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sexta-feira, 23 de junho de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DO PATRIMÔNIO HUMANO E A LUZ DA LIBERDADE E DA ALEGRIA NA SUSTENTABILIDADE

 “Patrimônio humano das corporações
        É senso comum de que o maior bem das empresas é seu contingente humano, já que as máquinas não trabalham sozinhas. As mais modestas percepções empresariais, já há muito tempo, por influências negativas, tanto na extraordinária queda da qualidade de ensino, em todos os níveis, e na moral e ética pelos desmandos políticos que contaminam a população, indicam um olhar mais cuidadoso na qualidade funcional de seus empregados. O ex-presidente francês François Miterrand disse que “nada contamina mais do que o exemplo”. O poeta e escritor português Luiz Vaz de Camões ainda foi mais longe ao falar: “O fraco rei faz fraca a forte gente”. Dessa forma, como nunca, as empresas têm que complementar a formação dos seus funcionários, seja por meio de cursos, palestras e outros recursos. A contratação, hoje, também exige análises mais cuidadosas, porque o enfraquecimento do caráter, pelos maus exemplos, é uma constatação triste.
         Planejar é, essencialmente, prever e preencher as lacunas que se apresentam e interferem no bom funcionamento da corporação, sobretudo, na produtividade. Resolver a melhoria da eficiência do quadro dos colaboradores, partindo para a guerra tirando funcionários dos concorrentes, a experiência tem mostrado que, na maioria das vezes, não é uma boa estratégia. Além da animosidade que essa circunstância cria, avilta os salários e esses novos empregados, sem amor à camisa, nem sempre oferecem o mesmo grau de comprometimento com os novos empregadores.
         Dedicar à formação, com a visão de que essa conta não é despesa e sim investimento, ainda é uma das boas saídas. Recorrer a estagiários e trainees de boas escolas pode ajudar muito, porque forma o funcionário desde o início, e revela quem tem aptidão para essa ou aquela função. Não há derrota maior para o empresário do que ver máquinas paradas por falta de operadores ou recusar trabalho por não ter gente suficiente para cumprir contratos.
         Diante dessa realidade, não é nenhum exagero imaginar que o valor de mercado de uma empresa, nos dias de hoje, deve ser examinado não só pelos números, patrimônio líquido, seu passivo, valor nominal das ações ou pela conta clientes. Seu ativo contábil, agora, deve incluir o ativo humano. A empresa que tiver pessoal especializado em toda escala funcional, melhor desempenho e mesmo valor de mercado terá, porque dispondo desses preciosos recursos, custos de produção menores e a qualidade do produto final, seja de bens ou serviços, será muito maior, além da melhor chance de cumprir compromissos e permanecer no mercado. O que se espera é que a experiência de hoje modifique as relações do capital e do trabalho e que todo planejamento contemple ações humanas multiformes, sem a arrogância das chefias em achar que só os empregados dependem da empresa.”.

