“Usando
a inteligência para
unificar a mente e o coração
A espiritualidade nos
instrui sobretudo por meio do coração, neste estágio evolutivo em que nos
encontramos. É pelo sentimento que primeiro estabelecemos o contato com a
espiritualidade e é também pelo sentimento que percebemos a sua presença.
Uma
das formas de nos abrirmos para que o trabalho da espiritualidade ocorra em
nosso interior e através de nós é cultivar um sentimento de cuidado por tudo e
por todos, levando em conta que somos um só ser, que a vida é única, que a
consciência é única e que na realidade não há indivíduos separados. A mente não
consegue compreender isso sozinha, porque faz parte da sua natureza separar,
discriminar, distinguir, analisar. Esse sentimento de amor pelo todo vem de
dentro e não da análise ou do julgamento para descobrirmos como atender as
necessidades de cada um.
Outra
forma de nos abrirmos, também a partir do trabalho com os sentimentos, é
acolher sem conflito um dos primeiros impulsos dados pela espiritualidade a
quem se propõe evoluir: a dissolução dos laços com a matéria. Se percebermos
esse estímulo, poderemos colaborar evitando a criação de novos laços.
Quando
começam a florescer sentimentos como desapego, autoesquecimento e serenidade ou
ausência de conflitos psicológicos, quando passamos a dar mais importância ao
Plano Evolutivo e às necessidades que se apresentam do que à nossa pessoa, é
sinal de que a espiritualidade já está trabalhando conosco.
À
medida que esse contato interno é silencioso com a espiritualidade se vai
estabelecendo e transformando vidas, cria-se um estado de equilíbrio em nosso
ser e nós nos vemos de repente dentro do Amor, um Amor que não conhecíamos
antes. Ao sentirmos e aprofundarmos esse Amor, a espiritualidade passa a contar
conosco como um canal para seu trabalho.
Nossa
forma de compreender o outro então se amplia, e toda a vida se expande, porque
percebemos o quanto a humanidade e os reinos são necessitados desse Amor. E
essa compreensão ampliada é outro sinal de que a espiritualidade está nos
instruindo.
No
curso dessas transformações, tudo à nossa volta começa a absorver a energia que
está nos alimentando internamente. Ao perceber que nossa situação especial está
sendo compartilhada, que o outro também está recebendo o que está sendo
depositado em nós, experimentamos grande alegria.
Esse
processo se dá no coração, não na cabeça. Quando a mente reconhece que algo
profundo do qual ela não participa diretamente está em andamento, pode-se
produzir nela certa aridez ou resistência. É preciso saber lidar com essa
situação, pois o apoio da mente pode ajudar muito.
Uma
forma de incluir a mente no processo de elevação espiritual que o coração já
experimenta é o estudo de assuntos sagrados. Ler o ensinamento espiritual e
refletir sobre ele, sistematizar o conhecimento transmitido pela
espiritualidade, relacionar os conceitos de várias escolas de pensamento espiritual,
identificando o que eles têm em comum e de mais elevado são práticas que podem
auxiliar a mente a não se desviar do caminho e a não se tornar obstáculo para o
crescimento espiritual.
Outra
possibilidade de trabalho mental é a constante lembrança do Eu Espiritual que
vivem em nosso interior. Se, durante o dia, ao executarmos as tarefas
concretas, nos lembramos, e reverenciamos o nosso Eu Espiritual, começamos a
estabelecer uma conexão com ele e nos abrimos para contatos ainda mais
elevados.”.
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 4 de março de 2018, caderno O.PINIÃO, página 16).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de
fevereiro de 2018, caderno OPINIÃO,
página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO
DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:
“Jornalismo,
um balanço
Muitos leitores,
aturdidos com a extensão do lodaçal que se vislumbra nos escândalos
reiteradamente denunciados pela imprensa, cobram um balanço do desempenho
técnico é ético do jornalismo. Todos são capazes de intuir que a informação tem
sido a pedra de toque do processo de moralização dos nossos costumes políticos.
