Mostrando postagens com marcador Charles Chaplin. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Charles Chaplin. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O TRIUNFO E A UNIVERSALIDADE DO LIVRO E O ESPÍRITO DO ANO NOVO NA SUSTENTABILIDADE

“Livro para todo o sempre
        O livro é uma das coisas mais importantes para o ser humano e do qual devemos falar sempre, algo que devemos divulgar sempre. Semana passada comemorou-se o Dia Nacional do Livro. Livro, este objeto mágico que pode trazer no seu interior um mundo de conhecimento, de fantasia, de imaginação. O guardião da história da humanidade, o registro de tudo quanto o ser humano já fez neste mundão de Deus. O receptáculo de toda a inteligência do homem, até das teorias do que poderá vir a ser o futuro.
         É bem verdade que ainda não é tão popular quanto deveria, pelo menos no Brasil, pois ainda é caro para uma grande parcela do nosso povo, mas para quem gosta de ler há alternativas como as bibliotecas municipais, escolares, de clubes e associações, os sebos etc. Essas bibliotecas nem sempre terão os últimos lançamentos em seus acervos, mas sempre haverá algum bom título que não lemos. Assim como os sebos, que oferecem um sem-número de opções a preços razoáveis.
         Com o avanço da tecnologia digital, o e-book, ou livro eletrônico, e os leitores eletrônicos – e-readers – estão se popularizando, cada vez mais, e já há uma pequena legião de seguidores. Vivemos, na verdade, uma revolução cultural. Eles, os tablets, os smartphones, que também são leitores eletrônicos, estão cada vez mais populares, inclusive no Brasil, e são o sonho de consumo de muita gente. Ainda que muitos daqueles que os adquirem acabem se esquecendo da função de leitores digitais dos aparelhos, tantas são as opções que eles oferecem: jogos, filmes, internet, comunicação através de programas como Skype, programas de relacionamento etc.
         De qualquer maneira, o livro impresso, de papel, o tradicional livro como conhecemos até agora, continuará por muito tempo ainda. E por mais que ele mude, ainda continuará a se chamar livro, e o objetivo de perenizar e divulgar a cultura e o conhecimento será o mesmo. Certeza é que o livro de papel pode conviver, harmoniosamente, com o livro eletrônico, e vice-versa.
         Com a tecnologia da informática a serviço da leitura, a tendência é que o hábito de ler se intensifique, até porque, além do livro tradicional e do livro digital, temos ainda o áudiolivro, que possibilita que os deficientes visuais sejam, também, consumidores de literatura.
         Então, talvez devamos comemorar tanta tecnologia a serviço da leitura, mesmo considerando que o livro físico, aquele que podemos folhear, rabiscar e ler sem dependência de nenhuma fonte de energia, a não ser a nossa visão e a vontade de ler, não será extinto. Ao contrário, ele continuará firme, mesmo com todas as outras formas de leitura que existem ou que porventura poderá vir a existir.
         De maneira que rendo minha homenagem a esse objeto tão importante para o progresso das civilizações, em todo o mundo.
         Vida longa para o livro, como quer que seja concebido.”.

(LUIZ CARLOS AMORIM. Escritor, editor, fundador e presidente do Grupo Literário A Ilha, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 2 de novembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 26 de dezembro de 2016, mesmo caderno e página, de autoria de ARISTIDES JOSÉ VIEIRA CARVALHO, médico, mestre em medicina, especialista em clínica médica e em medicina de família e comunidade, e que merece igualmente integral transcrição:

“O espírito do ano novo
        As comemorações do mês de dezembro anunciam que um novo ano está para começar. Os beijos e abraços que damos uns nos outros, desejando felicidade, sucesso e tantas outras palavras cheias de energia, são demonstrações de que o novo ano está em nós, embora efetivamente ele ainda não tenha começado.
         O espírito do ano novo nos leva a buscar mensagens. As redes sociais e a internet a todo momento disponibilizam um número expressivo de frases, poesias. São tradicionais os poemas de Drummond (Receita de ano novo) e Mario Quintana (Esperança). Muitos procuram em seus líderes espirituais e/ou pessoas de referência textos que transmitam boas notícias. Mais recentemente, os textos do papa Francisco têm sido veiculados com frequência nas redes sociais. São também comuns as previsões, fato que se repete a cada fim de ano. Embora pouco veiculados na mídia nos últimos anos, dalai-lama, Charles Chaplin e John Lennon também são lembrados.
         O ano novo nos faz rever os caminhos trilhados e pensar em novas escolhas. Mesmo que anos passados tenhamos feito reflexões, faremos novamente. Não necessariamente no réveillon, mas no antes, no durante e no depois. Pensaremos na atividade física que não fizemos, nos momentos de diálogo que não tivemos, nos gestos de amor que pretendemos ter, nos novos cursos, novas frentes de trabalho, novos investimentos... Estaremos na busca pelo novo ou tentaremos rejuvenescer o que foi bom em períodos anteriores e que deixamos envelhecer e enfraquecer em nós.
         Seja andando nas areias da praia, nas avenidas das grandes cidades, no silêncio da zona rural ou do nosso quarto, faz sentido – e é muito importante – tirarmos uns minutos para refletir e organizar os próximos passos. Diante de tantos acontecimentos que tivemos durante o ano em nosso país, no mundo e, especificamente, em nossa vidas, algum aprendizado ficou.
         Além de ser passagem e festa, o ano novo é também reflexão e esperança. A confusão que se instalou em nosso país há de trazer resultados em benefício do povo brasileiro. Só assim terá sentido todo o esforço das manifestações populares, das demonstrações de indignação com a falta de ética que impera em nosso meio. A esperança é de que, aos poucos e com maturidade, um novo Brasil desabroche.
         Nesses dias tão nublados e incertos, o espírito do ano novo deve despertar em nós a disposição para anunciar boas notícias. Se há algumas coisas que nos chateiam e decepcionam, há também muita coisa boa acontecendo por aí. Se ampliarmos e sensibilizarmos o nosso olhar, perceberemos pessoas desenvolvendo experiências maravilhosas, ajudando vidas, propiciando encontros, contribuindo – em diferentes áreas – para que o mundo seja melhor.
         O ano novo nos convida a anunciar as boas práticas e dar a elas visibilidade para que cresçam em nosso meio. E mais: chama-nos para fazer o caminho de abertura às pessoas e à cidade. E, se escutarmos no mais profundo de nós mesmos, perceberemos que entramos nesse caminho quando valorizamos os pequenos gestos e palavras no cotidiano da vida e quando, nas práticas coletivas, um sentimento de alteridade nos impulsiona a tornar as nossas cidades moradas dignas de todas as pessoas.
         O espírito do ano novo deve fortalecer em nós a esperança de que “dias melhores virão”, não obstante as previsões pessimistas de alguns. E despertar a resiliência nesse período conturbado de nossa história, em que os acontecimentos nos frustram e nos trazem insegurança e dificuldades de seguir. Somos convidados a dar a volta por cima, levantar a cabeça e caminhar com a confiança e a certeza de que nossos esforços e o de tantas pessoas de bem serão reconhecidos e valorizados. E teremos um novo tempo em nossas vidas.
         Feliz 2017!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca de 482,05% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 330,65%; e também em novembro o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 




         

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO, A LIÇÃO DO REALENGO E A PAZ

"Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror"
(Charles Chaplin)