(GILSON E. FONSECA. Sócio-diretor da Soluções em engenharia geotécnica Ltda. – Soegeo, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de junho de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 19 de junho de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Santo da liberdade e da alegria
        Quem teve, como eu, a experiência de conhecer um santo sabe que certas datas têm o condão de despertar muitas lembranças e imensa saudade. Segunda-feira, 26, a Igreja celebra a festa de São Josemaria Escrivá.
         Há 43 anos, em maio e junho de 1974, São Josemaria visitou o Brasil e se apaixonou com o que viu: a diversidade de raças, o convívio aberto e fraterno, a alegria, a musicalidade da nossa gente. Apalpa-se no Brasil, dizia ele comovido, todas as combinações que o amor humano é capaz de realizar. Liberdade, tolerância e cordialidade, traços característicos de nosso modo de ser, atraíram profundamente do Opus Dei.
         A figura amável de São Josemaria e a força de sua mensagem tiveram grande influência em minha vida pessoal e profissional. Aproveitando a efeméride, quero compartilhar com você, amigo leitor, algumas ideias recorrentes na vida e nos ensinamentos de São Josemaria: seu amor à verdade e sua paixão pela liberdade. Trata-se de convicções que constituem uma pauta permanente para todos os que estamos comprometidos com a tarefa de apurar, editar, processar e transmitir informação.
         “Peço a vocês que difundam o amor ao bom jornalismo, que é aquele que não se contenta com rumores infundados, com boatos inventados por imaginações febris. Informem com fatos, com resultados, sem julgar as intenções, mantendo a legítima diversidade de opiniões, num plano equânime, sem descer ao ataque pessoal. É difícil que haja verdadeira convivência onde falta verdadeira informação; e a informação verdadeira é aquela que não tem medo à verdade e que não se deixa levar por desejos de subir, de falso prestígio ou de vantagens econômicas.” A citação, extraída de uma das entrevistas do fundador do Opus Dei à imprensa, é um estímulo ao jornalismo de qualidade.
         Sua doutrina se contrapõe a uma doença cultural do nosso tempo: o empenho em confrontar verdade e liberdade. Impõe-se, em nome da liberdade, o que se poderia chamar de dogma do relativismo. Essa relativização da verdade não se manifesta apenas no campo das ideias. De fato, têm inúmeras consequências na prática jornalística.
         A tendência a reduzir o jornalismo a um trabalho de simples transmissão de diversas versões oculta a falácia de que a captação da verdade é um sonho romântico. Com efeito, se a verdade fosse impossível de ser alcançada, a simples apresentação das versões (ouvir o outro lado) representaria o único procedimento válido. Josemaria Escrivá rejeita essa atitude míope e empobrecedora. “Informar”, diz ele, “não é ficar a meio caminho entre a verdade e a mentira”. O bom jornalista é aquele que aprofunda, vai atrás da verdade que, como dizia o grande jornalista Claudio Abramo, frequentemente está camuflada atrás da verdade aparente. É, sobretudo, aquele que não se esconde por trás de uma neutralidade falsa e cômoda.
         Ao mesmo tempo que defende os direitos da verdade, São Josemaria não deixa de enfatizar o valor insubstituível da liberdade humana – particularmente da liberdade de expressão e de pensamento – contra todas as formas de sectarismo e de intolerância. E ao contemplar o dogmatismo que, tantas vezes, preside as relações humanas, manifesta uma sentida queixa: “Que coisa triste é ter mentalidade cesarista e não compreender a liberdade dos demais cidadãos, nas coisas que Deus deixou ao juízo dos homens.” Para ele, o pluralismo nas questões humanas não é apenas algo que deve ser tolerado, mas, sim, amado e procurado.
         São Josemaria, um santo alegre, carismático e otimista, olha a vida com uma lente extremamente positiva: “O mundo não é ruim, porque saiu das mãos de Deus”. O autêntico cristão não vive de costas para o mundo, nem encara o seu tempo com inquietação ou nostalgia do passado. “Qualquer modo de evasão das honestas realidades diárias é para os homens e mulheres do mundo coisa oposta à vontade de Deus”. A luta do nosso tempo, com suas luzes e suas sombras, é sempre o desafio mais fascinante.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio/2017 a ainda estratosférica marca de 345,10% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 301,45%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 3,60%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 




          

