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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A QUALIFICADA SUPERAÇÃO DA DISTÂNCIA NO ENSINO E A ESCUTA AMOROSA AOS EXIGENTES CLAMORES NA SUSTENTABILIDADE


“Ensino a distância é coisa do passado?
        Há quase uma década, o ensino a distância (EAD) é uma realidade crescente no país. Nos EUA e na Europa, o ensino on-line é reconhecido como um método eficaz, sendo amplamente utilizado por empresas tradicionais.
         A popularização do EAD possibilitou que plataformas de ensino on-line ganhassem cada vez mais espaço no Brasil. No final do ano passado, portaria da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) regulamentou os mestrados e doutorados a distância. Entre 2016 e 2017, houve um aumento de 17,6% da modalidade no país, segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
         A possibilidade de ter horários flexíveis, interatividade e as mensalidades competitivas motivam cada vez mais alunos a optar pelo modelo de educação a distância. A popularização da internet e dos smartphones propiciaram o arcabouço necessário para a consolidação do EAD como alternativa real de evolução de carreira. Apenas no último ano, a procura para cursos de EAD para cursos de graduação e pós-graduação, mestrado e doutorado cresceu 72%.
         Por outro lado, o conceito de EAD vem sendo associado aos modelos em que os alunos interagem de forma assimétrica com professores e colegas, usando ferramentas tradicionais baseadas em videoaula, fóruns e e-mails. Nesse contexto, a experiência de aprendizado do aluno fica limitada, assemelhando-se ao estudo autônomo.
         Venho observando no mercado algumas instituições inovadoras que estão promovendo uma silenciosa revolução no EAD. Cada vez mais, as instituições buscam se adaptar à nova realidade investindo na interatividade e experiência do aluno e permitindo que esteja tão próximo do professor e colegas quanto em uma aula presencial. Hoje, alunos e professores passaram a estabelecer uma comunicação em tempo real, derrubando barreiras físicas e permitindo que a educação a distância atingisse novo nível de agilidade, interatividade e eficiência.
         Creio que o marco dessa evolução tenha se dado a partir do momento em que os resultados das avaliações oficiais do MEC de alunos que cursaram disciplinas a distância passaram a ser iguais ou superiores aos daqueles que concluíram cursos presenciais.
         O termo EAD, como existe hoje, está ultrapassado. Graças às novas exigências por parte dos órgãos reguladores da educação e dos alunos. Com isso, as instituições educacionais estão, cada vez mais, buscando reformular currículos e metodologias, além de investir, constantemente, na qualidade dos cursos oferecidos. Isso aumenta a credibilidade do mercado e é algo positivo, tanto para as escolas quanto para os alunos, pois aproxima quem está em busca de conhecimento e capacitação daqueles que o detêm.
         A meu ver, esse é o futuro da educação. Pessoas conectadas entre si investindo na troca de experiências com docentes e discentes no escasso tempo disponível que têm. Creio, também, que o modelo de educação a distância que conhecemos está cada vez mais fadado ao fim, pois as tecnologias e modelos emergentes serão capazes de encurtar distâncias e construir pontes cada vez mais sólidas de conhecimento.”.

(VINICIUS BOZZI NONATO. CEO e fundador do IGTI, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de setembro de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Ouvidos aos clamores
        Ouvir os clamores é indispensável para combater indiferenças que configuram uma ordem social e política contrária à dignidade humana neste complexo momento da contemporaneidade. Verifica-se que há grande dificuldade para escutar clamores dos sofredores, pobres, enfermos, indefesos e idosos. Comprometida a escuta, consequentemente, estarão também prejudicados os diálogos e entendimentos. “Quem tem ouvidos, ouça”. Exercer a escuta é a recomendação pedagógica de Jesus.
         Com frequência, dá-se ouvidos a muitas coisas que alimentam o mal. De maneira patológica, dedica-se atenção ao cardápio de perversidades que alimentam sentimentos destrutivos. Um sinal desse comportamento é a consideração, popularizada, de que, “notícia boa é notícia ruim”. Configura-se, assim, um inconsciente coletivo que gera interesse e envolvimento com o que é cruel e tem força destrutiva sobre imagens e reputações, ainda mais quando se ancora em inverdades. Há uma crescente perda de encantamento pelo bem. E é o bem que gera o sentido necessário para o sustento da vida, a inspiração para intuições que renovam dinâmicas, permitindo encontrar caminhos e respostas novas ante as carências de toda a sociedade.
