Mostrando postagens com marcador Rogério Rodrigues. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Rogério Rodrigues. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A CIDADANIA, A LIBERDADE DA SANTIDADE E AS COMPETÊNCIAS EDUCACIONAIS

“O atrevimento da santidade

Paul Johnson é um dos grandes historiadores e intelectuais contemporâneos. Autor do extraordinário Tempos modernos: o mundo dos anos 1920 aos 1980, seus textos são sempre provocadores. Dono de uma cultura invejável e sinceridade afiada, Johnson não sucumbe aos clichês vazios. Em seu livro Os heróis, ele destaca a importância das lideranças morais. “Os heróis inspiram, motivam (...) Eles nos ajudam a distinguir o certo do errado e a compreender os méritos morais da nossa causa”, diz Johnson. Os comentários dele trazem à minha memória um texto que exerceu forte influência no rumo da minha vida: Amar o mundo apaixonadamente, homilia proferida por São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei e primeiro grão-chanceler da Universidade de Navarra, durante missa celebrada no campus daquela prestigiosa instituição. São Josemaria – cuja festaa Igreja celebra em 26 de junho – foi um mestre na busca da santidade no trabalho profissional e nas atividades cotidianas.

“A vocação cristã consiste em transformar em poesia heroica a prosa de cada dia.” A vida, o trabalho, as relações sociais, tudo o que compõe o mosaico da nossa vida é matéria para ser santificada. São Josemaria, um santo alegre e otimista, olha a vida com uma lente extremamente positiva: “O mundo não é ruim, porque saiu das mãos de Deus”. O autêntico cristão não vive de costas para o mundo, nem encara o seu tempo com inquietação ou nostalgias. O verdadeiro cristão não vive focado no retrovisor. “Qualquer modo de evasão das honestas realidades diárias é para os homens e mulheres do mundo coisa oposta à vontade de Deus.” A luta do nosso tempo, com suas luzes e suas sombras, é sempre o desafio mais fascinante.

Articular verdade e liberdade é, talvez, um dos mais interessantes recados de São Josemaria. Insurge-se, vigorosamente, contra o clericalismo que se oculta na mentalidade de discurso único, na injusta dogmatização das coisas que são legitimamente opináveis. São Josemaria afirma que um cristão não deve “pensar ou dizer que desce do templo ao mundo para representar a Igreja”, nem que “as suas soluções são as soluções católicas para aqueles problemas”. Por defender esse pluralismo, sofreu incompreensões, inclusive de algumas pessoas da Cúria Romana, que entendiam, por exemplo, que na Itália os católicos tinham o dever de votar no Partido da Democracia Cristã.

São Josemaria não deixa de enfatizar o valor insubstituível da liberdade – particularmente a liberdade de expressão e de pensamento – contra todas as formas de intolerância e sectarismo. Para ele, o pluralismo nas questões humanas não é algo que deve ser tolerado, mas, sim, amado e procurado. A sua defesa da liberdade, no entanto, não fica num conceito descomprometido, mas mergulha na raiz existencial da liberdade: o amor – amor a Deus, amor aos homens, amor à verdade. Sua defesa da fé e da verdade não é, de fato, “anti-nada”, mas a favor de uma concepção da vida que não pretende dominar, mas, ao contrário, é uma proposta que convida a uma livre resposta de cada ser humano. Seus ensinamentos se contrapõem a uma tendência cultural do nosso tempo: o empenho em confrontar verdade e liberdade. Tenta-se impor, em nome da liberdade, o que poderíamos chamar de dogma do relativismo. Essa relativização da verdade não se manifesta apenas no campo das ideias. De fato, têm inúmeras consequências no conteúdo ético da informação.

A tese, por exemplo, de que é necessário ouvir os dois lados da mesma questão é irrepreensível; não há como discuti-la sem destruir os próprios fundamentos do jornalismo. Só que passou a ser usada para evitar a busca da verdade. A tendência a reduzir o jornalismo a um trabalho de simples transmissão de diversas versões oculta a falácia de que a captação da verdade dos fatos é uma quimera. E não é. O bom jornalismo é a busca apaixonada da verdade. A figura de São Josemaria Escrivá, o seu amor à verdade e a sua paixão pela liberdade tiveram grande influência em minha vida pessoal e profissional. Amar o mundo apaixonadamente não é apenas um texto moderno e forte. Sua mensagem, devidamente refletida, serve de poderosa alavanca para o exercício da nossa atividade profissional.”

(CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), consultor em estratégia de mídia, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de11 de junho de 2012, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 22 de outubro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de ROGÉRIO RODRIGUES, Professor das Instituições Arnaldo Janssen, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Educação e competências

O mundo pós-moderno descobriu a necessidade da competência. Depois de uma trajetória errática no campo das avaliações, relativizando conceitos e fazendo concessões, uma luz de densidade efetiva pousou sobre a fronte do Homo sapiens. A consciência da necessidade da eficácia nos processos e na compreensão do mundo convenceu todos de que o importante é a competência. Até então, as razões para uma pessoa ocupar um cargo, ter acesso formal aos degraus acadêmicos mais elevados, relativizaram, por questões de conveniências diversas, o conceito da competência.

A formação acadêmica pautava-se num conjunto de objetivos ligados apenas aos conteúdos programáticos, sem nenhuma preocupação com o seu processamento e sua inserção na vida cotidiana. Faltava significado para esses elementos. É necessário lembrar que mesmo esses ralos objetivos só eram pensados na hora da avaliação formal, nas provas. Pouquíssimos educadores elaboravam suas atividades de ensino com o olho nos seus objetivos, poucos acompanhavam realmente o desenvolvimento de seus alunos, em face de tais metas.

Por outro lado, a revolução tecnológica de maior impacto para a humanidade, que é o advento da informática e, consequentemente, a internet, mudaram as demandas relacionadas ao conhecimento sob o ponto de vista do seu processamento, liberando o potencial humano para atribuições mais nobres ligadas mais objetivamente à pesquisa. Antes do computador, a aprendizagem contava muito com a memorização e o conhecimento armazenado nos livros, que tinham limitações relacionadas ao tempo, não somente pela dificuldade de consulta, como também pela demora de atualização. Hoje, pode-se diminuir a preocupação com a memória ou armazenagem da informação e se dedicar mais à pesquisa.

Em face dessa realidade, é possível destacar, com um razoável grau de generalidade, as duas competências essenciais para a construção do conhecimento: a competência advinda do aletramento eficiente, que instrumentaliza o homem, colocando-o no acesso a todas as linguagens, sujeito capaz na busca de informação e conhecimento.

E a competência de desenvolver metodologias próprias de investigação, aprendizagem e processamento.

A primeira competência citada refere-se ao processo de alfabetização e domínio da linguagem escrita, no que diz respeito a extrair o significado da palavra, expresso nas construções textuais, transformando em vida e consciência um código com sua sintaxe. De posse desse instrumental, é possível dominar outras linguagens, sejam elas próprias de outras culturas ou próprias de algum ramo do conhecimento. Essa é a competência das competências.

A segunda competência citada tem pelo menos duas gradações, mas ambas dizem respeito à descoberta de metodolodias. As gradações referem-se à aprendizagem e ao processamento do conhecimento. Um boa figura para esta competência é a do craque de futebol, que recebe a bola de qualquer jeito, em qualquer circunstância, e domina-a, coloca-a no chão, faz com ela o que quer. Assim, espera-se o mesmo de um estudante competente. O processo de aprendizagem tem um grau de subjetividade, uma vez que cada indivíduo é único. Seria de grande valia propiciar experiências que permitissem ao estudante, por exemplo, descobrir sua metodologia própria para estudar eficientemente cada ramo do conhecimento.

A posse dessas duas grandes competências é como ter uma caixa de ferramentas que se basta, é como estar equipado continuamente, uma vez que as competências de cada um são inalienáveis. Então, todas as outras competências derivam dessas duas. Pode-se trabalhar a aprendizagem, desde o ensino médio, com esse novo paradigma, utilizando os conteúdos com outra tônica, que contempla de maneira maximizada a investigação, a contextualização real, reforçando os conteúdos como modelos de situações concretas. Nada disso exclui ou minimiza a importância dos conteúdos. Eles são imprescindíveis.”