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A CIDADANIA, A REFORMA PLURAL E A INSUBSTITUÍVEL LIBERDADE

“Reforma plural
        Discutir reforma política é pouco. A sociedade quer mais que uma reforma singular. O país deve ao povo a entrega efetiva de reformas fundamentais. A cidadania já não suporta os remendos provisórios costurados à revelia da oitiva popular. Escutar a opinião pública é uma questão de princípio. Somar a isso a harmonia das discussões democráticas entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário é uma obrigação nas relações republicanas. A reforma plural é extremamente urgente e fundamental.
         As reformas esperadas pelos setores político, empresarial e profissional precisam passar, necessariamente, pela evolução do mundo globalizado, acompanhando as modernas tecnologias, contemporâneas dos novos valores humanos, embora esses ainda aprendizes do pensar, do abstrair e do entender. Com as reformas, deverão vir as mudanças na política econômica do país, no estilo brasileiro, sem revisitas a modelos impositivos e truculentos, característicos de alguns países vizinhos. A imaginação desse fato já é, por si, um retrocesso. Contudo, esta aí um novo tempo trazido pelo século 21.
         Resta saber se o Congresso Nacional está disposto a entregar à sociedade o bônus do avanço e não o ônus da estagnação. A lentidão sempre praticada quando se trata de benefícios sociais é uma ferramental letal do governo. Os interesses coletivos da população, quase sempre colocados por derradeiros na lista de assentimento dos políticos, requerem priorização. Todavia, as mudanças não podem mais esperar pela burocracia governamental. É agora o momento migratório da simples informação para a difusão do conhecimento. A globalização já chegou às vidas dos trabalhadores, dos empresários, dos governantes e não há nada que mude essa realidade.
         Perfila de forma incontestável na sociedade o anseio por redução do peso da máquina pública na vida das pessoas, quer seja no âmbito federal, estadual e municipal. A sobrecarga adiposa e paquidérmica do aparelho estatal atrasa em muito a meta pretendida de se chegar ao patamar dos países de primeiro mundo. A administração pública custa caro aos bolsos do trabalhador. A carga tributária brasileira consome cinco dos 12 meses de trabalho anual do cidadão. Insuportável e escorchante ao extremo. Sem contar a falta de sintonia democrática demonstrada na guerra fiscal de estados e municípios.
         Antes de se discutir a extinção de qualquer garantia fundamental e muito antes de os experts mexerem nos direitos dos trabalhadores e dos aposentados e pensionistas, as alterações nas legislações trabalhista e previdenciária requerem ampla consulta aos setores diretamente atingidos, sob pena da não concordância geral com a flexibilização pretendida. A justiça social deve prevalecer.
         Nesse pensar, o sistema judiciário vigente deve mudar radicalmente, de forma a oferecer aos cidadãos uma prestação jurisdicional célere, acompanhada de julgamentos rápidos e solução tempestiva de litígios, sem corporativismo, ampliando o acesso à Justiça e modernizando a administração judiciária, com a garantia de maior efetividade às decisões de primeiro e segundo graus. Já no sistema político a reforma passa por questões como o financiamento de campanha, voto distrital, número de partidos, reeleição, coligações e outras mais complexas até mesmo para especialistas, que abrem mão de uma decisão para entregar à sociedade o desempate entre plebiscito e referendo.
         Assim, as reformas administrativa, tributária, trabalhista, previdenciária, judiciária e política precisam sair do papel, das gavetas do sistema bicameral e se transformar em novas leis, progressistas, enxutas, com vigência no ordenamento jurídico pátrio, o mais rápido possível. De sorte que, nesse contexto, não cabe mais paciência com a inercial proposital dos poderes constituídos, que tão logo libertos das amarras ideológicas, espera-se, passem a cuidar dos interesses nacionais.”

(WILSON CAMPOS. Advogado, presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB-MG, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de dezembro de 2014, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 22 de dezembro de 2014, mesmo caderno e página, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS), doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), e que merece igualmente integral transcrição:

“Demanda de liberdade
        Paul Johnson, brilhante historiador britânico, é um dos grandes intelectuais da atualidade. Seus textos são afiados e provocadores. Dono de uma cultura invejável e sinceridade cortante, Johnson não sucumbe aos clichês vazios. Em seu livro Os heróis, destaca a importância das lideranças morais.
         “Os heróis”, diz Johnson, “inspiram, motivam. (...) Eles nos ajudam a distinguir o certo do errado e a compreender os méritos morais da nossa causa.” Os comentários de Johnson trazem à minha memória um texto que exerceu forte influência no rumo da minha vida: Amar o mundo apaixonadamente, homilia proferida por São Josemaria Escrivá, primeiro grão-chanceler da Universidade de Navarra, durante missa celebrada no campus daquela prestigiosa instituição.
         Propunha, naquela homilia vibrante e carregada de ousadia, “materializar a vida espiritual”. Queria afastar os cristãos da tentação “de levar uma espécie de vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado; e, por outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de pequenas realidades cotidianas: eis o miolo da proposta de São Josemaria. “Não pode haver uma vida dupla, não podemos ser esquizofrênicos se queremos ser cristãos”, sublinha. E, numa advertência contra todas as manifestações de espiritualismo mal-entendido e de beatice, afirma de modo taxativo: “Ou sabemos encontrar o Senhor na nossa vida de todos os dias, ou não o encontraremos nunca”.
         “A vocação cristão consiste em transformar em poesia heroica a prosa de cada dia.” A vida, o trabalho, as relações sociais, tudo o que compõe o mosaico da nossa vida é matéria para ser santificada. São Josemaria, um santo alegre e otimista, olha a vida com uma lente extremamente positiva: “O mundo não é ruim, porque saiu das mãos de Deus”. O autêntico cristão não vive de costas para o mundo, nem encara o seu tempo com inquietação ou nostalgia do passado. “Qualquer modo de evasão das honestas realidades diárias é para os homens e mulheres do mundo coisa oposta à vontade de Deus.” A luta do nosso tempo, com suas luzes e sua sombras, é sempre um desafio mais fascinante.
         O pensamento de São Josemaria, apoiado numa visão transcendente da vida e, ao mesmo tempo, com os pés bem fincados na realidade material e cotidiana, consegue, de fato, captar plenamente a contextura humana e ética dos acontecimentos. Ele tem, no fundo, a terceira dimensão: a religiosa e ética – e só com esse foco é possível entender plenamente o mundo em que vivemos. Na verdade, o esgotamento do materialismo histórico e a crescente frustração do consumismo hedonista prenunciam uma mudança comportamental: o mundo está sedento de liberdade, mas nostálgico de certezas.
         Articular verdade e liberdade é, talvez, um dos mais interessantes recados de São Josemaria. Insurge-se, vigorosamente, contra o clericalismo que se oculta na mentalidade de discursos único, na injusta dogmatização das coisas que são legitimamente opináveis. São Josemaria afirma que não deve “pensar ou dizer que desce do templo ao mundo para representar a Igreja”, nem que “as suas soluções são as soluções católicas para aqueles problemas”. Por defender esse pluralismo sofreu incompreensões, até de algumas pessoas da Cúria Romana, que entendiam, por exemplo, que na Itália os católicos tinham o dever de votar no Partido da Democracia Cristã.
         São Josemaria não deixa de enfatizar o valor insubstituível da liberdade – particularmente a liberdade de expressão e de pensamento – contra todas as formas de intolerância e sectarismo. Para ele, o pluralismo nas questões humanas não é algo que deve ser tolerado, mas, sim, amado e procurado.
         Amar o mundo apaixonadamente não é apenas um texto moderno e forte. Sua mensagem, devidamente refletida, serve de poderosa alavanca para o exercício da nossa atividade profissional.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados (a propósito, e mais uma vez, dizer que a inflação fragiliza a economia, inibindo investimentos, tanto internos como externos, e matando a confiança entre as classes sociais...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (por exemplo, em carta de 17 de julho de 1683, o Marquês Sebastian Le Preste de Vauban (1633-1707), engenheiro, já advertia o superintendente das construções da França, no reinado de Luís XIV: “Existem algumas pontas de obras dos últimos anos que não estão terminadas e que nunca vão sê-lo. E tudo isso, Senhor, devido à confusão causada pelos freqüentes rebaixamentos de preços que se fazem nas obras de vossa Mercê, pois é certo que todos esses rompimentos dos contratos, descumprimentos de palavra e aditivos de adjudicações não servirão senão para atrair a Vossa Mercê, como Empreiteiros, todos os miseráveis que não sabem onde dar com a cabeça, os trapaceiros e os ignorantes. E afastar de Vossa Mercê todos aqueles que têm o que perder e que são capazes de conduzir uma Empresa...”; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 654 bilhões), a exigir imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e abundantes riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

O BRASIL TEM JEITO!


   

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A CIDADANIA, A LIBERDADE DA SANTIDADE E AS COMPETÊNCIAS EDUCACIONAIS

“O atrevimento da santidade

Paul Johnson é um dos grandes historiadores e intelectuais contemporâneos. Autor do extraordinário Tempos modernos: o mundo dos anos 1920 aos 1980, seus textos são sempre provocadores. Dono de uma cultura invejável e sinceridade afiada, Johnson não sucumbe aos clichês vazios. Em seu livro Os heróis, ele destaca a importância das lideranças morais. “Os heróis inspiram, motivam (...) Eles nos ajudam a distinguir o certo do errado e a compreender os méritos morais da nossa causa”, diz Johnson. Os comentários dele trazem à minha memória um texto que exerceu forte influência no rumo da minha vida: Amar o mundo apaixonadamente, homilia proferida por São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei e primeiro grão-chanceler da Universidade de Navarra, durante missa celebrada no campus daquela prestigiosa instituição. São Josemaria – cuja festaa Igreja celebra em 26 de junho – foi um mestre na busca da santidade no trabalho profissional e nas atividades cotidianas.

