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quarta-feira, 12 de junho de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ E OS DESAFIOS DA INDÚSTRIA 4.0 E A TRANSCENDÊNCIA DAS LIDERANÇAS E DIGNIDADES NA SUSTENTABILIDADE


“Indústria 4.0
        Há quase uma década, os alemães iniciaram o movimento Plattform Industrie 4.0. Trata-se da quarta revolução industrial, que usa a tecnologia para criar um novo paradigma no setor, descentralizando os processos e ampliando a utilização de dispositivos inteligentes. As possibilidades de monitoramento virtual, utilização de inteligência artificial e abertura para soluções inovadoras trarão aumento na produtividade, gerando um grande impacto no setor industrial. E isso já é uma realidade.
         Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI, no ano passado, apontou um aumento no número de empresas que utilizam tecnologia digital em seus processos, ainda que em estágio inicial. A intenção de 48% das empresas era investir em alguma tecnologia digital em 2018. Para este ano, acredito que o número seja ainda maior. No Brasil, já temos sistemas automatizados de identificação de quedas de produção, máquinas paradas e em mau funcionamento. São dados em tempo real que chegam rapidamente aos gestores.
         A RHI Magnesita, líder mundial em refratários, já iniciou sua jornada nessa revolução. Esse caminho envolve o desenvolvimento de funcionários, equipes de estudo, testes e estímulo ao compartilhamento de informações. É mais que uma transição, é um novo jeito e fazer e pensar, de forma ágil, estimulando novas ideias.
         A busca por soluções inovadoras que tornem as indústrias mais competitivas vem também despertando a organização de projetos coletivos de fomento à geração de ideias. Um desses projetos é realizado pela Federação das Indústrias, o Fiemg Lab. Trata-se de um programa de aceleração de startups com foco no desenvolvimento de tecnologias e soluções para a indústria. A RHI Magnesita é uma das madrinhas do programa, que acaba de selecionar 50 startups. O projeto será um hub de inovação aberta para as mais 15 mil indústrias que compõem a Fiemg.
         Além disso, a RHI Magnesita integra o Mining Hub – o primeiro hub de mineração do mundo –, que promove discussões e fomenta projetos sobre o futuro do setor. As startups selecionadas para participar dos projetos precisam resolver desafios, como eficiência operacional, fontes de energia alternativa, gestão de água, gestão de rejeitos e resíduos, segurança e desenvolvimento social.
         A aproximação entre a indústria e o ecossistema de inovação aberta das startups é um passo estratégico e, sobretudo, desafiador para que a indústria brasileira siga nos mesmos rumos criados por outros países. Mais do isso, esse modelo pode guiar discussões e fazer as indústrias brasileiras atingirem suas próprias descobertas, tecnologias, processos e modelos de negócios que se apliquem à realidade local.
         Este é um caminho sem volta. É preciso reforçar laços entre empresas, Estado, universidades e outras organizações, construindo um alicerce sólido para o desenvolvimento da indústria 4.0, ampliando a competitividade de nossas empresas.”.

