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quarta-feira, 14 de março de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE E O PODER DO JORNALISMO QUALIFICADO E ÉTICO NA SUSTENTABILIDADE


“Usando a inteligência para 
unificar a mente e o coração
        A espiritualidade nos instrui sobretudo por meio do coração, neste estágio evolutivo em que nos encontramos. É pelo sentimento que primeiro estabelecemos o contato com a espiritualidade e é também pelo sentimento que percebemos a sua presença.
         Uma das formas de nos abrirmos para que o trabalho da espiritualidade ocorra em nosso interior e através de nós é cultivar um sentimento de cuidado por tudo e por todos, levando em conta que somos um só ser, que a vida é única, que a consciência é única e que na realidade não há indivíduos separados. A mente não consegue compreender isso sozinha, porque faz parte da sua natureza separar, discriminar, distinguir, analisar. Esse sentimento de amor pelo todo vem de dentro e não da análise ou do julgamento para descobrirmos como atender as necessidades de cada um.
         Outra forma de nos abrirmos, também a partir do trabalho com os sentimentos, é acolher sem conflito um dos primeiros impulsos dados pela espiritualidade a quem se propõe evoluir: a dissolução dos laços com a matéria. Se percebermos esse estímulo, poderemos colaborar evitando a criação de novos laços.
         Quando começam a florescer sentimentos como desapego, autoesquecimento e serenidade ou ausência de conflitos psicológicos, quando passamos a dar mais importância ao Plano Evolutivo e às necessidades que se apresentam do que à nossa pessoa, é sinal de que a espiritualidade já está trabalhando conosco.
         À medida que esse contato interno é silencioso com a espiritualidade se vai estabelecendo e transformando vidas, cria-se um estado de equilíbrio em nosso ser e nós nos vemos de repente dentro do Amor, um Amor que não conhecíamos antes. Ao sentirmos e aprofundarmos esse Amor, a espiritualidade passa a contar conosco como um canal para seu trabalho.
         Nossa forma de compreender o outro então se amplia, e toda a vida se expande, porque percebemos o quanto a humanidade e os reinos são necessitados desse Amor. E essa compreensão ampliada é outro sinal de que a espiritualidade está nos instruindo.
         No curso dessas transformações, tudo à nossa volta começa a absorver a energia que está nos alimentando internamente. Ao perceber que nossa situação especial está sendo compartilhada, que o outro também está recebendo o que está sendo depositado em nós, experimentamos grande alegria.
         Esse processo se dá no coração, não na cabeça. Quando a mente reconhece que algo profundo do qual ela não participa diretamente está em andamento, pode-se produzir nela certa aridez ou resistência. É preciso saber lidar com essa situação, pois o apoio da mente pode ajudar muito.
         Uma forma de incluir a mente no processo de elevação espiritual que o coração já experimenta é o estudo de assuntos sagrados. Ler o ensinamento espiritual e refletir sobre ele, sistematizar o conhecimento transmitido pela espiritualidade, relacionar os conceitos de várias escolas de pensamento espiritual, identificando o que eles têm em comum e de mais elevado são práticas que podem auxiliar a mente a não se desviar do caminho e a não se tornar obstáculo para o crescimento espiritual.
         Outra possibilidade de trabalho mental é a constante lembrança do Eu Espiritual que vivem em nosso interior. Se, durante o dia, ao executarmos as tarefas concretas, nos lembramos, e reverenciamos o nosso Eu Espiritual, começamos a estabelecer uma conexão com ele e nos abrimos para contatos ainda mais elevados.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 4 de março de 2018, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de fevereiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Jornalismo, um balanço
        Muitos leitores, aturdidos com a extensão do lodaçal que se vislumbra nos escândalos reiteradamente denunciados pela imprensa, cobram um balanço do desempenho técnico é ético do jornalismo. Todos são capazes de intuir que a informação tem sido a pedra de toque do processo de moralização dos nossos costumes políticos. Alguns consideram que a imprensa estaria extrapolando o seu papel e assumindo funções reservadas à polícia e ao Poder Judiciário. Outros, ao contrário, preocupados com lamentáveis precedentes de impunidade, gostariam de ver repórteres transformados em juízes ou travestidos em policiais.
         Um balanço sereno, no entanto, indica um saldo favorável ao empenho investigativo dos meios de comunicação. O despertar da consciência da urgente necessidade de uma revisão profunda da legislação brasileira, responsável maior pelo clima de estelionato e banditismo nos negócios públicos, representa um serviço inestimável prestado pelo jornalismo deste país. A imprensa não tem ficado no simples registro dos delitos. De fato, vai às raízes dos problemas. Daí as consistentes denúncias contra figurões da política, o desnudamento dos esquemas de corrupção, que, felizmente, já começa a se traduzir em algumas condenações importantes.
         A Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário estão escrevendo um belo capítulo da nossa história. E os jornais cumpriram o seu papel. Rasgaram a embalagem marqueteira e mostraram o produto real. Lula, Dilma, Sérgio Cabral, Eduardo Cunha e inúmeros políticos, despidos das lantejoulas dos publicitários da mentira, deixaram uma imagem lamentável. Sem os jornais não teríamos chegado ao divisor de águas.
         O mensalão, que Lula pateticamente insistiu em dizer que não existiu, explodiu no novo e gigantesco assalto planejado pela máfia que tomou conta do país: o petróleo. Alguém imagina que o saldo extraordinário da Operação Lava-Jato teria sido possível sem uma imprensa independente? Os envolvidos no maior escândalo de corrupção da nossa história podem fazer cínicas declarações de inocência, desmentidas por um conjunto sólido de provas. Mas a verdade grita na consciência da cidadania.
         Sem jornais a democracia não funciona. O jornalismo não é antinada. Mas também não é neutro. É um espaço de contraponto. Seu compromisso não está vinculado aos ventos passageiros da política e dos partidarismos. Sua agenda é, ou deveria ser, determinada por valores perenes: liberdade, dignidade humana, respeito às minorias, promoção da livre iniciativa, abertura ao contraditório. O jornalismo sustenta a democracia não com engajamentos espúrios, mas com a força informativa da reportagem e com o farol de uma opinião firme, mas equilibrada e magnânima. A reportagem é, sem dúvida, o coração da mídia.
         As redes sociais e o jornalismo cidadão têm contribuído de forma singular para o processo comunicativo e propiciado novas formas de participação, de construção da esfera pública, de mobilização do cidadão. Suscitam debates, geram polêmicas (algumas com forte radicalização) e exercem pressão. Mas as notícias que realmente importam, isto é, que são capazes de alterar os rumos de um país, são fruto não de boatos ou meias-verdades disseminados de forma irresponsável ou ingênua, mas resultam de um trabalho investigativo feito dentro de rígidos padrões de qualidade, algo que está na essência dos bons jornais.
         Grande é a nossa responsabilidade. A exposição da chaga, embora desagradável, é sempre um dever ético. Não se constrói um país num pântano. Impõe-se o empenho de drenagem moral. E só um jornalismo de buldogues, comprometido com a verdade, evitará que tudo acabe num esgar. Sabemos, todos, que há muito espaço vazio nas prisões do colarinho-branco. É preciso avançar, e muito, no trabalho investigativo. Os meios de comunicação existem para incomodar. Um jornalismo cor-de-rosa é socialmente irrelevante.
         O Brasil depende, e muito, da qualidade técnica e ética da sua imprensa. A opinião pública espera que a mídia continue cumprindo a sua missão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro/2018 a ainda estratosférica marca de 327,92% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,70%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em fevereiro, chegou a 2,84%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