“A vocação cristã consiste em transformar em poesia heroica a prosa de cada dia.” A vida, o trabalho, as relações sociais, tudo o que compõe o mosaico da nossa vida é matéria para ser santificada. São Josemaria, um santo alegre e otimista, olha a vida com uma lente extremamente positiva: “O mundo não é ruim, porque saiu das mãos de Deus”. O autêntico cristão não vive de costas para o mundo, nem encara o seu tempo com inquietação ou nostalgias. O verdadeiro cristão não vive focado no retrovisor. “Qualquer modo de evasão das honestas realidades diárias é para os homens e mulheres do mundo coisa oposta à vontade de Deus.” A luta do nosso tempo, com suas luzes e suas sombras, é sempre o desafio mais fascinante.

Articular verdade e liberdade é, talvez, um dos mais interessantes recados de São Josemaria. Insurge-se, vigorosamente, contra o clericalismo que se oculta na mentalidade de discurso único, na injusta dogmatização das coisas que são legitimamente opináveis. São Josemaria afirma que um cristão não deve “pensar ou dizer que desce do templo ao mundo para representar a Igreja”, nem que “as suas soluções são as soluções católicas para aqueles problemas”. Por defender esse pluralismo, sofreu incompreensões, inclusive de algumas pessoas da Cúria Romana, que entendiam, por exemplo, que na Itália os católicos tinham o dever de votar no Partido da Democracia Cristã.

São Josemaria não deixa de enfatizar o valor insubstituível da liberdade – particularmente a liberdade de expressão e de pensamento – contra todas as formas de intolerância e sectarismo. Para ele, o pluralismo nas questões humanas não é algo que deve ser tolerado, mas, sim, amado e procurado. A sua defesa da liberdade, no entanto, não fica num conceito descomprometido, mas mergulha na raiz existencial da liberdade: o amor – amor a Deus, amor aos homens, amor à verdade. Sua defesa da fé e da verdade não é, de fato, “anti-nada”, mas a favor de uma concepção da vida que não pretende dominar, mas, ao contrário, é uma proposta que convida a uma livre resposta de cada ser humano. Seus ensinamentos se contrapõem a uma tendência cultural do nosso tempo: o empenho em confrontar verdade e liberdade. Tenta-se impor, em nome da liberdade, o que poderíamos chamar de dogma do relativismo. Essa relativização da verdade não se manifesta apenas no campo das ideias. De fato, têm inúmeras consequências no conteúdo ético da informação.

A tese, por exemplo, de que é necessário ouvir os dois lados da mesma questão é irrepreensível; não há como discuti-la sem destruir os próprios fundamentos do jornalismo. Só que passou a ser usada para evitar a busca da verdade. A tendência a reduzir o jornalismo a um trabalho de simples transmissão de diversas versões oculta a falácia de que a captação da verdade dos fatos é uma quimera. E não é. O bom jornalismo é a busca apaixonada da verdade. A figura de São Josemaria Escrivá, o seu amor à verdade e a sua paixão pela liberdade tiveram grande influência em minha vida pessoal e profissional. Amar o mundo apaixonadamente não é apenas um texto moderno e forte. Sua mensagem, devidamente refletida, serve de poderosa alavanca para o exercício da nossa atividade profissional.”

(CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), consultor em estratégia de mídia, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de11 de junho de 2012, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 22 de outubro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de ROGÉRIO RODRIGUES, Professor das Instituições Arnaldo Janssen, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Educação e competências

O mundo pós-moderno descobriu a necessidade da competência. Depois de uma trajetória errática no campo das avaliações, relativizando conceitos e fazendo concessões, uma luz de densidade efetiva pousou sobre a fronte do Homo sapiens. A consciência da necessidade da eficácia nos processos e na compreensão do mundo convenceu todos de que o importante é a competência. Até então, as razões para uma pessoa ocupar um cargo, ter acesso formal aos degraus acadêmicos mais elevados, relativizaram, por questões de conveniências diversas, o conceito da competência.

A formação acadêmica pautava-se num conjunto de objetivos ligados apenas aos conteúdos programáticos, sem nenhuma preocupação com o seu processamento e sua inserção na vida cotidiana. Faltava significado para esses elementos. É necessário lembrar que mesmo esses ralos objetivos só eram pensados na hora da avaliação formal, nas provas. Pouquíssimos educadores elaboravam suas atividades de ensino com o olho nos seus objetivos, poucos acompanhavam realmente o desenvolvimento de seus alunos, em face de tais metas.

