“Olhar
sobre a gestão deve ser sistêmico
Excelência em gestão
soa como algo inalcançável, mas nada mais é que um olhar sistêmico da gestão,
baseado em fundamentos e critérios de excelência que trazem uma abordagem
lógica para as organizações. Segundo Jairo Martins, presidente-executivo da
Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), instituição seus fins lucrativos que
promove, articula e dissemina a cultura e a excelência da gestão no Brasil,
isso deve ocorrer baseados nos critérios de excelência, que são liderança,
sociedade, clientes, estratégias e planos, processos, pessoas, informação e
conhecimento e resultados. E todos esses quesitos devem estar harmonizados pelo
sistema de gestão de uma organização.
“A
liderança de uma organização deve olhar a sociedade e os clientes para definir
suas estratégias e planos. E deve estabelecer processos, a serem conduzidos por
pessoas capacitadas e orientadas por um sistema de informação e conhecimento
eficaz e eficiente, para, assim, gerar resultados”, explica o especialista,
segundo o qual o primeiro passo para isso deve ser a decisão estratégica da
liderança que vai conduzir o programa de excelência na empresa. “Como os
modelos de gestão estão disponíveis e acessíveis, com exaustiva documentação,
não há necessidade de grandes investimentos financeiros. Com atitude e algum
investimento em capacitação, é possível iniciar um programa de excelência em
qualquer organização”, diz.
Pública
ou privada, com ou sem fins lucrativos, de qualquer natureza e porte: todas as
empresas deveriam investir no processo. No Brasil, a Fundação Nacional da
Qualidade tem como missão disseminar os fundamentos e critérios de excelência
da gestão e por isso disponibiliza essas informações, além de cursos
específicos e de diferentes profundidades sobre o seu registrado Modelo
Excelência da Gestão (MEG). No portal www.fnq.org.br,
essas informações estão disponíveis, assim como um curso básico sobre o MEG.
“Fornecemos e-books e webcasts,
gratuitamente, que são capazes de capacitar e levar as informações necessárias
para que uma pequena e média empresa busque a excelência da sua gestão”, diz
Jairo.
Depois
de fazer o curso via web, as empresas podem aplicar um autodiagnostico da sua
gestão com base nos critérios de excelência da gestão da FNQ. Ao final, as
empresas recebem um relatório com indicação dos seus pontos fortes e
oportunidades de melhoria, informando o diagnóstico por cada um dos oito
critérios de excelência. “Não há a necessidade de grandes investimentos.
Logicamente, com base no diagnóstico, poderão ser desenvolvidas ações de
melhoria, algumas das quais poderão requerer capacitações específicas. O papel
da FNQ é transferir conhecimento sobre gestão”, explica Jairo Martins. A
qualidade da gestão é sempre importante, mais ainda em tempos de crise.
REFLEXÃO
Segundo
o presidente da FNQ, empresas que nunca pensaram nisso de forma estratégica
devem refletir que tempo de crise é tempo de gestão. “É preciso usar melhor os
recursos em processos eficientes e eficazes, fazer mais com menos, otimizar
operações. É tempo de arrumar a casa”, sugere. Gerir um negócio de forma
sistêmica, olhando harmonicamente cada atividade, evita decisões precipitadas e
pontuais que podem levar, além da quebra da organização, a eventual perda de
fôlego quando iniciar a retomada da economia. Olhar constantemente os
processos, buscando eficiência e eficácia, respeitando os limites da
sustentabilidade e da ética, é a melhor forma de aperfeiçoar as operações e os
negócios, garantindo competividade e produtividade.”.
(CAROLINA
COTTA, em reportagem publicada no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 19 de janeiro de 2016, caderno CLASSIFICADOS, página principal).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
18 de janeiro de 2016, caderno OPINIÃO,
página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO
DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:
“A
magia da santidade
Paul Johnson é um dos
grandes historiadores e intelectuais da atualidade. Nascido em 1928, na
Inglaterra, ele até hoje utiliza a máquina de escrever. Sua produção
intelectual é assombrosa e profunda. Seus textos são provocadores. Dono de uma
cultura invejável e sinceridade cortante, Johnson não sucumbe aos clichês
vazios. Em seu livro Os heróis,
destaca a importância das lideranças morais.