         A escuta daquilo que alimenta o mal compromete uma indispensável competência humana: dar ouvidos aos clamores que brotam das diferentes formas de sofrimento. Há de se recuperar essa capacidade. Ao se dar ouvidos aos clamores dos que sofrem, nas muitas periferias – geográficas e existenciais –, ocorrem transformações profundas na interioridade humana, na espiritualidade de cada pessoa, nas sinapses cerebrais. São alimentados os muitos sentimentos que podem sustentar o sentido do viver, inspirar escolhas, qualificar processos e garantir competência assertiva no exercício de responsabilidades legislativas, judiciárias e executivas. Permite, também, a qualificação da insubstituível competência cidadã de ser solidário e de cultivar a compaixão. Certamente, aí está um dos remédios para curar a sociedade da violência.
         A insensibilidade para se ouvirem os clamores explica, também, o enfraquecimento de mentes, que se tornam incapacitadas para lidar com desafios mais exigentes. Por isso, há tanta impaciência e precipitações, que levam a escolhas cegas e desistências fatais ante a nobreza e o dom que é viver. Não menos suicida é a configuração de situações regidas pelas inteligências e escolhas, decisões e orientações de que, ainda que ocupando cargos importantes, não tem a necessária sensibilidade cultivada a partir da prática espiritual e cidadã de se dar ouvido a clamores.
         Sábia é a mãe que sai à procura de oportunidades para que seus filhos exercitem, por inserções no mundo dos pobres e sofredores, a capacidade de ouvir clamores enquanto prestam serviço abnegado e oblativo. Assim, não se deixa assorear a fonte do sentimento de compaixão e de solidariedade, tão e quase sempre mais importante que a fonte luminosa da razão. Práticas religiosas, exercício de poderes em governos, relacionamentos sociais e humanitários não podem dispensar o recurso simples, mas com força educativa e terapêutica, que é ouvir os clamores.
         É significativa a referência religiosa dos primeiros cinco livros da sagrada escritura, o Pentateuco, ao indicar rumos na busca de equilíbrio na ordem social e política do povo de Deus: indispensável é o exercício permanente de se ouvirem os clamores dos pobres e sofredores. E não se trata, absolutamente, de conivência com algum tipo de configuração meramente ideológica. Trata-se de caminho em direção a Deus e para conquistar uma espiritualidade necessária na relação entre semelhantes e com o Criador de todas as coisas. Os ouvidos dados aos clamores dos sofredores e pobres permitem a arquitetura do genuíno sentido da pobreza – remédio para a doentia mesquinhez que enjaula almas e corações sob a égide da idolatria do dinheiro. O destrutivo apego aos bens leva à indiferença. Orienta posturas de quem até fala sobre os pobres, tem discursos em sua defesa, mas, mesmo com os cofres cheios, não abre mão de centavos para ajudá-los.
         Ora, no coração de Deus, os pobres e sofredores ocupam lugar preferencial. Ele escuta seus clamores e deles se compadece. Sobre eles se debruça. Dedica-se à humanidade pobre, pecadora e esgarçada por se distanciar de seu amor. Sua compaixão se desdobra em gestos de salvação, no ato maior e perfeito de amor, a oferta de seu filho amado, Jesus Cristo, o Salvador. O mundo doente, homens e mulheres doentes, necessitados de fecunda terapêutica para mudar rumos e recompor cenários, podem encontrar saídas, soluções e conquistar um tempo novo. Mas, para isso, devem investir na experiência-exercício de se dar ouvido aos clamores dos pobres.
         O convite é dirigido a todos, sem exceção: dar ouvido aos clamores que vêm de longe e de perto, de muitos lugares. Os resultados serão surpreendentes no coração de cada pessoa, tocado pelo bálsamo da compaixão. Será alcançado o sentido para se lutar e fazer o bem, impulsos para novas práticas, a partir da solidariedade. É uma experiência espiritual para dar sustento ao viver, com mais sabedoria nos diferentes modos de agir no mundo. Hoje, agora, não feche os seus ouvidos. Por um novo tempo na sua vida e na qualificação de sua cidadania, de toda a sociedade, dê ouvidos aos clamores. “Quem tem ouvidos, ouça”.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 307,20% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 306,86%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,43%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.