segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A CIDADANIA, O FOCO NO SOCIAL, A LEITURA E A DEMOCRACIA

“Leitura e democracia
Muitos brasileiros identificam-se com o político que alcançou o mais destacado cargo da República sem ter passado por uma universidade e acabam por concluir que os livros são estorvos. Um político não precisa de diploma para ser líder. Entretanto, sem estudo formal, que implica leituras, é impossível construir conhecimento relevante, combustível de um mundo que caminha para os 7 bilhões de habitantes. Sem conhecimento é impossível é impossível discutir; sem discussão, a democracia é insustentável. Ao contrário do que muitos pensam, a internet exige mais leitura, ou seja, exame, seleção.

Ministros, secretários de Educação, empresários e demais lideranças, numa democracia, deveriam visitar as bibliotecas municipais e escolares emitindo para os jovens sinais da importância dos livros para a criação do conhecimento e para o exame dos fatores históricos que produzem e reproduzem a pobreza hereditária. Se os prefeitos considerassem as bibliotecas investimento na educação e no imaginário das pessoas, os jovens teriam capital cultural suficientemente robusto para avaliar o comportamento do Executivo, do Judiciário, do Legislativo e da imprensa e a qualidade do ensino oferecido pelas redes pública e privada, não se deixando enganar por falsos projetos pedagógicos ou confundindo publicidade com informação e conhecimento.

O fraco desempenho em leitura dos brasileiros em parte explicaria a complacência dos cidadãos com medidas de controle da imprensa. Controlar a imprensa é censurar palavras; o que significa cercear o pensamento porque só se pensa com palavras. Palavras podem ser deformadas, proibidas, esquecidas, estimuladas ou banalizadas. O cerceamento dos vocábulos é o controle do pensamento. Por isso, estudar, aprender e ler são atos políticos. Ditaduras deturpam a memória, reescrevem documentos, atacam bibliotecas, amordaçam a imprensa, caçam jornalistas e juízes, proíbem livros e, paradoxalmente, impõem leituras.

Sem leitura, os jovens não conquistarão vocabulário e terão uma vida subjetiva empobrecida e todo o dinheiro investido na educação será em vão. As universidades seriam outras se contassem com estudantes mais ocupados com livros e leituras do que com clientes angustiados com mensalidade ou cópias de surradas apostilas. Precisamos inserir a biblioteca no centro das atenções da escola e ouvir as perguntas que surgirão assim que nossos alunos começarem a ler, assenhorando-se da informação qualificada acumulada ao longo da história. Medidas de controle da imprensa somadas ao analfabetismo funcional de enorme parcela da população, fruto de décadas de mediocridade pedagógica, intensificam a impunidade, favorecem a corrupção e ameaçam a democracia.”
(DARWIN SANTIAGO AMARAL, Professor de história, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 19 de agosto de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de reportagem publicada no mesmo veículo, edição de 29 de julho de 2011, Caderno CIÊNCIA, página 18, de autoria de MAX MILLIANO MELO, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“FOCO NO SOCIAL

Administrador da Usaid, agência americana para desenvolvimento internacional, defende prioridade e mais investimentos em estudos que ajudem a solucionar os principais problemas da humanidade: saúde, educação e segurança

Brasília – A ciência pode ajudar mais. É o que defende no editorial de sua mais recente edição, a prestigiada revista científica Science. A publicação argumenta que, com mais investimentos em pesquisas, antigos e recentes problemas que assolam a população mundial, como epidemias e mudanças climáticas, podem ser resolvidos. No Brasil, embora existam iniciativas de sucesso, áreas como educação e saúde ainda precisam se conectar mais com o que é produzido por pesquisadores, afirmam os especialistas.

O editorial – assinado por Rajiv Shah, administrador da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), órgão norte-americano responsável pela assistência econômica e social para países em desenvolvimento – afirma que a ciência deve ganhar mais importância na elaboração de políticas publicas.

“Ciência e tecnologia têm o potencial de conduzir soluções para os problemas mais difíceis do mundo em desenvolvimento”, afirma ao Estado de Minas Shah, para quem as alianças globais devem ser construídas a fim de tentar resolver os desafios mais graves e urgentes.

Na opinião de Shah, os problemas de saúde deveriam ser um dos focos dos investimentos em ciência. “Na saúde global, há uma necessidade real de inovação em tecnologia que protejam a vida das mães grávidas e dos recém-nascidos durante o parto”, aponta o diretor da Usaid, que cita como exemplos de iniciativas bem-sucedidas a erradicação da varíola, que teve o último registro em 1977, e as vacinações em massa contra a poliomielite, que restringiram os cerca de 400 mil casos anuais no início do século passado a apenas mil notificações atualmente.

Para o norte-americano, velhos e novos problemas precisam ser mais bem estudados pela ciência, e é dever dos governos estimular pesquisas nessas áreas. “Na educação, temos de desenvolver plataformas que podem ensinar as crianças a ler, mesmo aquelas que nunca tiveram chance de entrar em uma sala de aula”, acrescenta Shah, “Em energia, nós precisamos encontrar fontes limpas para ajudar a levar eletricidade, especialmente para regiões pobres rurais”, completa.

RETORNO À SOCIEDADE Segundo o pesquisador membro da Academia Brasileira de Ciência (ABC) Issac Roitman, para que a produção científica tenha um papel mais importante no Brasil, é preciso maior interação Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) com outros órgãos públicos. “A falta de integração compromete a eficiência da ciência como ferramenta para beneficiar a sociedade brasileira”, afirma. “É preciso valorizar a produção científica – livros, publicações de artigos científicos e patentes. No entanto, os benefícios para a sociedade são igualmente importantes”, opina.

Roitman aponta algumas iniciativas em que a ciência já se mostra uma importante arma na solução de desafios brasileiros. “Uma delas é o papel da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) no aumento da produtividade agrícola no país. Na área tecnológica, outros dois exemplos que podem ser citados são a indústria aeronáutica e a avançada tecnologia da Petrobras”, enumera o pesquisador. “No entanto, certos desafios, como na área de educação e saúde, podem ter cenários mais positivos com a utilização da ciência em sua plenitude”, defende.

(segue NOTA do autor)

PRÓXIMOS PASSOS

Embora ainda esteja engatinhando no Brasil, a ampliação de soluções científicas na resolução dos problemas já é realidade em outras regiões. No Reino Unido, todos os ministérios têm um conselho científico responsável por estudar formas de aplicar os recentes avanços da ciência nas áreas de competência de cada pasta. Além disso, o primeiro-ministro britânico reúne-se regularmente, a cada seis ou sete semanas, com esses conelhos, para garantir que a produção nos laboratórios seja aplicada nas políticas públicas nacionais.”

Eis, portanto, mais páginas contendo FECUNDAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam, de forma INCISIVA e DETERMINANTE, para a IMPERIOSA necessidade de se PONTIFICAR a EDUCAÇÃO, e suas ESPECIAIS afilhadas, aCIÊNCIA e a TECNOLOGIA – e de QUALIDADE –, como PRIORIDADE ABSOLUTA das POLÍTICAS PÚBLICAS, caminho ÚNICO para o acesso ao CONCERTO das nações DESENVOLVIDAS e DEMOCRÁTICAS e SOBERANAS...

São GIGANTESCOS DESAFIOS que, longe de ABATER o nosso ÂNIMO e ARREFECER o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO, mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIMENTO e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RIO+20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...



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