Alguns consideram que a imprensa estaria extrapolando o seu papel e assumindo
funções reservadas à polícia e ao Poder Judiciário. Outros, ao contrário,
preocupados com lamentáveis precedentes de impunidade, gostariam de ver
repórteres transformados em juízes ou travestidos em policiais.
Um
balanço sereno, no entanto, indica um saldo favorável ao empenho investigativo
dos meios de comunicação. O despertar da consciência da urgente necessidade de
uma revisão profunda da legislação brasileira, responsável maior pelo clima de
estelionato e banditismo nos negócios públicos, representa um serviço
inestimável prestado pelo jornalismo deste país. A imprensa não tem ficado no
simples registro dos delitos. De fato, vai às raízes dos problemas. Daí as
consistentes denúncias contra figurões da política, o desnudamento dos esquemas
de corrupção, que, felizmente, já começa a se traduzir em algumas condenações
importantes.
A
Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário estão escrevendo um belo
capítulo da nossa história. E os jornais cumpriram o seu papel. Rasgaram a
embalagem marqueteira e mostraram o produto real. Lula, Dilma, Sérgio Cabral,
Eduardo Cunha e inúmeros políticos, despidos das lantejoulas dos publicitários
da mentira, deixaram uma imagem lamentável. Sem os jornais não teríamos chegado
ao divisor de águas.
O
mensalão, que Lula pateticamente insistiu em dizer que não existiu, explodiu no
novo e gigantesco assalto planejado pela máfia que tomou conta do país: o
petróleo. Alguém imagina que o saldo extraordinário da Operação Lava-Jato teria
sido possível sem uma imprensa independente? Os envolvidos no maior escândalo
de corrupção da nossa história podem fazer cínicas declarações de inocência,
desmentidas por um conjunto sólido de provas. Mas a verdade grita na
consciência da cidadania.
Sem
jornais a democracia não funciona. O jornalismo não é antinada. Mas também não
é neutro. É um espaço de contraponto. Seu compromisso não está vinculado aos
ventos passageiros da política e dos partidarismos. Sua agenda é, ou deveria
ser, determinada por valores perenes: liberdade, dignidade humana, respeito às
minorias, promoção da livre iniciativa, abertura ao contraditório. O jornalismo
sustenta a democracia não com engajamentos espúrios, mas com a força
informativa da reportagem e com o farol de uma opinião firme, mas equilibrada e
magnânima. A reportagem é, sem dúvida, o coração da mídia.
As
redes sociais e o jornalismo cidadão têm contribuído de forma singular para o
processo comunicativo e propiciado novas formas de participação, de construção
da esfera pública, de mobilização do cidadão. Suscitam debates, geram polêmicas
(algumas com forte radicalização) e exercem pressão. Mas as notícias que
realmente importam, isto é, que são capazes de alterar os rumos de um país, são
fruto não de boatos ou meias-verdades disseminados de forma irresponsável ou
ingênua, mas resultam de um trabalho investigativo feito dentro de rígidos
padrões de qualidade, algo que está na essência dos bons jornais.
Grande
é a nossa responsabilidade. A exposição da chaga, embora desagradável, é sempre
um dever ético. Não se constrói um país num pântano. Impõe-se o empenho de
drenagem moral. E só um jornalismo de buldogues, comprometido com a verdade,
evitará que tudo acabe num esgar. Sabemos, todos, que há muito espaço vazio nas
prisões do colarinho-branco. É preciso avançar, e muito, no trabalho
investigativo. Os meios de comunicação existem para incomodar. Um jornalismo
cor-de-rosa é socialmente irrelevante.
O
Brasil depende, e muito, da qualidade técnica e ética da sua imprensa. A
opinião pública espera que a mídia continue cumprindo a sua missão.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro/2018 a ainda estratosférica marca
de 327,92% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial em históricos 324,70%; e já o IPCA, também no
acumulado dos últimos doze meses, em fevereiro, chegou a 2,84%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.