Por outro lado, a revolução tecnológica de maior impacto para a humanidade, que é o advento da informática e, consequentemente, a internet, mudaram as demandas relacionadas ao conhecimento sob o ponto de vista do seu processamento, liberando o potencial humano para atribuições mais nobres ligadas mais objetivamente à pesquisa. Antes do computador, a aprendizagem contava muito com a memorização e o conhecimento armazenado nos livros, que tinham limitações relacionadas ao tempo, não somente pela dificuldade de consulta, como também pela demora de atualização. Hoje, pode-se diminuir a preocupação com a memória ou armazenagem da informação e se dedicar mais à pesquisa.

Em face dessa realidade, é possível destacar, com um razoável grau de generalidade, as duas competências essenciais para a construção do conhecimento: a competência advinda do aletramento eficiente, que instrumentaliza o homem, colocando-o no acesso a todas as linguagens, sujeito capaz na busca de informação e conhecimento.

E a competência de desenvolver metodologias próprias de investigação, aprendizagem e processamento.

A primeira competência citada refere-se ao processo de alfabetização e domínio da linguagem escrita, no que diz respeito a extrair o significado da palavra, expresso nas construções textuais, transformando em vida e consciência um código com sua sintaxe. De posse desse instrumental, é possível dominar outras linguagens, sejam elas próprias de outras culturas ou próprias de algum ramo do conhecimento. Essa é a competência das competências.

A segunda competência citada tem pelo menos duas gradações, mas ambas dizem respeito à descoberta de metodolodias. As gradações referem-se à aprendizagem e ao processamento do conhecimento. Um boa figura para esta competência é a do craque de futebol, que recebe a bola de qualquer jeito, em qualquer circunstância, e domina-a, coloca-a no chão, faz com ela o que quer. Assim, espera-se o mesmo de um estudante competente. O processo de aprendizagem tem um grau de subjetividade, uma vez que cada indivíduo é único. Seria de grande valia propiciar experiências que permitissem ao estudante, por exemplo, descobrir sua metodologia própria para estudar eficientemente cada ramo do conhecimento.

A posse dessas duas grandes competências é como ter uma caixa de ferramentas que se basta, é como estar equipado continuamente, uma vez que as competências de cada um são inalienáveis. Então, todas as outras competências derivam dessas duas. Pode-se trabalhar a aprendizagem, desde o ensino médio, com esse novo paradigma, utilizando os conteúdos com outra tônica, que contempla de maneira maximizada a investigação, a contextualização real, reforçando os conteúdos como modelos de situações concretas. Nada disso exclui ou minimiza a importância dos conteúdos. Eles são imprescindíveis.”

Eis, portanto, mais IMPORTANTES, PEDAGÓGICAS e IMPORTANTES abordagens e REFLEXÕES que acenam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA – que é de ÉTICA, de MORAL, de PRINCÍPIOS, de VALORES –, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, CIVILIZADAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE ainda a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) – e mais o IMPERATIVO modernidade de matricularmos as nossas crianças de seis anos na 1ª série do ENSINO FUNDAMENTAL, independentemente do mês de NASCIMENTO –, até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir uma PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER, a se espalhar por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas modalidades, também a ocasionar INESTIMÁVEIS perdas e danos, inexoravelmente IRREPARÁVEIS;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INTOLERÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTOS, igualmente a exigir uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA que DILAPIDA o nosso já frágil DINHEIRO PÚBLICO, MINA a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, AFETA a confiança em nossas INSTITUIÇÕES, negligenciando a JUSTIÇA, a VERDADE, a HONESTIDADE e o AMOR da PÁTRIA, ao lado de extremas e sempre crescentes DEMANDAS, NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS, o que aumenta o colossal ABISMO das nossas DESIGUALDADES sociais e regionais e nos afasta num crescendo do seleto grupo dos SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDOS...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS e generosas RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODAS as BRASILEIRAS e com TODOS os BRASILEIROS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos e que contemplam EVENTOS como a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das empresas, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo da JUSTIÇA, da LIBERDADE, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA... e PERSEVERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...