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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A CIDADANIA, O DESAFIO DA EXCELÊNCIA NA GESTÃO E A MAGIA DA SANTIDADE

“Olhar sobre a gestão deve ser sistêmico
        Excelência em gestão soa como algo inalcançável, mas nada mais é que um olhar sistêmico da gestão, baseado em fundamentos e critérios de excelência que trazem uma abordagem lógica para as organizações. Segundo Jairo Martins, presidente-executivo da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), instituição seus fins lucrativos que promove, articula e dissemina a cultura e a excelência da gestão no Brasil, isso deve ocorrer baseados nos critérios de excelência, que são liderança, sociedade, clientes, estratégias e planos, processos, pessoas, informação e conhecimento e resultados. E todos esses quesitos devem estar harmonizados pelo sistema de gestão de uma organização.
         “A liderança de uma organização deve olhar a sociedade e os clientes para definir suas estratégias e planos. E deve estabelecer processos, a serem conduzidos por pessoas capacitadas e orientadas por um sistema de informação e conhecimento eficaz e eficiente, para, assim, gerar resultados”, explica o especialista, segundo o qual o primeiro passo para isso deve ser a decisão estratégica da liderança que vai conduzir o programa de excelência na empresa. “Como os modelos de gestão estão disponíveis e acessíveis, com exaustiva documentação, não há necessidade de grandes investimentos financeiros. Com atitude e algum investimento em capacitação, é possível iniciar um programa de excelência em qualquer organização”, diz.
         Pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, de qualquer natureza e porte: todas as empresas deveriam investir no processo. No Brasil, a Fundação Nacional da Qualidade tem como missão disseminar os fundamentos e critérios de excelência da gestão e por isso disponibiliza essas informações, além de cursos específicos e de diferentes profundidades sobre o seu registrado Modelo Excelência da Gestão (MEG). No portal www.fnq.org.br, essas informações estão disponíveis, assim como um curso básico sobre o MEG. “Fornecemos e-books e webcasts, gratuitamente, que são capazes de capacitar e levar as informações necessárias para que uma pequena e média empresa busque a excelência da sua gestão”, diz Jairo.
         Depois de fazer o curso via web, as empresas podem aplicar um autodiagnostico da sua gestão com base nos critérios de excelência da gestão da FNQ. Ao final, as empresas recebem um relatório com indicação dos seus pontos fortes e oportunidades de melhoria, informando o diagnóstico por cada um dos oito critérios de excelência. “Não há a necessidade de grandes investimentos. Logicamente, com base no diagnóstico, poderão ser desenvolvidas ações de melhoria, algumas das quais poderão requerer capacitações específicas. O papel da FNQ é transferir conhecimento sobre gestão”, explica Jairo Martins. A qualidade da gestão é sempre importante, mais ainda em tempos de crise.
REFLEXÃO Segundo o presidente da FNQ, empresas que nunca pensaram nisso de forma estratégica devem refletir que tempo de crise é tempo de gestão. “É preciso usar melhor os recursos em processos eficientes e eficazes, fazer mais com menos, otimizar operações. É tempo de arrumar a casa”, sugere. Gerir um negócio de forma sistêmica, olhando harmonicamente cada atividade, evita decisões precipitadas e pontuais que podem levar, além da quebra da organização, a eventual perda de fôlego quando iniciar a retomada da economia. Olhar constantemente os processos, buscando eficiência e eficácia, respeitando os limites da sustentabilidade e da ética, é a melhor forma de aperfeiçoar as operações e os negócios, garantindo competividade e produtividade.”.