“Os
heróis”, diz, “inspiram, motivam. (...) Eles nos ajudam a distinguir o certo do
errado e a compreender os méritos morais da nossa causa.” Os comentários de
Johnson trazem à minha memória um texto que exerceu forte influência no rumo de
minha vida: Amar o mundo apaixonadamente,
homilia proferida por São Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei e primeiro
grão-chanceler da Universidade de Navarra (Espanha), durante missa celebrada no
câmpus daquela prestigiosa instituição. São Josemaría – cuja festa a Igreja
celebra em 26 de junho – foi um mestre na busca da santidade no trabalho
profissional e nas atividades cotidianas.
Propunha,
naquela homilia vibrante e carregada de atrevimento, materializar a vida
espiritual. Queria afastar os cristãos da tentação “de levar uma espécie de
vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado; e, por
outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de
pequenas realidades terrenas”. O cristianismo encarnado nas realidades
cotidianas: eis o miolo da proposta de São Josemaría. “Não pode haver uma vida
dupla, não podemos ser esquizofrênicos, se queremos ser cristãos”, sublinha. E,
numa advertência contra todas as manifestações de espiritualismo mal-sucedido e
de beatice, afirma de modo taxativo: “Ou sabemos encontrar o Senhor na nossa
vida de todos os dias ou não o encontraremos nunca”.
O
pensamento de Escrivá, apoiado numa visão transcendente da vida, e, aos mesmo
tempo, com os pés bem fincados na realidade material e cotidiana, consegue, de
fato, captar plenamente a contextura humana e ética dos acontecimentos. São
Josemaría não deixa de enfatizar o valor insubstituível da liberdade –
particularmente a liberdade de expressão e de pensamento – contra todas as
formas de intolerância e sectarismo. Para ele, o pluralismo nas questões
humanas não é algo que deva ser tolerado, mas sim amado e procurado.
A sua
defesa da liberdade, no entanto, não fica num conceito descomprometido, mas
mergulha na raiz existencial da liberdade: o amor – amor a Deus, amor aos
homens, amor à verdade. Sua defesa da fé e da verdade não é, de fato,
“anti”-nada, mas a favor de uma concepção da vida que não pretende dominar,
mas, ao contrário, é uma proposta que convida a uma livre resposta de cada ser
humano.
Seus
ensinamentos se contrapõem a uma tendência cultural do nosso tempo: o empenho
em confrontar verdade e liberdade. Frequentemente, as convicções, mesmo quando
livremente assumidas, recebem o estigma de fundamentalismo. Tenta-se impor, em
nome da liberdade, o que poderíamos chamar de dogma do relativismo. Essa
relativização da verdade não se manifesta apenas no campo das ideias. De fato,
tem inúmeras consequências no conteúdo ético da informação.
A
tese, por exemplo, de que é necessário ouvir os dois lados de uma mesma questão
é irrepreensível; não há como discuti-la sem destruir os próprios fundamentos
do jornalismo. Só que passou a ser usada para evitar a busca da verdade. A
tendência a reduzir o jornalismo a um trabalho de simples transmissão de
diversas versões oculta a falácia de que a captação da verdade dos fatos é uma
impossibilidade. E não é. O bom jornalismo é a busca apaixonada da verdade, O
jornalismo de qualidade, verdadeiro e livre, está profundamente comprometido
com a dignidade do ser humano e com uma perspectiva de serviço à sociedade.
A
figura de São Josemaría Escrivá, o seu amor à verdade e a sua paixão pela
liberdade tiveram grande influência em minha vida pessoal e profissional. Amar o mundo apaixonadamente não é
apenas um texto moderno e forte. Sua mensagem, devidamente refletida, serve de
poderosa alavanca para o exercício da nossa atividade profissional.”
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a
educação – universal e de qualidade –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da
participação, da sustentabilidade...);
b) o
combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a também estratosférica marca
de 378,76% para um período de doze meses; e mais, em 2015, o IPCA acumulado nos doze meses
chegou a 10,67%...); II – a corrupção, há
séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a
dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para
2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos
(ao menos com esta rubrica, previsão de R$
1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
-
pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela cidadania e
qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos e que contemplam eventos como a
Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das
exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das
organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
-
Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...
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