“Eduque e não puna

Infelizmente, ocorreu novamente uma chacina escolas e, desta vez, no Rio de Janeiro. Catástrofes deste tipo têm ocorrido em países como Estados Unidos, Alemanha, Finlândia, Rússia e Canadá como sinal de alerta. Em São Paulo, ocorrera uma similar dentro de uma sala de projeção de filmes, dando mostras de que os acidentes devem ser mais estudados e providenciada uma revolução em termos de prevenção. Leem-se, cotidianamente, nas capitais e no interior, casos de agressões e violências dentro das escolas, estampadas nas páginas dos jornais. Em Belo Horizonte, tivemos há pouco o assassinato de um docente efetuado por um aluno de curso superior, por uma banalidade. O certo é que alunos passam nas escolas e não têm do governo um acompanhamento preventivo em termos psicológicos. Há diversos níveis de vestibular, para o segundo e o terceiro graus, mas nada de testes que verifiquem os potenciais riscos de falha comportamental humana. Quanto aos servidores, o Estado há tempos nem sequer cumpria as normas básicas de segurança, nem pagando os exames médicos admissionais. O novo contratado tinha de efetuá-los às suas expensas.

Em casa de ferreiro, o espeto é de pau. Os governantes criaram o regime jurídico único e dispensaram simplesmente o direito consuetudinário até então existente, conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). De uma penada dispensaram a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). Há escolas em que ainda existem Cipas. Já ministrei várias palestras preventivas no Senai, em Sipats promovidas por este tipo de órgão, com acompanhamento por parte da pedagogia. O reflexo social da educação falha, em nosso país, dá-se, muitas vezes, no comportamento social do indivíduo. Esse reflexo tem causas diversas, como o distanciamento dos pais na mais tenra idade, para educar os filhos, como produto da necessidade do trabalho por parte do casal.
O jovem cresce sem ter observado determinados limites que seriam impostos pelos próprios pais. Trabalha-se quase que meio ano somente para pagar impostos, o que tornou indispensável a ida da mulher ao trabalho, para manutenção do lar. Há inclusive na atualidade casos diversos em que ela passa a ser a provedora única do lar. Há também casos de frequência  escolar apenas em busca do alimento, da merenda escolar, dada a insuficiência de alimentos no lar.

Sem tempo para educar os filhos, a sociedade delega à escola uma tarefa árdua: a de educar infância e juventude, como cidadãos que deverão atender precipuamente as necessidades do Estado, praticamente como pertencente a uma escola platônica, pois estes são retirados do seio familiar ainda muito jovens e, às vezes, imersos em um sistema intensivo de ensino, cuja permanência beira as oito horas diárias, por 200 dias letivos, como se fosse um preparo, para tê-lo futuramente como trabalhador, em uma unidade de produção. Muitas das vezes, as crianças durante as férias somente têm direito a visitas a ambientes confinados como shopping centers e, às vezes, ali passam o dia sem sequer ver a luz solar. Férias ocorrem normalmente em períodos chuvosos e, portanto, improdutivos para o trabalho. Em muitas escolas, nem sequer vemos algum indício de disciplinários, e a segurança patrimonial deixa a desejar, tanto quanto a segurança do trabalho, coisa ainda indesejada pelos próprios implantadores no país, utilizando do lema “Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”. A prova está na constatação de dois regimes de contratação de servidores públicos. Pior ainda, com a suspensão dos concursos públicos, não se podem contratar substitutos para as vacâncias, instalando-se o caos. Tomam-se decisões estapafúrdias em salas de reunião, sem imaginar os seus reflexos na prática.

A solução para os problemas perpassa então pela mudança de uma política anacrônica de educação. Governantes passados incharam a máquina pública com seus correligionários, apregoando que isto traria melhoria na qualidade de ensino. Nos concursos públicos, privilia-se a titulaçao, em lugar da vivência em sala de aulas. Já vi contratado que nem seque sabia operar um simples equipamento de projeção e fritava literalmente as transparências antes de pô-las de forma a se tornarem legíveis para os espectadores. Outro nem seque conhecia as vidrarias que utilizaria  nas aulas práticas. Mas detinham os seus títulos. A decisão de diminuir a dívida externa, triplicando a interna, e efetuando superávit primário por meio da utilização da CPMF, da Cide, fez como que um governo se tornasse demagogicamente bom apenas para aqueles que se beneficiaram da impunidade, enquanto a sociedade sofre pelas suas mazelas.

