa assim supõe que a saúde, a educação, a segurança são precárias porque há corrupção. Senão, haveria dinheiro para elas.

A oposição sabe que a tese é falsa. A mídia oposicionista deveria sabê-lo. Mas ambas a sustentam, pois acham que isso enfraquece o governo.

Em apoio, usam estatísticas sem pé nem cabeça. Como é a da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que estima, usando metodologia inteiramente questionável (pois se baseia nas percepções do empresariado captadas em pesquisas de opinião), que o custo anual da corrupção no Brasil seria de R$ 70 bilhões (isso, se tivéssemos zero de corrupção, o que não existe em nenhum país).

Na explicação de por que a população não tem boas políticas de saúde, educação ou qualquer coisa, as causas são diversas. Perde-se (muito) mais por falta de planejamento e administração, por não qualificar e pagar melhor os servidores, pela incompetência e a burocracia crônicas, que com a corrupção.

Lutar contra ela é tarefa cotidiana de todo governo. Mas dizer que
corrupção é o mal do Brasil apenas desvia a atenção. O problema brasileiro
(e de todo país) é que não há um só problema.”
(MARCOS COIMBRA, Sociólogo e cientista político, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de outubro de 2011, Caderno de POLÍTICA, página 5).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 8 de outubro de 2011, Caderno PENSARBRASIL – DOSSIÊFORA, CORRUPÇÃO –, páginas 15 a 17, de autoria de ANDRÉ CARRARO, que é doutor em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desde 2003 é pesquisador na área de economia da corrupção. Atualmente é chefe do Departamento de Economia da Universidade Federal de Pelotas e professor pesquisador do mestrado em economia da mesma instituição. Igualmente, merece INTEGRAL transcrição:

“O PODER DO ANEL

Para uma geração que presenciou o movimento civil pela realização de eleições diretas para presidente no Brasil no início dos anos 1980, pelo menos dois problemas seriam quase automaticamente resolvidos com a eleição de um presidente civil: inflação e corrupção. De um lado, a elevada taxa de inflação da época era tida como consequência da luta entre capital e trabalho, que garantia aos capitalistas ganhos elevados à custa das perdas salariais, graças ao apoio que os governos da ditadura dariam ao capital. Por outro lado, a existência do problema da corrupção era atribuída à opressão política, que impedia que a imprensa livre, opositores e eleições regulares denunciassem sua existência. Para ambos os problemas, a receita era a democracia.

A experiência brasileira mostrou que tanto um quanto outro problema sobrevivem muito bem a governos democráticos. A partir do movimento pelas Diretas Já, o país precisou de 12 anos para aprender a combater a inflação. Até hoje, passados 30 anos, não sabemos com vencer a corrupção. Ao longo desses anos todos, a corrupção sempre foi tratada como um problema do indivíduo. Um caso de falta de ética, de má conduta pública por parte daquele que ocupa o cargo público. Até hoje a solução tem sido a mesma: trocar a pessoa no cargo. Visivelmente um equívoco.

O problema da corrupção no Brasil não reside no fato de termos melhores ou piores políticos que outros países. Não é uma questão ideológica, partidária ou religiosa. Muito menos é racial ou de gênero. No passado recente, elegemos partidos da direita e da esquerda, em todas as suas variantes. Elegemos candidatos experientes e novatos na arte da política e não há um único governo que tenha passado pela administração pública sem herdar a mancha de amigo da corrupção. O problema não é simples e passa por algumas questões importantes.

Primeiro, a persistência de corrupção no governo brasileiro passa pela existência de uma combinação perversa de oportunidades e incentivos. De um lado, persiste no país a ideia de que governo bom é governo que gasta, e, como todo novo governo deseja ser melhor que o anterior, todos querem gastar mais. O resultado dessa lógica é que, ano após ano, o setor público tem ampliado o volume de recursos que possui em mãos para distribuir na sociedade. A maior parte das evidências empíricas mundiais mostra que países com maior carga tributária são, em média, mais corruptos.

