segunda-feira, 1 de março de 2010

A CIDADANIA E A LUTA POR UM NOVO SENSO POLÍTICO (9/51)

(Março = Mês 9; Faltam 51 meses para a COPA DO MUNDO de 2014)


“[...] Pobreza, a conseqüência humana da desigualdade

Na pior extremidade da distorcida distribuição do poder, ativos e oportunidades há bilhões de pessoas em situação de extrema pobreza. A pobreza envolve muito mais do que apenas uma baixa renda e ela se torna particularmente clara quando pessoas afetadas por ela são solicitadas a defini-la em suas próprias palavras. Ela diz respeito a um sentimento de impotência, frustração, exaustão e exclusão de processos decisórios; refere-se ainda à falta de acesso a serviços públicos, ao sistema financeiro e a qualquer outra fonte de apoio oficial. O acadêmico Robert Chambers considera que o mundo está dividido entre os estão “por cima” e os que estão “por baixo”, uma descrição que corresponde a diversos aspectos da pobreza, como a subjugação de mulheres por homens e os desequilíbrios de poder observados entre grupos étnicos ou classes sociais. [...]” .
(DUCAN GREEN, in DA POBREZA AO PODER – Como didadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009, página 7).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de dezembro de 2004, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de JOSÉ RENATO DE CASTRO CÉSAR, Administrador rural pela Universidade de Lavras, mestre em turismo pela UNA, que merece INTEGRAL transcrição:

Por um novo senso político

O povo brasileiro necessita de um senso político e filosófico de reconciliação entre si e suas múltiplas facetas culturais. Não só em ações acadêmicas tipo litterae humaniores (Read, 1967) de um pretenso e arrogante humanismo, nem só como um senso de conhecimento pontual de nobreza. O povo necessita se devotar mais às ações solidárias e os programas alternativos de agricultura ecológica (Bonilla, 1992). É preciso uma visão crítica do desenvolvimento sustentável , para inserir os programas públicos e privados coerentemente dentro das microbacias, para um futuro seguro e sem violência. As tecnologias de ponta em auditoria ambiental, contabilidade e sistemas de comunicação de dados são fundamentais. É necessário planejar a competição em redes de trabalho.

Os programas e projetos públicos e privados para desenvolvimento deveriam ser melhores, primeiramente, para a educação ambiental e o lazer dos pobres cidadãos comuns, não só para os ricos consumidores nacionais e estrangeiros. Será que a oferta inteligente de turismo, educação, saúde e alimentos, necessária para se estenderem benefícios ao povo, só pode provir dos ricos? Ora, se a oferta de turismo, saúde e ambiente é para os ricos, onde estão aplicados os recursos para os desvalidos? Os pobres dispõem do escorchante e ilusório microcrédito (juros de 24% ao ano). Como se pode afirmar que tal economia política é sustentável. Quanto tempo deverá o povo esperar pelas decisões morais desta elite econômica? Quais os caminhos necessários para se preparar as pobres comunidades humanas terceiro-mundistas, vivendo nas periferias urbanas, num contato desordenado das cidades sobre as microbacias, para uma vida melhor no futuro? Como evitar que os pobres procurem a violência nesse apartheid social?

A política nacional está viciada e frouxa, diante dos interesses alienígenas. Líderes políticos nacionais não dão mais expressividade de amor à pátria em seus atos públicos. Agridem os adversários com violência e ódio. Buscam acusações ridículas entre facções fisiocratas, visando manter só o fluxo de caixa de seus partidos milionários, as suas caríssimas vaidades pessoais e os projetos egoístas de suas instituições anômicas e mesquinhas de auto-ajuda, ignorando os desvalidos do País, submetendo-os ao mais pervertido dos assistencialismos – os programas de combate à fome e à miséria, que nunca deram resultado satisfatório. Há que se ter crédito agrícola subsidiado, terras e educação agrícola e filosófica.”

São quadros assim descritos que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, EDUCADA, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, e, ainda mais, no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, em meio às EXTRADORDINÁRIAS RIQUEZAS existentes, possam EFETIVAMENTE estender seus BENEFÍCIOS a TODOS os BRASILEIROS e a TODAS as BRASILEIRAS...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

Um comentário:

Anônimo disse...

Ao ler este artigo podemos traçar mais um retrato do Brasil visto sob um outro olhar, mas que se detem naquilo que tantos e tantos já demonstraram a cerca de nossos "politicos ou politiqueiros" : "Buscam acusações ridículas entre facções fisiocratas, visando manter só o fluxo de caixa de seus partidos milionários, as suas caríssimas vaidades pessoais e os projetos egoístas de suas instituições anômicas e mesquinhas de auto-ajuda, ignorando os desvalidos do País"......... precisamos ter real consciencia de que estamos vivendo um período crítico em nossa política para que possamos agir como cidadãos e sair do ostracismo e da indiferença que nos dá a falsa sensação de segurança e do "alienismo" e saber: se queremos um país melhor e com condições dígnas de vida para todos, temos que olhar a política não como um mal necessário, mas como um bem que poderá mudar os rumos do país se nos mudarmos nosso jeito de votar.