(Francisco Carrara. CEO da RHI Magnesita na América do Sul, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de junho de 2019, caderno O.PINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno A.PARTE, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“As dignidades
        A mediocridade das escolhas deixou o país muito menor e injusto de quanto seu tamanho lhe possibilitaria. Injusto em gênero e grau correspondentes aos erros e omissões que se acumularam em cinco séculos de história e de oportunidades perdidas.
         A educação de péssima qualidade, não paira dúvida, está na base dos maiores problemas.
         Nas últimas semanas, abordei aqui os incríveis avanços de algumas nações que souberam se reinventar, como China e Índia, que, embora com seus bilhões de habitantes, estão em marcha firme para atingir o topo do ranking das economias mundiais. Uma preocupação que nunca se colocou o Brasil, país com 50 milhões de seres humanos abaixo da linha da miserabilidade e 13 milhões de desempregados. O avanço dos países asiáticos se alicerça na melhora e ampliação da educação, da formação profissional das novas gerações. Expandiu-se a capacidade cerebral coletiva da nação, e disso se encontraram soluções eficientes.
         A difusão do “saber” com um governo de princípios, planos e metas traçadas levou a China, em três décadas, de uma renda per capita de US$ 400 para US$ 16 mil. O país contava com 77% de todos os pobres do planeta, caindo agora o patamar de 14%. No nosso continente, por sua vez, o Chile deu passos de gigante para a frente, e a Venezuela, a maior possuidora de reservas petrolíferas do planeta, para trás, estacionando no fundo do poço.
         O Brasil estampa em sua bandeira a ordem e o progresso, palavras-chave que a China e o Chile souberam praticar.
         O Brasil faz festa e Carnavais como ninguém, mas não sabe tocar reformas que lhe garantiriam superar todos os seus problemas e tirá-lo da rota do caos.
Com tendência patológica ao deslumbre faraônico, que nenhum outro país ousaria praticar, o Brasil é o maior produtor de privilégios por meio de recursos públicos, embora mais de 50 milhões de pessoas aguardem oportunidades de sair da miséria.
         Austeridade, probidade, honestidade ficam no discurso de campanha e nas promessas. O Brasil abriga 80% dos sindicatos do planeta, mesmo com apenas 2,5% da população terrestre, e, ainda, concentra 98% das causas trabalhistas do mundo, um filão que, longe de fazer justiça, gerou um filão de negócios rentáveis de advocacia. Para consolidar a previsibilidade, centenas de milhares de entidades do terceiro setor, milhares de internautas fizeram do Brasil uma fábrica de fake News, achaques e confusões, anulando grande parte da utilidade das redes sociais.
         O Brasil dispõe de uma vocação imponente para fraude, ou vulgarmente para maracutaias, como batizou o “avatar” Lula.
         Uma combinação de esperteza, cinismo, fraude, dissimulação, corrupção, trapaça, os erários são galinheiros aos cuidados de raposas.
         Os principais partidos das últimas décadas, aqueles dos mensalões e do petróleo, se uniram para tirar o Coaf do controle de Sergio Moro, numa cabal demonstração de “quem deve teme”.
         Nos últimos dias tomou os noticiários mais um capítulo da delação de Marcelo Odebrecht, que revela ter pagado aos caciques do Congresso a propina de R$ 63 milhões para acelerar um empréstimo de R$ 1 bilhão do BNDES para o governo de Angola, país onde executa obras absurdamente superfaturadas.
         Mais Odebrecht com o pedido de recuperação judicial da Atvos por R$ 12 milhões, pleito que tenta acelerar a liberação de empréstimos do BNDES de R$ 20 bilhões para rolar outros R$ 80 bilhões que recebeu distribuindo favores e propinas.
         Nessa situação de desesperança por que passa a nação, podemos recorrer ao “doutor iluminado”, como era apelidado o espanhol Ramon Llull. No “Ars Brevis”, escrito em 1308, Llull traça com clareza o caminho da evolução e da possibilidade de os homens ajudarem a evoluir a humanidade. Esse “guerreiro” deve conter em si os nove princípios divinos (dignidades), originários de toda a realidade, a saber: Bondade, Magnitude, Eternidade, Poder, Sabedoria, Vontade, Virtude, Verdade e Glória. Pois – ele afirma – o que existe de bom aponta para a Grandeza como Deus e o anjo.
         Lamentável assinalar que nos cargos mais importantes do país é raro encontrar uma dessas dignidades, quando todas as nove seriam imprescindíveis para realizar a missão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 298,57% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 323,31%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,66%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



   
  



        

        
  

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS GRAVES DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO E A NOVA E EXIGENTE CONFIGURAÇÃO DO ESTADO NA SUSTENTABILIDADE


“Para além do alimento
        O acesso ao alimento e à água, oportunidades de gerar renda, estar incluído socialmente e viver num ambiente saudável e pacífico são condições que conferem dignidade e qualidade de vida à pessoas. No entanto, o crescimento da população mundial e os recursos naturais limitados impõem desafios para as nações na garantia de direitos fundamentais como esses. Nesse cenário, o Brasil deverá se posicionar com protagonismo no provimento de alimentos com sustentabilidade.
         Poucos lugares do mundo conjugam condições de clima, disponibilidade de terra e um setor agrícola empreendedor que permitam implementar ainda mais a produção de alimentos como o nosso país. E, o melhor, sem necessidade de aumentar a área de plantio. Além de exportarmos produtos agrícolas para mais de 150 países, já influenciamos a dieta de muitas nações. Por exemplo, a cada dez bifes exportados no mundo, três são provenientes do Brasil, sem contar os copos de suco de laranja, a carne de frango etc.
         É preciso ressaltar que nossa agropecuária é considerada a mais sustentável do planeta, e o Brasil deve consolidar sua reputação de grande produtor de alimentos dentro dos padrões e conceitos de sustentabilidade. É possível transformar essa vocação em símbolo internacional, como marca de país que conta com tecnologia, é inovador, produz com qualidade e é capaz de atender as demandas dos mercados mais exigentes com competência e competitividade.
         O Brasil tem aderido às agendas internacionais integradoras, a exemplo dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Com 169 metas a serem atingidas até 2030, os ODS propõem ações globais para erradicação da pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, entre outras.
         A agropecuária, na condição de geradora de alimentos, saúde, renda, serviços ambientais e, por que não dizer, trabalha em harmonia com os ODS. Conectada a esses objetivos, uma série de sinais e tendências globais e nacionais foi captada pelo sistema de inteligência estratégica da Embrapa, o Agropensa, que coordenou um estudo e sintetizou sete megatendências para a agricultura brasileira no horizonte de 2030, sendo que uma delas mostra que a intensificação produtiva e sustentável é a ênfase a ser dada à produção de alimentos, fibra e agroenergia.
         A revolução agrícola do Brasil se deu sustentada em ciência, tecnologia e inovação. Saímos da revolução verde para os sistemas integrados e migraremos para a agricultura de base biológica. Deixamos de importar alimentos, passamos a abastecer parte do mundo e estamos influenciando os hábitos de consumo. Mas, para além do alimento, do nutriente, do pão de cada dia e da paz, estamos contribuindo com novos parâmetros de humanidade.”.