Eis, portanto, mais IMPORTANTES, PEDAGÓGICAS e IMPORTANTES abordagens e REFLEXÕES que acenam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA – que é de ÉTICA, de MORAL, de PRINCÍPIOS, de VALORES –, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, CIVILIZADAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE ainda a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) – e mais o IMPERATIVO modernidade de matricularmos as nossas crianças de seis anos na 1ª série do ENSINO FUNDAMENTAL, independentemente do mês de NASCIMENTO –, até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir uma PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER, a se espalhar por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas modalidades, também a ocasionar INESTIMÁVEIS perdas e danos, inexoravelmente IRREPARÁVEIS;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INTOLERÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTOS, igualmente a exigir uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA que DILAPIDA o nosso já frágil DINHEIRO PÚBLICO, MINA a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, AFETA a confiança em nossas INSTITUIÇÕES, negligenciando a JUSTIÇA, a VERDADE, a HONESTIDADE e o AMOR da PÁTRIA, ao lado de extremas e sempre crescentes DEMANDAS, NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS, o que aumenta o colossal ABISMO das nossas DESIGUALDADES sociais e regionais e nos afasta num crescendo do seleto grupo dos SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDOS...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS e generosas RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODAS as BRASILEIRAS e com TODOS os BRASILEIROS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos e que contemplam EVENTOS como a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das empresas, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo da JUSTIÇA, da LIBERDADE, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA... e PERSEVERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A CIDADANIA, O NINHO DE ÁGUIAS E O CULTIVO DA ORAÇÃO

“As águias centenárias

Como uma criança que ouve, atenta e imersa, uma história antiga e interessante, ficará certamente impressionado qualquer leitor que se debruçar sobre a história do Colégio Arnaldo, que completa hoje 100 anos de fundação. Sem se dar conta, começa-se uma vivência intensa daqueles primeiros anos da instituição, a imaginar a garra e a força do ideal daqueles missionários, preocupados em evangelizar e instruir nas artes e nas ciências, oferecendo a seus alunos uma formação humana para toda a vida. Num tempo em que ciência e fé não frequentavam a mesma mente, resquício sebáceo da Idade Média, confrontar as duas ideologias devia como tirar leite ordenhando pedras. Mas, tratando-se de um colégio de padres alemães, foi um sucesso no primeiro ato, começando, numa casa alugada, por demais pequena para uma escola, com 30 alunos em regime de externato, a despeito dos desejos de seus pais, que preferiam o internato.

A genialidade daqueles missionários, tendo à frente a figura e o exemplo do padre Arnaldo Janssen, cujo nome significa poder da águia, escolheu a trilha missionária que mais falta fazia – e ainda faz – à humanidade: a relação dialógica da fé com a ciência, uma vez que a ignorância e a falta de espiritualidade destroem a vida, de formas distintas, mas avassaladoras. O próprio fundador da congregação foi um homem das ciências, além de religioso, credenciais que ele julgava necessárias para o efetivo socorro das missões. Para dar forma a esse projeto, os primeiros professores eram egressos das grandes universidades alemãs, doutos e artistas academicamente escolados nas melhores instituições europeias; missionários que deixaram seus lares levados pelo chamado “deixa tudo e segue-me”; muitos, mesmo podendo visitar periodicamente seus familiares, abriam mão dessa prerrogativa, em função do entusiasmo missionário. Certamente era um privilégio inestimável conviver com aqueles missionários, aprender com eles a força de vontade, a dedicação e a disciplina necessárias para a efetiva aprendizagem e formação humanitária.

O Ninho de Águias já era um santuário de conhecimento, compromisso e espiritualidade a se implantar entre os mineiros desconfiados, mas ávidos de todas essas benesses. Isso sem falar na importância histórica da instituição. A capital ainda era um bebê quando também nascia o Colégio Arnaldo; crescem juntos, desde então. Com isso, todo o cenário da história de Belo Horizonte inclui necessariamente o Colégio Arnaldo, tanto que são raras as fotos centrais da capital em que, pelo menos ao fundo, não apareça o Ninho de Águias. Agora, na plenitude do século 21 e do terceiro milênio, ele completa seu centenário como se fosse ainda jovem, e, de fato é. Como é sabido, as aves se adaptam aos tempos, pois precisam sobreviver, e nesse caso, a missão precisa continuar. Essa é a única certeza que se tem a respeito do mundo atual: ela carece de conhecimento, de humanismo e de espiritualidade.”
(ROGÉRIO RODRIGUES, Professor, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de fevereiro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Redescobrir a oração

A oração é um exercício fundamental na busca pela qualidade de vida. Nas indicações que não podem faltar, especialmente para a vida cristã, estão a prática e o cultivo disciplinado da oração. É um exercício que tem força incomparável em relação às diversas abordagens de autoajuda, como livros e DVDs, muito comuns na atualidade.

