“Indústria 4.0
Há
quase uma década, os alemães iniciaram o movimento Plattform Industrie 4.0.
Trata-se da quarta revolução industrial, que usa a tecnologia para criar um
novo paradigma no setor, descentralizando os processos e ampliando a utilização
de dispositivos inteligentes. As possibilidades de monitoramento virtual,
utilização de inteligência artificial e abertura para soluções inovadoras
trarão aumento na produtividade, gerando um grande impacto no setor industrial.
E isso já é uma realidade.
Uma
pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI, no ano passado, apontou um
aumento no número de empresas que utilizam tecnologia digital em seus
processos, ainda que em estágio inicial. A intenção de 48% das empresas era
investir em alguma tecnologia digital em 2018. Para este ano, acredito que o
número seja ainda maior. No Brasil, já temos sistemas automatizados de
identificação de quedas de produção, máquinas paradas e em mau funcionamento.
São dados em tempo real que chegam rapidamente aos gestores.
A RHI
Magnesita, líder mundial em refratários, já iniciou sua jornada nessa
revolução. Esse caminho envolve o desenvolvimento de funcionários, equipes de
estudo, testes e estímulo ao compartilhamento de informações. É mais que uma
transição, é um novo jeito e fazer e pensar, de forma ágil, estimulando novas
ideias.
A busca
por soluções inovadoras que tornem as indústrias mais competitivas vem também
despertando a organização de projetos coletivos de fomento à geração de ideias.
Um desses projetos é realizado pela Federação das Indústrias, o Fiemg Lab.
Trata-se de um programa de aceleração de startups com foco no desenvolvimento
de tecnologias e soluções para a indústria. A RHI Magnesita é uma das madrinhas
do programa, que acaba de selecionar 50 startups. O projeto será um hub de
inovação aberta para as mais 15 mil indústrias que compõem a Fiemg.
Além
disso, a RHI Magnesita integra o Mining Hub – o primeiro hub de mineração do
mundo –, que promove discussões e fomenta projetos sobre o futuro do setor. As
startups selecionadas para participar dos projetos precisam resolver desafios,
como eficiência operacional, fontes de energia alternativa, gestão de água,
gestão de rejeitos e resíduos, segurança e desenvolvimento social.
A
aproximação entre a indústria e o ecossistema de inovação aberta das startups é
um passo estratégico e, sobretudo, desafiador para que a indústria brasileira
siga nos mesmos rumos criados por outros países. Mais do isso, esse modelo pode
guiar discussões e fazer as indústrias brasileiras atingirem suas próprias
descobertas, tecnologias, processos e modelos de negócios que se apliquem à
realidade local.
Este é
um caminho sem volta. É preciso reforçar laços entre empresas, Estado,
universidades e outras organizações, construindo um alicerce sólido para o
desenvolvimento da indústria 4.0, ampliando a competitividade de nossas
empresas.”.
(Francisco Carrara. CEO da RHI Magnesita na
América do Sul, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte,
edição de 9 de junho de 2019, caderno O.PINIÃO, página 17).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno A.PARTE, de autoria
de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:
“As dignidades
A
mediocridade das escolhas deixou o país muito menor e injusto de quanto seu
tamanho lhe possibilitaria. Injusto em gênero e grau correspondentes aos erros
e omissões que se acumularam em cinco séculos de história e de oportunidades
perdidas.
A
educação de péssima qualidade, não paira dúvida, está na base dos maiores problemas.
Nas
últimas semanas, abordei aqui os incríveis avanços de algumas nações que
souberam se reinventar, como China e Índia, que, embora com seus bilhões de
habitantes, estão em marcha firme para atingir o topo do ranking das economias
mundiais. Uma preocupação que nunca se colocou o Brasil, país com 50 milhões de
seres humanos abaixo da linha da miserabilidade e 13 milhões de desempregados.
O avanço dos países asiáticos se alicerça na melhora e ampliação da educação, da
formação profissional das novas gerações. Expandiu-se a capacidade cerebral
coletiva da nação, e disso se encontraram soluções eficientes.
