quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A CIDADANIA, O AMOR AO PLANO DIVINO E OS DESAFIOS DA CULTURA DA SUSTENTABILIDADE

“A tarefa de elevação espiritual 
de um servidor do Plano Divino
        Como parte de nossa abertura ao serviço evolutivo, se ele estiver voltado para o divino, é preciso entregar à alma as próprias reações humanas, que, inevitavelmente, emergem no decorrer do caminho espiritual. Essa atitude de entrega facilita a dissolução dos conflitos que se apresentam ao indivíduo, ajudando-o a se tornar mais um canal de equilíbrio dentro de um conjunto maior.
         Diz o ensinamento: “Não mais tendes a vossa vida em vossas mãos. Também e principalmente isso deveis entregar”. Quando se vive a consciência da entrega, não é permitido o envolvimento com as forças não positivas existentes também nos próprios corpos, pois a energia que neles tem de circular precisa tornar-se um fator de elevação no local em que vivemos.
         Agora é tempo de cada um entrar em total sintonia com a própria energia, entregar-se a ela e rejeitar os obstáculos que impeçam a realização da tarefa já assumida internamente, no nível da alma.
         Estar sob o fluxo da energia interior com, abertura e entrega infinitas, é colocar-se nas mãos desse manancial e dar-se inteiramente à Obra Divina, deixando-se permear por esse imenso centro de poder, amor e luz. Não se considera se um servidor está ou não preparado; importa, sim, que ele não se deixe cristalizar onde está, que não se aferre ao nível em que sua consciência chegou. É preciso uma enorme insatisfação com tudo o que os níveis humanos podem oferecer, a fim de que não se caia nas suas atrações.
         Os impulsos espirituais terão sua manifestação bastante restringida se os indivíduos que se dispõem a servir de canais para isso ainda buscarem quaisquer realizações nos planos da matéria. Um total desapego nesse sentido permite que se esteja muito mais inteiro dentro da vida, sem identificar-se com ela, podendo assim canalizar livremente as energias e aproximar-se da verdadeira realidade.
         Olhar para dentro, rever os propósitos, os votos e dispor-se a não alimentar dúvidas, incertezas e mesmo tendências humanas é o que coloca o indivíduo num caminho ascendente.
         Em locais apropriadamente criados para a vida espiritual, uma aura magnética específica é construída e tem sua vibração frequentemente ajustada, pois muito do que neles ocorre precisa ser continuamente transformado. São os momentos de verdadeira entrega, oração e devoção que auxiliam na elevação e na transformação da energia não positiva, que é gerada permanentemente, às vezes de modo inconsciente, pela presença humana. O indivíduo que dentro desse campo vibratório espiritual permanece centrado em si mesmo e em seus próprios problemas desenvolve em torno de si uma invisível capa rígida que limita o seu contato com energias mais sutis, bem como o serviço que poderia prestar.
         É necessário infinito amor por esse caminho da busca do encontro interno. No coração de cada pessoa deve colocada essa delicada semente que, brotando, despontará no lado externo da vida. A ausência de dúvidas é a base para que esse broto cresça. Dúvidas, críticas e indecisões são como paredes que bloqueiam a passagem da energia construtiva e criativa. Os que puderem, devem colocar-se como o servidor que prepara a lenha para alimentar o Fogo Interior em cada um que dele se aproxima.”

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de janeiro de 2016, caderno O.PINIÃO, página 14).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de janeiro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SEBASTIÃO VENTURA PEREIRA DA PAIXÃO JR., advogado, e que merece igualmente integral transcrição:

“Estabilidade instável
        A queda qualitativa da política é um fenômeno global, caracterizada pela carência de lideranças referenciais e pelo enfraquecimento do papel formador dos partidos. Enquanto a vida pública empobreceu, a iniciativa privada especialmente após a queda do Muro de Berlim – floresceu de forma espetacular, ampliando as condições de conforto humano e a correlata satisfação material das sociedades contemporâneas. Sim, naturalmente, ainda há muita pobreza e desigualdade no mundo, mas negar os avanços econômicos que tivemos nas últimas décadas seria se curvar a uma cínica cegueira ideológica.
         Sem cortinas, o triunfo globalizado do capitalismo liberal estabeleceu uma alta dominância do sistema financeiro no núcleo do poder político mundial, marcando uma acentuada concentração de renda em grupos econômicos hegemônicos e oligopolistas. Talvez a crescente necessidade de inclusão massiva de trabalhadores e consumidores às engrenagens do mercado tenha forçado a condensação de polos empresariais com vistas ao incremento da produção em larga escala. O fenômeno, no entanto, tem riscos consideráveis, especialmente face ao princípio da livre concorrência e da consequente aguda sobreposição pontual do mercado frente aos interesses da democracia política. E, sabidamente, o capitalismo não foi feito para ser um negócio de poucos.
         Indo adiante, mais do que uma mudança político-econômica, estamos presenciando uma quebra do paradigma comportamental da sociedade humana. No modelo anterior, o conceito de propriedade era baseado na posse e no domínio físico de bens; atualmente, a economia está se desmaterializando, valorizando a criatividade, a imaginação e a inventividade tecnológica do pensamento humano. Nesse cenário dinâmico e pulsante, a juventude atual é absolutamente contra o autoritarismo de modelos impostos, que reprime sua infinita vontade de viver. Temos uma espécie de febre de ambições pessoais que tudo quer, mas, por sua múltipla desordem interna, pode simplesmente a nada chegar.
         Mais uma vez, a humanidade está diante de um impasse entre o conservadorismo das estruturas de poder e a força transformadora da liberdade individual. Como bem aponta a lúcida visão de Moisés Naim, estamos diante de uma inevitável onda de inovações “que não será de cima para baixo, não será ordenada nem rápida, fruto de cúpulas ou reuniões, mas caótica, dispersa e irregular”. Portanto, dias de turbulência virão, trazendo consigo a luz da esperança com a desconfiança da novidade. Felizmente, entre um presente insatisfatório e um futuro possível, teremos a possibilidade de construir um modo de vida mais digno, humanamente mais rico e culturalmente inclusivo.
         Para tanto, as instituições e os instrumentos da política também deverão ser revitalizados de forma a bem atender uma sociedade mais bem informada e mais crítica dos seus direitos. A estratégia de isolar o povo em uma manobrável massa de ignorância está superada pela internet e suas tecnologias de informação. No entanto, o sucesso da experiência democrática passa obrigatoriamente pelo resgate do ensino público de qualidade que seja capaz de formar uma nova geração bilíngue e, por assim ser, capaz de explorar com profundidade o infinito cultural hoje disponível aos cidadãos do mundo. O direito à internet gratuita deveria ser elevado a cláusula constitucional fundamental, impondo aos governos o dever de oportunizar o seu aceso universal.
         O tempo pode passar, mas a velha máxima do investimento educacional segue sendo a melhor alternativa para a ascensão social, melhora dos níveis de renda, ganhos de produtividade e materialização dos sonhos da infinita capacidade humana. A retomada do ensino passa por uma reformulação do processo pedagógico, mediante a criação de técnicas de ensino que consigam captar o foco do aluno, elevando sua capacidade de concentração e raciocínio em temas progressivamente complexos. O desenlace da complexidade, além do diálogo esclarecedor entre professor e aluno, exige a prática do pensamento crítico, mediante um processo de livre manifestação de ideias, plena abertura às diferenças de visões e estímulo à firmeza para assumir posições claras.
         A democracia não é um simples jogo de respostas certas, mas um complexo e interminável sistema de aprimoramento coletivo. Logo, em vez do sim ou não, devemos procurar os porquês. Às vezes demora, não é fácil, fazendo muitos desistirem. Todavia, o querer autêntico é uma força irrefreável e, assim, cedo ou tarde, a perseverança premia o esforço bem executado. Enquanto isso, no desenrolar dos acontecimentos, a estabilidade instável surgirá com um novo consenso revogável. Aqueles que gostavam da segurança terão que aprender com os desafios da impermanência. Nunca vivemos tanto e com tantas possibilidades. A base é da coragem de viver e ajudar fazer a diferença. Vem ou está com medo?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a também estratosférica marca de 431,4% para um período de doze meses; e mais,  em 2015, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 10,67%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  

 
        

   

     

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