  

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

DA CIDADANIA, DA SONEGAÇÃO, DA CORRUPÇÃO E DAS SUSTENTABILIDADES

“QUADRILHA
Polícia Federal prende oito suspeitos de manter esquema de irregularidade e encontra R$ 12,9 milhões, maior valor em espécie já apreendido no país, nas casas dos acusados

Auditores da Receita
sonegam R$ 3 bilhões

Brasília – A Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 12,9 milhões, entre notas de real e dólar, pertencentes a cinco auditores fiscais da Receita Federal, em Osasco, na Grande São Paulo. Os servidores foram presos acusados de corrupção e venda de informações privilegiadas, entre outros delitos. Segundo a PF, o volume de dinheiro arrecadado nas buscas realizadas pela Operação Paraíso Fiscal é o maior já apreendido pela corporação de uma só vez. Segundo a Receita Federal, os prejuízos causados aos cofres públicos podem ultrapassar R$ 3 bilhões. A investigação começou com uma denúncia feita por ex-auditor à Corregedoria da Receita. Também foram presos o filho e a mulher de um dos fiscais, além de um doleiro. Em outra ação, no Rio de Janeiro, a PFprendeu seis funcionários do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) suspeitos de fraudar benefícios previdenciários.

Os acusados de irregularidades no Fisco, segundo o Ministério Público Federal – que também participou da investigação –, deixavam de autuar comerciantes da região de Osasco em troca de propina, além de transmitir informações privilegiadas aos empresários. A quadrilha também dava consultoria para que as empresas com supostas irregularidades pudessem invalidar multas recebidas e alterar valores a serem pagos. A partir de denúncia, o Fisco constatou que os acusados tinham um patrimônio incompatível com os seus rendimentos.