(CAROLINA COTTA, em reportagem publicada no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 19 de janeiro de 2016, caderno CLASSIFICADOS, página principal).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 18 de janeiro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“A magia da santidade
        Paul Johnson é um dos grandes historiadores e intelectuais da atualidade. Nascido em 1928, na Inglaterra, ele até hoje utiliza a máquina de escrever. Sua produção intelectual é assombrosa e profunda. Seus textos são provocadores. Dono de uma cultura invejável e sinceridade cortante, Johnson não sucumbe aos clichês vazios. Em seu livro Os heróis, destaca a importância das lideranças morais.
         “Os heróis”, diz, “inspiram, motivam. (...) Eles nos ajudam a distinguir o certo do errado e a compreender os méritos morais da nossa causa.” Os comentários de Johnson trazem à minha memória um texto que exerceu forte influência no rumo de minha vida: Amar o mundo apaixonadamente, homilia proferida por São Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei e primeiro grão-chanceler da Universidade de Navarra (Espanha), durante missa celebrada no câmpus daquela prestigiosa instituição. São Josemaría – cuja festa a Igreja celebra em 26 de junho – foi um mestre na busca da santidade no trabalho profissional e nas atividades cotidianas.
         Propunha, naquela homilia vibrante e carregada de atrevimento, materializar a vida espiritual. Queria afastar os cristãos da tentação “de levar uma espécie de vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado; e, por outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de pequenas realidades terrenas”. O cristianismo encarnado nas realidades cotidianas: eis o miolo da proposta de São Josemaría. “Não pode haver uma vida dupla, não podemos ser esquizofrênicos, se queremos ser cristãos”, sublinha. E, numa advertência contra todas as manifestações de espiritualismo mal-sucedido e de beatice, afirma de modo taxativo: “Ou sabemos encontrar o Senhor na nossa vida de todos os dias ou não o encontraremos nunca”.
         O pensamento de Escrivá, apoiado numa visão transcendente da vida, e, aos mesmo tempo, com os pés bem fincados na realidade material e cotidiana, consegue, de fato, captar plenamente a contextura humana e ética dos acontecimentos. São Josemaría não deixa de enfatizar o valor insubstituível da liberdade – particularmente a liberdade de expressão e de pensamento – contra todas as formas de intolerância e sectarismo. Para ele, o pluralismo nas questões humanas não é algo que deva ser tolerado, mas sim amado e procurado.
         A sua defesa da liberdade, no entanto, não fica num conceito descomprometido, mas mergulha na raiz existencial da liberdade: o amor – amor a Deus, amor aos homens, amor à verdade. Sua defesa da fé e da verdade não é, de fato, “anti”-nada, mas a favor de uma concepção da vida que não pretende dominar, mas, ao contrário, é uma proposta que convida a uma livre resposta de cada ser humano.
         Seus ensinamentos se contrapõem a uma tendência cultural do nosso tempo: o empenho em confrontar verdade e liberdade. Frequentemente, as convicções, mesmo quando livremente assumidas, recebem o estigma de fundamentalismo. Tenta-se impor, em nome da liberdade, o que poderíamos chamar de dogma do relativismo. Essa relativização da verdade não se manifesta apenas no campo das ideias. De fato, tem inúmeras consequências no conteúdo ético da informação.
         A tese, por exemplo, de que é necessário ouvir os dois lados de uma mesma questão é irrepreensível; não há como discuti-la sem destruir os próprios fundamentos do jornalismo. Só que passou a ser usada para evitar a busca da verdade. A tendência a reduzir o jornalismo a um trabalho de simples transmissão de diversas versões oculta a falácia de que a captação da verdade dos fatos é uma impossibilidade. E não é. O bom jornalismo é a busca apaixonada da verdade, O jornalismo de qualidade, verdadeiro e livre, está profundamente comprometido com a dignidade do ser humano e com uma perspectiva de serviço à sociedade.
         A figura de São Josemaría Escrivá, o seu amor à verdade e a sua paixão pela liberdade tiveram grande influência em minha vida pessoal e profissional. Amar o mundo apaixonadamente não é apenas um texto moderno e forte. Sua mensagem, devidamente refletida, serve de poderosa alavanca para o exercício da nossa atividade profissional.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a também estratosférica marca de 378,76% para um período de doze meses; e mais,  em 2015, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 10,67%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  

 
        

  


  

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A CIDADANIA, A LIBERDADE DA SANTIDADE E AS COMPETÊNCIAS EDUCACIONAIS

“O atrevimento da santidade

Paul Johnson é um dos grandes historiadores e intelectuais contemporâneos. Autor do extraordinário Tempos modernos: o mundo dos anos 1920 aos 1980, seus textos são sempre provocadores. Dono de uma cultura invejável e sinceridade afiada, Johnson não sucumbe aos clichês vazios. Em seu livro Os heróis, ele destaca a importância das lideranças morais. “Os heróis inspiram, motivam (...) Eles nos ajudam a distinguir o certo do errado e a compreender os méritos morais da nossa causa”, diz Johnson. Os comentários dele trazem à minha memória um texto que exerceu forte influência no rumo da minha vida: Amar o mundo apaixonadamente, homilia proferida por São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei e primeiro grão-chanceler da Universidade de Navarra, durante missa celebrada no campus daquela prestigiosa instituição. São Josemaria – cuja festaa Igreja celebra em 26 de junho – foi um mestre na busca da santidade no trabalho profissional e nas atividades cotidianas.