Por outro lado, ao mesmo tempo em que se ampliou a participação dos gastos públicos na sociedade, ampliou-se a regulação pública para essas despesas. Maior regulação significa mais normas, regimentos, portarias e emendas que orientam a destinação dos gastos. O excesso de normas, acompanhado da disponibilidade de recursos, cria um ambiente propício para a sociedade e o governo promoverem transações corruptas e participarem delas. Quem é contra o gasto público? Ninguém, já que dificilmente a sociedade percebe nele algo desnecessário. Ao pé da letra, todo gasto público é realizado para beneficiar a sociedade ou, pelo menos, parte dela. Logo, é visto como sendo essencial. Ao mesmo tempo, ninguém é contra a normatização desses gastos. Ao contrário, se o dinheiro é público, é necessário normatizar a sua utilização e destino. Mas é exatamente aqui que surge o problema da corrupção. O volume de recursos de posse do governo para distribuição e a possibilidade de o próprio governo criar regras que definem seus ganhadores geram a oportunidade e o incentivo para que representantes da sociedade civil e do governo promovam projetos superfaturados, fraudes em licitações, desvios, entre outras práticas corruptas em que ambos saem beneficiados.

Aqui podemos entender por que a corrupção não é um problema do indivíduo que ocupa cargo público, ideológico ou partidário. Frente a uma situação na qual o agente percebe a possibilidade de ganhos com baixíssimo risco, faz sentido aceitar a oferta de propina ou demandar propina. Por esse motivo, a simples troca da pessoa pública não soluciona o problema da corrupção. Além disso, o governo enfrenta um dilema. Todos os partidos antes da eleição prometem austeridade nos gastos públicos e uma relação transparente para com a sociedade. Depois da eleição, os governos aumentam os gastos públicos e regulam mais as relações com a sociedade, tornando-as mais complexas e menos transparentes.

Esse dilema é muito semelhante ao enfrentado na trilogia O senhor dos anéis.Nele, Frodo Bolseiro e seus amigos lutam contra as forças do mal, tendo por objetivo destruir o Anel do Poder de Sauron. No entanto, apesar de todos saberem os males gerados pelo anel, sonham em possuir e usar seu poder para fins pessoais. Tal qual o poder absoluto do anel corrompe o caráter de seu possuidor, o poder absoluto do governo corrompe o caráter de seus servidores e políticos.

TOLERÂNCIA Uma segunda questão importante reside na tolerância da sociedade com a existência de corrupção dentro dos governos. À primeira vista, a sociedade deveria ser fortemente intolerante à presença de corrupção. No entanto, em uma estrutura de governo extremamente rígida, complexa e lenta, é justamente a presença de corrupção que possibilita dar agilidade a um setor público travado. É a presença de um funcionário corrupto que salva o empresário em busca de um financiamento da burocracia brasileira. Dentro de qualquer repartição pública é a presença da propina que agiliza os processos, que faz a máquina funcionar, tal qual o óleo em uma engrenagem enferrujada. Convivendo com um setor público rígido, complexo e lento, o pior dos mundos é se deparar com um funcionário honesto, que resolva aplicar ao seu caso o procedimento padrão.

Não é por acaso que em inúmeras categorias públicas um dos instrumentos utilizados durante um processo de negociação salarial é aplicar o procedimento padrão: aeroportos param, as exportações e importações diminuem, os postos de saúde ficam ainda mais lotados, enfim, as repartições públicas cessam de funcionar quando a norma é aplicada. Para esses casos, o excesso de regulamentos ajuda a criar na sociedade uma falsa percepção de que um pouco de corrupção ajuda a tornar melhor o cotidiano das pessoas.

Ao mesmo tempo, a presença de corrupção dentro dos governos, ao facilitar o andamento dos processos, cria a também falsa percepção de que os investimentos aumentam. A sociedade passa a tolerar a sua existência e prática. Na história da política brasileira ficou famosa a expressão “roubo, mas faço”, dita pelo governador de São Paulo, na década de 1940, Adhemar de Barros. O problema dos investimentos públicos baseados em práticas corruptas é que, mesmo que eles gerem um investimento no curto prazo e, portanto, contribuam para o aumento da renda, no longo prazo eles concentram custos maiores. É no longo prazo que a rodovia precisa ser reconstruída, que a ponte precisa ser reformada, que o teto do colégio ameaça cair, enfim, no longo prazo a infraestrutura do país que tolera a corrupção fica sucateada. O custo está em refazer o trabalho já feito, reduzindo o investimento de outras áreas. Assim, os custos da corrupção tolerada por nossa geração recairão sobre nossos filhos no formato de imposto.