Em 389 a.C., Platão já dizia que não basta aos governantes tornar parte da cidade feliz. Ela tem que ser feliz em sua totalidade. Segundo ele, a política deveria deixar de ser um jogo fortuito de ações motivadas por interesses nem sempre claros e frequentemente pouco dignos, para se transformar em uma ação iluminada pela verdade e um gesto criador de harmonia, justiça e beleza. “Em todas as coisas, e especialmente nas mais difíceis, não devemos esperar semear e colher ao mesmo tempo, mas é necessária uma lenta preparação para que elas amadureçam gradativamente”. Finalizando, dizia Pitágoras de Samos: “Eduque o jovem, e não será necessário punir o adulto”.”
(SANTELMO XAVIER FILHO, Engenheiro Civil e de segurança do trabalho, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 8 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:
“Exercícios quaresmais


Os exercícios quaresmais, na vivência litúrgica que a Igreja Católica oferece como preparação para a celebração da Páscoa do Senhor Jesus, o Salvador do mundo, são riquezas de um caminho que constituem uma das páginas insubstituíveis na qualificação da vida de todos. Esses exercícios  trazem consequências e resultados mais fecundos na participação de cada pessoa na grande teia da cidadania, que cada um, em conjunto com outros, ajuda a tecer e manter. Exercícios que conquistam a saúde do corpo são indispensáveis, essa demanda gera na atualidade uma verdadeira indústria de serviços, que traz benefícios variados para além da questão estética, muitas vezes, buscada de maneira superficial na velocidade efêmera da vida que passa. É preciso também o suporte e a articulação com o que tece e sustenta a interioridade, o que está na mente e no coração. Com o que eiva a constituição cerebral de cada um com entendimentos, sentimentos e vivências. Propriedades de alimentar as transmissões que ali se operam para garantir, além do bem-estar, uma postura qualificada e madura diante da vida e na condução cotidiana.
Saúde não é apenas condição física. A interioridade é coluna mestra que a sustenta, uma coordenação articulada de energias e a constituição de vínculos e ligações que abrem a vida para a transcendência, para o infinito amor de Deus. E, também, para cada outro, dando sentido ao viver, ao serviço que se presta e ao gosto de amar e comprometer-se com a vida de todos. Os exercícios quaresmais, na bimilenar tradição espiritual e litúrgica da Igreja Católica, à medida que são seguidos e vivenciados, propiciam conquistas que não se alcançam por outros caminhos e metodologias. Especial menção merece a busca da própria identidade e dos valores pessoais, pois ela alimenta a consistência indispensável enquanto constituição da fonte que sustenta o viver a cada dia, não permite perder o rumo da vida. Trata-se de uma qualificação da existência que faz das pessoas um instrumento da paz, em razão da profunda ligação e intimidade cultivadas com o Senhor único da vida. Nada é mais precioso!

No Sermão da Montanha, o evangelista Mateus (capítulos 5 e 7) relata regras de outro que Jesus ensina aos seus discípulos, em vista de uma vida qualificada e vivida com gosto e proveito. O Mestre inclui na dinâmica dos exercícios que qualificam o discípulo a indicação da prática da esmola, da oração e do jejum. Na verdade, Jesus não propõe a prática de simples gestos descomprometidos. A esmola, mais do que a disponibilização do supérfluo, como muitas vezes se entende e pratica, aponta como significação o compromisso com a vida de todos – especialmente a dos pobres e dos miseráveis. Esse comprometimento implica compreensão da realidade que gera posturas cidadãs para traduzi-las em empenhos com causas e projetos. Define prioridades e dá, a quem se dispõe, a condição de porta-voz para fazer valer o direito de todos e a cabível opção preferencial pelos que precisam mais. A esmola é um gesto de partilha localizado na atitude de quem compreende seu compromisso de defender a vida, de forma incondicional, em todas as suas etapas, e trabalhar sem descanso para promovê-la. Suscita uma visão social e política da mais alta qualidade por pôr à luz da presença de Deus, o outro, particularmente o pobre, que não tem o necessário, é enfermo, excluído ou sofredor, como centro de preocupações e de reverências.