“A vocação cristã consiste em transformar em poesia heroica a prosa de cada dia.” A vida, o trabalho, as relações sociais, tudo o que compõe o mosaico da nossa vida é matéria para ser santificada. São Josemaria, um santo alegre e otimista, olha a vida com uma lente extremamente positiva: “O mundo não é ruim, porque saiu das mãos de Deus”. O autêntico cristão não vive de costas para o mundo, nem encara o seu tempo com inquietação ou nostalgias. O verdadeiro cristão não vive focado no retrovisor. “Qualquer modo de evasão das honestas realidades diárias é para os homens e mulheres do mundo coisa oposta à vontade de Deus.” A luta do nosso tempo, com suas luzes e suas sombras, é sempre o desafio mais fascinante.

Articular verdade e liberdade é, talvez, um dos mais interessantes recados de São Josemaria. Insurge-se, vigorosamente, contra o clericalismo que se oculta na mentalidade de discurso único, na injusta dogmatização das coisas que são legitimamente opináveis. São Josemaria afirma que um cristão não deve “pensar ou dizer que desce do templo ao mundo para representar a Igreja”, nem que “as suas soluções são as soluções católicas para aqueles problemas”. Por defender esse pluralismo, sofreu incompreensões, inclusive de algumas pessoas da Cúria Romana, que entendiam, por exemplo, que na Itália os católicos tinham o dever de votar no Partido da Democracia Cristã.

São Josemaria não deixa de enfatizar o valor insubstituível da liberdade – particularmente a liberdade de expressão e de pensamento – contra todas as formas de intolerância e sectarismo. Para ele, o pluralismo nas questões humanas não é algo que deve ser tolerado, mas, sim, amado e procurado. A sua defesa da liberdade, no entanto, não fica num conceito descomprometido, mas mergulha na raiz existencial da liberdade: o amor – amor a Deus, amor aos homens, amor à verdade. Sua defesa da fé e da verdade não é, de fato, “anti-nada”, mas a favor de uma concepção da vida que não pretende dominar, mas, ao contrário, é uma proposta que convida a uma livre resposta de cada ser humano. Seus ensinamentos se contrapõem a uma tendência cultural do nosso tempo: o empenho em confrontar verdade e liberdade. Tenta-se impor, em nome da liberdade, o que poderíamos chamar de dogma do relativismo. Essa relativização da verdade não se manifesta apenas no campo das ideias. De fato, têm inúmeras consequências no conteúdo ético da informação.

A tese, por exemplo, de que é necessário ouvir os dois lados da mesma questão é irrepreensível; não há como discuti-la sem destruir os próprios fundamentos do jornalismo. Só que passou a ser usada para evitar a busca da verdade. A tendência a reduzir o jornalismo a um trabalho de simples transmissão de diversas versões oculta a falácia de que a captação da verdade dos fatos é uma quimera. E não é. O bom jornalismo é a busca apaixonada da verdade. A figura de São Josemaria Escrivá, o seu amor à verdade e a sua paixão pela liberdade tiveram grande influência em minha vida pessoal e profissional. Amar o mundo apaixonadamente não é apenas um texto moderno e forte. Sua mensagem, devidamente refletida, serve de poderosa alavanca para o exercício da nossa atividade profissional.”

(CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), consultor em estratégia de mídia, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de11 de junho de 2012, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 22 de outubro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de ROGÉRIO RODRIGUES, Professor das Instituições Arnaldo Janssen, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Educação e competências

O mundo pós-moderno descobriu a necessidade da competência. Depois de uma trajetória errática no campo das avaliações, relativizando conceitos e fazendo concessões, uma luz de densidade efetiva pousou sobre a fronte do Homo sapiens. A consciência da necessidade da eficácia nos processos e na compreensão do mundo convenceu todos de que o importante é a competência. Até então, as razões para uma pessoa ocupar um cargo, ter acesso formal aos degraus acadêmicos mais elevados, relativizaram, por questões de conveniências diversas, o conceito da competência.