(Cleber Oliveira Soares. Diretor executivo de Inovação e Tecnologia da Embrapa, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de outubro de 2018, caderno O.PINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de novembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de FLÁVIO ROSCOE, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Sistema Fiemg), e que merece igualmente integral transcrição:

“Direitos x privilégios
        A sociedade brasileira paga hoje alto preço pela omissão do governo na realização das reformas estruturais necessárias para garantir competitividade à economia nacional. Pagaremos preço ainda mais elevado se elas não forem feitas agora, quando a eleição de novos governantes e novos congressistas nos oferece a oportunidade de fazer grandes mudanças. Embora os desafios sejam muitos, a sociedade brasileira não pode vacilar. É preciso coragem e determinação. É preciso pensar no país e nas gerações futuras!
         Embora muitos insistam em distorcer a realidade, a verdade é que não se trata de nenhuma “escolha de Sofia”. A morosidade na tramitação das reformas e os sucessivos recuos das lideranças políticas no momento de aprová-las são consequência da utilização de argumentos falaciosos, dissimulados sob o manto dos chamados “direitos adquiridos”.
         Este é o ponto e é também a pauta que a sociedade brasileira precisa abraçar com entusiasmo, coragem e determinação. Quando falamos na necessidade imperiosa de fazer já a reforma da Previdência, estamos falando na eliminação de “direitos adquiridos” ou, na verdade, estamos falando de um absurdo rol de privilégios bancados pela maioria da população e que beneficiam uma pequeníssima parcela de “privilegiados”?
         A reforma da Previdência pública, a mais urgente a ser feita, é o melhor exemplo de “privilégios adquiridos”. Enquanto no setor privado a médias das aposentadorias pagas pelo INSS é de R$ 1.659 (dados de 2014), no serviço público chega a R$ 7 mil (Executivo), R$ 18 mil (Ministério Público), R$ 26,3 mil (Judiciário) e R$ 28,5 mil (Legislativo). Os tetos das aposentadorias seguem o mesmo padrão: máximo de R$ 5.530 na iniciativa privada e até mais de R$ 30 mil no setor público.
         Costumo dizer que a legislação previdenciária brasileira corresponde, na prática, ao maior programa de concentração de renda do planeta. Além da disparidade no valor das aposentadorias, conforme demonstrado, há ainda mais. No INSS, 25 milhões de aposentados e pensionistas produzem um déficit de R$ 46,8 bilhões – R$ 151,8 bilhões quando incluídos os aposentados do setor rural, que nunca contribuíram com a Previdência. No serviço público, 2,878 milhões de funcionários (oito vezes menos do que no setor privado) custam R$ 133,4 bilhões.
         Além da desigualdade, que não se pode admitir, também matematicamente esta conta não fecha. Em razão de mudanças no perfil etário da população, o Brasil perde aceleradamente o chamado “bônus demográgico”, caracterizado por ter uma parcela maior de população jovem. Hoje, o número de aposentados cresce a um ritmo de 3,5% ao ano, enquanto a população em idade de trabalhar cresce a apenas 0,7% anuais. Ou seja: no final das três próximas décadas – em 2037 –, teremos 6% a menos de pessoas trabalhando e 250% a mais de aposentados recebendo da Previdência Social. Não haverá dinheiro para pagar “direitos adquiridos” e, muito menos, “privilégios adquiridos”.
         As inaceitáveis disparidades na legislação previdenciária do setor público e no regime de contratação dos servidores levam a outra distorção igualmente perversa – a hipertrofia do Estado. Em artigo recentemente publicado neste espaço, mostrei que de suas despesas primárias em 2017, o governo gastou 48% com a Previdência Social e outros 22,2% com pessoal e encargos – totalizando 70% dos desembolsos da União. Gastos sociais, apresentados à opinião pública como vilões do orçamento, ficam com a menor parte: Bolsa-Família (2%), educação (3%) e saúde (7%). Se a questão da Previdência não for resolvida com urgência, nem estes pequenos percentuais teremos no futuro.
         Com tanta conta a pagar, de legitimidade absolutamente discutível, o Estado avança sobre o bolso dos cidadãos e sobre o caixa das empresas, criando uma das maiores cargas tributárias do mundo e tornando-se maior do que a própria sociedade a quem deveria servir. Hoje, de toda a riqueza a produzida no país, 33,7% (carga tributária) são gastos pelo governo, que ainda tem que refinanciar os pagamentos de juros da ordem de 6% do Produto Interno Bruto (PIB), elevando continuamente a dívida pública, que já chega a 77,2% do PIB. O governo gasta muito e gasta mal (o grifo é meu).
         O gigantismo do Estado – e dentro dele questões estratégicas como a reforma da Previdência, a reforma tributária e tantas outras questões igualmente estratégicas e urgentes – é um desafio que a sociedade precisa enfrentar e que só ela é capaz de resolver. Com a mesma energia com que foi às urnas para dizer que não admite mais práticas antigas e viciadas, deve seguir adiante mobilizada e engajada, para reafirmar que também exige mudanças e que não admite governos e governantes que usurpem a sua soberania. A sociedade somos nós. Todos nós!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 278,69% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 301,36%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,56%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.