Jesus inclui, ainda, na dinâmica desse exercício de qualificação da existência e do dom da vida, o jejum. Certamente parece obsoleta essa atitude, num tempo de tanta fartura, de despercídios, contracenando com um mundo de pelo menos 1 bilhão de famintos. Jejuar é um exercício de correção de costumes e hábitos que nos levam a tratar o alimento com respeito, nos motiva a repartir nosso bocado com quem tem fome, superando a gula que despersonaliza e fomenta irracionalidades. É ainda um exercício que dá a temperança indispensável para não cairmos nos exageros da corrupção, dos apegos nascidos da voracidade que põem o indivíduo diante das coisas e dos bens.
Na riqueza das considerações possíveis das muitas vivências dos exercícios quaresmais há um verdadeiro tratado de ciênica do bem viver e de qualificação da existência, que repercute na vida:  a importante prática da oração. Essa indicação sábia de mestre a discípulos já foi pensada como hábito piegas. Aberturas e interesses por milenares práticas meditativas são sinais de que a cultura ocidental precisa e pode revisitar os tesouros de suas herança cristã, de modo a entendê-la, como no dizer de um autor do século 4: “A oração é a luz da alma”. E adorná-la com modéstia e a luz resplandecente da Justiça, temperando a conduta do orante com o sal do amor de Deus.”

E mais, a LIÇÃO das lágrimas derramadas especialmente pelas MÃES dos INOCENTES que tiveram suas vidas CEIFADAS em salas de aula, ainda  na semana de comemoração dos 40 anos da ESCOLA MUNICIPAL TASSO DA SILVEIRA, do bairro REALENGO, no Rio de Janeiro, são páginas com RICAS ponderações e REFLEXÕES a nos MOVER em outro RUMO, pois o nosso PAÍS está gerando PROBLEMAS que não podem ser RESOLVIDOS com o mesmo tipo de PENSAMENTO e PRÁTICAS que vêm sendo transmitidos de GERAÇÃO em GERAÇÃO...

É preciso IMPLANTARMOS, e DEFINITIVAMENTE, a cultura da DISCIPLINA, da PARCIMÔNIA, do AMOR à PÁTRIA e à VERDADE, do RESPEITO MÚTUO e, sobretudo, da ÉTICA em TODAS as nossas relações... 

Mas, NADA, NADA mesmo ARREFECE nosso ÂNIMO e nosso ESTUSIASMO, e estes GIGANTESCOS DESAFIOS ainda  mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...  






segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A CIDADANIA EM DEFESA DE UM MUNDO MELHOR

“O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, desviamo-nos dele. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da produção veloz, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz em grande escala, tem provocado a escassez. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura! Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido.”
(CHARLES CHAPLIN, em discurso proferido no final do filme O Grande Ditador).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de novembro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 21, de autoria de SÉRGIO CAVALIERI, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa de Minas Gerais (ADCE-MG), que merece INTEGRAL transcrição:

“Em defesa de um mundo melhor

Estados Unidos e China se recusam a estabelecer metas claras para a redução de emissão de gases de efeito estufa. A atitude dos dois países representa afronta à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que será realizada em Copenhague, em dezembro. A posição da dupla fica na contramão do movimento que nas últimas décadas mobiliza a sociedade mundial para consolidar princípios e valores éticos que formam o arcabouço do genuíno desenvolvimento sustentável – civilizado, capaz de harmonizar o crescimento econômico com as questões ambientais, sociais e culturais, para preservar o planeta que legaremos às futuras gerações.