Nesse sentido, o crescimento econômico gerado pela presença de corrupção pode ser perverso para a sociedade, pois no curto prazo gera um crescimento econômico não sustentável e, no longo prazo, uma elevação da taxa de juros que penaliza o consumo futuro das famílias e a demanda de bens de capital para investimento. De fato, os resultados de simulações de modelos econômicos atualizados para 2011 apoiam a afirmação de que a presença de corrupção terá extinto R$ 12 bilhões em investimentos privados e reduzido em R$ 31 bilhões o consumo das famílias. Assim, o crescimento econômico gerado pelo modelo com corrupção pode ser um crescimento desigual, excludente e concentrador de renda no longo prazo.

Outro lado do problema envolve a corrupção política. Longe de ser um sistema perfeito, a democracia convive diariamente com críticas e denúncias de seu mau funcionamento. Entre tantos problemas, a influência do poder econômico nos rumos políticos de um país mostra-se como uma das principais fontes de preocupação pela sociedade. O tema do financiamento eleitoral engloba fatores que interferem direta ou indiretamente nos resultados de uma eleição, ao passo que leva diferentes atores políticos a se interessarem por assuntos relacionados à área. Recentes escândalos e denúncias de corrupção envolvendo nossos representantes, líderes do poder público e entes privados colocaram em xeque o sistema democrático, ao mesmo tempo em que acabam revelando uma complexa rede de relações promíscuas entre esses indivíduos. De um lado, políticos caçadores de recursos econômicos ávidos a utilizá-los em suas campanhas eleitorais e, de outro, os financiadores de campanhas, voltados à defesa dos seus interesses nos rumos das políticas públicas.

O dilema do financiamento eleitoral reside basicamente em dois aspectos. Um deles, amplamente estudado pelos cientistas políticos, guarda correlação com o princípio da igualdade dos cidadãos. Isto é, a garantia de que há não só na teoria, mas também na prática das eleições, peso igual em cada voto do cidadão. Questiona-se até que ponto a possibilidade de pessoas ou empresas apoiarem candidatos financeiramente coloca em perigo esse valor, produzindo impacto sobre o sucesso ou fracasso eleitoral. O outro aspecto, num sentido mais econômico, guarda relação com o apoio financeiro recebido pelo candidato e sua futura integridade, caso eleito. Tendo em vista que o financiamento de campanhas advém de empresas ou grupos organizados, cabe analisar se esses recursos não são atrelados a uma expectativa de retribuição.

Cumpre salientar que o debate em torno do financiamento eleitoral aumentou e ganhou densidade nos últimos tempos, chamando a atenção não só de jornalistas e atores políticos, mas de acadêmicos das mais diversas áreas. Aqui, a visão típica é que dinheiro de campanha influenciaria o processo decisório de políticas públicas e reduziria o bem-estar geral, ao incentivar decisões tendenciosas, na direção das preferências dos doadores de recursos. O interessante nessa abordagem é que o financiamento eleitoral seria capaz de aproximar dois tipos completamente distintos de indivíduos. O político e sua natural vocação para os longos discursos, para a oratória, a fala mansa e o debate intelectual; e o empresário, de poucas palavras, sem tempo para discutir e voltado ao mundo dos negócios. Eles têm muito pouco em comum. Deveriam não se suportar. Mas é cada vez maior a frequência de viagens de empresários a Brasília e é mais expressiva a candidatura de empresários a cargos eletivos. Empresários e políticos são, sim, farinha do mesmo saco e agem conjuntamente, interligando uma espécie de corrupção eleitoral disfarçada, que nem por isso deixa de ser corrupção. O leitor pode perceber que os problemas são inúmeros, mas, afinal de contas, entender nunca foi fácil mesmo.”

Eis, pois, mais páginas contendo GRAVES, ADEQUADAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de profundas TRANSFORMAÇÕES no seio de nossa SOCIEDADE, com vistas à entrada no concerto das potências DESENVOLVIDAS e CIVILIZADAS, em plena SINTONIA com uma NOVA ordem SOCIAL, ECONÔMICA e POLÍTICA ditada pela cultura da SUSTENTABILIDADE, da DISCIPLINA, da PARCIMÔNIA, do RESPEITO MÚTUO e, sobretudo, da ÉTICA em TODAS as nossas relações...

