segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A CIDADANIA EM DEFESA DE UM MUNDO MELHOR

“O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, desviamo-nos dele. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da produção veloz, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz em grande escala, tem provocado a escassez. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura! Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido.”
(CHARLES CHAPLIN, em discurso proferido no final do filme O Grande Ditador).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de novembro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 21, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa de Minas Gerais (ADCE-MG), que merece INTEGRAL transcrição:

“Em defesa de um mundo melhor

Estados Unidos e China se recusam a estabelecer metas claras para a redução de emissão de gases de efeito estufa. A atitude dos dois países representa afronta à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que será realizada em Copenhague, em dezembro. A posição da dupla fica na contramão do movimento que nas últimas décadas mobiliza a sociedade mundial para consolidar princípios e valores éticos que formam o arcabouço do genuíno desenvolvimento sustentável – civilizado, capaz de harmonizar o crescimento econômico com as questões ambientais, sociais e culturais, para preservar o planeta que legaremos às futuras gerações.

Vinda de países líderes como os EUA, a maior economia mundial, e a China, o que mais cresce hoje, a decisão é um péssimo exemplo para outros governantes, empresários e cidadãos. Deve, portanto, ser repudiada e combatida energicamente, como já o fizeram o governo brasileiro e inúmeras outras nações. Essa é também a posição de empresas empresários, ONGs e organizações representativas de segmentos da sociedade que, atuando de forma madura e contemporânea, levam a sério a questão da cidadania e da responsabilidade social empresarial. A Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE) se inclui entre elas, trabalhando para que os valores éticos sejam efetivamente internalizados pelas empresas – no seu estilo de gestão e muito especialmente nas práticas e atitudes do seu dia a dia.

Essa foi a principal mensagem tirada do 23º Congresso Mundial da União Internacional de Dirigentes Cristãos de Empresa (Uniapac), entidade que congrega as ADCEs de 26 países, em praticamente todos os continentes. Com o tema Empresários por um mundo melhor, o congresso, realizado no México, reuniu mais de 1,2 mil participantes e consagrou a liderança global da entidade o tema da responsabilidade social empresarial, não só pela sua abrangência mundial, mas, sobretudo, pela vanguarda e ineditismo das suas propostas. Nesse contexto, reafirmou a crença de que a prática do desenvolvimento sustentável é uma missão coletiva entre governos, empresas e organizações diversas da sociedade, de maneira espontânea e decidida, harmonizando, sem sectarismos e espertezas, crescimento econômico, meio ambiente e desenvolvimento social, com respeito à diversidade cultural e religiosa dos povos que habitam o planeta. Para isso, é fundamental que se dissemine uma nova concepção de empresa, em que acionistas e principais dirigentes atuem com coerência e persistência, baseados em valores, e disseminem essas atitudes, ultrapassando as fronteiras de suas organizações e chegando a todos os públicos com os quais interage: governos, comunidades, partidos políticos, clientes, fornecedores e até mesmo concorrentes.

O que deve prevalecer, sempre, é a consciência de que a economia e as empresas estão a serviço do ser humano em uma tríplice dimensão: material, mental e espiritual. Também deve predominar a crença de que a primeira responsabilidade do dirigente empresarial é com a sua família e com a sua empresa, mas que precisa também participar de atividades que são importantes para sua comunidade, seu bairro, sua cidade, seu estado e seu país. Não se deve alimentar a ilusão presunçosa de que apenas as empresas e seus dirigentes serão capazes de mudar os rumos da economia e do mundo, mas não se deve subestimar a importância de sua participação, pois sem isso também não será possível. Um exemplo é a crise financeira que afetou a economia e a produção nos últimos meses em todo o mundo, que, sem dúvida, resulta de um evidente déficit de valores e da perda de confiança nos agentes econômicos, fruto de um modelo esgotado e que não funciona mais.

Nossa proposta é um novo capitalismo baseado em valores e centrado na pessoa, em que a dignidade do ser humano esteja à frente do lucro, com o bem comum superando o egoísmo e os interesses particulares; em que a liberdade de empreender prevaleça, mas que seja exercida com responsabilidade e com justiça. Para aqueles que enxergam, essas são as novas demandas mundiais. Para aqueles que fazem, este é o caminho para a construção de um mundo melhor.”

Assim, com a reflexão colocada, nos FORTALECEMOS na congregação de TODAS as forças VIVAS da SOCIEDADE para a grande CRUZADA NACIONAL que propicie construirmos um BRASIL verdadeiramente JUSTO, LIVRE, DESENVOLVIDO SUSTENTAVELMENTE e SOLIDÁRIO, e que TODAS as RIQUEZAS do solo PÁTRIO sejam partilhadas com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, a sólida base para um MUNDO MELHOR.

É o nosso SONHO e a nossa LUTA. O BRASIL TEM JEITO!...