                 

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS EXIGÊNCIAS DA EVOLUÇÃO DE PESSOAS E EMPRESAS E OS DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO DE CANDIDATURAS NA SUSTENTABILIDADE


“Como a difusão de boas práticas pode 
ajudar na evolução de pessoas e empresas?
        A nova economia, baseada na sociedade da informação, tem paradigmas próprios e exige configurações arrojadas. Modelos de gerenciamento, fluxos e processos usados no passado já não funcionam mais. É preciso ser rápido, é preciso ser sustentável e isso vale para a maioria dos modelos de negócio, incluindo indústrias tradicionais.
         Para atender a essa necessidade, não há como fugir de investimentos no desenvolvimento das pessoas e na melhoria de processos. Só assim serão criadas novas oportunidades para soluções de problemas e consequente contribuição dos funcionários na eficácia e vantagem competitiva da empresa.
         E como fazer isso? Estimulando, dentro do ambiente de trabalho, as competências individuais de cada pessoa por meio de práticas devidamente consistentes, articuladas e implementadas de acordo com o contexto das diversas áreas na qual estão inseridos.
         Essas práticas devem incentivar a flexibilidade, a curiosidade, a proatividade e, principalmente, criar ambientes colaborativos que impulsionem a produtividade, o comprometimento, a motivação e prazer em contribuir. A empresa deve estimular iniciativas que ampliem o universo de atuação das pessoas de forma conectada e inovadora compreendendo as necessidades do negócio.
         É necessário desenvolver, em cada colaborador, um olhar mais atento e despertar nele mais consciência sobre o valor do todo, do grupo, a vontade de compartilhar. É com esse objetivo que os voluntários da ABRH-MG, entidade sem fins lucrativos, vêm realizando ininterruptamente, há 17 anos, o Prêmio Ser Humano.
         De maneira cuidadosa, a premiação valida, prestigia e difunde, dando visibilidade às boas práticas de recursos humanos implantadas em empresas privadas, públicas, nacionais, internacionais, ONGs e no meio acadêmico. A ideia é atrair e divulgar amplamente projetos cujos temas beneficiem a evolução de profissionais e organizações como desenvolvimento de pessoas, sustentabilidade, boas práticas de administração e ações voltadas para jovens.
         Além de agregar valor para profissionais das mais diversas áreas da empresa, as iniciativas premiadas contribuem, de maneira prática, para todas as pessoas que se mobilizam em prol do conhecimento e da sustentabilidade, enriquecendo a consciência de desenvolvimento e cidadania.
         É com essa intenção que reforçamos a necessidade de premiar e divulgar amplamente as boas práticas empresariais. É uma forma de materializarmos a relevância de avançar e almejar patamares mais expressivos nas relações humanas com o trabalho dentro de todos os movimentos organizacionais.
         Reforço, por esse motivo, a importância de expandirmos, cada vez mais, os programas que impactam no crescimento de práticas que promovam o reconhecimento das pessoas. O caminho para uma melhor organização do trabalho e relações interpessoais mais saudáveis deve ser fomentado pela relação de reciprocidade nas ações das pessoas e das organizações, consolidando assim um canal efetivo e transparente na relação de trabalho.”.