Sabemos, e bem, que são GIGANTESCOS DESAFIOS que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO, PERSEVERANÇA e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE – e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A CIDADANIA, A INOVAÇÃO, O JORNALISMO, A HUMILDADE E A QUALIDADE

“O diferencial da inovação
O brasileiro é reconhecidamente um povo empreendedor e criativo. Essas duas características têm contribuído para que as iniciativas empresariais se multipliquem em nosso país, especialmente a partir da criação de micro e pequenas empresas. Apesar de hoje em dia uma série de fatores contribuir para o fortalecimento e consolidação dos empreendimentos, como é o caso do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições (o Simples nacional), que facilitou e barateou a formalização dos negócios, continua sendo um grande desafio manter as empresas de pequeno porte abertas e saudáveis.

Afinal, não basta ao empreendedor ter competência no seu negócio, boa capacidade administrativa e produtos e serviços com penetração no mercado. É preciso ir além do básico. Nesse sentido, investir em inovação – seja para os produtos e serviços, na gestão, nas abordagens dos negócios, nos processos ou no uso de tecnologia – é um grande diferencial, que pode transformar a existência de uma empresa.

Por suas próprias características, as ideias, iniciativas, produtos e serviços inovadores tendem a ser valorizados pelo sua capacidade de oferecer novidade, diferenciação, originalidade, exclusividade, praticidade ou agilidade aos processos. A inovação abre portas e mercados, ajuda a ampliar o potencial das empresas e é reconhecida como um indicativo de modernidade e atualidade para as empresas.

Muitas vezes podemos imaginar que inovar custa caro. Isso pode até ser verdade em alguns casos, mas aplicar uma ideia inovadora pode, às vezes, não custar nada. Nesse sentido, inovar é saber usar a criatividade de modo a melhorar processos, sistemas e abordagens que tem potencial de valorizar o trabalho, ampliar resultados, simplificar procedimento ou, até, transformar produtos ou serviços oferecidos em bens únicos, que certamente serão cobiçados pelo público-alvo do empreendimento.

Para ser inovador não basta, também, ser criativo. A pessoa precisa investir em adquirir conhecimentos, se preparar, estudar e manter-se antenado em tudo o que acontece à sua volta. Quem se mantém atento e está preparado para perceber detalhes em tudo amplia seu potencial de desenvolver inovações. Além disso, o uso e domínio das novas tecnologias contribui enormemente para a criação de soluções inovadoras. Muitas vezes a inovação surge no modo como um gestor e sua empresa abordam o mercado. Enxergar nichos de atuação que ainda não sejam explorados é uma forma muito eficiente de inovar. Propor formas diferentes para o uso de produtos ou serviços já conhecidos é outra forma de colocar a inovação em prática. É por isso que manter a atenção em tudo o que nos envolve é característica essencial do inovador.

Ao final, ao contrário do que muitos podem pensar, o termo inovação não carrega em si o peso da complexidade. Coisas e ideias muito simples têm grande potencial inovador. Os gestores e empreendedores que conseguirem utilizar de forma eficiente a inovação em seus negócios terão em mãos um diferencial de alto valor, que tende a contribuir para a sustentabilidade das micro e pequenas empresas.”
(EDUARDO POCETTI, Sócio da Consultoria KPMG, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de agosto de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 11 de julho de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Professor de ética, doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), que merece igual INTEGRAL transcrição:

“Jornalismo, humildade e qualidade

O jornalista Rosental Calmon Alves é um fenômeno de renovação permanente. Começou sua carreira de jornalista em 1968. Entre outros veículos, passou por algumas rádios do Rio de Janeiro e por duas revistas de circulação nacional. Foi correspondente em Madri, Buenos Aires, Washington e Cidade do México por um jornal carioca. Em 1995, foi o responsável pelo lançamento da primeira versão para a internet de um jornal brasileiro. Um ano depois, trocou as redações pela carreira acadêmica, tornando-se professor na Universidade do Texas, em Austin. Em 2002, criou o Centro Knight para Jornalismo nas Américas.