Os investigadores, por meio de interceptação telefônica e telemática, além de monitoramento, descobriram que os auditores tinham residência de alto padrão, além de viajar com frequência para o exterior, onde também mantinham contas bancárias. Durante as buscas feitas nos locais de trabalho e nas casas dos fiscais, os policiais federais se surpreenderam com a quantidade de dinheiro encontrada. Na moradia de um deles, em Alphaville (SP), havia R$ 2,5 milhões e US$ 2,5 milhões escondidos no forro do telhado. Uma auditora mantinha em casa pelo menos R$ 3 milhões. Também foram localizados dinheiro e pedras preciosas a repartição. A soma total dos recursos apreendidos foi de R$ 7,8 milhões, US$ 2,8 milhões (cerca de R$ 4,4 milhões) e 310 mil euros (cerca de R$ 700 mil). Dezoito carros pertencentes aos servidores também foram capturados.

SUSPENSÃO Pelo menos 11 servidores e ex-servidores fazem parte da quadrilha. A PF não informou em qual período as irregularidades foram cometidas, mas, desde o início do ano, os fiscais estavam sendo investigados. Pelo volume de dinheiro arrecadado e quantidade de pessoas detidas, a Receita qualificou a operação como a maior ação conjunta de combate à corrupção em seu quadro. Além dos cinco servidores presos, cinco auditores foram suspensos cautelarmente por ordem judicial.

As oito pessoas detidas são acusadas de crimes de violação de sigilo, corrupção, advocacia administrativa – quando o funcionário público usa informações privilegiadas para ajudar criminoso –, formação de quadrilha, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

SAIBA MAIS

OUTRA INVESTIGAÇÃO EM PERNAMBUCO

Em maio, a Polícia Federal deflagrou em Caruaru, a 123 quilômetros do Recife, uma operação para apurar suspeitas de corrupção ativa e lavagem de dinheiro cometidos por um funcionário de alto escalão da Receita Federal em Pernambuco. Estima-se que o patrimônio que o servidor conseguiu levantar com as fraudes, e ocultou em nome de terceiros, chegue a R$ 12 milhões. Entre os mais de 40 bens investigados estavam edifícios de luxo, lotes em condomínio, pousadas, casas de veraneio e vários carros de luxo. A Polícia Federal deu início às investigações há dois anos, confirmando corrupção passiva e lavagem de dinheiro por um auditor da Receita Federal em Caruaru e pessoas próximas a ele. A operação contou com a atuação de 60 policiais federais e buscava cumprir 18 mandados – um de prisão preventiva e os outros de busca e apreensão – nas cidades pernambucanas do Recife, Jaboatão dos Guararapes e Gravatá, além do bloqueio de bens dos principais investigados.”
(EDSON LUIZ, em reportagem publicada no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de agosto de 2011, Caderno NACIONAL, página 8).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Sustentabilidades

No quadro dos tratamentos adequados para a realidade contemporânea, à luz de responsabilidades sociais e políticas, tendo em vista seus inadiáveis e demandados avanços, situa-se o tema pertinente em torno das sustentabilidades.

É um imprescindível capítulo para todo e qualquer projeto e programa. Sua abordagem e efetivação são uma obviedade que se configura como exigência determinante no que se faz e para quem se faz. Não se pode fazer por fazer, simplesmente por querer ou sem razões plausíveis em vista de atendimentos de necessidades e prioridades, com uma competência traduzida na inteligência da sustentabilidade. Assim, sustentabilidade é questão de inteligência e, ao mesmo tempo, de exigência e de respeito à integridade da vida, da natureza e ao conjunto da sociedade nos seus funcionamentos balizados pelos serviços prestados a todos, particularmente aos mais pobres e excluídos.

A abordagem da sustentabilidade em todos os seus capítulos e diversificadas nuances é um luzeiro que permite diagnósticos importantes na vida social e política de sociedades e nações. Não é, portanto, uma questão que se restringe a uma única dimensão, tal como aquela da economia. Quando, pois, se percorrem os diversos cenários que configuram a sociedade contemporânea – como, por exemplo, a nossa, brasileira, tratando basicamente o que a mídia oferece a cada dia –, pode-se chegar à conclusão importante de que as sustentabilidades não são restritas ao que diz respeito à natureza no seu funcionamento, às necessidades humanas na sua sobrevivência ou à manutenção de projetos e programas com seus impactos e influências para a vida chamada moderna.