A crise existencial contemporânea, em particular na cultura ocidental, precisa redescobrir o caminho da oração para uma vida de qualidade. Equivocado é o entendimento que pensa a oração como prática exclusiva de devotos. Ela guarda uma dimensão essencial da vida cristã. Cultivar essa prática é um segredo fundamental para reconquistar a inteireza da própria vida e fecundar o sentido que a sustenta.

É muito oportuno incluir entre as diversificadas opiniões, junto aos variados assuntos discutidos cotidianamente, o que significa e o que se pode alcançar pelo caminho da oração. Perdê-la como força e não adotá-la como prática diária é abrir mão de uma alavanca com força para mover mundos. A fé cristã, por meio da teologia, tem por tradição abordar a importância da oração ao analisar a sua estrutura fundamental, seus elementos constitutivos, suas formas e os modos de sua experiência. Trata-se de uma importante ciência e de uma prática rica para fecundar a fé.

A oração tem propriedades para qualificar a vida pessoal, familiar, social e comunitária. Muitos podem desconhecer, mas a oração pode ser um laço irrenunciável com o compromisso ético. É prática dos devotos, mas também um estímulo à cidadania. Ao contrário de ser fuga das dificuldades, é clarividência e sabedoria, tão necessárias no enfrentamento dos problemas. Na verdade, a oração faz brotar uma fonte interior de decisões, baseadas em valores com força qualitativa.

A oração como prática e como inquestionável demanda, no entanto, passa, por razões socioculturais, por uma crise. Aliás, uma crise numa cultura ocidental que nunca foi radicalmente orante. O secularismo e a mentalidade racionalista se confrontam com aspectos importantes da vida oracional, como a intercessão e a contemplação. Diante desse cenário, é importante sublinhar: paga-se um preço muito alto quando se configura o caminho existencial distante da dimensão transcendente. O distanciamento, o desconhecimento e a tendência de banir o divino como referencial produzem vazios que atingem frontalmente a existência.

É longo o caminho para acertar a compreensão e fazer com que todos percebam o horizonte rico e indispensável da oração. Faz falta a clareza de que existem situações e problemas que a política, a ciência e a técnica não podem solucionar, como o sentido da vida e a experiência de uma felicidade duradoura. A oração é caminho singular. É, pois, indispensável aprender a orar e cultivar a disciplina da oração. Trata-se de um caminhar em direção às raízes e ao essencial. Nesse caminho está um remédio indispensável para o mundo atual, que proporciona mais fraternidade e experiências de solidariedade.

A lógica dominante da sociedade contemporânea está na contramão dessa busca. Os mecanismos que regem o consumismo e a autossuficiência humana provocam mortes. Sozinho, o progresso tecnológico, tão necessário e admirável, produz ambiguidades fatais e inúmeras contradições. Orar desperta uma consciência própria de autenticidade. Impulsiona à experiência humilde do próprio limite e inspira a conversão. É recomendação cristã determinante dos rumos da vida e de sua qualidade. A Igreja Católica tem verdadeiros tesouros, na forma de tratados, de estudos, de reflexões e de indicações para o cultivo da oração, que remetem à origem do cristianismo, quando os próprios discípulos pediram a Jesus: “Ensina-nos a orar”. É uma tarefa missionária essencial na fé, uma aprendizagem necessária, um cultivo para novas respostas na qualificação pessoal e do tecido cultural sustentador da vida em sociedade.”

Eis, pois, mais páginas contendo IMPORTANTES, ADEQUADAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que apontam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, severo e sem TRÉGUA, aos três dos nos MAIORES e mais AVASSALADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, objetivando manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, câncer que se espalha por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também ocasionando INESTIMÁVEIS perdas e danos, inquestionavelmente irreparáveis;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INSUPORTÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTO, a exigir igualmente uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que MINA a nossa ECONOMIA e a nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, afeta a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES, contaminando todo o tecido social, embaçando especialmente a chama do AMOR à PÁTRIA, ao lado de extremas NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS...

São, e sabemos bem, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS que contemplam EVENTOS como: a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) neste ano; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo, da JUSTIÇA, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...