Rosental, um carioca simpático e acolhedor (tenho saudade de nosso encontro em Austin), surpreende por sua capacidade de adaptação às novas tecnologias. Sua visão de futuro foi reconhecida e homenageada durante o 6º Congresso de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo. Considerado um dos grandes teóricos do jornalismo on-line, Calmon Alves chamou a atenção para os desafios a serem enfrentados pelos jornais neste momento de revolução digital. Segundo ele, o surgimento das redes sociais, como o Twitter e o Facebook, não mudou somente o jornalismo, e sim o mundo. “Nunca antes avanços tecnológicos nos afetaram tanto e, consequentemente, mexeram na forma de fazer jornalismo. Há mais de uma década que eu venho alertando para isto: não dá mais para continuar fazendo jornais do mesmo jeito”, disse. Para ele, essa é uma nova realidade que as grandes empresas de média precisam aceitar. “Hoje, a comunicação não é mais vertical, unidirecional; com a internet, ela passou a não ter limites. Outra diferença é que a audiência não é mais passiva, não se trata se trata mais de um monólogo, é preciso haver uma constante troca de informações entre os leitores e o jornal”, sublinhou.

Calmon Alves foi ao ponto. Precisamos, todos, fazer uma urgente autocrítica. E a primeira reflexão nos leva a depor as armas da arrogância e assumir a batalha da humildade. A comunicação, na família, nas relações sociais e no jornalismo, não é mais vertical. O diálogo é uma realidade cultural. Ainda bem. Os oráculos morreram. É preciso ouvir o leitor. Com respeito. Com interesse real, não como simples jogada de marketing. O leitor não pode ser tratado como um intruso. Os jornalistas precisam escrever para os leitores, e não para os colegas.Alguns cadernos culturais parecem produzidos numa bolha. Falam para si mesmos e para um universo cada vez mais reduzido, pernóstico e rarefeito.

Falta humildade, sem dúvida. Mas falta, sobretudo, qualidade. O nosso problema, ao menos no Brasil, não é falta de mercado, mas de incapacidade de conquistar uma multidão de novos leitores. Ninguém resiste à matéria inteligente e criativa. Em minhas experiências de consultoria, aqui e lá fora, tenho visto uma nova safra de novos leitores em terreno aparentemente árido e pedregoso. O problema não está na concorrência dos outros meios, embora ela exista e não pode ser subestimada, mas na nossa incapacidade de surpreender e emocionar o leitor. Os jornais, prisioneiros das regras ditadas pelo marketing, estão parecidos, previsíveis e, consequentemente, chatos.

A juventude foge dos jornais. Falso. Evitam, sim, os produtos que pouco falam ao seu mundo real. Milhões de jovens, em todo o mundo, vibram com as aventuras de O senhor dos anéis e com a saga de Harry Potter. São milhares de páginas impressas. Mas têm pegada. Escancaram janelas para a imaginação, para o sonho, para a fantasia. Transmitem, ademais, valores. Ao contrário do que se pensa, os jovens reais, não os de proveta, manifestam profunda carência de âncoras morais. Os jornais que souberem captar a demanda conseguirão, sem dúvida, renovar sua clientela. O leitor quer transparência. É importante que os repórteres e os responsáveis pelas redações tomem consciência desta verdade redonda: a imparcialidade (que não é neutralidade). Não devemos sucumbir à tentação do protagonismo. Não somos construtores de verdades. Nosso ofício, humilde e grandioso, é o de iluminar a história. Chegou a hora da revolução nos conteúdos, da qualidade e do diálogo.”

Eis, portanto, mais páginas contendo RICAS, SÉRIAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que nos acenam para os grandes e múltiplos compromissos: primeiro, transformar a EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE –, na PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS; segundo, a busca INCESSANTE da INOVAÇÃO e de ACURADO poder de VISÃO; e mais, DESENVOLVER a compreensão das ÂNCORAS pelas quais ANSEIAM a HUMANIDADE: valores, princípios, ÉTICA em TODAS as nossas RELAÇÕES, HUMILDADE, DIÁLOGO, BONDADE, HONESTIDADE, HUMOR e HOMBRIDADE...

São, sabemos e bem, GIGANTESCOS DESAFIOS que, mais ainda, nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012, a JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDADE NO RIO DE JANEIRO em 2013, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!.,.

O BRASIL TEM JEITO!...