A formação acadêmica pautava-se num conjunto de objetivos ligados apenas aos conteúdos programáticos, sem nenhuma preocupação com o seu processamento e sua inserção na vida cotidiana. Faltava significado para esses elementos. É necessário lembrar que mesmo esses ralos objetivos só eram pensados na hora da avaliação formal, nas provas. Pouquíssimos educadores elaboravam suas atividades de ensino com o olho nos seus objetivos, poucos acompanhavam realmente o desenvolvimento de seus alunos, em face de tais metas.

Por outro lado, a revolução tecnológica de maior impacto para a humanidade, que é o advento da informática e, consequentemente, a internet, mudaram as demandas relacionadas ao conhecimento sob o ponto de vista do seu processamento, liberando o potencial humano para atribuições mais nobres ligadas mais objetivamente à pesquisa. Antes do computador, a aprendizagem contava muito com a memorização e o conhecimento armazenado nos livros, que tinham limitações relacionadas ao tempo, não somente pela dificuldade de consulta, como também pela demora de atualização. Hoje, pode-se diminuir a preocupação com a memória ou armazenagem da informação e se dedicar mais à pesquisa.

Em face dessa realidade, é possível destacar, com um razoável grau de generalidade, as duas competências essenciais para a construção do conhecimento: a competência advinda do aletramento eficiente, que instrumentaliza o homem, colocando-o no acesso a todas as linguagens, sujeito capaz na busca de informação e conhecimento.

E a competência de desenvolver metodologias próprias de investigação, aprendizagem e processamento.

A primeira competência citada refere-se ao processo de alfabetização e domínio da linguagem escrita, no que diz respeito a extrair o significado da palavra, expresso nas construções textuais, transformando em vida e consciência um código com sua sintaxe. De posse desse instrumental, é possível dominar outras linguagens, sejam elas próprias de outras culturas ou próprias de algum ramo do conhecimento. Essa é a competência das competências.

A segunda competência citada tem pelo menos duas gradações, mas ambas dizem respeito à descoberta de metodolodias. As gradações referem-se à aprendizagem e ao processamento do conhecimento. Um boa figura para esta competência é a do craque de futebol, que recebe a bola de qualquer jeito, em qualquer circunstância, e domina-a, coloca-a no chão, faz com ela o que quer. Assim, espera-se o mesmo de um estudante competente. O processo de aprendizagem tem um grau de subjetividade, uma vez que cada indivíduo é único. Seria de grande valia propiciar experiências que permitissem ao estudante, por exemplo, descobrir sua metodologia própria para estudar eficientemente cada ramo do conhecimento.

A posse dessas duas grandes competências é como ter uma caixa de ferramentas que se basta, é como estar equipado continuamente, uma vez que as competências de cada um são inalienáveis. Então, todas as outras competências derivam dessas duas. Pode-se trabalhar a aprendizagem, desde o ensino médio, com esse novo paradigma, utilizando os conteúdos com outra tônica, que contempla de maneira maximizada a investigação, a contextualização real, reforçando os conteúdos como modelos de situações concretas. Nada disso exclui ou minimiza a importância dos conteúdos. Eles são imprescindíveis.”

Eis, portanto, mais IMPORTANTES, PEDAGÓGICAS e IMPORTANTES abordagens e REFLEXÕES que acenam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA – que é de ÉTICA, de MORAL, de PRINCÍPIOS, de VALORES –, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, CIVILIZADAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE ainda a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) – e mais o IMPERATIVO modernidade de matricularmos as nossas crianças de seis anos na 1ª série do ENSINO FUNDAMENTAL, independentemente do mês de NASCIMENTO –, até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir uma PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER, a se espalhar por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas modalidades, também a ocasionar INESTIMÁVEIS perdas e danos, inexoravelmente IRREPARÁVEIS;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INTOLERÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTOS, igualmente a exigir uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA que DILAPIDA o nosso já frágil DINHEIRO PÚBLICO, MINA a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, AFETA a confiança em nossas INSTITUIÇÕES, negligenciando a JUSTIÇA, a VERDADE, a HONESTIDADE e o AMOR da PÁTRIA, ao lado de extremas e sempre crescentes DEMANDAS, NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS, o que aumenta o colossal ABISMO das nossas DESIGUALDADES sociais e regionais e nos afasta num crescendo do seleto grupo dos SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDOS...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS e generosas RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODAS as BRASILEIRAS e com TODOS os BRASILEIROS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos e que contemplam EVENTOS como a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das empresas, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo da JUSTIÇA, da LIBERDADE, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA... e PERSEVERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...