Vinda de países líderes como os EUA, a maior economia mundial, e a China, o que mais cresce hoje, a decisão é um péssimo exemplo para outros governantes, empresários e cidadãos. Deve, portanto, ser repudiada e combatida energicamente, como já o fizeram o governo brasileiro e inúmeras outras nações. Essa é também a posição de empresas empresários, ONGs e organizações representativas de segmentos da sociedade que, atuando de forma madura e contemporânea, levam a sério a questão da cidadania e da responsabilidade social empresarial. A Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE) se inclui entre elas, trabalhando para que os valores éticos sejam efetivamente internalizados pelas empresas – no seu estilo de gestão e muito especialmente nas práticas e atitudes do seu dia a dia.

Essa foi a principal mensagem tirada do 23º Congresso Mundial da União Internacional de Dirigentes Cristãos de Empresa (Uniapac), entidade que congrega as ADCEs de 26 países, em praticamente todos os continentes. Com o tema Empresários por um mundo melhor, o congresso, realizado no México, reuniu mais de 1,2 mil participantes e consagrou a liderança global da entidade o tema da responsabilidade social empresarial, não só pela sua abrangência mundial, mas, sobretudo, pela vanguarda e ineditismo das suas propostas. Nesse contexto, reafirmou a crença de que a prática do desenvolvimento sustentável é uma missão coletiva entre governos, empresas e organizações diversas da sociedade, de maneira espontânea e decidida, harmonizando, sem sectarismos e espertezas, crescimento econômico, meio ambiente e desenvolvimento social, com respeito à diversidade cultural e religiosa dos povos que habitam o planeta. Para isso, é fundamental que se dissemine uma nova concepção de empresa, em que acionistas e principais dirigentes atuem com coerência e persistência, baseados em valores, e disseminem essas atitudes, ultrapassando as fronteiras de suas organizações e chegando a todos os públicos com os quais interage: governos, comunidades, partidos políticos, clientes, fornecedores e até mesmo concorrentes.

O que deve prevalecer, sempre, é a consciência de que a economia e as empresas estão a serviço do ser humano em uma tríplice dimensão: material, mental e espiritual. Também deve predominar a crença de que a primeira responsabilidade do dirigente empresarial é com a sua família e com a sua empresa, mas que precisa também participar de atividades que são importantes para sua comunidade, seu bairro, sua cidade, seu estado e seu país. Não se deve alimentar a ilusão presunçosa de que apenas as empresas e seus dirigentes serão capazes de mudar os rumos da economia e do mundo, mas não se deve subestimar a importância de sua participação, pois sem isso também não será possível. Um exemplo é a crise financeira que afetou a economia e a produção nos últimos meses em todo o mundo, que, sem dúvida, resulta de um evidente déficit de valores e da perda de confiança nos agentes econômicos, fruto de um modelo esgotado e que não funciona mais.

Nossa proposta é um novo capitalismo baseado em valores e centrado na pessoa, em que a dignidade do ser humano esteja à frente do lucro, com o bem comum superando o egoísmo e os interesses particulares; em que a liberdade de empreender prevaleça, mas que seja exercida com responsabilidade e com justiça. Para aqueles que enxergam, essas são as novas demandas mundiais. Para aqueles que fazem, este é o caminho para a construção de um mundo melhor.”

Assim, com a reflexão colocada, nos FORTALECEMOS na congregação de TODAS as forças VIVAS da SOCIEDADE para a grande CRUZADA NACIONAL que propicie construirmos um BRASIL verdadeiramente JUSTO, LIVRE, DESENVOLVIDO SUSTENTAVELMENTE e SOLIDÁRIO, e que TODAS as RIQUEZAS do solo PÁTRIO sejam partilhadas com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, a sólida base para um MUNDO MELHOR.

É o nosso SONHO e a nossa LUTA. O BRASIL TEM JEITO!...