(MARISE DRUMOND. Consultora, diretora da ABRH-MG e coordenadora do 17º Prêmio Ser Humano, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de setembro de 2018, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 6 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de FLÁVIO ROSCOE, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), e que merece igualmente integral transcrição:

“Candidatos da indústria
        Quanto mais se aproxima a data das eleições em primeiro turno (7 de outubro), toma conta da cena nacional a pergunta para a qual todos buscam resposta: quem é o seu candidato? Em quem você vai votar? Com o país mergulhado na mais grave crise econômica, política e ética de sua história, não está fácil responder – e as pesquisas de intenção de voto mostram exatamente isso. A um mês do pleito, os candidatos estão ainda embolados e correm o risco de perder o contingente dos eleitores que não sabem em quem vão votar ou que anunciam votos em branco e nulo. É a consequência da crescente descrença com a política e da desconfiança em relação aos candidatos.
         A Fiemg, no entanto, já se decidiu: os candidatos que apoiamos, ou que poderemos vir a apoiar, não têm nome e nem sobrenome. São aqueles cujas propostas contribuam efetivamente para o desenvolvimento, que tenham consistência suficiente para eliminar muitos e sufocantes gargalos que hoje impedem o crescimento de Minas Gerais e do Brasil e que, em essência, tenham força para ampliar e consolidar a competitividade da indústria no mercado nacional e nos grandes mercados globais.
         De deputado estadual a presidente da República, passando pelas assembleias legislativas, governos estaduais, Câmara dos Deputados e Senado Federal, nosso desejo é de que sejam eleitos líderes comprometidos com a aprovação das grandes reformas estruturais que são absolutamente necessárias para reduzir o chamado “custo Brasil”, para equilibrar o orçamento público e para gerar recursos para investimentos produtivos. Entre elas, destacam-se as reformas da Previdência e tributária.
         Com base nesses princípios, e para orientar boas escolhas, estamos ouvindo todos os candidatos e vamos intensificar este processo na reta final da campanha. O Brasil não suporta mais, por exemplo, um Congresso Nacional que, em vez de se unir em favor das reais necessidades do país e da sociedade, se divide em uma infindável série de bancadas cuja atuação é caracterizadamente marcada pelo corporativismo, fisiologia e defesa de interesses de grupos. São muitos os exemplos: bancada da bala, bancada da Bíblia, bancada dos servidores públicos, entre outras.
         Ao ocupar-se com a defesa de interesses corporativos e fisiológicos, quase nunca republicanos, tais bancadas condenam a inaceitável segundo plano os reais interesses do Brasil e dos brasileiros. Os exemplos ocorrem a cada instante, como vimos, recentemente, ocorrer com movimento contra a aprovação da reforma da Previdência, visando, explicitamente, à defesa de privilégios, notadamente, no serviço público.
         Outro exemplo são os reajustes salariais do serviço público, que não ocorrem no setor privado, criando, no país, cidadãos de primeira e de segunda classe. Vale dizer: cidadãos que se locupletam com privilégios inadmissíveis e cidadãos penalizados por uma injusta política de distribuição de renda. É absurdo!
         Neste cenário, precisamos eleger, em outubro, a “Bancada do Brasil”, formada por parlamentares verdadeiramente comprometidos com o país e com a sociedade. Precisamos eleger parlamentares que coloquem na pauta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal temas que são realmente cruciais, como as grandes reformas estruturais – da Previdência, tributária e a reforma do Estado.
         É preciso, sim, reduzir o tamanho de um Estado que se tornou maior do que a sociedade e que consome, de forma ineficiente, quase a metade de todas as riquezas produzidas pela sociedade brasileira: são 33,7% de carga tributária (impostos), além de recursos da ordem 6% do Produto Interno Bruto (PIB) utilizados para refinanciar os pagamentos de juros, elevando, continuamente, a dívida pública, que já chega a 77,2% do nosso PIB. Precisamos eleger deputados estaduais e federais, governadores, senadores e um presidente da República que digam não a este estado de calamidade pública.
         Na verdade, as eleições que se aproximam são a oportunidade para que a sociedade brasileira decida o país que quer construir e escolha candidatos capazes de fazê-lo – um país forte em sua economia e justo na distribuição dos frutos do crescimento. Estes serão, também, os candidatos da indústria.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 271,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 303,19%; e já o IPCA, em agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.