Vale aqui fazer um rápido percurso nesses cenários contemporâneos bem próximos de todos para detectar uma imprescindível sustentabilidade entre as sustentabilidades, pensadas na sua sofisticação própria de ciência e de estratégia quando se defronta com o mal endêmico da corrupção na sociedade. Referência, por exemplo, ao pedreiro “laranja” ou ao vendedor que se descobriram empresários e donos de fortuna, vítimas do uso criminoso de seus nomes em favor de beneficiários que assaltaram os cofres públicos, trazendo enormes prejuízos.

Na esteira desses absurdos estão aqueles que multiplicam seu patrimônio no exercício de mandatos governamentais. E os dribles dados na Receita Federal? As auditorias de órgãos competentes revelam sobejamente irregularidades de contratos que pesam desafortunadamente aos cofres públicos em detrimento do urgente atendimento de necessidades básicas da população carente, passando fome, subnutrida e enjaulada pela condição abominável de não ter moradia decente. Privada de uma participação digna na vida da sociedade, na qual está inserida também como cidadã.

Percorrendo os bastidores da vida política, de encontro ao seu sentido próprio e de grande importância como coluna sustentadora da sociedade, se conhece o fluxo de disputas felinas por cadeiras, poder, domínio de fontes de dinheiro, ainda quando na contramão de uma mínima coerência ideológico-partidária.

É um enorme desafio. Até inexplicável no âmbito da realidade da infraestrutura na sociedade brasileira, em se considerando as demandas existentes como transportes, moradia, saúde e trabalho, a lentidão dos fluxos nas respostas e incompetências contracenando com as possibilidades econômicas, sem deixar de fazer menção ao que já se conquistou. Do bojo desse âmbito determinado para a vida da sociedade surgem escândalos de corrupção, os atrasos advindos das burocracias que revelam má vontade e até preguiça, envenenando a nobreza do altruísmo e do sentido de cidadania, com o usufruto imoral do que pertence ao erário e com destinação própria.

Dessas questões grandes, hospedadas em cenários que compõem a sociedade contemporânea, se chega facilmente aos desvios de condutas que revelam cidadanias comprometidas – fruto de mesquinhez e de maldades, impedindo uma participação como maior dignidade e nobreza no que diz respeito à edificação da sociedade em maiores ou menores proporções. Desde o que está no seio de uma família, passando por projetos pequenos, mas importantes, até a honestidade esperada nos gestos e nas palavras de cada pessoa, nos âmbitos públicos e privados.

Essa ladainha de descalabros nas suas contas intermináveis produz um prejuízo material incalculável. Atrasos centenários, sacrifícios intoleráveis e um desgosto que desfigura o mais precioso da vida de cada um: o sentido de viver. Este mal não é sanado apenas pela inteligência e pela ciência de sustentabilidades outras, senão, ao tudo que tem a ver com a sustentabilidade que advém da moralidade.

A moralidade é um investimento urgente e permanente sob pena de comprometer, com desarranjos e preponderância da tendência natural de desorganização, a viabilização de outras pretendidas sustentabilidades.”

Eis, portanto, mais páginas contendo DENSAS, SÉRIAS e GRAVES abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPOSTERGÁVEL inserção da EDUCAÇÃO – de QUALIDADE –, como PRIORIDADE ABSOLUTA do GOVERNO e da SOCIEDADE CIVIL, ao lado da URGENTE necessidade da PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS para o ACESSO do BRASIL ao SELETO grupo dos PAÍSES DESENVOLVIDOS e sempre em busca das SUSTENTABILIDADES, e que ainda SANGRAM nossa ECONOMIA, MINAM nossa CAPACIDADE DE INVESTIMENTO e POUPANÇA e AFETA a nossa CONFIANÇA:-

a) a INFLAÇÃO, e sua INTRÍNSECA relação com JUROS e CÂMBIO, em especial:

b) a CORRUPÇÃO, e sua PROMÍSCUA relação com EVASÃO DE DIVISAS, SONEGAÇÃO, FORMAÇÃO de QUADRILHA, LAVAGEM DE DINHEIRO etc;

c) o DESPERDÍCIO, em TODAS suas formas:

d) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, atingindo cifras próximas a R$ 2 TRILHÕES... provocando DESEMBOLSO anual de cerca de R$ 200 BILHÕES...

São, pois, DESAFIOS GIGANTESCOS que longe de ABATER o nosso ÂNIMO e ARREFECER nosso ENTUSISMO e OTIMISMO, mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS para eventos previstos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) de 2012, a COPA DA CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA do MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...