A
difusão do “saber” com um governo de princípios, planos e metas traçadas levou
a China, em três décadas, de uma renda per capita de US$ 400 para US$ 16 mil. O
país contava com 77% de todos os pobres do planeta, caindo agora o patamar de
14%. No nosso continente, por sua vez, o Chile deu passos de gigante para a
frente, e a Venezuela, a maior possuidora de reservas petrolíferas do planeta,
para trás, estacionando no fundo do poço.
O Brasil
estampa em sua bandeira a ordem e o progresso, palavras-chave que a China e o
Chile souberam praticar.
O Brasil
faz festa e Carnavais como ninguém, mas não sabe tocar reformas que lhe
garantiriam superar todos os seus problemas e tirá-lo da rota do caos.
Com tendência patológica
ao deslumbre faraônico, que nenhum outro país ousaria praticar, o Brasil é o
maior produtor de privilégios por meio de recursos públicos, embora mais de 50
milhões de pessoas aguardem oportunidades de sair da miséria.
Austeridade,
probidade, honestidade ficam no discurso de campanha e nas promessas. O Brasil
abriga 80% dos sindicatos do planeta, mesmo com apenas 2,5% da população
terrestre, e, ainda, concentra 98% das causas trabalhistas do mundo, um filão
que, longe de fazer justiça, gerou um filão de negócios rentáveis de advocacia.
Para consolidar a previsibilidade, centenas de milhares de entidades do
terceiro setor, milhares de internautas fizeram do Brasil uma fábrica de fake
News, achaques e confusões, anulando grande parte da utilidade das redes
sociais.
O Brasil
dispõe de uma vocação imponente para fraude, ou vulgarmente para maracutaias,
como batizou o “avatar” Lula.
Uma
combinação de esperteza, cinismo, fraude, dissimulação, corrupção, trapaça, os
erários são galinheiros aos cuidados de raposas.
Os
principais partidos das últimas décadas, aqueles dos mensalões e do petróleo,
se uniram para tirar o Coaf do controle de Sergio Moro, numa cabal demonstração
de “quem deve teme”.
Nos
últimos dias tomou os noticiários mais um capítulo da delação de Marcelo
Odebrecht, que revela ter pagado aos caciques do Congresso a propina de R$ 63
milhões para acelerar um empréstimo de R$ 1 bilhão do BNDES para o governo de
Angola, país onde executa obras absurdamente superfaturadas.
Mais
Odebrecht com o pedido de recuperação judicial da Atvos por R$ 12 milhões,
pleito que tenta acelerar a liberação de empréstimos do BNDES de R$ 20 bilhões
para rolar outros R$ 80 bilhões que recebeu distribuindo favores e propinas.
Nessa
situação de desesperança por que passa a nação, podemos recorrer ao “doutor
iluminado”, como era apelidado o espanhol Ramon Llull. No “Ars Brevis”, escrito
em 1308, Llull traça com clareza o caminho da evolução e da possibilidade de os
homens ajudarem a evoluir a humanidade. Esse “guerreiro” deve conter em si os
nove princípios divinos (dignidades), originários de toda a realidade, a saber:
Bondade, Magnitude, Eternidade, Poder, Sabedoria, Vontade, Virtude, Verdade e
Glória. Pois – ele afirma – o que existe de bom aponta para a Grandeza como
Deus e o anjo.
Lamentável
assinalar que nos cargos mais importantes do país é raro encontrar uma dessas
dignidades, quando todas as nove seriam imprescindíveis para realizar a missão.”.
Eis, portanto, mais
páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que
acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a
efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a) a excelência
educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda
estratosférica marca de 298,57% nos últimos
doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos
323,31%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses,
chegou a 4,66%); II – a corrupção, há
séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e
comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador
chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela
trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é
que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter
transnacional; eis, portanto, que todos
os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos,
pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina,
fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso
patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas
modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente
irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na
Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das
empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de
problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos,
quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas
de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da
União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão
Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de
juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica,
previsão de R$ 758,672 bilhões), a
exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos,
gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o
nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público
(1961 – 2019)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.